Sei que muitos de vocês estão neste momento a pensar e até dizer que neste momento falar de futebol é o menos importante, que isto é muito bonito no papel que na teoria os gajos que lá estão só fazem porcaria, etc. Este texto, fala de futebol. Da minha ideia, ou melhor do que vi e penso da ideia de Ruben Amorim, uma análise ao nosso plantel e ao que poderá chegar dentro daquilo que é a ideia do treinador, e faço também a minha humilde “avaliação” ao trabalho de RA.
Primeiro e para que saibam já, a minha opinião não se baseia nem se altera, pelo valor quer custou o treinador, se têm ou não o nível necessário, se é lampião, ou se usa calças muito justas. Vou falar de futebol, daquilo que verdadeiramente me apaixona e acredito que a muitos dos que estão a ler.
Ruben Amorim, chegou no final de Fevereiro, e encontrou o clube em 4º lugar com mais 2 pontos que o 5º, Rio Ave, e a 4 do seu antigo clube, na altura 3º, Sporting de Braga. A distância para os líderes era de 20 para o 1º (FC Porto) e 19 para o 2º (SL Benfica). 10 Jornadas depois e findo o campeonato, Amorim conduziu a equipa leonina a 6 Vitorias, 3 empates e 2 derrotas, fazendo 21 pontos em 33 possíveis, acabando no mesmo 4º lugar em que começara em igualdade pontual com o 3º (Sporting Braga) a 22 pontos do líder, FC Porto, e a 17 do vice-campeão, SL Benfica. Isto é a análise quantitativa, ou seja, em termos pontuais, que é de facto o que mais importa no futebol.
Olhando e para fazermos um termo de comparação, vejamos o primeiro onze inicial que RA escalou no seu primeiro jogo contra o Desportivo das Aves em casa, com apenas 3 ou 4 dias de trabalho: Max; Ilori; Coates; Mathieu; Ristovski; Battaglia; Wendel; Acuna; Plata; Sporar; Vietto. Olhando agora para os titulares, 5 jogos depois, com o Gil Vicente, também em casa: Max; Coates; Quaresma; Borja; Ristovski; Matheus Nunes; Wendel; Nuno Mendes; Camacho; Sporar; Plata. Finalmente vamos olhar para o 11 deste último jogo na Luz: Max; Neto; Quaresma; Acuna; Ristovski; Matheus Nunes; Wendel; Nuno Mendes; Plata; Sporar; Jovane. Vejamos que ao longo do tempo houveram jogadores como Eduardo Quaresma, Matheus Nunes e Nuno Mendes que não começando como titulares, foram ganhando e bem o seu espaço. Nestes 3 onzes iniciais, nomes de mal-amados como Rosier, Eduardo, Doumbia, Bolasie (que nunca contou para RA) não aprecem.
RA entrou no Sporting numa altura difícil, como tem sido apanágio em quase todos os treinadores que entram. Mas neste caso, entrou num contexto de guerra dentre adeptos e dirigentes, entrou com os adeptos em choque com o valor que custou, entrou com a equipa no 4º lugar, sem Europa (tinha sido eliminada uma semana antes), fora das Taças e numa delas pelo colosso Alverca, o fantasma dos 5 na Supertaça no ar… a juntar a isto, era o 4º treinador da época. Ah e no mês anterior a equipa tinha ficado sem o “faz e resolve tudo” Bruno Fernandes. Resumindo, tinha tudo para dar … (isso que vocês estão a pensar).
O tão aclamado “treinador do projeto” de Varandas tinha chegado pela 3ª vez em ano e meio. A ideia a que RA se agarrou foi e na minha opinião muito bem, á temporada seguinte e preparar a equipa para tal. Lançou muitos miúdos, e ao contrário do que se quer fazer querer, não foi porque não tinha outro remédio, foi porque quis vê-los reconheceu qualidade e quis ver no que podia contar para a próxima época. É que Ilori poderia jogar no lugar de Quaresma, Battaglia e Eduardo fariam fácil o lugar de Matheus Nunes. Borja não dava hipótese a Nuno Mendes. Ah esse Bolasie cá estivesse talvez Tiago Tomás, Joelson e Plata já estariam a treinar com a B ou com o S23. Olhando para o que se passou, foi claramente uma aposta em preparar a equipa, os jogadores para a sua ideia. Sim, para a sua ideia. A espaços viu-se que os jogadores sabiam o que fazer e que estavam trabalhados para o modelo. Muitas vezes faltou qualidade dos interpretes. Ele sabia perfeitamente que não tinha jogadores para o seu modelo e para a sua forma de jogar, mas quis ver de todos quais se adaptavam, porque no fim de contas é na ideia dele que acredita, e que acredito eu, vai montar o plantel na próxima época. Não esteve isento de erros, nem estará na próxima época, mas Amorim, soube criar uma coisa, pelo menos numa grande franja que não mistura, ódios e raiva á direção e a quem o escolheu, empatia e confiança. Talvez seja cedo, mas ao contrário do que pareceu com Silas e com Keizer, a mensagem passa, o discurso não é do “está bem, ok” e parece que se aproveitou a ponta final da época perdida para se trabalhar para a próxima (quantos não queriam que Keizer fizesse isso na época passada?)
Tenho visto muita gente a falar sobre a tática de RA. Para mim e porque não sou um Freitas Lobo a falar, é um 3x4x3. Temos lido e ouvido entre outras: “Jogar 3 centrais com o Setubal, como quer ganhar?” “ Esta tática não funciona neste campeonato” “Defender em linha de 5? Treinador da retranca”. Eu não concordo em nada com estas afirmações. Em primeiro lugar, ainda está para nascer o dia em que alguém vai afirmar que á um sistema tático que dá mais resultados que os outros, e que á um que não funciona. Depois e olhando para o 3x4x3, de RA, é tudo menos uma tática defensiva. Na 1ªa fase vemos por norma uma equipa, que assume os centrais dos lados mais abertos (muitas vezes demais, sobretudo se forem Acuna ou Borja), o central do meio a dar cobertura quando estes tem bola, um interior por norma, do lado contrário ao central que tem bola, arrasta marcação, subindo, baixando o outro médio para ligar o jogo. Nesse momento, os alas estão muito subidos, dando profundidade e largura, tendo os falsos extremos procurando jogo entre linhas. O PL procura normalmente a profundidade na 1ª fase, obrigando a linha a baixar, dando espaço para procurar jogo interior. Isto na 1ª fase. Dificuldades que temos sentido: Centrais a jogar muito perto da linha, cortando logo linha de passa para o ala do seu lado, médio a baixarem demasiado e a receber a bola demasiadas vezes de costas, Dificuldade enorme de Plata e Jovane jogarem entre linhas e de fazerem o último passe.
A colocação de Acuna para central parece tontice. E é. Ou melhor não é! Confuso? Já explico. É porque Acuna poderia jogar fácil como falso extremo dando agressividade, fluidez e qualidade técnica que Jovane e Plata não tem. Por outro, faz todo o sentido, porque é o único “central” capaz de progredir com bola, queimar linhas se a pressão adversária for mal feita (remeber Jeremy?).
Falta dinâmica á equipa sobretudo ofensivamente. Mas mais do que a dinêmica, falta qualidade. Dava jeito um central pelo lado esquerdo que soubesse sair a jogar (Aspeto fundamental nos centrais dos lados num sistema de 3), um ala direito que desse qualidade á equipa, que desequilibrasse (nas alas temos um único homem!), um médio com capacidade de receber de frente para o jogo (a continuar RA, a preferir jogar com 2 médios lado a lado, não estou a ver Wendel e Matheus a coabitarem juntos), falsos extremos a jogar por dentro e entre linhas (o oposto das características de Jovane e Plata).
Defensivamente, eu tenho gostado de ver a equipa. Exceto talvez nas abordagens amadoras ás bolas paradas, com RA não permitimos muitas oportunidades aos adversários (lembram-se com keizer??). Por vezes é verdade, que fazemos linha de 5, mas já o fazíamos. Lembro-me de ver muitas vezes com JJ, Gelson, ser um lateral quando a bola entrava no último terço do lado contrário. Chegamos a discutir várias vezes a necessidade de Gelson descer tanto. A melhorar e a rever a nossa reação á perda.
Não acho de todo, que o 3x4x3, não seja tática para o nosso campeonato, nem desacredito no sucesso com ela. Falta é interpretes para a mesma. Mas quer para esta tática quer para outra. Em breve vou trazer aqui ao Cherba imagens para documentar melhor este meu texto do Sporting de RA.
Olhando para os nomes falados e do que conheço não sei onde Feddal possa encaixar na ideia de RA. Porro e Antunes continuo a achar brincadeira.
Urge trazer um central com qualidade no transporte e no passe (Ruben Semedo?, que acham?); um ala direito ; de for para jogar com dois 8os, falta claramente um médio (não me batam, mas Adrien faz todo o sentido); pelo menos um “falso” extremo (um gajo com as características do Nakajima). Talvez isto seja demais para a super estrutura que temos. A ver vamos.
ESTE POST É DA AUTORIA DE… Luís Miguel
a cozinha da Tasca está sempre aberta a todos os que a frequentam. Para te candidatares a servir estes Leões, basta estares preparado para as palmas ou para as cuspidelas. E enviares um e-mail com o teu texto para [email protected]
29 Julho, 2020 at 18:29
Bom texto!
A meu ver a linha de 3 requer soluções novas. Internamente, não razões para RA não chamar aos trabalhos o Ivanildo. Depois da época que fez no Moreirense não entendo como não tem lugar neste plantel. Pelos vistos é o Feddal, mas lindo lindo…era o verthonghen…
Lateral direito precisa se, mas por favor, sempre que falam do Esgaio…quase que vomito. O rapaz é esforçado, mas é bom para o Braga, não é aquilo que precisamos. Na realidade penso que Rosier não pega porque treina mal, ou tem atitudes que não são do agrado da equipa técnica. Acho que se fizesse 3 jogos seguidos ganhava o lugar, porque a concorrência é fraca, e ele revelou que tem mais capacidade com a bola nos pés que Camacho ou Ristovsky. Internamente não vejo alternativa a curto prazo, na formação. A nível de reforços, duvido que o Porro venha fazer alguma coisa. No mercado nacional há outros bons valores, o Alex Pinto do Gil fez uma boa época (mas é do SLB acho eu…).
Meio campo, pura e simplesmente só temos corpo, não há cabeça. Ninguém pensa o jogo. Espero que palhinha integre os trabalhos, e Bragança tenha a batuta. Mateus Nunes é fraco, não vai pagar o RA a não ser que o Mendes o meta num pacote de 15M…para reforçar o meio campo, o puto do Moreirense, o Filipe Soares impressionou. O Pepe do Guimarães tbm. Lucas evangelista podia ser opção.
Extremos da formação, só estou a ver o Bruno Tavares a fazer movimentos interiores, o Nuno Moreira já deu o que tinha a dar, e o Tomás Silva é muito franzino… Joélson, não tem corpo para estar na primeira liga, precisa de bater e passar umas horas no ginásio. Se estão com merdas com a renovação, aos 17 anos, mais vale despachar já pelos 45M. Não acredito que seja um CR7.
Avançados, Pedro Mendes é melhor que LP, mas é fraquito. O TT tem muito potencial. Mas falta alguém com outro perfil, mais agressivo e que desgaste a defesa, estilo Slimani.
SL
29 Julho, 2020 at 19:15
Eu sendo um homem de pragmatismo tenho apenas a dizer:
1) este sistema pode funcionar apenas com bons executantes certo? Onde estão eles?, é o Varandas que os vai trazer? É que pelo andar da carruagem as notícias que chegam é de jogadores ainda piores do que os que temos
2) o RA está a ver quem se adapta a este sistema certo?, quem serve e quem não serve. Se não se adaptarem? , muda-se o sistema para os jogadores que temos ou trocamos metade do plantel?
3) que eu saiba é apanágio dos grandes treinadores quando chegam a uma equipa, estudar os jogadores que têm à disposição no plantel, escolher os melhores e construir uma táctica em função disso. O que me parece aqui é que a lógica está invertida. Tenho um plantel de 30 jogadores que não serve ao modelo de jogo, em vez de trocar de modelo troco 15 jogadores. Próximo ano vem outro treinador e faço o quê? Troco 15 jogadores outra vez para adaptar a um 4-4-2?
Como diz o outro eu não sou um Freitas Lobo, mas sei construir equipas de trabalho com os trabalhadores que tenho
SL
29 Julho, 2020 at 19:24
Quero agradecer ao “tasqueiro” Luis Miguel a sua análise (para mim)…precisa e concisa…
Ao contrário de muitos comentários sobre a equipa (por aqui lidos…)
“Vê-se” que houve um esforço para ser honesto e …”não embarcar no habitual deita abaixo…”…
Mais uma vez obrigado…
Le-lo-ei com gosto em Próximos post’s…
Sporting Sempre…!!
29 Julho, 2020 at 19:31
Boas tardes, Caros Tasqueiros.
Aspectos positivos de Amorim ate so momento (estou a borrifar me para qual a tactica usada em concreto);
– bom discurso
– ter discernido que alguns dos nossos jovens eram melhores que os cepos que por la andavam
– sensivel melhoria defensiva
Aspectos negativos;
– nao termos feito UMA exibicao de jeito
– estrategia ofensica muito deficiente
Como diriam os americanos: grade – incomplete
SL
29 Julho, 2020 at 19:42
A análise é precisa e concisa especificamente sobre o trabalho realizado por Rúben Amorim, não tenho nada a opor relativamente a isso.
A questão essencial para mim é que não se organiza desta forma um plantel, uma empresa uma estrutura ou se elabora desta forma uma estratégia.
Vejamos com atenção, o post refere que vários jogadores actualmente titulares, (portanto julgo que seriam mesmo assim os que se adaptam melhor) na verdade não encaixam completamente no esquema, são referidos Acuna, ristovski, Jovane, Plata, Wendell e maheus, entre outros. Ora se os actualmente titulares não servem temos de ir buscar outros titulares, 4 ou 5 em posição chave que o Varandas certamente não acertará nem uma. Logo aí morre o projecto. Mas mais grave é que além dos titulares, eu teria de ir buscar a segunda linha para substituir os titulares. Portanto solução passa por despachar 10 jogadores e trazer mais 10.
Conclusão um carrossel de jogadores a entrar e sair para adaptarem se ao sistema. Contratações by Varandas, acham mesmo que vai resultar? Imaginem agora que o RA por uma ou outra razão sai, qual o plano? Vem um treinador que não quer centrais que sobem nem extremos que convergem para o interior nem laterais que fazem de extremos, trocamos a equipa toda outra vez?
Repito isto não é uma estratégia de curto nem de médio prazo! Isto só daria sentido se eu tivesse a montar um plantel do zero.
Mas pronto é só a minha opinião e não tem nada a ver com eu detestar o Varandas, é mesmo análise pura e dura de estratégia empreaarial
29 Julho, 2020 at 20:38
Percebo o ponto de vista. Mas vejamos.
Quem é a base da estratégia? O treinador!
Primeiro, se há uma linha orientadora para o clube o tipo de treinador deve seguir o rumo.
No futebol português raramente se segue um rumo. Há dirigentes que numa época começam com Luis Castro, noutra com Daniel Ramos e noutea com Lito Vidigal. Não esta em causa o treinador, mas as suas formas de trabalhar e os seus modeloa díspares.
Em relação ao Sporting está mais do que discutido que não existe rumo. E a unica semelhança que Keiser, Silas e Amorim teem é que foram escolhidos porque sim, ah e ambos eram os treinadores dos projetos.
Quanto a ideia do atual Sporting mal corria se nao fosse da cabeça de RA. Qualquer treinador que o seja, tem a sua ideia, e nunca ou quase nunca encontra o cenario perfeito para ela, tendo que mais ou.menos adpata-la.
Eu olho muitas vezes, e acompanhei porque tenho (ja tive mais) interesse em JJ. A forma como poem as equipas a jogar, as dinâmicas, os jogadores…. Há dinâmicas e características que estao sempre presentes em JJ. Equipas pressionantes, intensas com bola, dominadoras, fortes na reacao, etc podiamos ir ao infimo detalhe. Agora isto para te dar o exemplo. No Benfica teve em anso diferentes duplas com Cardozo e Saviola e noutro Lima e Rodrigo. Completamente diferente. Ambos marcaram muitos golos, mas de características completamente diferentes. A forma de jogar foi diferente? Teve de ser. Mas as principais caracteristicas e dinamicas eram as mesmas.
Para te dar outro exemplo, de um ato de fraca gestao.
Quando tivemos Dost e Doumbia. Com Dost cruzamos muito a bola a procura das movimentações do holandês. Quando jogávamos com Doumbia, faziamos tantas vezes o mesmo?! Lembras te do resultado?
Isto para dizer que nao acho que Amorim tenha de mudar a sua ideia e os princípios daquilo que acredita. Se há coisa que valorizo num treinador é quando expõem a sua ideia. Não pode morrer com ela sempre, e tem de adapta la ao contexto.
Já pensaste que talvez ja esteja a acontecer isso? Ou seja, percebendo as dificuldades que Risto tem, ele ja nao o manda subir e dar a profundidade que gostaria?
Percebendo que Wendel e Matheus nao são fortes na reação nem potentos posicionais pede sobretudo ao jovem brasileiro para ficar mais recuado?
Que na 1a fase a bola não ir direta ao avancado porque Sporar nao é capaz de assegurar?
Eu acredito que ja tem acontecido.
Mas lá esta, percebo, mas sou de verdade contra um treinador trabalhar algo em que nao acredita. Se não acredita o treinador, os jogadores muito menos
29 Julho, 2020 at 19:55
Só para rematar dou um exemplo muito concreto.
Tenho um jogador como o Jardel que em 50% dos cruzamentos mete golo. Vem um treinador novo que não gosta de cruzamentos para a área mas entrar com a bola controlada? Solução, despacho o Jardel e vou buscar um jogador que jogue de costas para a baliza? Ou adapto o meu sistema ao Jardel?
29 Julho, 2020 at 20:36
O que se tem feito é adaptar-se ao jogador la na frente, por exemplo bas dost e slimani. E antes com o liedson, ricky van wolfswinkel, montero. O ideal era haver sempre uma mistura dos dois. Bola controlada e cruzamentos, independentemente se tens um jogador de área (claramente bas dost e slimani antes do jesus) ou um ponta de lança (os restantes que mencionei). Parece me a meta atual do futebol. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra.
29 Julho, 2020 at 20:38
Quando se fala num ponta de lança e do que ele deve fazer deviam todos ver nas palestras taticas (se existirem… espero eu que existam.) o que fazia o liedson. Que máquina.
29 Julho, 2020 at 20:55
Eu respeito a opinião de todos mas eu não vejo nada neste Sporting do Amorim. A defender somos um passador. Defendemos com 7 gajos e na Luz podíamos ter enchido o saco. Aliás em todos os jogos, a maioria com equipas da treta, nunca houve controlo do jogo, e sofremos sempre uma quantidade ridícula de ocasiões de golo adversário.
Com bola, pior ainda. Fomos sempre os maiores na primeira fase de construção, termo lindo do futebol moderno, mas basicamente o que fazíamos era trocar a bola entre os defesas e o guarda redes. Os médios sempre longe todos os outros jogadores, os 3 da frente sempre a receber de costas, o avançado completamente só e perdido na frente…
Espero sinceramente que esteja errado em tudo e que o Amorim consiga montar a equipa de maneira a ganhar os jogos mas não o consigo ver como. Aliás vejo isto tão mau que não o tou a ver em Alvalade em Janeiro de 21.
29 Julho, 2020 at 22:29
Havendo concerteza muita coisa a melhorar não concordo nada que tenhamos permitido sempre uma quantidade ridícula de ocasiões de golo adversário.
Na luz o Benfica teve várias situações prometedoras em perdas de bola nossas na construção, nos outros jogos não permitimos grandes oportunidades aos adversários incluindo o Porto.
Nos primeiros 10 jogos do Keizer sim ganhávamos e marcávamos muito mas muito por grande eficácia nossa e pouca dos adversários aí sim permitíamos uma quantidade ridícula de oportunidades com o Rubem só na luz os adversários tiveram mais do que 1,2 situações de golo.
29 Julho, 2020 at 21:39
Tácticas à parte, o que conta é a puta da qualidade dos jogadores.
A qualidade, a vontade, o compromisso. Fazem maravilhas, seja lá qual for a táctica.
Há treinadores que se adaptam tacticamente aos jogadores que têm procuram dinâmicas e mais que um sistema.
Há treinadores casmurros, são muitos bons na sua táctica mas precisam dos jogadores certos.
Eu sou adepto da qualidade. Metam os putos, chamem o Bragança e o Dala, comprem apenas onde é preciso e aí sim, gastem a guita… e esta merda muda logo.
Falando de bola, claro.
29 Julho, 2020 at 22:38
A melhor táctica é aquela que ganha mais vezes, ponto!
Quanto ao Amorim, em Dezembro já não estará no lugar portanto…
29 Julho, 2020 at 22:51
Percebo que se diga que o SCP não tem jogadores para o sistema de RA mas jogavam como?
Dois centrais? Coates e Quaresma? E isso não iria expor muito mais ao erro o Quaresma? O Coates começou a render muito mais no sistema de 3, quantas casas deu o Coates antes?
MD, 6, trinco como queiram chamar onde está?
Extremos? Ir à linha e fazer cruzamentos quem são?
2 PL? Para ter um já é difícil quanto mais 2
29 Julho, 2020 at 22:52
Certo um misto dos 2 é o que eu defendo, adaptas a tua táctica aos teus jogadores. Não perdes os teus princípios de jogo mas usas maioritariamente o que tens. Deixar o Varandas comprar mais 10 jogadores é uma total aberração, mas tenho quase a certeza que é o que vai acontecer.
29 Julho, 2020 at 22:53
Tanta tática e a verdade é que criamos muito poucas oportunidades…Os nossos jogadores podem ser “fracos” mas serão certamente melhores que os do Setúbal, Moreirense, Aves, etc…e mesmo assim não tivemos um único jogo que tenha sido ganho “à vontade”…melhorou a nível defensivo mas a diferença passou de sofrer 5 para sofrer 2 golos do carnide ou do Porto com a agravante de não criar quase oportunidades…
29 Julho, 2020 at 23:34
É verdade que falar de futebol não seja talvez o mais importante mas como gostamos de futebol, este post faz todo o sentido. Portanto bora lá:
3x4x3 – gosto e concordo que o maior problema está na qualidade dos interpretes mas há outro problema: Os clubes (mesmo os grandes) não podem estar dependentes de um só sistema. Confio que com mais tempo RA treine melhor os sistemas alternativos.
RA- Não concordo que não tenha nada a perder. Desconfio que está bem ciente dos riscos que corre mas tb no enorme trampolim que pode ser o Sporting se as coisas correrem bem. A consequência é que me parece altamente comprometido e motivado. Resumindo, neste momento, de toda a estrutura do Sporting, RA é talvez o único que me dá esperança…
Plantel – continuar a apostar nos putos e contratar verdadeiras mais-valias. Posições mais urgentes. LD, PL, Central Esq., Extremo. (estou a assumir o regresso de Palhinha e Bragança como certos). Gostava que se fizesse uma limpeza nos que não contam, mas isso é para outro post.
30 Julho, 2020 at 10:12
Ruben Amorim, tem um trabalho brutal para por este Sporting a jogar um futebol aceitável, com a falta de qualidade deste plantel.
O próximo ano , vai ser importantíssimo para a definição do futuro do Sporting, como grande clube de futebol. Com três equipas a poderem entrar na Liga dos Campeões é fundamental não perder o lugar para o Braga que ao contrário do Sporting está bem estruturado, tem um plantel equilibrado e tem estabilidade diretiva. Com a incompetência que se tem visto nas contratações e nas que se falam é de meter medo.
A tática de Amorim ,que na minha opinião varia entre o 3-4-3 e o 5-4-1 , pode ser interessante se tiveres jogadores bem adaptados a ela, isso pode ser fácil para jovens e alguns com qualidade têm-se afirmado, casos de Nuno Mendes, Eduardo Quaresma, Matheus Nunes ou Wendell, mesmo Jovane tem beneficiado , assim como Coates que a jogar no centro da defesa se tem afirmado como patrão.
O resto é que é um grande problema, tirando o guarda-redes e um ou outro miúdo como Tiago Tomás, falta qualidade, em campo e no banco. Acuna sendo um grande jogador, é neste momento um desperdício, a jogar a central, não serve e a jogar a ala que é o seu lugar, senta no banco o maior talento da formação do Sporting atualmente, seria o ideal num plantel de alta qualidade, aqui é só fomentador de problemas e desiquilíbrio da equipa. Uma venda bem feita seria a solução.
Para os jovens que estão a ser testados por Amorim, se poderem vir a afirmar na equipa será necessário que entrem jogadores experientes mas de qualidade, não é aquilo que parece estar a ser feito. Com as vendas já efetuadas e de algumas que ainda o virão a ser, uma estrutura a sério, investiria em jogadores que entrassem diretamente na equipa, de forma a ajudar a crescer o potencial que temos na academia, jogadores tipo, Slimani, Adrien Silva, João Mário ou Ruben Semedo, para não falar de outros em final de contrato como foi o caso de Mathieu.
Agora, Fedel, Porro, Nunes? Para se juntarem a Neto, Eduardo, a Ilori, a Rosier, na brigada do reumático?
A pior direção de futebol, que eu conheci no Sporting e algumas foram bem más, prepara-se para depois de deitar fora jogadores, como Matheus Pereira, Domingos Duarte, fazer o mesmo a Palhinha, Bragança, Francisco Geraldes, vamos a ver em benefício de quem.
Perante esta situação, de pouco vale ter um bom treinador, será mais um para, como dizia alguém esta semana, enterrar no cemitério que o Sporting tem ao lado do estádio.