Faz hoje 635 anos duma tarde de glória nos campos de Aljubarrota.
Quem nos capitaneava, D. Nuno, trinta anos depois, ainda fez uma perninha em Ceuta, guardando o segredo da invasão durante dois anos.
“Há uma história apócrifa, em que o embaixador castelhano teria ido ao Convento do Carmo encontrar-se com Nun’Álvares, e ter-lhe-á perguntado qual seria a sua posição se Castela novamente invadisse Portugal. Nuno terá levantado o seu hábito, e mostrado, por baixo deste, a sua cota de malha, indicando a sua disponibilidade para servir o seu país sempre que necessário e declarando que “se el-rei de Castela outra vez movesse guerra a Portugal, serviria ao mesmo tempo a religião que professava e a terra que lhe dera o ser”.
Conta-se também que no inicio da sua vida monástica, em 1425 correra em Lisboa o boato de que Ceuta estaria em risco de ser apresada pelos Mouros. De imediato Nuno de Santa Maria manifesta a sua vontade em fazer parte da expedição que iria acudir a Ceuta. Quando o tentaram dissuadir, apontando a sua figura alquebrada pelos anos e por tantas canseiras, pegou numa lança e disse: “Em África a poderei meter, se tanto for mister!” (daqui nasceu a expressão “meter uma lança em África”, no sentido de se vencer uma grande dificuldade). Atirou a lança do varandim do convento, que atravessou todo o Vale da Baixa de Lisboa, indo cravar-se numa porta do outro l”
Herói foi este, que deu tudo o que tinha por nós, até a independência.
A Infantaria é que resolveu a batalha, a partir desta altura e também com o exemplo inglês em Crécy, alteraram-se as regras.
E apareceu o pireto ou a pichota como se diz aqui: os arqueiros ingleses fizeram questão de o mostrar, esticando o dedo médio, o tal que segundo as ameaças pré-batalha dos franceses, lhes seria amputado, quando fossem capturados.
Por cá, poucos sabem, mas foi por pouco, o Rei foi atacado violentamente, caiu. O cavaleiro castelhano que o derrubou, só não desferiu o golpe fatal porque Martim Macedo (herói quase anónimo) matou-o antes.
Os castelhanos chegaram inclusivé a assaltar a carriagem tuga, no entanto a brilhante táctica de deixar uma reserva para o que desse e viesse, mais D. Nuno que combatia e berrava, segundo consta “pelo nosso rei e pela nossa terra” e estava em todo lado, mais a massa de cavaleiros e cavalos do outro lado a panicar perante a nossa defesa intransponível…..
D. Nuno, o homem que adolescente e à frente do rei e noivo castelhano, virou uma mesa cheia de comida e bebida, porque estava ocupada indevidamente por uns fidalgos castelhanos. Ao que dizem Juan de Castela, terá comentado: se fez isto agora miúdo, o que não fará quando for homem.
Chegou e sobrou, não foi Rei, mas para mim e julgo que para todos nós é como se fosse.
Sr. Miguel Vá Para o Caralhinho. O Símbolo Sou Eu Que Pago Cotas Para o Meu Sporting CP. Á 50 Anos e Também para mais 5 Associados. O Manuel Fernandes é o Maior Chulo Que Passou no Sporting CP é a Minha Opinião.
14 Agosto, 2020 at 18:24
Ganda Tacho ou Panela! Não serve para mais nada!
14 Agosto, 2020 at 19:33
Para amenizar a depressão:
Faz hoje 635 anos duma tarde de glória nos campos de Aljubarrota.
Quem nos capitaneava, D. Nuno, trinta anos depois, ainda fez uma perninha em Ceuta, guardando o segredo da invasão durante dois anos.
“Há uma história apócrifa, em que o embaixador castelhano teria ido ao Convento do Carmo encontrar-se com Nun’Álvares, e ter-lhe-á perguntado qual seria a sua posição se Castela novamente invadisse Portugal. Nuno terá levantado o seu hábito, e mostrado, por baixo deste, a sua cota de malha, indicando a sua disponibilidade para servir o seu país sempre que necessário e declarando que “se el-rei de Castela outra vez movesse guerra a Portugal, serviria ao mesmo tempo a religião que professava e a terra que lhe dera o ser”.
Conta-se também que no inicio da sua vida monástica, em 1425 correra em Lisboa o boato de que Ceuta estaria em risco de ser apresada pelos Mouros. De imediato Nuno de Santa Maria manifesta a sua vontade em fazer parte da expedição que iria acudir a Ceuta. Quando o tentaram dissuadir, apontando a sua figura alquebrada pelos anos e por tantas canseiras, pegou numa lança e disse: “Em África a poderei meter, se tanto for mister!” (daqui nasceu a expressão “meter uma lança em África”, no sentido de se vencer uma grande dificuldade). Atirou a lança do varandim do convento, que atravessou todo o Vale da Baixa de Lisboa, indo cravar-se numa porta do outro l”
Herói foi este, que deu tudo o que tinha por nós, até a independência.
SL
14 Agosto, 2020 at 21:09
Podes crer!!!
SL
14 Agosto, 2020 at 22:31
Daí hoje ser o dia da Arma de Infantaria.
14 Agosto, 2020 at 22:37
Espectáculo!
15 Agosto, 2020 at 0:33
“Atirou a lança do varandim do convento” — e atirou a contar! Delicioso relato, meu caro, obrigado.
Fazendo um paralelismo evidente, urge agora um D. Nuno que atire o Varandim do nosso Clube para fora: #defenestrarvarandas
15 Agosto, 2020 at 1:50
Estava a ver que não atentavam com o varandim.
A Infantaria é que resolveu a batalha, a partir desta altura e também com o exemplo inglês em Crécy, alteraram-se as regras.
E apareceu o pireto ou a pichota como se diz aqui: os arqueiros ingleses fizeram questão de o mostrar, esticando o dedo médio, o tal que segundo as ameaças pré-batalha dos franceses, lhes seria amputado, quando fossem capturados.
Por cá, poucos sabem, mas foi por pouco, o Rei foi atacado violentamente, caiu. O cavaleiro castelhano que o derrubou, só não desferiu o golpe fatal porque Martim Macedo (herói quase anónimo) matou-o antes.
Os castelhanos chegaram inclusivé a assaltar a carriagem tuga, no entanto a brilhante táctica de deixar uma reserva para o que desse e viesse, mais D. Nuno que combatia e berrava, segundo consta “pelo nosso rei e pela nossa terra” e estava em todo lado, mais a massa de cavaleiros e cavalos do outro lado a panicar perante a nossa defesa intransponível…..
D. Nuno, o homem que adolescente e à frente do rei e noivo castelhano, virou uma mesa cheia de comida e bebida, porque estava ocupada indevidamente por uns fidalgos castelhanos. Ao que dizem Juan de Castela, terá comentado: se fez isto agora miúdo, o que não fará quando for homem.
Chegou e sobrou, não foi Rei, mas para mim e julgo que para todos nós é como se fosse.
SL
18 Agosto, 2020 at 13:55
Sr. Miguel Vá Para o Caralhinho. O Símbolo Sou Eu Que Pago Cotas Para o Meu Sporting CP. Á 50 Anos e Também para mais 5 Associados. O Manuel Fernandes é o Maior Chulo Que Passou no Sporting CP é a Minha Opinião.