O Sporting estreou-se na Liga com uma vitória incontestável, em Paço de Ferreira. Nuno Mendes foi gigante, Porro voltou a dar nas vistas, Wendel dominou a segunda parte e Daniel Bragança entrou para reclamar mais minutos

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Tal como havia acontecido frente ao Aberdeen, o Sporting entrou bem e só não se colocou em vantagem aos dois minutos porque Tiago Tomás desperdiçou a soberba oferta de Nuno Mendes. O dono da lateral esquerda dava início a uma primeira parte onde meteu no bolso o mais rápido adversário e onde foi tudo dele, pese o belíssimo trabalho de Porro no lado contrário, dando à turma de Alvalade as alas que precisava para manietar um Paços trabalhador e pouco encolhido, mas que apenas num remate de longe e em dois livres laterais, que fizeram a bola atravessar a área à espera de um encosto, conseguiria ter uma palavra na partida.

O golo chegaria num penalti muito questionável, com a bola a ressaltar da coxa para o braço de um castor e o árbitro a considerar o movimento voluntário. Um daqueles penaltis que não parecem ser e que costumam ser marcados contra o Sporting, assinalado a favor dos Leões por um dos árbitros que mais os prejudica?!? Estamos em 2020, companheiros.

Jovane aproveitou e rematou a contar, depois seria Porro a ter nos pés o segundo, com uma boa jogada colectiva que terminou em defesa do redes pacense, e quando o intervalo chegou, já com Nuno Santos no lugar do lesionado Jovane, o resultado espelhava pouco a diferença entre as duas equipas, mas castigava as dificuldades do Sporting para se fazer sentir na área adversária.

Na segunda parte o ritmo baixou, o Sporting deixou de pressionar tão alto e até entregou mais bola ao adversário, mas a partida esteve sempre controlada. E a confirmação de que os Leões sairiam da Mata Real com os três pontos chegou através de Coates, depois de uma sequência de três cruzamentos que a defensiva adversária não soube resolver.

Aí, os Leões baixaram definitivamente o ritmo, já pensando no jogo de quinta-feira, para a Liga Europa, mas o pequeno gigante Daniel Bragança aproveitou para espalhar o perfume do seu futebol e para voltar a reclamar mais minutos. E são estes gaiatos e estes pequenos pormenores que, tal como na canção da música amarela, nos fazem acreditar e encontrar pontos de ligação a uma equipa ainda com muito por melhorar, mas com gente que não merece que descarreguemos neles muitas das nossas frustrações leoninas.