Aquele que era apontado como um real teste à capacidade do Sporting manter o primeiro lugar, teve por parte dos Leões uma resposta inequívoca: entrada esmagadora, seguida da capacidade de aproveitar os erros adversários para desferir o KO

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Qualquer tipo de receio que pudesse existir, e válido pois os Sportinguistas têm um longo historial de ver a sua equipa não aguentar a boa pressão de estar na frente do campeonato, foram dissipados mal começou o jogo, com João Mário a certar na barra quando já os adeptos se preparavam para gritar golo.

Estava dado do mote que teria continuidade num remate cruzado de Sporar, após assistência de Nuno Santos, que passou a um palmo do poste da baliza de um batido Varela. Passados quatro minutos, o esperado o merecido golo: recuperação de Pedro Gonçalves no meio-campo, entendimento com Sporar que lança a desmarcação do camisola 28 rumo ao cruzamento que encontra Nuno Santos ao segundo poste.

Total justiça no marcador, com o Guimarães a nem saber o que lhe tinha acontecido naqueles primeiros quinze minutos de jogo onde o Sporting já tinha visado por seis vezes a baliza adversária. Seguiu-se um abrandamento do ritmo, o que não significa que o Sporting tivesse perdido o controlo do jogo, muito por culpa daquele dupla que humedece os olhos a quem os viu crescer, Palhinha e João Mário, o tractor e as pantufas que abrem espaço ao brilho de Peter Potter, sem esquecer a utilidade e verticalidade de Nuno Santos e o incansável Sporar, imprescindível para os buracos que se abrem nas defesas adversárias.

E quando um deles surgiu, o Sporting voltou a marcar. Bela combinação de Sporar com Porro, o lateral vai à linha e cruza atrasado para a zona de penalti onde surgiu Pedro Gonçalves a rematar; a bola ressalta em Suliman, verdadeiro pesadelo para a sua equipa, e anicha-se nas redes. 0-2 a dois minutos do intervalo.

No recomeço, o único real susto para os Leões: trivelada de Quaresma e o filho do caceteiro que caceteiro é, André André, a marcar um golo que seria anulado por fora de jogo. Ricardo Quaresma tentava motivar os vimaranenses dizendo que o adversário estava todo borrado, Suliman voltava a fazer merda ao atacar uma bola invisível e ficar a ver Peter Potter girar a varinha para um Expecto Patronum que deu o 0-3.

Estava feito, com aquela estatística gira pelo meio: Pedro Gonçalves marca um golo a cada 70 minutos no campeonato e só 5 jogadores (Lewandowski, Ibrahimovic, Mbappé, Vardy e Son) fazem melhor em toda a Europa. Incha!

Depois viria Matheus Nunes para o lugar de João Mário, Jovane e Tiago Tomás para os lugares de Nuno Santos e de Sporar, mas o jogo continuava controlado, até porque Matheus entrou com vontade de ser tão grande quanto Palhinha na arte de engolir o meio campo e o André André só não desapareceu porque todos sabemos o quão indigesta pode ser tal criatura e porque, lei do karma, mereceu ficar de tola descoberta para ser espectador de primeira fila na jogada de Jovane que acabou num belíssimo 0-4, já depois de Tiago Tomás ter tido oportunidade de fazê-lo.

Claro que tudo isto, dizem os especialistas, só aconteceu porque o Guimarães errou muito e esteve irreconhecível, oferecendo os três pontos a este grupo de pobres mais uma noite de festa e de barriga cheia enquanto outros, olha, vão comendo pó que o Leão amassou.