Uma goleada tão natural quanto a diferença entre as duas equipas é o que fica do Sacavenense 1-7 Sporting, resultado só possível pelo facto dos Leões terem encarado a eliminatória da Taça com toda a seriedade. E nem faltou o brilho dos putos
Não houve festa da Taça, coisa que este 2020 também fez questão de esconder, mas houve um Sporting que mesmo com algumas mexidas – Borja foi lateral direito e safou-se melhor do que à esquerda, Antunes foi o lateral esquerdo, Gonçalo Inácio surgiu no lugar de Fedal – fez questão de levar este jogo muito a sério, mesmo depois de ter ido para o intervalo a ganhar por 3-0.
O golo de Nuno Santos, ainda o Sacavenense se procurava habituar à relva natural, foi o prenúncio do que por aí vinha, confirmado por aquele salto de Coates que deve ter deixado os homens de Sacavém com pesadelos e por um penalti de Jovane que o Sr Árbitro conseguiu ver com uma mestria que envergonha muitos video-árbitros. Houve oportunidades para mais, claro que houve, até porque Nuno Santos, uma das figuras deste arranque de época leonino com claro dedo de Amorim, ainda viu uma bola no poste e um golo anulado.
E se a primeira parte tinha sido entretida, a entrada de Daniel Bragança tornou a segunda num prazer com a leveza de uma daquelas músicas dos Beatles que é cantada com sorrisos de quem parou de lanchar para pegar nos instrumentos e pôr toda a gente a dançar à volta da piscina. Coates voltou a assustar o pessoal à cabeçada, mas a festa estava guardada para os cinco minutos finais, já depois de Iaquinta ter chorado de felicidade ao apontar o tento de honra do Sacavenense: bis de Pedro Marques, aquele ponta de lança de quem não se pode falar muito para não se ser acusado de ser formação lover, e mais um de Gonçalo Inácio, para dar ao resultado um colorido do qual qualquer Sportinguista associa a belíssimas memórias.
24 Novembro, 2020 at 17:06
Malta… O jogo com o sacavenense passámos com distinção, fizemos o que tínhamos a fazer e ainda deu para alguns miúdos somarem minutos preciosos e golos.
Mas… Podemos discutir Sporar?
As estatísticas valem o que valem e há inúmeros casos de óptimos números em jogadores medianos (vide diabi ou Nuno Santos), mas alguém tem aí à mão o número de remates que o Sporar fez ontem?
E quantos cruzamentos conseguiu apanhar?
É certo que tem boa movimentação sem bola e luta com os defesas… Mas é suficiente? É isto que queremos dum ponta de lança?
24 Novembro, 2020 at 18:44
Um pormenor, que não é assim tão pequeno.
Remates. Remates fora de área continuam a ser uma raridade.
A foto! Gosto do Pedro Marques. Tem classe, é oportuno, precisa de jogar. Será a 3ª escolha, a não ser que TT passe a ser a alternativa a Porro.
Muita vontade, muita atitude e respeito. Gostei. Que seja para manter.
25 Novembro, 2020 at 11:08
Só admitia uma compra de um ponta e lança para entrar de caras no 11 titular e venda do refugo que ainda anda por lá (Iloris…)
De resto não mexam que está bom.