Apático, sem ideias e com Amorim congelado, o Sporting empatou em casa com o Rio Ave e desperdiçou a oportunidade de cavar um fosso para fcPorto e a benfica. A resposta à eliminação da Taça de Portugal foi preocupante a vários níveis

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Antes do jogo desta noite, imaginar um empate entre fcPorto e benfica era imaginar uma boa notícia. Pela cabeça dos adeptos leoninos, passava um cenário onde os dois rivais perdiam pontos e ficavam a seis pontos de um Sporting que, na ressaca da eliminação da Taça de Portugal, receberia o Rio Ave e somaria mais três pontos.

Ora, atendendo à forma como o Sporting entrou em campo, por certo esse cenário foi bem mais entusiasmante na cabeça dos adeptos do que dos jogadores, que nos primeiros 15/20 minutos praticamente fizeram figura de corpo presente frente a um Rio Ave a pedir a atletas com talento para se limitarem a defender poucos metros à frente da sua área. Inexplicável a apatia leonina face a um jogo que tanto podia significar, algo que se manteria ao longo de 90 penosos minutos para os quais o Sporting avançou com Quaresma e Borja no lugar dos impedidos Neto e de Feddal.

O golo de Pedro Gonçalves, em cima do intervalo, após assistência de Plata, hoje lateral esquerdo, foi um verdadeiro oásis em tão paupérrimos 45 minutos, mas suficiente para dar a Ruben Amorim a miragem de que as coisas até estavam a correr bem. E era tão grande essa miragem que só ele via, que enquanto o Rio Ave pegava no jogo e o Sportins arrancava a segunda parte sem ser capaz de ligar uma jogada não existia uma única substituição que cortasse o ritmo ao adversário e equilibrasse a equipa. Resultado? Golo do Rio Ave, obviamente com o extra de ser marcado numa jogada desenhada por Mané e Francisco Geraldes e concluída por Gelson Dala.

Faltava meia hora da qual se jogariam, com sorte, 15 minutos, e nesse tempo válido entre faltas e faltinhas e gajos a rebolar no chão como se tivessem a parir um alien pelo menisco, o Sporting foi um total deserto de ideias e de capacidade para criar oportunidades de golo. Tabata foi aposta furada, do banco não saiu nem um rapaz que consegue encotrar espaços em zonas apertadas (Bragança) nem o único ponta de lança disponível para ocupar a vaga do covidesco Sporar (Pedro Marques). Entre a irritante teimosia e o recado para quem manda e está com pouca vontade de mexer-se no mercado à procura de reforços, ficou o segundo jogo consecutivo com opções muito questionáveis a partir do banco e uma equipa a dar sinais preocupantes de quebra.

E assim terminou um jogo que, antes de começar, fazia com que imaginar um empate entre fcPorto e benfica fosse imaginar uma boa notícia. O que os adeptos leoninos não esperavam era que fosse mesmo a melhor notícia da noite.

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