Após um mês de paragem para compromissos de seleção este último fim de semana marcou o regresso (e sem “sobressaltos”) da 2ª fase do Campeonato Nacional BPI de Futebol Feminino, onde a equipa do Sporting Clube de Portugal compete no Grupo de Apuramento de Campeão.
Neste Grupo apenas 3 equipas já disputaram todos os jogos das 5 jornadas (Famalicão 3V-1E-1D/10 pontos, Clube de Albergaria 2V-0E-3D/6 pontos e Torreense 0V-0E-5D/0 pontos). Outras 2 equipas já disputaram 4 jogos (Benfica 4V-0E-0D / 12 pontos e Sporting 3V, 1E – 10 pontos). As restantes 3 equipas apenas fizeram 3 jogos cada (Braga 3V-0E-0D/9 pontos, Condeixa e Marítimo ambos com 0V-0E-3D/0 pontos.
A jornada iniciou-se no sábado com o Albergaria 0 Braga 1 (golo de Myra Delgadillo). No domingo disputaram-se, à mesma hora, os outros 3 jogos:
– Benfica 4 (golos de Cloé Lacasse, Carole Costa, Marta Cintra e Matilde Fidalgo) Marítimo 2 (2 golos de Telma Encarnação);
– Torreense 1 (golo de Raiza Silva) Famalicão 7 (5 golos de Mylena Santos, 1 de Vitória Almeida e 1 de Solange Carvalhas)
– Sporting 1 (auto-golo de Sony Costa) Condeixa 0
O jogo no Aurélio Pereira foi de sentido único. As jogadoras do Condeixa apenas deverão ter estado no meio campo defensivo do Sporting uma dezena de vezes. A Patrícia Moraes, nossa GR apenas foi chamada a intervir 2 vezes em resposta a iniciativas adversárias. O Sporting (que deixou no banco Joana Marchão e Ana Borges) jogou com Patrícia Moraes, Mariana Rosa a defesa direita, Bruna Costa e Nevena Damjanovic a centrais, Alícia Correia a defesa esquerda, Tatiana Pinto a média defensiva, Andreia Jacinto a média volante, Fátima Pinto a médio mais ofensiva, Ana Capeta a extrema direita, Raquel Fernandes a extrema esquerda e Carolina Mendes a ponta de lança.
O início do jogo mostrou logo um Sporting que queria resolver rápido o encontro. Mas também mostrou um fiscal de linha ( o único elemento masculino da equipa de arbitragem) que deveria concorrer com a Dona Dolores para os anúncios da multiópticas nos primeiros 9 minutos conseguiu ver um fora de jogo de Carolina Mendes inexistente e não ver 2 cantos em que a bola, antes de sair pela linha de fundo, no primeiro, bate 2 vezes na jogadora Ana Rute e , no segundo, o remate de Fátima Pinto bate em 2 jogadoras do Condeixa sem haver jogadoras do Sporting num raio de 3 ou 3 metros). Aos 10 minutos, uma incursão da Alícia Correia termina com um cruzamento-remate que faz a bola embater na barra da baiza de Liliana Almeida.
Esta entrada forte remeteu o Condeixa quase exclusivamente para tarefas defensivas. Apesar da elevada concentração de jogadoras do Condeixa no seu terço de terreno mais recuado, o Sporting até conseguia fazer circular bem a bola com boas combinações ofensivas entre Andreia Jacinto (apenas 18 anos e já tanto talento naqueles pés e tanto discernimento naquele cérebro), Raquel Fernandes e Fátima Pinto (sempre assertivas e muito interventivas; quando necessário, a bola vinha para trás para atrair algumas das jogadoras do Condeixa e descongestionar as suas zonas mais defensivas e aí quer Nevena, quer Bruna Costa (que jogadora se está a fazer) ora serviam a riigor colegas em zonas interiores mais aavançadas ora abriam a preceito o jogo pelas alas onde quer Mariana Rosa (19 anos) quer Alícia Correia (17 anos) se integravam bem nas tarefas ofensivas. No entanto, se na ala esquerda essas incursões encontravam um bom apoio na Raquel, já na ala direita a Ana Capeta estava em dia totalmente desinspirado (embora sempre com a raça que lhe reconhecemos); no centro, os momentos de decisão revelavam uma ineficácia enervante (Carolina Mendes teve 5 ocasiões flagrantes de golo, isolada: num faz um passe de cabeça à Liliana Almeida; nos outros 4 decidiu sempre mal rematando deficientemente e sempre falhando o alvo; para além disso,revelava-se esforçada, procurando intervir no jogo, mas quase sempre trapalhona quando a bola ia ter consigo). Ainda assim, aos 39 minutos foi a vez de Tatiana Pinto fazer um ótimo remate de fora da área com Liliaan Almaeida a esticar-se para uma defesa com a pona dos dedos que leva a bola ao poste. Aos 42 minutos, Raquel Fernandes também envia remate com selo de golo mas, mais uma vez, Liliana Almeida faz uma defesa extraordinária.
Após o intervalo, Alícia Correia fica no banco entrando para o seu lugar a Joana Marchão. Mas o jogo ia mostrando mais do mesmo: o Sporting instalado no meio campo adversário e o Condeixa abdicando quase totalmente de acções ofensivas. Até que, aos 60 minutos, se opera um milagre: Ana Capeta vai à linha de fundo pelo lado direito tenta um cruzamento que sai rasteiro e para zona de ninguém … a não ser uma infeliz Sony Costa que, perto do poste mais distante, não domina a bola e (para aumentar ainda mais a improbabilidade) a Liliana Almeida (que até aí defendera o possível e o impossível) deixa passar a bola por baixo do seu corpo. Foi necessário um golo absolutamente surreal para desbloquear o jogo. Antes, já tinham entrado Ana Borges (no lugar de Carolina Mendes) e Rita Fontemanha para o lugar de Fátima Pinto. Mais tarde, a jovem Marta Ferreira (18 anos) substituiria Ana Capeta.
Após um mês sem competição (e com o treino coletivo condicionado pelas ausências de 13 jogadoras nas respetivas seleções) podemos dizer que “não há fome que não dê em fartura”. Após o jogo deste domingo, o Sporting recebe o Braga amanhã, dia 3 de Março, para a Taça dePortugal e domingo dia 7 de Março para o Campeonato BPI, para no sábado seguinte, dia 13 de Março se deslocar a casa do rival Benfica. Confesso que, neste momento, estou muito apreensivo no que concerne à capacidade de as leoas corresponderem com êxito a este 3 próximos embates. Mas, se averbarem 3 vitórias, então terão tudo para poder ter sucesso nesta temporada.
Entretanto, no campeonato nacional da 2ª divisão, Série Sul, a 7ª jornada viu todos os seus jogos serem adiadas, pelo que o Sporting continua em 1º (6 jogos, 6 vitórias, 18 pontos) com mais 3 pontos que a outra equipa que também tem 6 jogos, o Guia FC (5 vitória e 1 derrota, precisamente em casa contra o Sporting). De realçar que o plantel do Sporting B contava inicialmente com 6 jogadoras de 15 anos, 5 de 16 anos, 7 de 17 anos, 5 de 18 anos, 4 de 19 anos, 3 de 20 anos e 1 de 24 anos; entretanto, 4 destas jogadoras, entre os 17 e os 19 anos, têm vindo a ser chamadas regularmente à equipa A. O pecúlio destas jovens, nesta época é de 6 jogos 6 vitórias, 3 golos sofridos e … 73 golos marcados (sim, leram bem, uma equipa maioritariamente de jogadoras sub 15, sub17 e sub 19, tem a impressionante média de mais de 12 golos por jogo, a competir contra 7 equipas maioritariamenmte de seniores, 5 das quais contam com 2 a 5 estrangeiras nos seus plantéis (o Sporting B é uma das 3 equipas da série inteiramente lusas; as outras são o Seia e a Escola de Futebol Feminino de Setúbal). Em futuros artigos, quando esta competição regressar, darei alguns apontamentos sobre algumas das jogadoras.
* dos Açores com amor, o Álvaro Antunes prepara-nos um petisco temperado ao ritmo do nosso futebol feminino. Às terças!
2 Março, 2021 at 16:13
Amanhã, taça da liga.
2 Março, 2021 at 16:41
Afirmativo. Meia final, com o Benfica já apurado para a final.
Vi agora que escrevi Taça de Portugal (erro de “simpatia” ao escrever Taça automaticamente escrevi Portugal; depois, na revisão, era escusado … se o brave não corrigisse … eu nunca mais lá ia).
Obrigado!
SL
2 Março, 2021 at 16:32
Muito bem, Álvaro!
Obrigado.
2 Março, 2021 at 16:44
É bom ver que também aqui se dá importância á capacidade do clube ir formando jogadoras que possam representar a equipa principal dentro de pouco tempo.
Não será certamente muito viável ter uma equipa “recrutada” 100% fora de portas.
2 Março, 2021 at 17:28
Caro J, nunca tivemos uma equipa “recrutada” 100% fora de portas.
Iniciámos este projeto sem qualquer jogadora estrangeira e com jogadoras dos 9 aos 29 anos com 3 equipas de competição: Seniores A, Juniores sub19 e e juniores sub17 (sendo que a jogadora mais velha das sub 19 tinha 17 anos e a mais velha das sub17 tinha 15 anos; tínhamos ainda um escalão de “sub 13” com jogadoras entre os 9 e os 12 anos que competiam entre si ou em mini torneios organizados pelo Sporting e pela Escola de Futebol Feminino de Setúbal, dado que ambas as Associações “distritais” de Futebol NÃO tinham NEM têm escalões de competição abaixo das sub 17). Conquistámos Campeonato e Taça Senior, Campeonato e Taça Sub 19 e Distrital e Taça sub17 (não havia Nacional).
No 2º ano, juntámos a esses títulos o da Supertaça Senior mas não nos deixaram conquistar a Taça de Portugal de sub 17 (meia final e final jogadas no mesmo fim de semana … em que o Sporting também tinha de competir para o Distrital sob pena de ser penalizado com descida de Divisão). Nesse ano a equipa senior já contaria com 3 estrangeiras (as norte americanas Carlyn Baldwin e Sharon Wojcik e a costa-riquenha Carolina Venegas.
No 3º ano formávamos uma equipa B para dar mais competição às sub 19 que eram a base da equipa 8com mais 3 ou 4 seniores que ou não faziam parte do plantel A ou vinham à B para recuperar rendimento após lesões ou para manter ritmo competitivo. As sub 19 (que, de facto, eram sub 17) jogavam aos sábados para o Nacional do escalão (Futebol de 9) e aos domingos futebol, de 11 na equipa B para o campeonato nacional Senior da 2ª divisão. Nesse mesmo ano formámos uma equipa para competir no Distrital Masculino sub14 2ª Divisão de Futebol de 7; essa equip+a era constituída por meninas com idades entre os 9 e os 13 anos que jogavam contra 9 outras equipas só de rapazes com 13 e 14 anos. Nesse ano ficaram em 6º do Grupo; no ano seguinte, quando a pandemia interrompeu a Formação, estavam em 5º do seu grupo de 10.
Entretanto, a equipa senior ficou com 5 estrangeiras (2018/19 além das 2 norte americanas foi contratada outra, a Syd Blomqvist, a sueca Nathalie Persson e a sérvia Nevena Damjanovic; 2019/20 Balwin, Nevena, a brasileira Raquel Fernandes, a mexicana Amanda Perez e a neo-zelandeza Hanna Wilkinson; 2020/21 sai a Wilkinson e entra a alemã Wibke Maister.
De referir que, mesmo com esse número de estrangeiras, o Sporting foi sempre a equipa candidata ao título com menos estrangeiras no seu plantel. O que significa algo mas não deixa de revelar alguma falta de assertividade na contratação fora de portas, uma vez que só 2 dessas estrangeiras (a Nevena e a Raquel) são efetivas mais-valias relativamente às nossas jogadoras nacionais.
Um abraço e saudações leoninas
2 Março, 2021 at 18:36
“… uma vez que só 2 dessas estrangeiras (a Nevena e a Raquel) são efectivas mais-valias relativamente às nossas jogadoras nacionais.”
O que mostra claramente o deficiente scouting do FF!
Deprimente mesmo!
3 Março, 2021 at 11:34
Estou plenamente de acordo em que a contratação de jogadoras estrangeiras só deveria ser feita com certeza de acrescentar bastante à equipa e/ou para suprir qualidades que possam fazer falta ao nosso jogo e não encontremos nas nossas jogadoras.
Daí também defender (até por uma questão de compatibilidade financeira) a aposta em jogadoras nacionais ou que joguem no nosso campeonato.
No nosso plantel, prescindia de 3 estrangeiras: Carlyn, Amanda e Wibke, da Carolina e da Mónica. (as 2 últimas não seriam titulares indiscutíveis numa equipa que se quer competitiva; embora a Mónica tenha a vantagem de polivalência a central e a DDe , para esta última posição poderia ser mantida; só que para adaptar também temos a Bruna Costa que acho que tem mais qualidade e muito mais potencial).
Contratava a Nágela Oliveira (central, internacional brasileira, 1,79m, atualmente nos quadros do Braga), Vitória Almeida (ponta de lança/avançada, brasileira, 1,85m, mas bastante móvel e rápida, com técnica razoável e bom faro de golo, 1º ano no nosso campeonato média de 1,44 golos/jogo, atualmente no Famalicão), Vanessa Fernandes (trinco ou box-to-box, 1,75m, em forma é uma das melhores trincos do mundo, atualmente no Ferencväros da Hungria).
E isto quer dizer que até nem era preciso scouting nenhum. 5 saídas (algumas das mais caras do plantel) e apenas 3 entradas de custo relativamente baixo ficas com 3 defesa centrais mais físicas (a Bruna é mais baixa mas compensa com o posicionamento a leitura de jogo e a rapidez e entrega), uma trinco uma posição 8 (Fátima Pinto), um apoio à PL Andreia Jacinto e uma PL mais físicas e ainda teríamos (2 GR de eleição) Alícia Correia, Mariana Rosa e Joana Marchão para as laterais (com a Bruna a também poder fazer a direita), a Raquel Fernandes, a Ana Borges, a Ana Capeta, a Tatiana Pinto, a Neuza Besugo, a Rita Fontemanha.
Para “flores internacionais era pensar na Jéssica Silva, na Diana Silva (para ter alternativas nas extremas e numa boa defesa direita (até para ajudar na evolução da Alícia Correa e da Mariana Rosa)
SL
2 Março, 2021 at 16:57
Andreia Jacinto. A continuar assim vai ser um portento, curioso para a ver nestes próximos jogos que vão ser de dificuldade máxima para a nossa realidade.
Fiquei feliz por saber da equipa B, sinal que o nosso Sporting está a contribuir para o desenvolvimento do futebol feminino e, ao meamo tempo, a assegurar o seu próprio futuro neste projecto que nos deve encher de orgulho.
SL
2 Março, 2021 at 17:05
Já dei a minha opinião sobre o (deprimente) jogo com o Condeixa… 🙂
Estás apreensivo para 2 jogos com o Braga, em casa, e um com o Benfic@, fora, porquê?
É que lendo a tua opinião sobre estes últimos jogos, tirando a critica que fazes ao desacerto no remate, parece que está tudo bem.
Eu vejo muitos problemas e não me parece estar tão apreensivo como tu. 🙂
Chegamos a esta fase em uma defesa direita competente para jogar com as equipas da nossa iguala.
O défice de altura e de capacidade de combate da equipa salta à vista perante a realidade das 3 rivais neste domínio – mais a capacidade de usar o físico do que a altura.
Acresce a isto alguma falta de fio de jogo que se demonstra ultimamente a que se acrescenta falta de velocidade e objectividade no nosso futebol.
A Andrea Jacinto tem bons pezinhos, tem mais físico do que a maioria das nossas jogadoras mas apresenta uma falta de competitividade preocupante. É lenta e pouco intensa, perdendo grande parte do excelente potencial que tem. Tivesse ela o empenho e a competitividade da Tatiana e tínhamos ali uma senhora jogadora. Assim… vamos ver!
A Raquel Fernandes parece andar desmotivada.
A Capeta, mal aproveitada, na minha opinião, anda ansiosa por mostrar serviço e precipita-se constantemente, acabando por ficar mais ansiosa ainda.
A Carolina Mendes é lenta, pouco competitiva e falha muitos golos. Sendo uma das mais bem pagas do plantel, não justifica!
Muitas das mais jovens ainda estão longe de convencer e estar prontas para competir em jogos contra Braga, Benfic@ ou Famalicão. Contra as equipas de pinos, enfim, aguentam-se… mas nota-se a diferença para outros tempos em que havia outras soluções.
A Baldwin, a Peres e a Meister (que está lesionada com alguma gravidade) são mais para consumir dinheiro do que outra coisa. Não trazem nada que algumas portuguesas que andam pelo nosso campeonato não tenham.
Temos um 11 bem razoável, 2 ou 3 suplentes que dão algumas garantias, mas o resto está num patamar muito inferior.
Parece que cada ano que passa o plantel é pior!
E, como disse noutro comentário, um Antunes fazia um plantel do FF muito melhor do que este… Imaginem se fosse para somar a este!
PS – … e isto deixa-me possesso! Era tão fácil ter uma grande equipa de FF!
2 Março, 2021 at 17:15
Espera lá!
Na primeira fase, o Sporting foi jogar FORA contra o Benfocas.
E agora volta a jogar FORA com o Benfocas?
Que raio de merda é esta?
2 Março, 2021 at 17:24
É a 1ª volta.
Na 2ª volta jogamos em casa…
Teikirizi! 😀 😀 😀
2 Março, 2021 at 17:28
Ah, ok.
Como isto não é seguido, já nem me lembrava que agora é a 2 voltas.
2 Março, 2021 at 17:46
Miguel, a apreensão é pelo FACTO de termos muito menos unidades de treino de conjunto e mais carga competitiva que qualquer dos rivais pois tivemos13 jogadoras nas seleções (e a maioria com muitos minutos de jogo, bastante intensos física e emocionalmente e com várias viagens).
É, aliás, nesse sentido que falei do copo meio-cheio no que concerne aos processos coletivos de construção ofensiva no jogo com o Condeixa: porque relevo o FACTOP de isso ter acontecido num contexto de preparação muito desfavorável.
Não quer dizer que, noutro contexto, não tivéssemos obrigação de produzir algo mais. Mas, mesmo assim realço 3 bolas nos ferros, 3 grandes defesas da Liliana Almeida, 5 falhanços clamorosos da Carolina Mendes e 1 da Raquel Fernandes. Acho que estes números falam por si. (tenho os tempos e as situações de qualquer das ocasiões pois vejo o jogo tomando apontamentos)
Mas o que me deixou relativamente “descansado” no jogo com o Condeixa é o mesmo que me deixa preocupado nos jogos com o Braga [muita carga competitiva (concentrada em 2 semanas e meia), pouco treino de conjunto e pouca eficácia na concretização]. Espero para o jogo com o Benfica algum maior “conforto” nos processos coletivos e na carga física.
Um abraço e saudações leoninas
2 Março, 2021 at 17:52
Permite-me discordar da “apreciação” que fazes ao desempenho da Raquel Fernandes e da Andreia Jacinto (que, por acaso, foram as jogadoras que mais quilómetros fizeram no jogo); já quanto à Tatiana , até acho que ela (muito naturalmente) acusou o imenso desgaste físico e emocional dos jogos da seleção, sendo muto menos influente no início da transição ofensiva do que lhe é habitual; valeu-nos aí o ótimo jogo da Nevena e da Bruna (IMPERIAIS!)
SL
2 Março, 2021 at 18:32
O que falo sobre as 3 jogadoras não tem a ver com este jogo. Tem a ver, no caso da Raquel, com os últimos jogos, inclusive com o Famalicão, e nos casos da Tatiana e da Andreia com o desempenho normal delas.
A Tatiana não é uma máquina mas, especialmente para o panorama nacional, é uma jogadora de rotação elevada, muita luta, mesmo não tendo muito corpo e altura. Exactamente o que EU ACHO que falta à Andreia, que com a altura que tem e o (mais) corpo que tem podia ser muito mais jogadora que a Tatiana poderá alguma vez aspirar a ser – ou seja, o potencial da Andreia é bem maior do potencial da Tatiana comparando os mesmos momentos das carreiras.
Ao ver jogos da formação deu para ver logo que a Andreia era diferenciada tecnicamente. Mas também dava para perceber que era um bocado “molengona”. E mantenho esta opinião, sendo esta a 2ª época que está a competir na equipa principal – onde já é muitas vezes titular.
Podemos puxar a Joana Martins a esta conversa, porque é outra miúda com boa técnica – para a realidade nacional – mas depois tem o problema da altura e da falta de corpo para aguentar a luta no meio campo. A única maneira de contornar esse défice físico é a velocidade aliada à técnica, que teria de ter muito mais. Isto é básico dos livros.
Sem velocidade, sem uma técnica apurada em velocidade, eu diria também que sem alguma força, dificilmente a Joana Martins poderá aspirar a jogar em equipas do nível das melhores em Portugal, e muito menos noutras melhores lá fora.
No caso da Andreia, ainda é jovem, e tem outras capacidades físicas – altura e mais corpo – e por isso tem, à partida, bem mais potencial que a Joana. Mas se não trabalhar a competitividade e não melhorar a velocidade a que joga, dificilmente será a jogadora que o seu potencial indicava.
E agora puxando o Sporting para isto, não me parece que estejam a trabalhar as raparigas nestes aspectos que eu falo e que, na minha opinião, serão fundamentais para as elevar ao seu potencial máximo.
2 Março, 2021 at 18:33
Espero que tenhas razão. 🙂
2 Março, 2021 at 18:01
É pá essa equipa B é dose… que máquinas.
Vamos ter fé que a A ainda nos faz ver uma gracinha 🙂
2 Março, 2021 at 18:40
Resultados interessantes, especialmente por ser uma equipa tão jovem, mas convenhamos que a realidade da 2ª divisão é tão má que provavelmente uma equipa de pernetas daria luta a muitas equipas…
O nível é muito baixo.
Por alguma razão o Benfic@ ganhava de 40-0 e de 50-0, ou quase…
ia dizer que só visto mas, a sério, nem vale a pena!
2 Março, 2021 at 19:04
Boa sorte às meninas. Têm de correr atrás…
A ver como fica o torneio a 3, e se o Fama faz alguma coisa.
2 Março, 2021 at 19:22
Acho que o Fama ainda tem uma palavra a dizer. Colocava esta “corrida” a 4.
SL
2 Março, 2021 at 19:18
Miguel acho que está a exagerar os contextos.
É verdade que o nível da 2ª divisão (então este ano) é baixo. Mas estamos a falar de uma equipa B que ainda é mais juvenil que nos outros anos porque, dado não haver competição de formação esta foi a forma encontrada (MUITO BEM) para manter em contexto competitivo as miúdas mais novas dos (15 aos 17 anos. E estamos também a falar de um desnível competitivo tão acentuado que só pode ser baseado numa grande qualidade técnica e tática das nossas jovens jogadoras.
Repare que elas “saltam” de um contexto competitivo com (15, 16 e 17 anos deveriam estar a jogar Futebol de 7) para as competições sub 19 (Futebol 9) e Senior (Futebol 11) com essas idades.
São contextos físicos, técnicos e táticos muitíssimo diferentes e mais exigentes. Exigem não apenas jeito e entrega, mas também a construção de uma “cultura tática” evoluída e de um enorme poder de adaptabilidade.
As 6 jogadoras de 15 anos e as 5 de 16 anos (e, talvez até algumas de 17 anos) passaram diretamente do Futebol de 7 para o Futebol de 11, uma vez que o ano passado quase não houve competição de formação.
Ou seja, mesmo reconhecendo o fraco nível competitivo da 2ª Divisão, estamos a falar de jogadores que até este ano só tinham jogado futebol de 7 nas sub 17 e em competições distritais. Por isso, os números, mesmo nesse contexto, são muito relevantes. Até porque o contexto de desequilíbrio tende a propiciar o relaxamento e, no entanto o foco, tem sido permanente. Algumas desta meninas de 15 anos estavam, há 3 anos, num contexto em que perdiam metade dos jogos porque competia contra equipas só de rapazes e mais velhos que elas.
E mantiveram sempre o foco quando isso também poderia desmotivar. Passaram de uma realidade para a quase diametralmente oposta em termos de resultados competitivos, mas não largaram por um segundo o foco nos objetivos formativos e competitivos com que são confrontadas.
Principalmente por isso, deposito nestas jogadoras uma total confiança e um imenso orgulho em vestirem com tanto brio e competência a listada verde e branca com o emblema do leão rampante.
Um abraço e saudações leoninas
p.s.1: sei que o Miguel também partilha o mesmo sentimento em relação a estas jovens. Apenas fiz questão de salientar algumas especificidades importantes dos contextos em que têm evoluído para que o conjunto dos tasqueiros fique com uma mais assertiva impressão sobre a qualidade destas
p.s.2: a média de golos marcados destas jovens leoas é de 12,17 golos, num plantel com uma média de idades de 17,6 anos e sem uma única estrangeira; o Benfica em 2018/19 na mesma 2ª divisão, tev 13,03 golos por jogo, num plantel com uma média de idades de 24 anos e onde militavam 11 brasileiras, 1 cabo-verdiana e 1 espanhola (teve esta equipa do carnide-sul mais estrangeiras que as que representaram a equipa A do Sporting nos 5 anos que leva este seu projecto)
2 Março, 2021 at 21:03
Mas eu mencionei isso, Álvaro.
Obviamente dou valor às miúdas… Como podia não dar? 🙂
Como dava ENORME valor à nossa equipa feminina que jogava num campeonato só de equipas masculinas. O que eu adorava isso, nem te passa pela cabeça!
Mas, aqui sim, elas eram puxadas ao máximo.
Nesta 2ª Divisão actual, especialmente este ano como tão bem salientas, onde muitas mas melhores más equipas até andam a fazer que jogam futebol na 1ª Liga, o desafio é pequeno. Existe, mas é pequeno.
As equipas são muito más, Álvaro. Tu olhas para um jogo dessas equipas e parece que nunca viram uma bola. Algumas parece que nem correr sabem – faz-me lembrar a Perez! 🙂
Sim, tem algum valor mas, caramba, não vamos exagerar…
Eu sou 100% formação. Agora, sou exigente com a formação.
Estes jovens que estão hoje na nossa equipa principal masculina, nomeadamente o Quaresma e o Inácio, o Nuno Mendes e o Matheus Nunes, o Tiago Tomás e o Jovane, são jovens com qualidade para estarem ali. São competitivos. Sabem ter a intensidade necessária. São bons tecnicamente. São jogadores jovens mas tão bons como os outros – por isso jogam e alguns até são titulares! O nosso 11, na maioria dos jogos até agora, joga com 3 juniores! Juniores! Nem sub23, nem vindos da equipa B. Jogadores que deviam/podiam estar a jogar nos sub19!
Depois tens um rol de jogadores da nossa formação que subiram à equipa principal com todos os predicados para realmente fazerem parte do plantel. Ronaldo, Nani, Quaresma, Moutinho, Patrício, Viana, Beto, Cedric, Adrien, William, etc…
Não vejo miúdas a chegarem ao plantel principal com esta qualidade – proporcionalmente falando! Mesmo dando o desconto do contexto ser algo diferente – para pior. A diferença é muito grande.
A Marchão veio para o Sporting com 19 ou 20 anos e já era uma jogadora de nível, que não vejo nenhuma jovem da formação ter. Se considerar que para eu considerar ser jogadora, ou jogador, tem de se ser competitivo, a Marchão já era. Não vejo isso na Andreia, que é a que tem maior potencial, nem nas outras. Talvez um pouco na Alicia.
Agora, vejo muito mais isso nas 3 ou 4 jovens destas idades que estão no plantel principal do Benfic@ e vieram da formação – o que me leva até a questionar porque raio estão no Benfic@ se podiam perfeitamente estar no Sporting, que começou 2 anos antes todo o processo.
Se calhar sou demasiado exigente com estas coisas… 🙂
2 Março, 2021 at 23:50
Mais uma vez, caro Miguel há-de me dizer quem são essas 3 ou 4 miúdas do Benfica que vieram da formação.
O Benfica aderiu ao FF em 2018/19 num plantel de 30 jogadoras com 13 estrangeiras e 6 portuguesas com 19 anos ou menos (que estavam no plantel para fazer “quota” para as estrangeiras); as outras 11 jogadoras tinham mais de 21 anos.
Em 2019/20 a formação começou a meio de Outubro e acabou no princípio de Março. Desde então até agora não houve formação.
Analisemos o “percurso” das tais jovens do Benfica:
* Ana Seiça 19 anos – 15 jogos este ano na equipa A com 1301 minutos de utilização; 1 jogo (1) na formação do Benfica em 2019/2020; antes disso no Condeixa.
* Joana Nunes 17 anos – 6 jogos nas sub 19 do Benfica; antes disso no Atlético da Malveira;1 jogo (27 minutos ) na equipa B (3ª Divisão).
* Catarina Amado 21 anos – (2ª época no Benfica; entrou “mais velha” que a Joana Marchão) 18 jogos (1415 minutos) na equipa A; fez toda a sua formação no Estoril Praia e foi transferida já como senior
* Sara Teixeira – 1 jogo na Equipa B (3ª Divisão)
* Andreia Faria 20 anos – 14 jogos (653 minutos) na equipa A, 6 jogos na formação do Benfica nas sub 19
* Maria Malta 17 anos – 3 jogos (27 minutos)no Benfica B (3ª Divisão)
* Catarina Martinho 18 anos – 5 minutos na equipa A e 3 jogos na B (3ª Divisão); entre o início da época de 2014/15 e o final da época 2018/19 fez a sua formação no Olivais Sul e no Fófó
* Francisca Nazareth 18 anos – 11 jogos (432 minutos) na equipa e 1 na B (3ª Divisão).
* Érica Ventura 17 anos- 3 jogos (27 minutos na equipa B (3ª Divisão)
* Amélia Silva 18 anos – 5 jogos (81 minutos) na equipa A e 5 jogos na B (3ª Divisão)
De todas estas jogadoras apenas 2 são internacionais A (Andreia Faria 6, 3 das quais na Algarve Cup e Francisca Nazareth (1 na Algarve Cup).
Como vê não vejo quais as jogadoras que vieram da formação do Benfica (???) que têm toda essa qualidade.
Já do Sporting posso indicar a Inês Pereira, a Alícia Correia, a Bruna Costa, a Andreia Jacinto, a Marta Ferreira, a Neuza Besugo (e não conto com a Joana Marchão e a Ana Capeta que começaram pelas Seniores mas com 19 e 18 anos respetivamente)
SL
3 Março, 2021 at 4:52
Bem.
E’ manter as melhores & melhorar como se espera numa organizacao como a nossa.
SL
3 Março, 2021 at 11:45
Álvaro, isso parece-me um bocado fundamentalismo bacoco… 🙂
Se alguém joga na formação e passa para a equipa principal, para mim o termo “veio da formação” faz sentido, mesmo que só tenha lá estado um ano ou dois – e obviamente não podiam estar mais porque o clube antes não tinha essa modalidade.
Falo das 2 laterais – uma encostou a prima do Bernardo, que até já jogou no nosso clube – e de uma média que joga sempre e outra que joga várias vezes.
Óbvio que aqui é tudo uma questão de opinião.
Há quem se babe pela Andreia Jacinto e eu acho que lhe falta muita coisa para se chegar ao ponto de um adepto se babar. Gostos e exigências diferentes, obviamente.
Vamos lá ver se nos entendemos de vez sobre o que é “vir da formação”…
A Inês Pereira NÃO vem da formação do Sporting porque SEMPRE pertenceu ao plantel principal da equipa. O facto de estar no plantel principal com idade de junior é irrelevante para isto.
Não passou ano nenhum na formação, melhor, não esteve em momento algum ligada à formação – o que não a impediu de jogar alguns aí – pelo que não se pode dizer que a Inês veio da formação para a equipa principal. Mas pode-se dizer que estando na equipa principal fez uns jogos pela formação – para dar ritmo até!
A Bruna Costa está exactamente na mesma situação. NUNCA foi da formação do Sporting!
Aliás, como a Marchão ou a Capeta. Não percebo porque a Marchão e a Capeta não contam, por terem entrado directamente para o plantel principal, mas a Inês e a Bruna contam quando também entraram directamente para o plantel principal. Algo não bate certo aqui.
O Benfic@ aparece no FF em 18/19, e logo com formação.
Portanto, quem passou pela formação do clube antes de passar a pertencer ao plantel principal do Benfic@, vem da formação, tenha lá estado 1 ano, seis meses, feito 20 jogos, 40 jogos, 1 jogo ou até nenhum jogo. É irrelevante o nº de jogos que se fez. O que é relevante é em que plantel está: se no principal, se nos da formação.
Depois, serem internacionais ou não é também irrelevante para esta discussão – se vem da formação ou não.
A Joana Martins é internacional A portuguesa e eu não lhe dou grande valor por isso. Não acho que tenha capacidade, actualmente, para ser titular do Sporting, e muito menos da selecção ou até de estar entre as 20 ou 30 melhores. E, pelo que já expliquei atrás, ou trabalham a rapariga para ganhar o que lhe falta e ainda pode ter, ou dificilmente será uma jogadora de relevo, por mais bons pezinhos que tenha.
Eu não domino os nomes das jogadoras do Benfic@ mas pelo que falas as jogadoras a que me referi são a Catarina Amado, a Ana Seiça e a Andreia Faria.
Eu vejo qualidade nestas miúdas e, mais, vejo que são altamente competitivas – que é exactamente o que digo que falta à Andreia Jacinto e a outras jogadoras da nossa formação.
Acho que todas foram para o Benfic@ para a formação. E daí é que passaram para o plantel principal. Nenhuma veio directamente para o plantel principal, que aliás estava cheio de estrangeiras e lhes tapavam o espaço para se poderem afirmar. Se só estiveram 6 meses ou 1 ano na formação, como disse, é irrelevante para o termo “vieram da formação”. Este terno não implica terem feito TODA a formação no clube mas simplesmente terem entrado na formação e depois passado para o plantel principal. Ok?
Desculpa que diga, Álvaro, mas esse fundamentalismo que no Benfic@, ou no Porto, é tudo uma merda é tão redutor que até me custa a entender como se vai por aí… O Benfic@ é um clube enorme, como o é o Sporting e o Porto, e são estes 3 clubes que sustentam em grande parte todo o desporto nacional – mesmo achando que o Sporting está à frente nisso! O facto de haver o Benfic@ gente pouco recomendável, isso não os faz trabalhar mal em muitas das modalidades. E, neste caso concreto, tendo o Sporting começado 2 anos antes,é até uma tristeza, para mim, que não tenha conseguido apanhar todas as boas jovens jogadoras que havia por aí, porque teve essa possibilidade. Como é que o Benfic@ chega 2 anos depois e consegue montar equipas na formação, onde o grosso são jovens portuguesas, com uma qualidade similar à nossa? Isto só é possível porque muitas das boas jovens que andavam por aí não mereceram a atenção do Sporting. E isso é que me lixa.
Quando se compete em igualdade, como agora, é normal que umas vão para o Sporting e outras para o Benfic@, até pela sua afinidade clubística. Agora, quando só há um clube, como é que esse clube não absorve todos os talentos da região? Só por incompetência!
3 Março, 2021 at 12:24
Fundamentalismo bacoco é insistir numa ideia que é desmentida pelos factos e afirmar para justificar a insistência « … quem passou pela formação do clube antes de passar a pertencer ao plantel principal do Benfic@, vem da formação, tenha lá estado 1 ano, seis meses, feito 20 jogos, 40 jogos, 1 jogo ou até nenhum jogo. É irrelevante o nº de jogos que se fez.»
Irrelevante??
Eu forneci-lhe a lista de jogadores e o seu histórico. E quem é que o Miguel aponta? as 3 que “podia”: « … as jogadoras a que me referi são a Catarina Amado, a Ana Seiça e a Andreia Faria.»
Ora a Catarina Amado fez TODA AS SUA FORMAÇÃO NO ESTOPRIL PRAIA e foi para o Benfica com 20 anos!
A Ana Seiça fez 1 jogo na formação do Benfica onde entrou na época de 2019/20 e, depois, jogou esta época 1305 minutos. Formação fê-la em vários anos no Condeixa.
A Andreia Faria foi para o Benfica com 18 anos fez 6 jogos nos sub19 e ascendeu à equipa A; tem 6 anos de formação no Digo Cão, 2 no Abambra e 1 no Vilaverdense (só na formação do Diogo Cão tem tantos anos quantos os jogos na do Benfica).
«… A Inês Pereira NÃO vem da formação do Sporting porque SEMPRE pertenceu ao plantel principal da equipa. O facto de estar no plantel principal com idade de junior é irrelevante para isto.
Não passou ano nenhum na formação, melhor, não esteve em momento algum ligada à formação – o que não a impediu de jogar alguns aí – pelo que não se pode dizer que a Inês veio da formação para a equipa principal. Mas pode-se dizer que estando na equipa principal fez uns jogos pela formação – para dar ritmo até!
A Bruna Costa está exactamente na mesma situação. NUNCA foi da formação do Sporting!»
Está muito enganado o Miguel. Quer a Inês Pereira quer a Bruna Costa foram Campeãs Nacionais de juniores sub 19 e conquistaram a Taça de Portugal no mesmo escalão, ambas com idades de sub17.
«… Não percebo porque a Marchão e a Capeta não contam, por terem entrado directamente para o plantel principal, mas a Inês e a Bruna contam quando também entraram directamente para o plantel principal. Algo não bate certo aqui.»
Se não percebeu, jugo que fica explicado sobre a explicação que acabei de dar sobre a lnês e a Bruna: estas jogaram nas sub 19 a joana Marchão e a Ana Capeta não. Mas repare que não ter incluído estas últimas até foi um “bónus” para a sua argumentação porque considerei na Lista do Benfica a Catarina Amado
« … Desculpa que diga, Álvaro, mas esse fundamentalismo que no Benfic@, ou no Porto, é tudo uma merda é tão redutor que até me custa a entender como se vai por aí… » .
Mas onde é que eu escrevi que no Benfica ou no Porto (que até nem tem FF, nem sei porque vem à baila) é tudo uma merda.
O que digo é que ainda é cedo para avaliar na equipa A do Benfica um reflexo da sua formação EXATAMENTE porque o seu projeto é 2 anos mais recente que o do Sporting e só inclui sub 17b e sub 19 (e agora equipa B); mas acho que têm um bom projecto de formação que dará bons frutos no futuro, permitindo reduzir o número de atletas estrangeiras.
Mas a melçhor prova de que os próprios dirigentes e técnicos do Benfica AINDA não estão confortáveis com esse uso de jogadoras da Formação no seu plantel é ainda insuficiente é o uso da maioria dessas jogadoras na Equipa B na 3ª Divisão e na necessidade que sentiram de reajustar a redução que haviam feito no número de estrangeiras de 11 para 8, contratando 2 no defeso de janeirto e passando para as 10.
Caro Miguel, o amigo é que extrapola das minhas palavras conclusões que são abusivas. Não diminuo a formação do benfica e muito menos digo que é merda. O que faço é a avaliação possível e REALISTA de que ainda não teve tempo de maturação porque começa nun escalão “alto”, iniciou-se na época de 2018/19 e foi interrompida pela pandemia a meio da época seguinte: o que fez desde então (E MUITO BEM) foi incorporar numa recém criada equipa B (a competir na 3ª Divisão; se a 2ª é má imagine a 3ª) as jovens que pôde e que viram a sua formação abruptamente interrompida. Nestas condições falar em comparações de Formação nos plantéis A das 2 equipas é uma tarefa até ingrata para aFormação do benfica que está em clara desvantagem PELOS MOTIVOS APRESENTADOS
SL
3 Março, 2021 at 13:17
Não estás a querer perceber…
“Vir da formação”, que é o que estamos aqui a discutir, implica, na minha opinião que foi quem usou o termo, estar no plantel da formação e passar para o plantel da equipa principal, como aconteceu, só UM exemplo, com o Nuno Mendes.
Ora, a Inês entrou para o plantel principal logo que este foi formado, e o mesmo aconteceu com a Bruno (titular a época toda), com a Capeta e com a Marchão.
O facto da Inês e da Bruna terem jogado numa fase alguns jogos pelas Juniores, porque tinham idade para isso, não as fez pertencer a esse plantel. Treinavam na equipa principal, jogavam na equipa principal e fizeram alguns jogos nas juniores.
Queres entender, entendes. Não queres entender, não entendes.
Não está em causa os jogos que fizeram ou se foram à selecção A. Está em causa estarem integradas no plantel principal ou estarem integradas num plantel da formação.
O Inácio, o Quaresma, o Nuno Mendes e o TT são juniores.
Hoje fazem parte da formação?
Não!
Hoje fazem parte do plantel principal.
Percebes o que está em causa quando eu digo “vem da formação”?
Agora as miúdas do Benfic@, a quem reconheço mais conhecimento da tua parte do que da minha…
Se a Catarina Amado veio directamente do Estoril para a equipa principal do Benfic@, pronto, tens razão aqui. Não é da formação do Benfic@, logo nunca podia ter vindo da formação do Benfic@.
A Andreia Faria e a Ana Seiça foram para a formação do Benfic@ e ascenderam depois ao plantel principal. Podiam ter feito 0 jogos na formação, que para o meu critério é irrelevante – o que é relevante no meu critério é estar no plantel sub19! E ambas estiveram. Portanto, a Andreia Faria “veio da formação” do Benfic@ e a Ana Seiça “veio da formação” do Benfic@ também. O que te “dói” aqui, acho eu, é que tu vês isto como se fosse o Benfic@ a fazer TODA a formação da jogadora e isso não está em causa. Percebes? Não está em causa de o grosso da formação foi feito no Benfic@ ou noutro lado. Fez o grosso da formação onde fez – não sei nem me interessa para esta discussão – mas chegou ao plantel principal do Benfic@ vinda dos sub19 do próprio Benfic@. O que está em causa é se antes de entrar no plantel principal estava num plantel da formação do Clube. E estavam. Se isto não é “veio da formação”, então é o quê?
A Inês, a Bruna, a Capeta ou a Marchão entraram no Sporting directamente para o plantel principal. Logo, não vieram da formação.
Isto não impede que, pelo regulamento que dizem que é considerada formação no clube os jogos até aos 21 ou 23 anos, se possa considerar que qualquer uma das 4 têm idade de formação feita no Clube. Mas são 2 coisas diferentes.
Álvaro, quem “extrapola” és tu porque quem usou o conceito “vem da formação” fui eu, com o meu critério.
Nos jogos que tenho visto do Benfic@, esta época, as duas laterais e a média jogam sempre. O Benfic@ não confia nelas? Epá, acho complicado isso ser verdade se as miúdas jogam sempre, e uma delas até encosta a prima do Bernardo…
Depois, eu não comparei as formações dos 2 clubes.
Disse que ACHO – é a minha opinião – que estas 3 ou 4 jogadoras do Benfic@ apresentam índices de competitividade que eu valorizo e que, por exemplo, nem a Andreia Jacinto, nem a Joana Martins, apresentam, e tenho pena disso.
Tu podes dizer que não tens esta opinião. E pronto. Temos opiniões diferentes… Em tanta coisa que concordamos no FF, discordar aqui não é o fim do mundo, ou é?
Portanto, e resumindo, tens toda a razão na jogadora que veio do Estoril para o plantel principal do Benfic@. Não “veio da formação” do Benfic@.
Nas outras 2, não tens razão.
Ainda que isto seja uma discussão à parte do tema principal, que era a competitividade das jogadoras jovens.