A Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou, na quarta-feira, a atualização da orientação 036/2020, que define as linhas para a retoma do futebol de formação, com obrigação de testes à covid-19 antes dos jogos.

De acordo com a atualização, nas competições entre equipas/atletas em concelhos com taxa de incidência inferior a 120 casos por 100 mil habitantes, as modalidades de médio risco, como é caso do futebol, obrigam à realização de testes rápidos antigénio (TRAg) para 50 por cento dos atletas e equipa técnica e para 50 por cento dos árbitros ou juízes que exerçam as suas funções sem máscara. Esta testagem, com incidência abaixo de 120 casos por 100 mil habitantes, não é obrigatória em contexto de treino.

Por outro lado, se a incidência no respetivo concelho for superior a 120 casos por 100 mil habitantes, é obrigatória, em contexto de treino de uma dada equipa, a testagem a 50 por cento dos atletas e equipa técnica a cada 14 dias e, em competições entre equipas/atletas, nos dias e jogos, torna-se obrigatória a realização de TRAg a «todos os agentes desportivos envolvidos diretamente na competição, no dia da mesma», nomeadamente atletas, equipa técnica e árbitros que exerçam funções sem máscara.

Além disso, para a retoma das atividades desportivas, refere a DGS, «é obrigatória a apresentação de um resultado negativo num teste laboratorial para SARS-CoV-2, realizado nos termos da Norma 019/2020 da DGS até 72 horas antes do início das atividades, por parte e todos os praticantes de escalões de formação de modalidades desportivas de médio e alto risco».

Ora, estas medidas foram criticadas nem 24 horas depois, esta quinta-feira, pela AF Lisboa, que lamenta que, ao invés do «abrandamento» ou do «levantamento total dos condicionalismos até aqui existentes», a atualização da norma 019/2020 da DGS imponha aos clubes seus filiados «uma série de exigências incomportáveis face às atuais condições financeiras».

A AF Lisboa foi, de resto, até ao momento, a primeira a criticar negativamente a atualização da DGS, numa altura em que o regresso aos treinos e às competições está para breve: a partir de 5 de abril, os treinos e provas voltam para modalidades de baixo risco, seguidas das de médio risco a 19 de abril, numa retoma que vai até 3 de maio.