Dia de Futsal, começamos com uma imagem que marca a conquista que fez anteontem dois anos e que esperemos que inspire a que no próximo dia 3 o mesmo cenário aconteça. Esta semana temos dois jogos para falar das duas equipas em relação às competições nacionais e ainda a excelente entrada na UEFA Champions League, um jogo mais complicado do que o esperado e ainda mais uma vitória de classe das nossas Leoas. Três vitórias, mas estamos todos ansiosos para o próximo jogo da UEFA Futsal Champions League que começou da melhor maneira e que por isso mesmo temos ainda mais para falar esta semana.

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No sábado a equipa masculina do Sporting foi até Ponte de Sor vencer por 2-1 o Elétrico, a nossa equipa acabou por ter um jogo mais complicado do que o esperado para terminar a fase regular da Liga Placard no primeiro lugar. A equipa de Kitó Ferreira montou uma boa estratégia e beneficiou da nossa pouca eficácia neste jogo, comprovou-se mais uma vez como Kitó é um ótimo treinador e colocou este Elétrico a jogar mais do que se esperava. Nós até começámos melhores, conseguimos criar oportunidades desde cedo, mas acabou por ser a equipa da casa a marcar primeiro, Rodriguinho muito bem a lançar o golpe rápido em que o Costelinha marcou, dois perigos que estávamos mais que avisados para o que nos podiam causar. Mais um jogo em que até começámos melhores, mas em que foram os adversários a marcar primeiro, neste caso confirmando aquilo que sabíamos que eram as armas da equipa de Ponte de Sor. Nós fomos para cima, nem podia de outra forma, assumimos o jogo e tentámos desde logo empatar o jogo e na verdade fomos criando e tendo muitas oportunidades, mas Diogo Basílio e a nossa eficácia iam fazendo a diferença neste jogo. O nosso domínio era evidente, ia sendo avassalador, mas a verdade é que o golo demorou para chegar, foi já ao minuto 12 depois de muitas oportunidades e de muitas chances não aproveitadas. Erro na defesa do Elétrico, alguma confusão e Taynan a assistir o Erick para finalmente aparecer o nosso golo, finalmente conseguíamos o empate. Depois seguiram-se muitas oportunidades, mas nada de golo e por isso o empate teimava em continuar. Tudo empatado ao intervalo e no segundo tempo nada de novo, muito mais Sporting e muitas oportunidades que não conseguimos aproveitar.

O golo que garantiu a nossa vitória foi marcado pelo Zicky que não desperdiçou e garantiu assim a nossa vitória. A equipa da casa ainda se lançou no 5×4, mas como tantas vezes não deu em nada, porque como já aqui falámos tantas vezes somos exímios a defender este momento de jogo. O Elétrico apesar de tudo e do nosso domínio, acabou por conseguir criar perigo algumas vezes, mas o jogo foi nosso, controlámos do princípio ao fim da partida. Vitória mais que justa, mas com um resultado escasso para o que criámos e fizemos nesta partida. Apesar de tudo, serviu para continuarmos sem perder, serviu para ver como a equipa nunca foi abaixo mesmo com a bola a não querer entrar e foi uma vitória que confirmou o nosso primeiro lugar e respetiva vitória na fase regular.
Já sabemos que nos quartos-final vamos jogar com o Portimonense, o primeiro jogo é já dia 9 de maio pelas 19 horas. Falando da equipa de Portimão falamos de uma equipa que já nos criou problemas e que nos vai dificultar muito a missão nestes quartos. Mesmo sendo uma equipa que perdeu os dois últimos duelos na fase regular, é uma equipa com qualidade e bem trabalhada e nos quartos essa irregularidade já não entra, vão ser jogos à parte, tal como o duelo na taça. Vai ter de ser a nossa melhor versão, sem tantos problemas de eficácia porque não vamos ter o jogo que nos deu aquela vitória confortável contra este Portimonense.

Chegámos à Champions e ao duelo com os russos do KPRF, a equipa do Partido comunista chegava a esta Champions com vários problemas que foram evidentes ontem. Vencemos por 3-2, um jogo complicado, mas em que fomos bem melhores e conseguimos entrar em grande nesta Champions. Batalha épica de futsal que começou com tudo, uma primeira parte de ótimo futsal. Como esperado fomos nós que começamos melhores, por cima e a criar mais perigo, Merlim em grande como sempre, mas mais posse, mais jogo para nós, os russos aqui ainda “frescos” já iam evidenciando alguns problemas. O primeiro golo é nosso, entrada mais forte consumada com um belo golo de Cavinato. Bagirov, que tinha sido uma novidade da equipa, ficou com os olhos trocados e um pouco mal na fotografia. Besik Zoidze, treinador desta equipa quis surpreender e lançou um 5 totalmente russo, com Tsaider, Burkov, Bagirov, Kruchinin e Sokolov, isto é, um 5 totalmente diferente do normal, com jogadores que são segundas e terceiras linhas, por isso mesmo não foi de estranhar que o jogo tenha começado com domínio da nossa equipa.

Assim que entraram os habituais titulares a equipa russa melhorou, principalmente o Raul Gomez e Niyasov, o Pivot titular que nos deu muito trabalho e o jogador responsável pela pressão e por garantir que alguém reage no momento de perda de bola. Jogo muito rápido, os russos foram melhorando, sempre em ataques rápidos, porque sempre que eram obrigados a contruir não conseguiam. Os russos melhoraram tanto que acabaram por empatar e por dar a volta ao marcador, foi o melhor momento dos russos neste jogo e em que souberam tirar proveito das bolas paradas, erros que não são normais na nossa equipa, Raul Gomez a ser fundamental e dois golos sofridos de bola parada, uma raridade que logo depois Nuno Dias corrigiu e como se viu, nunca mais tivemos aqueles problemas. Depois de estarmos a perder, Nuno Dias parou o jogo e deu uma aula tática, no caso aquela paragem com indicações para a bola parada que está a correr mundo, mais um momento onde se mostra a genialidade de Nuno Dias (se não viste clica aqui e vê). Bola parada desenhada por Nuno Dias, Merlim na cobrança, Matos de calcanhar e Cavigol a empatar a partida. Os russos já não conseguiam reagir e levaram novo golo pouco depois, trabalho de Merlim e Rocha a marcar e a ficar mais uma vez à vista como vamos sentir falta dele quando regressar ao Brasil no final de época. Grande primeira parte e tudo para os balneários, no regresso foi tudo bem diferente porque o fomos melhores e tirando um ou outro susto estivemos sempre por cima.

Não existiram mais golos, mas foi uma parte totalmente nossa, controlo do Sporting em absoluto, os russos sempre previsíveis na saída, sempre com dificuldades na construção, aquela defesa como eu tinha falado aqui, esteve sempre com muitos problemas, facilmente conseguíamos abrir espaços na defesa russa, depois o ataque ficava muito ao cargo do Raul Gomez que é um senhor Pivot e do Asadov, que sem Nando ia sendo o jogador mais criativo, mas sempre bem defendido. Muito mais Sporting, acabámos a defender porque os russos colocaram o Bagirov como guarda-redes avançado, mas de nada serviu porque como bem sabemos somos a melhor equipa a defender este momento de 5×4 que como se viu nem estava nada bem trabalhado pelos russos. 3-2, podia ter sido melhor, com um resultado com mais golos, mas foi um grande jogo e uma bela vitória.

Agora vamos jogar neste sábado, dia 1, com o Inter Movistar, o clássico do futsal europeu. O Inter vem de vencer o Ugra, vingando assim a derrota que os russos tinham imposto na final em 2016, mas como se viu estes russos estão longe dessa equipa. Do lado espanhol também uma equipa diferente das que enfrentámos no passado, uma equipa sem aqueles grandes nomes e com um treinador diferente que aposta numa ideia diferente. Este Inter é nesta altura uma equipa com alma, não é a equipa que melhor futsal apresenta, mas é uma equipa muito forte, muito coesa e que com Tino Pérez ficou ainda mais forte em torneios assim, como e viu na Taça e Supertaça de Espanha. Como se com o Ugra, vai entrar o inevitável Jesus Herrero na baliza, Boyis a fixo, Cecílio na ala e Saldise na frente, o outro elemento atrás de Saldise vai ser o Martel ou o Pito, sendo que para o jogo de amanhã a aposta deve recair em Pito. Um coletivo forte, unido e com o Pito a ser a grande individualidade, além de um Saldise em grande forma. Raya e Boyis são os jogadores que dão segurança, os homens que seguram as pontas defensivas, que dão equilíbrio a esta equipa espanhola. Depois Saldise, Pito, Cecílio, Martel Borja estão em grande forma e por isso mesmo vai ser um jogo ainda mais complicado. Não é uma equipa de assumir o jogo, já se viu com o Barcelona, Levante e agora com o Ugra, que o Inter procura marcar e ficar atrás, é uma equipa que gosta de um jogo mais lento e defensivo para depois aproveitar a velocidade de alguns elementos, a capacidade de Saldise de segurar e a qualidade individual de Pito. Uma equipa que defende bem o 5×4 como se viu com o Ugra, mas também como e viu com os russos não é uma equipa tão forte como já foi, é uma equipa diferente e tem um Herrero sempre gigante. Por isso, vai ser um grande jogo, vamos ter que estar ao mais alto nível, sem errar e sem cometer nenhuma falha, mas este Inter está ao nosso alcance, temos tudo para vencer e passar à final.

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Passando para as nossas Leoas, mais uma vitória categórica desta vez frente ao Lusitânia de Lourosa por uns expressivos 10 golos a zero. Mia um jogo onde não tivemos transmissão e onde Rui Ferreira voltou a apostar em 5 jogadoras muito móveis. Entrámos com a Jéssica Silva e a Cristiana Gonçalves, dois universais que podem jogar a fixos e nas alas e que assim nos garantem mais mobilidade, duas jogadoras de qualidade que voltaram neste jogo a demonstrar isso mesmo. Na frente a inevitável Carolina Pedreira e a Carolina Baptista, dois perigos e dois enormes talentos, ambas com menos de 20 anos. Começámos por cima, com o controlo do jogo e por isso mesmo conseguimos chegar ao golo ainda dentro do primeiro minuto, Cristiana Gonçalves a marcar o seu 13º golo da temporada. O domínio continuou e depois de mais algumas oportunidades foi a Jéssica Silva a fazer o segundo, maior tranquilidade e conforto no jogo.

Foi sempre dando Sporting, mandávamos no jogo, controlo da partida e as oportunidades foram se multiplicando, várias intervenções da Belkiss, a guardiã da equipa de Lourosa. O terceiro e quarto golo foram marcados quase seguidos, espaço curto entre o golo da Débora Venâncio e da Cláudia Dias. Esta equipa foi sempre jogando bem, sempre mostrando que vale, sempre controlando, foi mesmo mais um jogo dominado exemplarmente pelas nossas Leoas, que continuam a não ter transmissões ou atenções merecidas, mas que semana após semana mostram toda a sua qualidade. O quinto golo foi marcado pela Carolina Pedreira, é incrível ver a evolução desta jogadora, é um diamante que temos aqui para lapidar, evolui a olhos visto e aqui marcou um belo golo. O sexto foi marcado pela Jéssica Silva, mais um para uma atleta que também tem crescido muito ao longo da temporada. O jogo foi continuando nosso, depois foi a Inês Lima a marcar, que jogadora e que forma em que ela está, sempre que joga ela ou marca ou assiste e sempre está em destaque, mais uma jogadora numa excelente forma e que é pena que a época termine porque dá vontade de a continuar a ver jogar, porque realmente está em grande. O oitavo golo foi da jovem Pivot que Rui Ferreira lançou de início, a Carolina Baptista, mais um talento para se lapidar e que talento que é também a Carolina, que se nota que tem aprendido muito com a Ana Alves. Estes golos foram resultado do bom jogo da nossa equipa, não foram fruto do acaso ou de um mau jogo do Lourosa, foi mesmo a nossa equipa que jogou muito. Este controlo de jogo e as inúmeras oportunidades levaram ao bis da Cláudia Dias e a honra de marcar o último deste jogo coube à Jéssica Silva, a nossa Leoa terminou da melhor maneira, três golos e o décimo tento da nossa equipa. Primeiro lugar nesta fase de manutenção garantido com uma exibição de excelência, com muitos golos e mais uma exibição que serve para mostrar a todos nós o muito talento que existe nesta equipa.

Restam dois jogos apenas para a época terminar, o próximo confronto é com o Chaves no sábado às 16 horas no pavilhão João Rocha, uma das equipas mais interessantes do futsal luso, uma equipa treinada pela Rute Carvalho, uma excelente treinadora. Falamos de uma equipa que joga com a Joana Pereira na baliza, depois a ngela Sousa uma fixo que também pode jogar na ala, mas que é uma jogadora que garante segurança defensiva, depois a Kaká, uma universal que defende bem, mas que tem qualidade, depois a Daniela Campos, uma jogadora que também pode fazer várias funções na quadra, uma universal de apenas 21 anos, com muito talento, mas dentro de todas é a universal mais criativa e mais rápida, uma jogadora que é um perigo e muito completa, até aqui vemos que é uma equipa que tem jogadoras polivalentes, capazes de jogar em várias posições, em vários esquemas e que na frente tem a referência atacante da equipa, uma das melhores finalizadoras do nosso futsal, falo da Nady Brito. Ainda é uma equipa que tem a Raquel Matos ou a Bruna Salgado, várias jogadoras, muita juventude, talento, mas que acima de tudo é um conjunto muito bem trabalhado, a Rute é realmente uma boa treinadora e esta equipa do Chaves é a prova disso. Não esquecer que empatámos no último duelo com esta equipa. Estamos quase no fim, quase na altura de fazermos o balanço de tudo, mas o que custa mesmo é na altura existirem mais dúvidas que certezas em relação a esta equipa, mas elas continuam semana após semana a mostrar que merecem mais atenção, mais protagonismo e mais apoio, a começar pela direção. Nem sempre foi fácil, mas estas leoas são enormes!

*às quartas, o Zé Ricardo mostra que está mais atento que o mister Nuno Dias e traz-nos todas as novidades do Futsal