Ao contrário de jogos recentes, o Sporting entrou sem pressão e completamente focado em atirá-la para cima do adversário. O resultado foi uma primeira parte que podia ter dado em goleada e uma segunda a gerir e a colocar um ponto final com um dos golos de um campeonato que vai ficando cada vez mais pintado de verde e branco

paulinho-golo-sporting-rio-ave

Don’t need permission
No competition
Our time is now, our time is now
So start the mission
Bet our commission
Live for the minutes
Our time is now, our time is now
We came to win it
From start to finish

Não sei qual foi a palestra de Ruben Amorim antes do jogo, mas a equipa entrou em campo como se tivesse estado a ouvir o Slizzy McGuire a cantar a motivadora “Start to Finish” (está aqui, podes clicar e ir ouvindo enquanto lês)

Com os regressos de Adán, Gonçalo Inácio, João Mário e a estreia a titular de João Pereira, no lugar do lesionado Pedro Porro, o Sporting atirou-se ao Rio Ave desde o primeiro minuto e aos 13´já tinha enviado duas bolas aos ferros, primeiro por Coates, depois por Palhinha, sempre em lances de bola parada, coisa que quando se fizer o balanço da época se perceberá que foi uma das chaves para o desfecho da mesma (e ao tempo que nos queixávamos da inoperância neste tipo de lances, tanto a defender como a atacar).

Nuno Santos e Pedro Gonçalves puseram Kieszek à prova e com o Rio Ave incapaz de sair do seu meio-campo (notável como, perante uma equipa que gosta de ter a bola no pé, o Sporting foi capaz de fazer pressão tão sufocante que o adversário apenas conseguia despachá-la), o golo acabou por surgir com naturalidade, embora num lance que levanta discussão: Paulinho insiste numa bola que Ivo Pinto deixava sair de mansinho e o esférico acaba por bater no braço do vilacondense. Sou-vos sincero, continuo a achar uma estupidez marcarem-se penaltis destes, mas a verdade é que tudo o que leva a ser assinalado está lá: braço completamente afastado do corpo, aumentando a volumetria e alterando a trajectória da bola. Pedro Gonçalves não falhou e quando Miguel Cardoso vem dizer que esse lance mudou o jogo só soa a desculpa de gajo que levou um amasso durante 45 minutos e nem sabe como não foi para o duche com a derrota confirmada (saem dois dedos do meio a dançar para o sr treinador).

No reatamento, Cardoso lançou Carlos Mané e o “nosso menino” ofereceu dez minutos em que pairou a possibilidade do Rio Ave poder chegar ao empate. Amorim viu, e bem, que a equipa parecia estar a dormir e dava margem a Mané e Dala de andarem demasiado tempo com bola e não hesitou: Matheus Nunes lá para dentro, no lugar de Nuno Santos, e tudo voltou ao normal. Sporting completamente dominador, com tempo e calma para assistir o coroar de uma grande exibição por parte de Paulinho (o melhor, a par de Coates e Palhinha), com uma bomba de fora da área, candidata a golo de um campeonato que vai ficando cada vez mais pintado de verde e branco e que, para já, inscreve o Sporting na história como a primeira equipa a estar invicta 31 jogos consecutivos.