Donnarumma era o símbolo do Milan. Um jovem formado no clube, o jogador mais qualificado da sua posição, internacional italiano.

Em 2017, no momento da sua renovação do seu vínculo contratual, houvera pedido mais dinheiro… deixando a porta entreaberta para o seu abandono. O Milan far-lhe-ia todas as vontades, seguindo todas as directrizes do seu empresário, o famigerado Mino Raiola. Além dos prémios de assinatura, do salário principesco, o pedido especial: a contratação do seu irmão António, para terceiro guardião do clube.

Chegamos a 2021. Durante este período, Gigio, como sempre foi conhecido, jamais perdeu a titularidade do clube. Pelo contrário, a esta juntou a da selecção italiana. Foi a cara e referência de um projecto que, este ano, deu a entender querer voltar a patamares passado. Este ano, também, voltou-se a viver mais um episódio da saga “Donnarumma e o seu agente com os contratos”. A findar, novamente, o seu vínculo, o seu empresário, que também é o de Ibrahimovic ou Balotelli, pediu 8 milhões de euros por temporada para o jovem prodígio e 20 milhões de comissão para si.

Imediatamente, teve a resposta de Paolo Maldini, uma lenda que sempre vestiu a camisola rossonera, e que, actualmente, é director desportivo: não há ninguém maior que o clube, pelo que as negociações findariam nesse momento, não sendo o vínculo contratual renovado.

Donnarumma abandonaria o clube, pensando-se que, no dia a seguir, surgiria com a camisola de outro emblema. Não aconteceria! Aliás, o jogador, já em preparação com a sua selecção para o Campeonato Europeu, ainda não tem clube, aventando-se que possa participar na prova como desempregado. As razões, para tal, são claras. Assustados com as múltiplas exigências de Raiola, clubes como o Barcelona ou a Juventu, terão achado que o guardião não valeria tantos sacrifícios financeiros e morais no que tange às cedências ao empresário.

texto retirado da página A Economia do Golo