No último post procurei explanar a minha percepção sobre o estado preocupante em que se colocou o Futebol Feminino do Sporting, que motivos conduziram a esse estado e que caminhos propunha para o solucionar. No post desta semana vou procurar alargar um pouco o âmbito daquela análise, ensaiando demonstrar o porquê de ser este o tempo DECISIVO para se operarem às apostas correctas para investir na equipa e no Projecto de FF.
Permitam-me começar por elencar uma série de momentos-chave para aquilo que considero a enorme transformação do Futebol Feminino, porque exponeciaram o seu potencial de espectáculo, de competição e de negócio.
Momento 1, Campeonato do Mundo Canada 2015, 6 Junho/5 Julho: é a primeira Fase Final de Mundial com 24 nações participantes (sendo 8 estreantes); houve um total de 1.353.506 espectadores nos estádios, dando a média de assistências de 26.029 pessoas por jogo (no anterior Mundial, na Alemanha houve 845.657 espectadores nos estádios dando uma média de 26.426 por jogo); no jogo da final, em Vancouver, com a presença de 53.341 espectadores Os EUA bateram o Japão por 5-2 ultrapassando assim os nipónicos em número de títulos ao conquistarem o seu 3º Mundial; os espectáculos produzidos em muitos dos jogos mudaram a forma como o público passou a entender o FF; jogadoras como a consagrada brasileira Marta as americanas Tobin Heath, Megan Rapinoe e Carli Lloyd, as alemãs Celia Sasic e Dzsenifer Marozsán, a jovem holandesa Viviane Miedema, a revelação canadiana Kadeisha Buchanan ou a possante francesa Wendie Renard mostraram ao mundo que o Futebol Feminino já não era só jogado na base da diferenciação física ou atlética e que já oferecia ao público muita espectacularidade, bastante fantasia e um muito maior rigor táctico. Mas, sobretudo, impressionaram a “indústria” do Futebol ao mais que duplicar as assistências televisivas e quase quadruplicar as receitas (bilheteira, direitos televisivos, direitos de imagem, sponsoring e publicidade) relativamente ao Mundial da Alemanha. Canadá 2015 foi a primeira amostra do filão em que se viria (e ainda está) a tornar o Futebol Feminino.
Momento 2 (Portugal), verão de 2016: a F.P.F. faz um convite aos Clubes da 1ª Liga da LPFP para criarem equipas de Futebol Feminino com entrada directa no Campeonato Nacional Allianz de 2016/2017. Apenas aderiram as SADs do Sporting, do Braga, do Estoril Praia e do Belenenses. Curiosamente, os 2 últimos Clubes com maioria da SAD privada e os 2 primeiros com Presidentes claramente mais vocacionados para a sustentabilidade das suas SADs e abertos a todas as oportunidades que apresentassem bom potencial de expansão. A equipa do Restelo, como resultado da crescente fractura entre SAD e Clube, desiste do projecto ainda a meio da primeira volta. Sporting e Braga fazem apostas muito sérias no sentido do aumento da competitividade e do espectáculo e o Sporting aposta ainda na expansão mediática do jogo como sustentáculo da sua futura sustentabilidade e no recurso à Formação e à jogadora portuguesa. Nessa época, o jogo para Sporting vs Braga para o campeonato disputa-se no Estádio José Alvalade e pulveriza o recorde de assitência com um público de 9.263 adeptos; passadas umas semanas, no Estádio Nacional, a final da Taça de Portugal entre as mesmas 2 equipas contaria com 12.213 espectadores, novo record. Qualquer dos jogos teve transmissão televisiva em directo (o 1º na Sporting TV e o 2º na RTP 1, ambos com recordes de shares).
Momento 3, Euro Holanda 2017: o Euro 2017 revela a afirmação de um novo potentado no mundo do Futebol Feminino. Em 2004, as jovens jogadoras sub 19 passaram a poder competir, integradas nos teams masculinos, graças a uma acção de permissão da Real Federação Holandesa de Futebol; apenas em 2007 iniciaram a Liga senior feminina; em 2017, quando hospedam a Fase Final do Europeu, já havia mais de 2000 equipas de Futebol feminino na Holanda, que é hoje já o 4º país com mais praticantes de FF (161.902, a maioria em escalões de formação); em 2015 a Holanda havia participado na primeira fase final de um Mundial (eliminada nos oitavos pelo finalista e bicampeão Japão). Em 2017, conquista o Europeu batendo a tradicionalmente poderosa Dinamarca por 4-2 numa final empolgante; 2 anos depois, seria finalista do Mundial de França, batida pela seleção agora tetra-campeã dos E.U.A. Mas nessa Fase final do Europeu em 2017, houve uma outra estreante: Portugal conseguia a sua primeira presença em grandes competições e teve uma prestação muito razoável ao perder 2-0 com a Espanha (já em franca ascenção), vencendo 2-1 à Escócia e perdendo pela margem mínima com a poderosa Inglaterra (2-1).
Momento 4, (Portugal) 2018/2019, a adesão do Benfica ao FF: na primavera/verão de 2018 o Benfica anuncia que vai criar uma equipa sénior de Futebol Feminino para competir na segunda divisão nacional. A equipa é construída com base num plantel de 30 jogadoras das quais 13 eram estrangeiras (11 brasileiras, 1 caboverdiana e 1 espanhola) e 17 portuguesas, sendo que, entre estas, 1 vinha do Sporting, 1 do Verona, 1 do Logroño, 1 do Cardiff e 3 do Braga, aonde foram também recrutar o treinador João Marques. Era a entrada de um novo “player” de enorme peso (com uma enorme massa adepta e que estava disposto a apostar forte na construção de uma equipa competitiva e também na formação). Como “aperitivo” do potencial de crescimento do jogo, a realização de um Sporting-Benfica, no Estádio do Restelo, em solidariedade com as vítimas moçambicanas do Ciclone Idaí, apesar da transmissão televisiva, registou um novo recorde de mais de 25.000 espectadores. Parecia que, também por cá, os astros se alinhavam para o impulso do FF.
Momento 5, 2019, a) 24 de Março: o Estádio da Juve acolhe 39.027 espectadores para assistirem ao Juve-Fiore a contar para o campeonato; a anterior melhor marca de Clubes no FF em Itália tinha sido de pouco mais de 14.000 espectadores na meia final da Champions(!) entre Verona e Frankfurt, em 2008(!); em jogos da equipa masculina o recorde estava em 41.470 pessoas (apenas mais 2.443 espectadores), quando a Juve recebeu a Roma em Dezembro de 2016. b) 17 de Março: uma semana antes, o Wanda Metropolitano de Madrid recebe o Atletico- Barcelona e regista o recorde Mundial de assistências em jogos entre Clubes, com o número alucinante de 60.739 espectadores.
Momento 6, Junho/Julho 2019 – Campeonato do Mundo França 2019: quer do ponto de vista comercial quer do ponto de vista competitivo e de espectáculo este Mundial foi um sucesso. O relatório FIFA dá conta de 1.120.000.000 de espectadores em todo o Mundo (somando TV e transmissões streaming oficiais) o que significa um aumento de 30% relativamente ao Mundial anterior; a final entre EUA e Holanda, foi a mais vista de todas as decisões de um Mundial Feminino até hoje, pois contou com 82.200.000 espectadores, mais 56% que a final de 2015.
Momento 7, 2018-2021 – o exemplo inglês: para a época 2018/19, a FA (Federação Inglesa de Futebol (Football Association) propicia um grande salto qualitativo nas competições inglesas, ao definir regras para o licenciamento de equipas profissionais a competir na WSL (FA Women’s Super League, a primeira divisão feminina) e de equipas profissionais e/ou semiprofissionais para competirem na FA Women’s Championship (a segunda divisão); simultaneamente garantiu o Banco Barclay’s como grande sponsor oficial da WSL, num contracto de 10M€ em 3 anos, renovável (e da selecção principal feminina); em paralelo garantiu outros sponsors “secundários” como a Budweiser (cerveja), a Lucozade (bebidas energéticas); os prémios de competição, bem como o cada vez maior acesso a bons contratos publicitários tornavam cada vez mais sustentáveis as equipas profissionais e aumentavam a sua competitividade internacional (até 2013, apenas o Arsenal tinha marcado presenças – 5 meias finais e um título; a partir desse ano já marcaram presença o Birmingham, o Manchester City e o Chelsea – finalista vencido este ano). Em 2022, a fase final do europeu será disputada em terras de Sua Majestade e esse será, inevitavelmente, mais um importante factor de crescimento.
Momento 8, a “ousadia” colombiana: no segundo semestre de 2019 a liga feminina de futebol feminino tinha a sua realização em risco, por falta de público. Então, a cerveja Águila entrou em ação ao lançar uma campanha publicitária e promocional sem precedentes: foi lançado ao adepto que idolatra tanto a sua equipa o repto: continuaria a apoiá-lo se o símbolo do seu clube se partisse em dois? Esse foi o passo seguinte dado pela Águila: o Junior Barranquilla, então campeão em título masculino apresenta-se na 1ª jornada do campeonato com metade do seu emblema nos equipamentos e apresenta a equipa feminina com a outra metade. Foi a forma de mostrar aos adeptos que a equipa masculina e feminina são o mesmo team do mesmo Clube; ao mesmo tempo diziam aos adeptos que apoiar um só género do Futebol do Clube fazia deles meios-adeptos. Ser adeptos por inteiro é apoiar e presenciar os jogos dos 2 géneros. A campanha começou a pegar no Barranquilla e cedo se alastrou aos outros Clubes. O campeonato feminino desse ano conheceu um aumento de assistências de 633%!!! o jogo final do campeonato teve uma assistência de mais de 55.000 espectadores. A campanha da Aguila mereceu duas distinções na Epica Awards que distingue internacionalmente as melhores campanhas publicitárias.
Momento 9, as mudanças na Women’s Champions League: a WCL vai, já na próxima época, ter um novo formato que inclui uma fase de grupos com 16 equipas, bem como direitos de marketing e cobertura TV centralizados: Os oitavos-de-final serão substituídos por uma fase de grupos, com quatro grupos de quatro equipas, com jogos em casa e fora. Os dois primeiros classificados apuram-se para os quartos-de-final; Neste momento, apenas a final tem direito a marketing centralizado por parte da UEFA, com as equipas anfitriãs a serem responsáveis por esse aspecto em todas as fases anteriores da competição. No novo formato e acordo, os direitos media serão centralizados da fase de grupos em diante, com a UEFA responsável pela produção de cada jogo para transmissão televisiva ou online. Os direitos de patrocínio serão parcialmente centralizados a partir da fase de grupos para os parceiros da UEFA no futebol feminino; Na sua primeira época, oito dias de jogos da competição (dois na Ronda 2, quatro na fase de grupos e as duas mãos dos quartos-de-final) serão agendados por forma a que não colidam com jogos de outras importantes competições futebolísticas; os seis países melhor classificados (segundo os coeficientes de clubes femininos no início da época anterior, isto é, o Verão de 2020 para 2021/22) terão direito a três participantes e os países classificados entre o sétimo e o 16º lugar contarão com dois. Os restantes países têm a possibilidade de ter uma equipa, que continua a ser o campeão nacional, não se registando alterações neste aspecto; a fase de grupos será precedida por duas rondas, divididas em caminho dos campeões e caminho das ligas (tal como acontece na UEFA Champions League), para garantir que pelo menos dez países estarão representados na fase de grupos; a Ronda 1 será disputada no formato de mini-torneio a eliminar, com meias-finais, jogo de atribuição do terceiro e quarto lugar e final, ao passo que a Ronda 2 é disputada a duas mãos, em casa e fora. Em suma, uma mudança radical que gera muito mais dinheiro e o distribui muito mais.
Poderia citar muitos mais outros dados relevantes, mas acho serem estes os suficientes para se poder compreender melhor o enorme crescimento que está a conhecer internacionalmente o Futebol Feminino e que INVESTIR NELE NESTE MOMENTO NÃO É UM RISCO MAS SIM UMA OPORTUNIDADE DE FUTURA SUSTENTABILIDADE COMPETITIVA E COMERCIAL, QUIÇÁ IRREPETÍVEL.
Para já, neste momento decisivo, nacionalmente, o Benfica parte em enorme vantagem: porque já soube investir mais; porque soube investir melhor; porque está mais bem apetrechado; e porque tem acesso ao eventual retorno financeiro e desportivo da presença na WCL.
O que o Sporting tem obrigatoriamente de fazer, se quiser recuperar a hegemonia nacional e, assim, gerar condições de sustentabilidade e competitividade, é saber investir mais e melhor. Para já, deu um primeiro passo (necessário, mas não suficiente): despediu a “timoneira do naufrágio”. Não avalio a competência técnica da Suzana Cova. Apenas me limito a constatar que falhou nos objectivos em toda a linha. Porque não ganhou qualquer competição. Porque não soube, não quis, ou não teve o poder para construir uma equipa ganhadora. Falta agora o mais difícil: escolher novo timoneiro, definir novo rumo, investir na reconstrução eficaz do barco e garantir uma navegação segura.
* dos Açores com amor, o Álvaro Antunes prepara-nos um petisco temperado ao ritmo do nosso futebol feminino. Às terças!
2 Junho, 2021 at 9:27
Belo pequeno almoço, Álvaro!
Treinador: esqueçam o mercado português e olhem para o mundo, nomeadamente para países onde o futebol feminino leva 20 anos de avanço do nosso. Estados Unidos, Japão, China, Nigéria, Holanda, Suécia, Alemanha. É de um destes quadrantes que tem que vir o ou a próxima treinador/a
Ponto de situação:
atirámos a Diana para tentar conter a insatisfação, deixamos sair jogadoras titulares sem uma palavra de agradecimento
enquanto isso, o benfica vai renovando contratos: Pauleta, Carolina Vilão, Ana Seiça, Sílvia Rebelo, Lúcia Alves, Catarina Amado, Cloé Lacasse
o Braga prepara uma revolução, já sem treinador e sem Rayanne Machado e Hannah Keane (para já)
Famalicão – Vitória Almeida fala em fecho de ciclo, Maurine já foi à sua vida
2 Junho, 2021 at 11:13
Cherba. A Raquel era impossível de manter. Quando tu no teu país, tens um projeto criado para ser campeão brasileiro, como é o caso do Palmeiras, não tens hipótese. Até uma titular da Juventus deixou a Itália e voltou para o Brasil.
2 Junho, 2021 at 11:20
A contratação do Joseph Montemurro, australiano que parece estar de saída do Arsenal (principalmente se conseguir a vir com ele a média ofensiva holandesa Jill Roord), seria uma óptima opção.
Tentar já a contratação da Rayane, da Vitória Almeida e da Telma Encarnação, também seria um ataque ao mercado interessante. Deixar ao treinador ao critério do treinador a escolha de uma defesa central alta, ágil e capaz de sair a jogar, para complementar a Nevena e dominar o jogo aéreo defensivo (e apoiar a Vitória no ofensivo), era mais uma opção assertiva (opção “caseira” de qualidade seria a Gi Santos do Famalicão). A Vanessa Marques é contratação fulcral. Seria a mais assertiva de todas as possíveis para as posições 6/8. Complementar esta (as essenciais) com Anderia Norton e Jessica Silva, seria, construir uma equipa de luxo, capaz de ser muito bem orientada, oferecendo soluções para vários desenhos tácticos e alternativas para mexer os jogos em quaisquer posições sem afectar significativamente a qualidade. COM TUDO PARA SERMOS CAMPEÃS e aceder e passar a fase de grupos da Champions no ano seguinte, o que nos colocaria entre as 8 melhores da Europa, com acesso a receitas muito relevantes e criando um élan que, bem promovido, bem aproveitado, bem potenciado e criando sinergias estruturais e de expansão com o Universo Leonino, tem tudo para ser Projecto de sucesso duradouro.
SL
2 Junho, 2021 at 14:01
A Rayenne acho muito fraca.
Lenta para lateral e dá pau com fartura.
É preciso melhor que isso.
A Vitória Almeida pode ser interessante pelo potencial físico que tem mas não acho essa maravilha que alguns acham.
Dependendo do custo, talvez se encontre melhor.
A Telma, sim, acho muito interessante porque vejo ali talento e muito potencial para se fazer uma média ofensiva com muito golo. Combativa, muito física e possante, difícil de lhe tirarem a bola, um remate interessante para o contexto feminino, muito lutadora…
Esta sim, era de fazer o esforço mesmo tendo de pagar ao Marítimo.
Com um bom treinador, trazia também a Norton que se pode fazer muito mais jogadora se a trabalharem e ensinarem a jogar à bola. É outra miúda física, combativa, ainda que seja algo lenta – deve comer croissaints às caixas! – mas ainda com potencial. Não evoluiu grade coisa nestes 5 anos mas teve sempre treinadores fracos.
A Vanessa não sei como está. Não a vejo jogar há um ano, mas era uma jogadora que eu gostava quando estava no Braga. Dizem que é doente pelo Braga pelo que a vir para Portugal deve preferir ir para Braga, se o Braga a quiser.
Precisamos duma central acima da média e duma 6 como deve ser, possante, boa de pés e alta.
Se não deixarem sair mais gente e trouxerem um bom treinador, isto – uma boa lateral direita, uma central, uma 6, a Norton, uma 9 que poderia ser a Vitória, a Telma e uma média que poderia ser a Vanessa – já melhorava muito a equipa.
Assim já tínhamos equipa para limpar isto!
Mas, para já, o que me preocupa é a escolha do treinador e ver quem vai mandar no FF.
2 Junho, 2021 at 9:50
Será que apesar timoneira do naufrágio sair, será que muda mais alguma coisa no comando da armada?
2 Junho, 2021 at 11:03
Grande post, excelente informação pública. Parabéns.
2 Junho, 2021 at 11:10
“Para já, neste momento decisivo, nacionalmente, o Benfica parte em enorme vantagem: porque já soube investir mais; porque soube investir melhor; porque está mais bem apetrechado; e porque tem acesso ao eventual retorno financeiro e desportivo da presença na WCL.”
O que eu tenho dito aqui ao longo desta época e o pessoal a contestar-me… 🙂
Este época, 20/21, era uma época FUNDAMENTAL para o futuro do FF do Sporting. Era imperativo termos acesso à WCL e para isso tínhamos de ter sido campeões!
Ora, não se criaram quaisquer condições para que esta época fosse um sucesso.
Primeiro, manteve-se uma treinadora obviamente insuficiente.
Segundo, e mais uma vez, houve um desinvestimento no plantel que ficou curto e muito desequilibrado.
Volto a dizer, é tudo um problema de:
a) vontade, acima de tudo!
b) competência.
Não tem havido nem uma coisa, nem outra e é preciso que hajam as duas em paralelo.
Se esta Direcção, ou qualquer que fosse, não consegue alocar 1,5M€ já ao FF do Clube, então são absolutamente incompetentes e não podem continuar a dirigir o Sporting!
É absolutamente inaceitável que no orçamento da SAD, que anda ali nos 60M€, não se consiga meio Eduardo para meter no FF.
No Off Topic de hoje o Jonnybalboa fala numa série de jogadores (6) que nada fazem no Clube e que custaram 30,1M€ mais ordenados. Queimam-se 30M€ no FM com todo o à vontade mas arranjar 1M€ para o FM é um problema, é uma irresponsabilidade, não se consegue porque não há retorno… dizem!
30M€ dava para 15 ANOS de belas equipas de FF!
É tudo uma questão de vontade e de competência. Não é outra coisa.
E não tem havido vontade desta Direcção em fazer algo do FF, e muito menos competência de quem gere a modalidade.
Desde que a Raquel Sampaio saiu, no inicio da época 18/19, que o FF está “aos papéis”. Não que fosse extraordinário, que não era, mas via-se ali uma ideia, um caminho e, principalmente, uma luz para se seguir. Hoje não há nada. É tudo uma escuridão e não me admira que as poucas jogadoras de alguma relevância que ainda tínhamos queiram ir embora…
Quando se é minimamente competente, não se aguenta tamanha incompetência e má vontade como se vê no FF do Sporting!
2 Junho, 2021 at 11:15
O Sporting FF, é gerido como era no tempo de SC. A diferença, na altura eram jogadoras, hoje são dirigentes e treinadoras.
2 Junho, 2021 at 11:45
Álvaro
“O que o Sporting tem obrigatoriamente de fazer, se quiser recuperar a hegemonia nacional e, assim, gerar condições de sustentabilidade e competitividade, é saber investir mais e melhor. Para já, deu um primeiro passo (necessário, mas não suficiente): despediu a “timoneira do naufrágio”. Não avalio a competência técnica da Suzana Cova. Apenas me limito a constatar que falhou nos objectivos em toda a linha. Porque não ganhou qualquer competição. Porque não soube, não quis, ou não teve o poder para construir uma equipa ganhadora. Falta agora o mais difícil: escolher novo timoneiro, definir novo rumo, investir na reconstrução eficaz do barco e garantir uma navegação segura.”
Miguel
“Este época, 20/21, era uma época FUNDAMENTAL para o futuro do FF do Sporting. Era imperativo termos acesso à WCL e para isso tínhamos de ter sido campeões!
Ora, não se criaram quaisquer condições para que esta época fosse um sucesso.”
“Se esta Direcção, ou qualquer que fosse, não consegue alocar 1,5M€ já ao FF do Clube, então são absolutamente incompetentes e não podem continuar a dirigir o Sporting!”
“É tudo uma questão de vontade e de competência. Não é outra coisa.”
“Não tem havido nem uma coisa, nem outra e é preciso que hajam as duas em paralelo.
E não tem havido vontade desta Direcção em fazer algo do FF, e muito menos competência de quem gere a modalidade.”
“Desde que a Raquel Sampaio saiu, no inicio da época 18/19, que o FF está “aos papéis”.”
“Hoje não há nada. É tudo uma escuridão e não me admira que as poucas jogadoras de alguma relevância que ainda tínhamos queiram ir embora…”
Tudo isto.
Dá uma tristeza cá dentro, na alma, ver que podíamos te a hegemonia do FF e que por puro desinteresse /incompetência estamos a deitar tudo a perder.
Para recuperar, quando alguém quiser voltar a recuperar, vai ser muito mais difícil e dispendioso.
2 Junho, 2021 at 13:44
Jaime, preocupa-me muito menos o mal que foi feito até aqui (e devo dizer que começou na última época de BdC, 2017-18 , que se “perdeu” no foco excessivo à equipa de FM fazendo parecer o entusiasmo, apoio e promoção dados ao FF na época de arranque, uma espécie de “tesão de mijo”;
não foi dada a continuidade promocional necessária e começaram os equívocos da construção do plantel – Ana Leite, Carlyn Baldwin, Sharon Wojcik e Carolina Vanegas) do que o cirurgicamente muito bem que é necessário fazer a partir daqui.
A contratação da Diana silva e a despedida da Suzana Cova, parecem-me 2 passos no bom sentido e até podem ajudar a estancar um certo desconforto generalizado no plantel que ameaçava várias saídas.
Mas, importante seria saber quem se contrata para dirigir tecnicamente o projecto, quem se contrata para gerir desportivamente e sustentar comercialmente o projecto e como pretendem recompor o Plantel para voltar a ser dominador em Portugal (porque é isso que TEMOS DE SER!).
Um abraço e saudações leoninas
2 Junho, 2021 at 14:56
Vão sair jogadoras importantes… A Ana Borges já não dá o que dava.
O investimento a faze vai ter que ser bem maior se queremos recupera rapidamente.
E com um projecto sustentado (alguém com inteligência para gerir o projecto).
Receio que o projecto se limite a “apostar na formação” e pouco mais do que isso.
2 Junho, 2021 at 14:16
“Dá uma tristeza cá dentro, na alma, ver que podíamos te a hegemonia do FF e que por puro desinteresse /incompetência estamos a deitar tudo a perder.
Para recuperar, quando alguém quiser voltar a recuperar, vai ser muito mais difícil e dispendioso.”
Tudo isso!
2 Junho, 2021 at 13:51
Epa faz me alguma confusão, que nós voltamos a ter futebol femenino na ribalta primeiros que o benf@s, mas eles é que entretanto foram buscar a maior promessa PT e pelo o que se diz, vai ser a cara do futebol feminino nos próximos longos anos.
Falo claro da Kika Nazareth que carregou o Benfica na 2º metade de época, com apenas 18 anos.
Vamos ver se conseguirmos voltar a colocar o futebol feminino lá em cima, apesar que isso não depende só do Sporting e sim da FPF.
2 Junho, 2021 at 14:02
Stalley, acho a Kika Nazareth uma excelente jogadora com enorme potencial, mas acho-a sobrevalorizada, do mesmo modo que a Andreia Jacinto está a ser desvalorizada. Isto porque a primeira está a jogar num plantel bem mais rico de soluções tendo sido muito menos sujeita a desgaste (em minutos de jogo e em Km percorridos por jogo) e beneficiando muito mais da qualidade técnica e da frescura competitiva da sua equipa.
Foram contextos diferentes, para só falar destas 2, porque depois temos a Maria Negrão no Fama e as 2 internacionais sub 19 do Marítimo, por exemplo.
SL
2 Junho, 2021 at 14:12
Bolas, Álvaro, isso é não querer ver a realidade.
A Kika carregou o Benfic@ às costas.
Ganhou sozinha a final da Taça da Liga.
Não é “mais uma” na equipa do Benfic@. O Benfic@ é ela e mais 10.
A Andreia é uma miúda interessante mas comparando com a Kika perde de “goleada” em vários parâmetros. A Kika é muito mais rápida, é mais combativa, e tem mais golo. 3 parâmetros onde a Andreia perde em toda a linha. Depois, a Kika é muito mais competitiva. A Andreia é mais “mole”.
Só nestas 4 cenas já tens uma diferença assinalável.
Não que a Andreia não seja boa ou não tenha potencial mas, caramba, a Kika vai muito à frente nesta altura e a Andreia até apareceu primeiro. A Andreia já jogava a época passada e a Kika apareceu esta época. Portanto, a Andreia já devia estar mais lançada e não está. E não é por estar desvalorizada. É porque lhe falta intensidade e alguma competitividade.
A Negrão também é interessante mas vamos ver.
Até a Telma já me parece num patamar mais interessante que a Andreia…
2 Junho, 2021 at 19:30
Miguel, peço-lhe desculpa, mas torna-se irritante quando argumenta como se fosse o arauto da verdade.
O Miguel tem uma opinião sobre a Kika e a Andreia que não coincide com a minha. Não me obrigue a mudar de opinião só porque está na sua.
A Kika Nazareth fez 1373 minutos no Benfica e foi a 12ª mais utilizada. A Andreia Jacinto fez 2015 minutos no Sporting e foi a 4ª mais utilizada.
No Benfica houve 20 jogadoras com mais de 450 minutos de utilização e ainda foram a jogo mais 11 jogadoras (31 no total); no Sporting as jogadoras com mais de 450 minutos foram apenas 16 e dessas uma com apenas 451 minutos e as outras 15 todas com mais de 800 minutos. Isto para não falar que boa parte dessas poucas jogadoras mais usadas foram presença recorrente na selecção A, o que ainda aumentava a carga.
Isto são factos, que condicionam a forma das jogadoras. 1º facto: uma craque numa equipa de pinos é uma jogadora mediana; 2º facto: uma jogadora forçada a mais 50% de utilização que outra teoricamente da mesma da mesma posição, tenderá a acusar mais o desgaste; 3º facto: se essa jogadora forçada a maior desgaste está incluída numa equipa onde a rotação é menor o esforço é ainda maior; 4º facto: se a similitude aparente (no desenho tático) da posição das jogadoras, na realidade é desmentida pelas dinâmicas de jogo (na equipa mais fresca e solta a “criativa” percorre zonas muito curtas do terreno de jogo, mais junto a área adversária, porque, dada a maior rotação e frescura física, as outras colegas poderem auxiliar mais nas tarefas defensivas) (na equipa com menor rotação vemos frequentemente a criativa a ter de auxiliar nas tarefas defensivas tendo um muito maior desgaste por percorrer mais quilómetros por jogo.
Não retiro a qualidade técnica à Kika que é muita e só tenho pena que seja lampiã, pois era uma jogadora que gostaria de ver de verde e branco. Apenas digo que fazer a comparação com a Andreia é uma tremenda injustiça, uma vez que avalia performances em contextos completamente diferentes.
SL
3 Junho, 2021 at 8:38
A Kika Nazareth é uma boa jogadora, destaca-se porque a concorrência é o que é…. É racuda, mas não dá mais do que já mostrou.
Andreia Jacinto é um diamante por lapidar, se tiver vontade pode fazer uma grande carreira no FF, tem tudo para isso.
2 Junho, 2021 at 14:03
Essa cena é do que me faz mais impressão. Como foi isso possível?
Cambada de incompetentes!
É que o valor da miúda é muito acima de qualquer outra jovem.
Salta à vista!
2 Junho, 2021 at 14:14
Entretanto o João Marques volta a ser o treinador do FF do Braga.
Quando se aposta em gente poucochinha nunca se pode ir longe…
2 Junho, 2021 at 14:48
Só espero que a Ana Capeta fique … é nossa “front office” … sem ela não há garra de Leão!!!
SL
2 Junho, 2021 at 14:53
Esses nomes pouco me dizem (o Figo tanta filha fez, devia ter incutido o futebol nelas), mas continuo na minha de que deviam ir buscar um/a estrangeiro/a a um desses países em que o futebol feminino está num patamar de desenvolvimento superior
2 Junho, 2021 at 14:58
Para treinador ou para coordenador do projecto?
2 Junho, 2021 at 15:05
Pelo menos treinador. Metodologias de treino e tal. Claro que qualquer treinador que viesse teria que ter dedo nas contratações e algum “crédito” no mercado.
Isso de coordenador do projecto, era primeiro saber qual o projecto (ganhar/ser hegemónico/ir ao top8 da champions não é projecto).
2 Junho, 2021 at 15:39
Projecto do coordenador de projecto, não da direcção.
2 Junho, 2021 at 19:43
Lá está o Nuno a “desconversar”: « (…)(ganhar/ser hegemónico/ir ao top8 da champions não é projecto).»
Acho que ninguém alguma vez afirmou que isso fosse o projecto. Essas eram as metas do projecto.
Que isso de projectos sem metas é para falhados poderem ter sempre justificação.
O projecto inicial foi o de construir uma equipa competitiva a nível nacional, assente na jogadora portuguesa e alimentada maioritariamente por jogadoras saídas dos nossos escalões de formação. Para isso, a Formação foi, desde o início, desenhada para oferecer às atletas patamares competitivos de exigência e auto superação individual e colectiva (a mais velha das sub 19 tinha 17 anos; a mais velha das sub 17 tinha 15 anos; como não existe na AFL patamar competitivo feminino abaixo das sub 17, as meninas centre os 9 e os 13 anos competem contra rapazes de 13 e 14 anos; a partir do 3º ano, a equipa B foi também oportunidade para jogadoras da equipa sub 19 jogarem sábados no “seu” escalão em futebol 9 e nos domingos jogarem futebol de 11 senior na 2ª Divisão Nacional). Além disso procurava-se a sustentabilidade progressiva do departamento, através de uma política agressiva, criativa e assertiva de promoção do jogo que chamasse públicos e fosse mais cativante para sponsors e publicidade.
As conquistas e a ambição de entrar para o top 8 europeu eram METAS do projecto que lhe conferiam ambição e exiência.
SL
2 Junho, 2021 at 21:38
Não é conversar ou desconversar. Quando se fala em “projecto” é ser campeão / ir à Europa / assegurar manutenção. Cá projectos são isso. O do Sporting? Não sei qual é, nem como dispensar um plantel inteiro (e treinadora) se integra no mesmo.
2 Junho, 2021 at 23:11
Nuno, eu falo do projecto INICIAL do Sporting quando regressou à Modalidade. E acho que fui suficientemente explicativo para que tenha percebido qual era esse projecto, em que se procurava sustentar, como pretendia evoluir e que metas queria alcançar.
Agora … quando escreve «… O do Sporting? Não sei qual é, nem como dispensar um plantel inteiro (e treinadora) se integra no mesmo.» está a partir de um pressuposto errado porque o Sporting DEIXOU DE TER PROJECTO ENO VERÃO DE 2018. Por isso é natural que não consiga (o Nuno e duvido que alguém, quem quer que seja) identificar um projecto ACTUALMENTE NO SPORTING.
Aliás, esta debandada geral é apenas o corolário de 3 anos de equívocos sobre equívocos. Com a saída da Raquel Sampaio de coordenadora desportiva entrou um tal de Filipe Vedor cujo trabalho foi tão relevante que parece que só lá esteve uns meses e eu pensei que ainda lá estivesse; o que também diz muito quer da relevância de quem o substituiu, quer do significado de comunicação transparente para estes dirigentes da SAD e do Clube.
O Filipe Vedor só se soube que entrou porque o estrondo da saída da Raquel “obrigou” a SAD a comunicar a substituição (à CMVM, imagine-se .. mas … na realidade era para tentar meter água na fervura dentro de casa; não tenho conhecimento de qualquer outro acto de gestão do nosso FF que tenha merecido comunicado à CMVM).
O que se está a passar no FF do Sporting é muito grave e, espero MUITO SINCERAMENTE enganar-me, mas cheira-me a “a última a sair que feche a porta”.
SL
2 Junho, 2021 at 15:59
Excelente texto!
E um excelente resumo do que foi o renascimento do Futebol Feminino na última década. A campanha da Aguila de promoção do Futfem na Colômbia é fabulosa!
Como afirma e bem o Álvaro Antunes, é necessário reconstruir todo o projeto do Futfem Leonino.
É visível que se procurou fazer uns ajustes aqui e ali apenas para manter a modalidade competitiva qb.
Não houve um verdadeiro investimento e esforço, não só de transformar o Futebol Feminino do SCP num campeão hegemónico como acontece no Futsal, por exemplo, mas principalmente de dar o salto qualitativo e competitivo após os fulgurantes anos de regresso. Isto quando falamos de uma modalidade com um potencial de geração de receitas e promoção da Marca Sporting incomparavelmente superior a qualquer outra modalidade.
Já estivemos na linha da frente, a liderar o projeto do FF em Portugal. Fomos arrojados, fomos empreendedores, quisemos colocar o Sporting Clube de Portugal como a rampa de relançamento da modalidade em Portugal. Como exemplo para tudo o que viesse a ser feito. Entretanto, travamos a fundo…
Há que continuar a apostar na formação e investir seriamente num treinador e jogadoras que façam a diferença e promovam uma melhoria significativa da qualidade exibicional da equipa. Melhores espetáculos, maior promoção aos jogos e consequentemente títulos.
Obrigar que o Futebol Feminino seja discutido na renovação dos contratos televisivos. Há que procurar junto da Federação e dos outros Clubes plataformas de entendimento para “obrigar” a uma maior aposta e visibilidade do FF, e que todos possam ter condições de crescimento competitivo. Há que olhar para o Futebol Feminino com a ambição que não tem havido até aqui.
SL
2 Junho, 2021 at 18:33
«A Sporting Clube de Portugal – Futebol, SAD agradece a Amanda Pérez, Ana Capeta, Carlyn Baldwin, Carolina Mendes, Inês Pereira, Mónica Mendes, Nevena Damjanovic, Patrícia Morais e Raquel Fernandes pelo contributo prestado e deseja às jogadoras as maiores felicidades pessoais e profissionais», pode ler-se no comunicado dos leões.
Tenho pena da saída da Inês e da Damjanovic… e da Capeta.
2 Junho, 2021 at 18:50
Deixa lá… Já vêm a caminho a Endler, a Bronze, a Renard, Rapinoe, a Morgan, a Harder, a Mertens, a Hegerberg…
2 Junho, 2021 at 19:14
Tenho pena mas não me preocupa por aí além – um bocadinho a Inês!
A Amanda Pérez foi a pior contratação da história fo FF do Sporting.
A Ana Capeta não evoluiu nada em 5 anos. Gosto do empenho dela mas, convenhamos, foram 5 anos sem melhorar nada. Mas tenho pena por ser uma sportinguista doente!
A Carlyn Baldwin não trouxe na ao FF do Sporting. Outra contratação estúpida ainda que a miúda sempre deu o máximo.
A Carolina Mendes nunca devia ter vindo. Uma das que ganhava mais e não justificava isso…
A Inês Pereira é a melhor GR portuguesa e, esta sim, tenho pena que vá embora. Não me admirava que fizesse uma época nalgum lado e depois aparecesse no Benfic@…
A Mónica Mendes nunca entendi a contratação. Outra estupidez!
A Nevena Damjanovic é muito boa jogadora e até acho que foi mal aproveitada. Provavelmente fechou-se o seu ciclo no Clube e quer outras coisas…
A Patrícia Morais não me importo que saia. Mas era de ficar com a Inês…
A Raquel Fernandes também pode ter acabado o seu ciclo aqui… Esta época esteve abaixo do seu normal e houve até jogos que andava em campo só a fazer número…
Racionalmente, acho mal deixarem a Inês ir embora. O resto, ou são provavelmente ciclos que se fecham ou não vão fazer falta…
Agora, tudo vai depender muito do plantel que montarem porque se já era fraco e desequilibrado antes, com algumas destas saídas a coisa piora bastante até virem jogadoras decentes.
Confiança em quem lá está, a dirigir o FF, é praticamete nula!
2 Junho, 2021 at 21:41
A Capeta, mesmo sem evolução, notava-se a sua presença em campo.
Precisávamos era de umas clones da Ana Borges de há 2 ou 3 ano atrás.
Baldwin e Pérez (e mesmo a Meister) não me causam estranheza.
Quanto às Mendes… Do que vi, esperava mais da Carolina, mas pelo menos vi alguma coisa. Já da Mónica vi muito menos.
As saídas da Inês, da Ana Capeta e da Nevena são as que me causam mais estranheza.
A Raquel já estava à espera. É de outra dimensão. Com jogadoras de outro calibre na equipa, ela produzia muito mais.
2 Junho, 2021 at 22:50
Concordo a 90% com isso… 🙂
2 Junho, 2021 at 23:31
«Tenho pena mas não me preocupa por aí além – um bocadinho a Inês!»
O Miguel só pode estar a brincar!
Vá lá que, no final do seu comentário, reconheça:
«… Agora, tudo vai depender muito do plantel que montarem PORQUE SE JÁ ERA FRACO E DESEQUILIBRADO ANTES, COM ALGUMAS DESTAS SAÍDAS A COISA PIORA BASTANTE ATÉ VIREM JOGADORAS DECENTES. CONFIANÇA EM QUEM LÁ ESTÁ, A DIRIGIR O FF, É PRATICAMETE NULA!»
Porque esse é que é o busílis da questão: se foram acumulando incompetência em 3 anos, mesmo com a base que tinham à partida, esperar competência para reverter a saída de 9 jogadoras, sendo que 7 até estavam nas tais 16 mais utilizadas, num plantel que TODOS aqui dizíamos ser muito curto em qualidade para rotação, como esperar que atinem agora a acertar em treinador em director desportivo e em, pelo menos, novas 12 jogadoras (sim, porque, saíram agora jogadoras importantes, as saídas ainda não devem ficar por aqui (fala-se na Fátima Pinto, não sei se a Tatiana ficará) e ainda há “gorduras excessivas” a eliminar (Wibke Meister, por exemplo, e jovens que deveriam rodar em empréstimo como Joana Martins, Inês Gonçalves, Neuza Besugo para poder ter mais minutos e crescer).
SL
3 Junho, 2021 at 1:12
Não se cometeram incompetências em 3 anos.
Foi em 4!
No 2º ano, tirando a Carole, tudo o resto foram contratações só do Nuno Cristóvão, algumas delas caríssimas e sem rendimento condizente.
Nenhuma das jogadoras indicadas pela Raquel foram contratadas.
Começou aqui o problema pois era suposto, com o que se gastou, ter melhorado muito a base do plantel formado no 1º ano – e isso não aconteceu.
Praticamente entraram no 11 a Carole, por razões óbvias, e a Baldwin, porque não havia melhor!
2 Junho, 2021 at 18:43
O que sobra????
Lutar para o terceiro lugar ou quarto?
2 Junho, 2021 at 18:45
Alguém virá…
Faz-me espécie ter as 2 melhores GR nacionais e perder as duas! Especialmente a melhor, que é a Inês.
2 Junho, 2021 at 21:37
« (…) Alguém virá …»
Se é uma questão de fé!?
Quando tínhamos uma boa base não souberam fazer os ajustes para a melhorar, e o Miguel acha que é agora, face à debandada geral, que “alguém virá” e problema resolvido?
Claro que virá. Temo é que as declarações da timoneira despedida, proferidas no rescaldo da humilhação do “jogo do título”, venham a fazer “jurisprudência”: « … temos de continuar a apostar nas jogadoras vindas da Formação … ». O que não seria errado se fosse PARTE da composição do plantel. Mas receio que passe a ser o seu municiamento exclusivo.
A Diana Silva deve estar a fazer contas à vida: “onde me fui eu meter?”
SL
2 Junho, 2021 at 22:45
Bem, então achas que não virá ninguém e vamos participar com as que ficam? 😉
Alguém virá, sim! Não é uma questão de fé. É uma questão de bom senso!
Agora, se serão boas jogadoras ou não, já não sei. Não estou lá, não participo opinando… Não faço ideia o que aquelas alminhas pensam.
Para mim, como tenho aqui dito, é gente incompetente. Se não mudarem as pessoas, não tenho fé nenhuma que façam um bom plantel… Mas é mesmo fé. Não faço ideia o que vão fazer…
Quanto ao resto, Álvaro, eu falo desde a 2ª época que estão a trabalhar mal. Ok? 2ª época, em 17/18!
Fui o ÚNICO aqui a criticar a politica de contratações do Clube. Portanto, meu caro, o mal vem de trás. E se nessa época dou o beneficio da duvida, pelo que se fez na 1ª época, daí para a frente, ao deixarem cair a Raquel Sampaio, já não dou beneficio da dúvida nenhum. Foram incompetentes e continuam incompetentes.
Muita gente aqui fez de dizer mal das minhas opiniões sobre o FF o seu desporto favorito! Agora, mais uma vez, têm de engolir sapos cada vez que se fala nisto… 🙂
Vamos ver, como dizia o Ray Charles!
Vou ficar à espera de novidades…
3 Junho, 2021 at 0:01
Lá está o Miguel a querer puxar galões!
O Miguel quando falou que estavam a trabalhar mal na 2ª época deve ter real mente acertado, porque, nessa época conquistámos Supertaça, Campeonato e Taça e em 29 jogos de todas as competições internas, não perdemos 1!!!
Uma coisa é reconhecer que havia alguns sinais de refreamento do ímpeto do primeiro ano; não na performance desportiva, mas na promoção da equipa e do jogo, na cativação de públicos, de sponsors, de publicidade, enfim, das condições quer para reforçar a galvanização de adeptos conseguida na 1ª época, quer para, através de tudo isso, gerar sustentabilidade para a continuidade dos pressupostos iniciais do projecto.
O que é muito diferente de se afirmar que se estava a trabalhar mal. Quanto à política de contratações ela até foi relativamente assertiva nessa época.
Contratou-se 3 estrangeiras para tentar consolidar um o plantel com mais rotação (particularmente porque deixou de se poder contar com a Patrícia Gouveia): as americanas Carlyn Baldwin, e Sharon Wojcik e a venezuelana Vanegas; podemos dizer que as 2 primeiras na altura acrescentaram opções à equipa e a 3ª foi um flop; a Ana Leite que apenas não acho uma má contratação desportivamente, apenas achei excessivo o seu vencimento relativo no plantel (veio com 26 anos, 10 anos de 1ª Divisão alemã e 65 internacionalizações A) … e a Ana Borges (que é bom lembrar que foi contratada nesse verão, a meia época anterior esteve no SCP por empréstimo do Chelsea). Diria que as contratações não foram tão pouco assertivas assim. Mais acrescento que, foi ainda com a Direcção anterior e no defeso de 2018, que foi contratada Nevena Damjanovic, o que poderia indiciar um “regresso aos carris” na procura de promover o jogo com maior qualidade e competitividade.
3 Junho, 2021 at 0:52
Conquistámos isso na 2ª época à conta do excelente trabalho que se fez na 1ª época.
As coisas não são estanques!
O excelente trabalho, na construção do plantel na 1ª época, ainda foi suficiente para se ganhar no 2º ano. Nesse ano a única contratação de jeito foi a Carole. Tudo o resto foi dinheiro deitado fora. Como é que se trabalhou bem?
A Ana Borges veio na 1ª época, daí não contar como aquisição para a 2ª época.
No 3º ano já não deu para ganhar.
Voltaram a cometer erros e perderam em toda a linha.
A equipa sempre apresentou falta de altura e falta de capacidade física no confronto corpo a corpo. Nem na 2ª época se corrigiu isso, nem na 3ª época… Nem na 4ª ou na 5ª, apesar de se ter contratado a Wilkinson na 4ª época mas uma andorinha não faz a primavera.
É preciso lembrar que não jogamos sozinhos.
O Braga melhorou na 2ª época e voltou a melhorar na 3ª época.
Daí já não ter sido possível ganhar porque nós fomos perdendo qualidade nesses 2 anos.
Nós temos uma analise muito diferente das coisas, apesar de até mais ou menos termos as mesmas linhas mestras.
O facto de se ganhar não significa que não se cometeram erros.
Quando se argumenta que “ganhámos por isso tudo foi bem feito” é porque se é limitado nas analises. Quando se perde também não é sinal inequívoco que se trabalhou mal. Pode ter-se feito tudo bem mas a outra equipa fez melhor! Portanto, ganhar ou não é um resultado que não diz tudo.
Este ano fomos campeões no FM e eu não acho que se tenha feito tudo bem. Na sua opinião deve ter sido…
Eu leio o que escreves e, basicamente acho que as nossas opiniões são muito similares, no geral.
Temos ideias diferentes nas particularidades…
Eu não quero saber se a Andreia fez 2000 minutos e a Kika só fez 1000… Não é fazer mais minutos que faz uma jogadora ser melhor que a outra. É o que ela joga.
A Andreia tem esses 2000 minutos desta época, mais uma barbaridade de minutos da época passada e a Kika, que só aparece esta época e já quase meia época decorrida tem muito menos minutos… Mas joga muito mais à bola.
Basta ter olhos na cara para ver isso e não são poucos os tasqueiros que aqui dizem isso.
Vais-me dizer que, se pudesses escolher, escolhias a Andreia?
Eu escolhia a Kika e aposto que a maioria aqui na Tasca a escolhia também. Por isso é completamente irrelevante estar a contar os minutos. Aliás, isso só traz mais valor à Kika, que aparecendo depois, mais de um ano depois, rapidamente se fez melhor jogadora. A época passada ninguém falava da Kika e já falavam na Andreia.
Agora, isto não quer dizer que a Andreia seja coxa. Coxa é a Amanda…
Essa cena de querer valorizar a formação do Sporting eu compreendo até um certo ponto. Quando se distorce a realidade já é entrar num mundo imaginário…
A lateral do Benfic@, a Amado, é muito mais jogadora que a Mariana Rosa, mesmo não sendo nada de especial. Mais rápida, mais física, mais alta, mais competitiva… Ambas fracas mas a Amado tem muitos parâmetros melhores que a Mariana.
Eu não vejo a Mariana a ser jogadora para um Sporting competitivo em Portugal e, especialmente na Europa. Mas de todo! Nem a Alicia, nem a Beckert, nem a Bruna, nem a Joana Martins, nem a Neuza, nem a Inês Gonçalves… Dou o beneficio da dúvida à Marta Ferreira.
São tudo jogadoras baixas, lentas, pouco ou nada físicas, e só estes 3 parâmetros já lhes trazem um “handicape” muito grande para se poderem afirmar.
Mesmo no FM, jogadores bons tecnicamente mas que sejam baixos, lentos e pouco físicos não conseguem vingar a nível profissional em boas equipas. Há um mínimo de competitividade que tem de se ter para se poder ter hipótese de ser opção nestes clubes deste nível, seja no masculino, seja no feminino. E elas não são competitivas. Basta vê-las a jogar contra um Benfic@ ou um Braga para perceber as dificuldades que as miúdas têm, apesar de se esforçarem imenso – nada a apontar nesse aspecto.
Agora, esta é a minha opinião.
Se metes na cabeça que eu acho que isto é a verdade Universal, é um problema teu. Eu tento explicar a minha opinião e fundamentá-la – por isso às vezes alongo-me um bocado! Nada mais que isso.
Por mim saímos daqui tão amigos como quando entrámos e acho uma parvoíce leres as minhas opiniões com esse sentido – que és tu que dás e não eu. Já expliquei isto várias vezes mas acabas por levar sempre a coisa para o “eu tenho a mania que eu é que sei”… Epá, tenho tanto como tu, que até achas que ter 2000 minutos faz alguém ser melhor jogador do que quem tem só 1000 minutos… 😉
Sim, às vezes puxo dos galões.
Sou massacrado aqui constantemente pela minha opinião…
Fui com o Zazuz, e afinal hoje todos pensam como eu pensava!
Fui com o Alan Ruiz, e foi a mesma coisa.
Aqui no FF é igual… Anos a criticar a maioria das contratações, a criticar o caminho que o FF estava a tomar, a dizer que falta isto e aquilo, para mim tudo coisas óbvias que saltavam à vista, e sempre a levar criticas do pessoal. Afinal o resultado foi o que eu achava que seria… Cada ano que passou piorou, até chegar à tristeza actual!
Sim, tenho de lembrar o pessoal eu já pensava que isto ia acontecer… Desculpem lá se isso vos ofende! 😉
2 Junho, 2021 at 18:49
Calma, que vem aí a Endler, a Bronze, a Renard, Rapinoe, a Morgan, a Harder, a Mertens, a Hegerberg…
2 Junho, 2021 at 23:22
Gestifute vai dar cartas no futebol feminino, wait and see.
2 Junho, 2021 at 19:36
estou chocado com as notícias de hoje…
2 Junho, 2021 at 19:42
Que falta de gratidão, mas que esperar de dirigentes híbridos que vivem à espera de subserviência e acreditam estar num patamar idêntico ao do clube….
2 Junho, 2021 at 21:30
Que falta de gratidão das jogadoras… 😉
“… dirigentes híbridos que vivem à espera de subserviência e acreditam estar num patamar idêntico ao do clube… ”
Isto no dia em que se conquista mais um titulo numa modalidade importante.
Epá, os gajos têm feito um mau trabalho no FF mas o Clube não é só isso!
2 Junho, 2021 at 21:57
Tal como ontem no comunicado relativo à treinadora, achei este comunicado muito “a despachar”.
Incrível como conseguimos ficar sem as duas GR, lugar cuja perda, em Portugal. é dificil de colmatar.
Inês, Nevena, Raquel e Capeta são jogadoras que estranho muito as saídas. A Inês e a Capeta parecem-me leoas de corpo e alma e a Nevena era a capitã. Compreendo melhor a Raquel se se confirmar voltar ao Brasil para um projecto mais vantajoso financeiramente.
Gostaria de saber se as verdadeiras razões da saida do Nuno Cristovão não terá tido a ver com uma divergência de rumo e o primeiro sinal de não investimento para não dizer de desinvestimento.
Agora é esperarmos pelas movimentações de mercado e tirarmos as conclusões.
2 Junho, 2021 at 22:49
O Nuno Cristóvão nem foi primeira escolha!
Saiu porque fez um mau trabalho nas contratações – caras e sem rendimento condizente – e era algo limitado – daí só ter sido a 4ª opção. Não desenvolveu o plantel como se esperava, entrou em confronto com a Raquel Sampaio, causando a sua saída do Clube, e o futebol praticado na 3ª época já foi fraco.
Devia ter saído quando a Raquel o quis substituir!
3 Junho, 2021 at 0:05
Lá está o Miguel com a 4ª opção! Já agora diga quem eram as 3 primeiras. Ou como obteve essa informação.
SL
3 Junho, 2021 at 0:18
Já agora o Nuno Cristóvão tinha “só” no seu currículo no FF 4 anos treinador da selecção A feminina e 3 títulos de Campeão Nacional com o 1º de Dezembro.
3 Junho, 2021 at 1:06
Lá estás tu…
O Neto que está na selecção actualmente tem quantos anos do cargo?
Isso faz dele bom ou excepcional?
O Nuno Cristóvão ter 3 títulos no 1º de Dezembro, que tinha a base da selecção nacional, não me diz nada. Ou diz que provavelmente é melhor que o João Marques…
Eu gostei do trabalho dele no 1º ano.
Achei que no 2º ano não esteve tão bem e o titulo deveu-se muito ao empenho das jogadoras e à base da equipa ser a mesma.
No 3º ano fez um trabalho medíocre.
Este ano no Torreense fez um trabalho medíocre e foi despedido.
Se queres a minha opinião, quem sempre trabalhou no FF (em Portuhgal) nunca desenvolveu grande capacidade como treinador porque não há como fazer isso, ou é extremamente difícil fazer isso.
Provavelmente alguém excepcional conseguiria fazer algo mais, com as poucas condições que haviam na altura e ainda hoje há um bocado.
Sim, era um conhecedor do FF e isso ajudou na altura.
Mas depois ficou limitado e deve ter sido por isso que a Raquel quis substituí-lo.
3 Junho, 2021 at 0:59
Obtive a informação de alguém que trabalhava no FF do Sporting.
Já aqui outra pessoa disse isso também tendo até apontado um dos adjuntos do Boavista como uma dessas 3 pessoas que foi contactada antes do Nuno Cristóvão e não aceitou.
É importante perceber isto para se perceber como o projecto inicial desmoronou! Porque o problema actual vem daí!
3 Junho, 2021 at 1:11
Vindo de quem esteve lá dentro…
Patrícia Morais.
https://t.co/k8B3EwtrWv
3 Junho, 2021 at 1:15
Metade da lista nem nunca deviam ter entrado no Sporting…
Mas não deixa de ser interessante ser uma jogadora que vai para um rival a atacar o clube! 🙂
3 Junho, 2021 at 8:00
Calma….
Pior que este ano é difícil.
Só tenho pena da Inês e da capitã, o resto é banal.
Saquem de lá um treinador com ambição que o resto vem por arrasto.
Para mim este é o ponto essencial, se o treinador for bom quererá boas jogadoras para fazer estragos e não virá para se enterrar.
Temos bons treinadores nas outras modalidades e os resultados aparecem.
Este ano a exceção foi a Covas e o boneco do andebol, que terão de ir à vida deles sem dramas.