S.L. Benfica, Sporting C.P, S.C. Braga, F.C. Famalicão, Clube de Albergaria, C.S. Marítimo, S.C.U. Torreense, Clube Condeixa, Valadares Gaia, Boavista F.C., Amora F.C., C.Atl. Ouriense, Gil Vicente, Estoril-Praia, Lank Vilaverdense e Atlético C.P., são estes os dezasseis Clubes que disputarão na época 2021/2022 o Campeonato BPI de Futebol Feminino (1ª Divisão). Seja qual for o formato da competição, espera-nos mais um ano de profundo desequilíbrio e de fraca qualidade competitiva. Porque dezasseis equipas são demasiadas para um quadro que se queira minimamente competitivo na Divisão principal.
Quando, no final da época de 2018-2019, a FPF, em consonância com os Clubes acordou em apontar para um quadro competitivo IDEAL de 10 equipas também calendarizou essa redução para um prazo de 2 anos. Isto é, em 2019-2020 manter-se-iam as 12 equipas da época que havia terminado e a Divisão principal da época de 2020-2021 seria jogada a 10 equipas. Também se apontava para uma profissionalização total dessa competição, apresentando como limite para que todas as equipas a competir fossem certificadas como profissionais a época de 2022-2023. Ora, até compreendemos que a pandemia possa ter colocado esse plano em “banho maria” de uma época, uma vez que a competição foi abruptamente interrompida e não finalizou na época de 2019/2020. Mas o normal teria sido REPETIR os quadros competitivos da época que não se concluirá. Pois … mas esperar decisões normais por parte da FPF talvez seja, de facto pedir demais.
ÉPOCA 2020-2021
1ª Divisão
“Salomonicamente”, a FPF achou que em período de pandemia o melhor a fazer seria aumentar a Divisão Principal de 12 para 20 equipas. Mantiveram as 12 equipas que estavam a disputar o Campeonato BPI da 1ª Divisão em 2019/2020 e, para “compor o ramalhete” juntaram as equipas vencedoras dos 8 grupos da 1ª Fase do Campeonato Nacional da 2ª Divisão 2019/2020, uma vez que a 2ª Fase foi interrompida e terminada à 2ª jornada. O que não dá para perceber é por que razão na série G, se o vencedor foi o histórico Atlético F.C, este tenha sido preterido em favor do Damaiense que ficou em 2º na série (pelo menos eu não percebo, embora possa ter havido algum motivo compreensível que não o da satelização lampiónica).
Depois da 1ª Fase a 2 Zonas (Norte e Sul) de 10 equipas, disputou-se uma segunda Fase a dois Grupos (os 4 primeiros de cada zona da 1ª Fase disputaram o apuramento de campeão; os 6 últimos disputaram a Manutenção/Despromoção em 2 Grupos de continuidade da 1ª fase – acumulando metade dos pontos desta – e descendo automáticamente os 2 ultimos de cada Grupo, garantindo a Manutenção os 2 primeiros de cada Grupo e os 3º e 4º de cada Grupo a disputar um play off para acrescentar mais 2 descidas. Desceram, portanto, 6 das 20 equipas. Restaram 14. Como subiram 2 da 2ª Divisão, o Campeonato BPI 2021/2022 será disputado a 16 equipas (ainda longe das 10 para que apontavam).
Resta esperar para perceber o modelo da competição. Em princípio, deverão manter o modelo da época que findou, mas agora com 2 grupos de 8 em que os 4 primeiros seguem para o Grupo de Apuramento de Campeão e os 4 últimos para 1 único Grupo de Despromoção sem playoffs e determinando apenas 4 descidas; sempre a 2 voltas daria 28 jogos para todas as equipas; com a 1ª fase a 1 só volta dariam apenas 21 jogos para cada uma das equipas, optando pelas 16 equipas a 2 voltas haverá 30 jornadas num campeonato mais “justo” porque todos os pontos contariam, mas para o qual algumas das equipas estarão muito menos preparadas pois implica várias deslocações longas, embora até haja uma distribuição geográfica algo “equitativa”: a Norte, Vilaverdense, Braga,Famalicão e Gil Vicente no Distrito de Braga e Boavista e Valadares na foz do Douro; a Sul, Benfica, Sporting, Atlético, Estoril e Amora na Foz do Tejo e Torreense e mesmo Ouriense próximos de Lisboa; a equipa que encontrará mais dificuldades porque terá de efectuar 15 viagens de avião – ou 14, ou 11 conforme o Modelo – e respectivas estadias, será o Marítimo.
2ª Divisão
Já o formato do Campeonato Nacional da 2ª Divisão foi uma réplica parcial do da 1ª Divisão mas com 16 equipas (deve ser inédito a divisão secundária ter menos equipas que a principal), numa 1ª Fase divididas em Séries Norte e Sul e, numa 2ª Fase com as 4 primeiras de cada Série a jogar um Grupo para apurar os semi-finalistas nacionais (2 primeiros de cada Grupo de Apuramento de Campeão) e os 4 últimos a disputar a manutenção e despromoção (despromovidos 2 de cada Grupo, Norte e Sul, sendo que neste um já estava automáticamente “condenado” por desistência na 1ª fase). Só subiam à primeira divisão 2 equipas. Tendo sido o campeão o Sporting “B” (que, por regulamento, não pode subir), quem garantiu o acesso ao Campeonato BPI 2021/2022 foram as equipas que com ele disputaram a Final de zona Sul e a final nacional, respectivamente o Atlético FC e o Lank Vilaverdense. Das 16 equipas que disputaram esta prova, 2 subiram e 4 desceram, restando 10. Como sobem 2 equipas oriundas da 3ª Divisão, a 2ª Divisão 2021/2022 passará a ser disputada a 12 equipas (provavelmente todas com todas a 2 voltas, o que implicará aumentos de custos em viagens que a maioria dos Clubes terá muita dificuldade em suportar; a alternativa é disputar 2 Zonas de 6 numa 1ª fase e, numa 2ª Fase 2 Grupos de 6 para Apuramento de Campeão, os 3 primeiros de cada Zona e para Manutenção/Despromoção os 3 últimos de cada Zona).
3ª Divisão
Disputou-se uma 1ª Fase a 57 equipas em 7 séries (1 série de 9 equipas e 8 séries de 8 equipas); depois os 2 primeiros das Série D a G e os 2 primeiros mais os dois melhores terceiros das séries A a C disputaram uma eliminatória a 2 mãos; os vencedores disputaram uma 2ª eliminatória a uma só mão e os vencedores disputaram a Final da sua zona também a uma só mão determinando assim quem disputaria a final nacional e automaticamente garantiria a subida. Essa final foi disputada entre o Racing Power F.C. (grupo formado há 2 anos em Almada) e o Rio Ave F.C., tendo ganho a equipa sulista por 0-1.
Tivemos, assim, 93 equipas a disputar 3 divisões, tendo estado 20 delas na Divisão principal e apenas podendo reputar de profissionais, com alguma boa vontade, apenas 6 dessas equipas (Benfica, Braga, Sporting, Famalicão, Torreense e Marítimo) e com condições para se poderem vir a profissionalizar (já semi-profissionais) mais 5 (o Estoril-Praia, o Amora, o Clube Albergaria, o Condeixa e o Valadares Gaia). Curiosamente, as 2 equipas que subiram, o Vilaverdense e o Atlético CP também parecem estar a estruturar-se nesse caminho (o Atlético, como o Amora, parecem estar a desenhar uma interessante abordagem a esta janela de mercado; já o Famalicão, por exemplo, tal como o Sporting parecem estar a ter dificuldades em esboçar uma estratégia mais agressiva como seria de esperar para tentarem recuperar os seus projectos mais ambiciosos).
Temos ainda mais uns 2 meses para a melhor definição dos resultados de recomposição dos diversos plantéis. Mas não tenhamos dúvidas que há 3 níveis de plantéis a recompor: os plantéis do “pelotão da frente”, construídos com os olhos no título (Benfica, Braga, Sporting e Famalicão), os projectos de equipas que ganharam este ano algum arcaboiço de estabilidade de manutenção “segura” no escalão principal, com os olhos na progressão com vista a alcançar a “cauda” do primeiro grupo (Marítimo, Albergaria, Torreense, Valadares Gaia) os restantes oito estarão, para já, mais preocupados em construir a estabilidade do segundo grupo, pois, por enquanto, a sua maior preocupação é não descer.
Ora, no primeiro grupo existem alguns desníveis:
desde logo, o Benfica é CLARAMENTE aquele que está mais bem apetrechado. Porque investe mais, mas também, devemos reconhecê-lo porque os resultados assim o demonstram, porque investe melhor; em boa parte por isso, não parece necessitar de outros investimentos que não sejam os necessários para mante o plantel que tinham construído. E foi o que fizeram, assegurando as renovações com a esmagadora maioria das atletas com que querem continuar a contar. Não me parece que, nesta janela de mercado façam alguma contratação, mesmo tendo em conta o claro refoço do Braga. Primeiro porque a distância a que estava o Braga era relativamente grande, depois porque assistiu à implosão do plantel do Sporting, rival que mais lhes “mordia os calcanhares”; finalmente porque a vantagem com que partem permite-lhes uma posição mais conservadora e expectante nesta janela que poderá, caso necessário, ser rectificada na janela de inverno.
depois, o Braga de onde sairam várias jogadoras (9), mas (à excepção da Hannah Keanne ou da flop Marie Hourihan), claramente de 2ª e mesmo 3ª linha, e que se está a reforçar muito assertivamente. Guarda-redes, que era uma pecha enorme nesta última temporada, ficou muito bem preenchida com a Patrícia Moraes; no meio campo defensivo, tomou uma óptima decisão ao contratar a Anouk Dekker que deverá ocupar a posição de trinco, mas também poderá ser usada a central; na frente a carolina Mendes e a vitória Almeida foram 2 contratações que se complementam e complementam a Myra Delgadillo; parecem carenciadas de defesa direita, de mais uma central de qualidade e talvez de uma extrema direita “clássica”, rápida, com boa técnica e que cruze bem.
o Sporting está numa encruzilhada pouco compreensível. É um Clube que ambiciona (tem de ambicionar) o título, não só por ser esse o seu ADN de Clube, mas também porque vão aumentar as receitas directa e indirectamente proporcionadas pela Champions. E, por isso, quem lá estiver mais vezes vai tender a destacar-se mais dos outros. Mas quem tem essas ambições, vem de 2 épocas consecutivas sem conquistar NADA e vê o seu plantel depauperado de 10 das suas unidades, algumas das quais preponderantes, necessitaria de ser MUITO agressivo e certeiro na abordagem ao mercado. Ora não é isso o que tem transparecido, pelo contrário. O Sporting transmite uma imagem de algum imobilismo, tardando em suprir com igual ou superior valia as jogadoras que saíram (a única excepção é Diana Silva e mesmo assim deve ser relativizada pois vai “preencher” a saída da internacional brasileira Raquel Fernandes que era a nossa jogadora com mais golo). De resto: renovações importantes com Andreia Jacinto, Fátima Pinto e Joana Martins (mas se é verdade que estancam a “sangria” não acrescentam o necessário upgrade a um plantel que não vence há 3 anos, uma vez que já faziam parte dele); anúncios gongóricos de contratos profissionais com jogadoras que não devem sequer calçar na A (caso não saibam, a Francisca Silva e a Carolina Jóia, por exemplo, já nesta última época estiveram inscritas no plantel A, mas não fizeram aí um único minuto); ou a contratação de Ana Teles, uma 2ª linha do Braga que ficou a 7 pontos de distância de nós. Já sei que muitos dos tasqueiros responderão a este parágrafo com a proverbial sentença “no fim é que se fazem as contas”, mas, em primeiro lugar, a minha função aqui, nesta rubrica, é ir fazendo as contas semanalmente. Depois, não me parece muito saudável construir (?) ou reconstruir (?) um plantel sem ter ainda sequer anunciado quem substitui a demissionária Diretora Desportiva. Finalmente, reafirmo que DESEJO ARDENTEMENTE ESTAR ENGANADO mas todos os sinais transmitidos pelo FF do SCP neste mês e uma semana após o último jogo da época passada não tranquilizam ninguém. PORQUE TEMOS MUITO MAS MESMO MUITO TERRENO A RECUPERAR.
Com a saída de algumas das melhores jogadoras do campeonato para o estrangeiro sem que se prevejam muitas entradas de qualidade e com a manutenção de um quadro competitivo aberrante, as perspectivas de evolução da competitividade e qualidade do campeonato são claramente negativas. Vamos a ver se os próximos 2 meses nos surpreendem.
Nota mais relevante desde o último post: A EQUIPA B DO SPORTING SAGROU-SE CAMPEÃ NACIONAL DA 2ª DIVISÃO AO BATER, em Grijó, o Lank Vilaverdense FC por 0-2, num percurso imaculado de 11 jogos, 11 vitórias 96 golos marcados e 7 sofridos.
* dos Açores com amor, o Álvaro Antunes prepara-nos um petisco temperado ao ritmo do nosso futebol feminino. Às terças!
29 Junho, 2021 at 9:20
Bom dia,
Álvaro, o que é certo é que passou outra semana, desde a sua última crónica e contratamos a Ana Teles, espero que no mínimo se concretize a revelação do nosso tasqueiro Inácio, para sermos minimamente competitivos.
29 Junho, 2021 at 9:58
O que revelou ele?
29 Junho, 2021 at 10:13
A Ana Teles não é melhor que qualquer da 10 que saiu ou do que várias da nossa Formação. Ficar satisfeito com isso é o mesmo que ter ficado satisfeito com um Illori, um Marco Túlio, um Jatobá, um Fernando, um Jesé ou um Bolasié no FM.
Não vou deixar de apoias a pequena que agora veste de e branco e é das nossas, mas daí a considerá-la reforço vai uma grande distância.
Um abraço e saudações leoninas
29 Junho, 2021 at 10:14
E, como deve ter reparado, falo da contratação nesta crónica.
SL
29 Junho, 2021 at 10:37
Absolutamente de acordo!
Muito boa comparação!
A Ana Teles, por ser jovem, tem margem de progressão. Para já, não traz nada do que a equipa precisa e na equipa 20/21 seria suplente.
29 Junho, 2021 at 15:09
E afinal quem são essas 10 que saíram? (tenho andado meio “fora de jogo”)
-Patrícia
-Nevena
-Tatiana
-Carolina
-Capeta
-?
-?
-?
-?
-?
29 Junho, 2021 at 15:13
Ok, já me fui “cultivar”:
-Ana Capeta
-Carolina Mendes
-Inês Pereira
-Nevena Damjanovic
-Carlyn Baldwin
-Raquel Fernandes
-Amanda Pérez
-Patrícia Morais
-Mónica Mendes
-Tatiana Pinto
Mas então isto significa que estamos sem guarda-redes???
29 Junho, 2021 at 15:21
A acreditar no zerozero, o plantel, neste momento, é isto:
BALIZA
Carolina Jóia
DEFESA
Bruna Lourenço
Francisca Silva
MEIO CAMPO
Fátima Pinto
Joana Martins
Andreia Jacinto
Margarida Sousa
ATAQUE
Diana Silva
Ana Teles
29 Junho, 2021 at 16:45
Assustador!
29 Junho, 2021 at 18:01
Não estão a contar aí com jogadoras que não renovaram contrato profissional (por não acabar este verão) como, por exemplo, a Mariana Rosa, a Alícia Correia, a Joana Marchão, a Carolina Beckert, a Neuza Besugo, a Ana Borges e a Marta Ferreira.
SL
29 Junho, 2021 at 18:39
Dessa lista toda de 16 jogadoras – a lista do Frusciante e a tua – há 5 jogadoras para titulares ou possíveis titulares:
Fátima Pinto (média)
Andreia Jacinto (média)
Diana Silva (avançada)
Joana Marchão (defesa)
Ana Borges (avançada)
Uma equipa tem de ter 15/16 jogadoras que possam ser titulares.
Só nos faltam umas 10/11!
29 Junho, 2021 at 10:43
Só discordo duma coisa, Álvaro…
“… renovações importantes com Andreia Jacinto, Fátima Pinto e Joana Martins…”
A Joana Martins, que praticamente não jogou – como poderia? – na equipa 20/21 é uma renovação importante onde e porquê?
Escreve o que te digo: a Joana Martins nunca estará entre as boas jogadoras portuguesas porque não tem características para isso. E não é nada contra a miúda, que acompanho desde o futebol jovem, ainda nem jogavam com 11. Era das melhores nessa altura mas não se desenvolveu o suficiente. É lenta, baixa (1,54m), não tem corpo (48kg), e dificilmente passará disto. Tinha de ser muito trabalhada, ganhar algum corpo e muito mais velocidade própria e de execução. Duvido que aconteça!
Nunca será uma jogadora relevante.
29 Junho, 2021 at 11:43
Só uma correção Álvaro. O Varzim substitui o Boavista que resolveu participar apenas nos escalões de formação.
29 Junho, 2021 at 14:14
Acho importante, porque entendo que seria uma jogadora a emprestar a outro Clube da 1ª divisão para jogar com mais regularidade em contexto de maior exigência (contra Benfica, Braga, Famalicão numa equipa em que teria de ser muito solidária e intensa). Como acho da Neuza Besugo e da Inês Gonçalves, por exemplo.
São jogadoras que formámos, com qualidade técnica e que precisam de minutos de exigência para evoluir, que não terão, por enquanto no SCP, pelo que estariam a estagnar ou retroceder. No Sporting, mesmo o da época passada, eram usadas para dar minutos d descanso a outras em fases finais de jogos já decididos ou em jogos de grau de dificuldade mínima. É difícil evoluir muito assim.
Mas acho que têm qualidade para se apostar ainda neste outro patamar e fora da sua “zona de conforto”.
Um abraço e saudações leoninas
29 Junho, 2021 at 16:44
Assim, não discordo.
Mas mantenho a minha opinião que, como está fisicamente, NUNCA será jogadora relevante para o nosso Clube.
Tem alguma qualidade – só alguma mesmo, o que nem é mau se compararmos com outras! – mas falta-lhe TUDO o resto!
29 Junho, 2021 at 14:21
Sim, caro SouSporting, já tinha lido essa possibilidade mas ainda não como confirmação, mas parece que já estará confirmado.
Obrigado pela correcção.
Um abraço e saudações leoninas
29 Junho, 2021 at 15:55
Entretanto algumas curiosidades sobre a equipa do Lank Vilaverdense Futebol Club:
1 – O Vilaverdense Futebol Clube conta com 68 anos de História e, no Futebol Feminino é um dos Clubes com melhore histórico de Formação em Portugal.. Recentemente associou-se ao Grupo Lank, que começou por funcionar no Canadá e na Suécia, nascido na área de Consultadoria Fiscal (?!) e de Negócios , mas que tem alargado a sua intervenção à criação de (sic) “parcerias estratégicas com clubes de primeira linha para dar aos seus jogadores a melhor vantagem em mostrar o seu talento para treinadores e olheiros de elite na Escandinávia, Espanha e Portugal, e que servem como portas de entrada para oportunidades profissionais. O Sporting Clube de Braga faz parte desse grupo de parceiros.” ( in notícia do site da ADE – Associação Desportiva da Estação.). Também opera esta área no Brasil e no Japão.
O Grupo Länk detém 90% das acções do Vilaverdense FC SAD que passou a chamar-se Länk Vilaverdense FC.
2) o Länk Vilaverdense tem um plantel com 24 portuguesas e 10 estrangeiras, sendo que 22 das portuguesas fizeram a sua formação no Vilaverdense, no Pico de Regalados ou na Casa do Povo de Martim todas no pequeno Concelho de Vila Verde no “distrito” de Braga;
3) que as 10 estrangeiras que jogaram esta temporada são: as Guarda Redes Nyla Peterkin (canadiana de 25 anos recrutada ao Kansas City Courage, da NWSL americana e onde actua agora a portuguesa Jéssica Silva) e Liz Amanda Brown (americana/canadiana de 25 anos; as defesas Naoko Wada (Japonesa de 28 anos que actuou no Urawa Reds e no Nojima Stella, clubes da fortíssima 1ª liga nipónica), Danika Serassio (americana de 23 anos, recrutada na equipa Universitária de Utah BYU Cougars), Chelsi Jadoo (canadiana de 23 anos veio do Ontario Senators) e Desirae McCool canadiana, 23 anos vinda do campeonato universitário americano das Southern Jaguars); as médias Klédiana Borges ( de 25 anos acbo verdiana mas radicada em Portugal com experiência de 1 ano no Atlético Ouriense, 2 anos no Valadares Gaia e 2 anos no Lordemão FC), Shaelan Brown (americana de 23 anos que jogava na Universidade de Santa Barbara, na California – Conferência Oeste) e Israela Groves (canadiana de 22 anos, vinda Roberts Canada Soccer Academy); e a avançada Paige Alendariz (americana, 23 anos de UNLN Rebels – University of Nevada, Las Vegas).
4) O Lan Vilaverdense conta com alguma frequência com um apoio de “peso” na bancada: o central inglês Rob Holding do Arsenal, casado com a ponta de lança Paige Almendariz.
Embora sendo um caso que levanta suspeições de evasão fiscal, esta “parceria” do grupo Länk pode vir a elevar os investimentos no Vilaverdense Feminino, após a subida á primeira divisão.
A ESTAR ATENTO!
SL
29 Junho, 2021 at 16:52
Vamos partir do princípio que a parceria com o braga é para terminar. Ninguém tem uma parceria com um concorrente direto. Julgo que inclusive a nossa lei de bases do sistema desportivo o proíbe. Nesse caso, a Lank vai jogar todas as fichas no seu clube. Agora vamos ver como vai ser a aposta. Por relação de amizade com familiares de atletas, acompanhei mais ou menos esta equipa. No início eram só as canadianas. Quando foram os jogos a doer que davam os lugares de play off começaram a entrar americanas e com o apuramento para essa fase, meteram toda a carne no assador com mais americanas, a japonesa e algumas portuguesas de qualidade, uma delas até formada por nós. Era uma equipa feita para o título,não esperavam um Sporting bem organizado e ter a GR em noite não. Agora, o grande investimento que poderiam ter e que as poderiam colocar mesmo na rota do titulo, choca com a alteração de NFL feita pela FPF onde apenas poderão constar 6 na ficha de jogo. Esta época eram 8 FL obrigatórias. Como diz o Álvaro, vamos estar atentos, mas uma coisa é certa. Se as regras fossem iguais à última época, a Lank seria um projeto que iria investir para lutar pela liga.
29 Junho, 2021 at 17:09
Isso quer dizer que passaram de 8 para 13 FL obrigatórias? Acho uma alteração algo brusca e custa-me a crer que a tenha feito já assim com as toupeiras a ter 10 estrangeiras. Deixarão sempre 4 de fora?
Um abraço e saudações leoninas
29 Junho, 2021 at 17:17
Está aqui
https://ladof.pt/vagas-para-formada-localmente-aumentam-em-21-22/#
29 Junho, 2021 at 17:49
O artigo informa que passa de 10 para 12 (e não de 8 para 10) o nº mínimo de FL; daí passarem a ser só 6 as NFL (isso se as fichas de jogo voltarem às 18 jogadoras, como expectável; se continuarem as 19 das 2 últimas épocas, então poderão ser 7 as NFL).
Obrigado
SL
29 Junho, 2021 at 17:39
«Em declarações ao site oficial do Ferencvaros, o treinador das campeãs húngaras, Balázs Dornyei foi revelador. Começou por anunciar a saída da internacional portuguesa ao serviço do clube: “Nós queríamos manter a Vanessa Marques e ela também gostava de continuar no Ferencvaros, mas infelizmente ela tem de se mudar para Portugal, devido à doença da mãe”, começou por referir o técnico, que não esgotou por aí as suas revelações.
“A Melisa Hasanbegovic quis encontrar um novo desafio numa liga mais competitiva, por isso assinou pelas portuguesas do Sporting. Desejamos-lhe o maior sucesso na sua carreira”, prosseguiu Dornyei, que abordou ainda as situações de outras jogadoras do plantel das campeãs húngaras.
Hasanbegovic é central, tem 26 anos e conta com 19 internacionalizações e dois golos pela Bósnia e Herzegovina. (…)» (in Lado F, 29 Junho 2021).
Esta contratação, a confirmar-se será extraordinária.
Quanto à Vanessa é preocupante, uma vez que a regressar por doença da mãe, como esta mora no distrito de Braga, o mais provável é a vanessa ir para o Braga (onde se profissionalizou) ou para o Vilaverdense (onde se formou). Acho-a uma jogadora extraordinária, muito acima da média portuguesa, e se “acompanhasse” a colega da sua última equipa é que seria uma notícia de arromba.
A Hasanbegovic formou-se no Sarajevo FK, e passou pelo Kvarnsvedens IK da Suécia, pelo IK BÖDØ (da simpática cidade da costa centro-norte da Noruega que tenho o prazer de conhecer bem), e pelo poderoso Slavia de Praga da Chéquia, antes de representar o Ferencváros da Hungria.
A aguardar confirmação com muita ansiedade.
SL
29 Junho, 2021 at 18:10
Desses dois, apostaria mais no Vilverdanse. Com a Lank, dinheiro é coisa que não falta e com as duas centro campistas que vêm de certeza para titulares e se Dolores ficar, como tudo indica, a Vanessa seria redundante. Além disso sendo o outro tão cagão, se tivesse uma jogadora destas não se aguentava sem a apresentar.
29 Junho, 2021 at 22:08
Mas a Vanessa é bracarense assumida! Pode influenciar.
Mas acho que o Sporting deveria usar a possível influência da “nova central” bósnia para convencer a Vanessa a manter-s como sua colega de equipa. Para isso deveria garantir boas condições de tratamento (e acompanhamento familiar) à mãe da Vanessa. Pode parecer “interesseiro” mas, muitas vezes é a garantia assertiva deste tipo de condições que pode gerar laços afectivos fortes entre o Clube e os /as atletas. E cumprimos com a nossa missão social e solidária.
SL
29 Junho, 2021 at 18:57
Não é uma torre para a defesa pelo que espero que seja a central rápida.
Do que procurei, vi que jogou pouco em 18/19 (2 jogos pelo Slavia de Praga) e em 19/20 (1 jogo pelo Ferencvaros). Sabes se esteve lesionada?
A época passada fez 19 jogos e marcou 3 golos.
29 Junho, 2021 at 21:26
1.79m é uma boa altura no FF. A Nevena tem 1.72m. Se tivéssemos ao seu lado a Gi Santos do Famalicão ficaríamos com uma óptima dupla de centrais , pois são ambas rápidas e ágeis, com uma técnica muito razoável e boa capacidade de saída de bola e integração em acções ofensivas. Ouro sobre azul era a Vanessa Marques, sua companheira neste último ano no Ferencváros ser convencida a juntar-se a nós. A estas 3 “entradas” e a Diana Silva, juntava a Chandra Davidson e a Telma Encarnação e ficava a faltar:
– uma Guarda-Redes de eleição (a Vanina Correa, da seleção argentina, actualmente no Espanyol, 1.80m, excelente guarda-redes, deve ser relativamente acessível para um contrato a 2/3 anos, pois já tem 37 anos).
Com estas 7 jogadoras, teríamos adquirido no mercado nacional 4 jogadoras e no estrangeiro, a Diana Silva, a Hasanbegovic e uma Guarda Redes.
Na LD acho que poderíamos usar de novo a Rita Fontemanha (fez o lugar na maioria dos jogos das nossas 2 épocas de ouro); precisaríamos de outra GR para suplente, mas encontramo-la com alguma facilidade no nosso mercado.
Também admito a não contratação de uma extrema pois, tendo a Diana e a Ana, seja a Chandra ou a Telma podem ir rendendo uma delas nas alas com a outra a servir de PL (até mesmo podendo alternar as suas posições). Ou seja, mesmo não suprindo directamente todas as ausências, ficávamos com um plantel bem mais equilibrado e qualificado, oferecendo mais soluções e sem custos exagerados. suficiente para poder atacar a Liga como um grande candidato, com boas possibilidades de a conquistar. Em caso de conquista, o objectivo deveria ser manter essa base e garantir 3 reforços externos de qualidade para atacar a Champions para tentar passar a Fase de Grupos (Lat, Dir., Méd.Of. e Ext. Dir.) e, eventualmente, um pouco mais.
SL
29 Junho, 2021 at 23:56
Portanto, não contas com a Jóia?
Eu acho que é preciso mais que isso.
Uma boa 6, ao nível da que o Braga contratou, é fundamental.
Também acho que uma 8 mais rápida, mais potente e com golo é preciso para fortalecer o meio campo.
Não acho a Gi nada de especial mas, obviamente, é muito superior à Bruna. Mas eu queria melhor. Uma defesa mais alta, para o 1,85m, que fosse muito boa de cabeça – para a defesa e para o ataque.
Aceitava que puxassem a Fontemanha para 2. Não sei é se ela quer…
Para mim ainda fica a faltar uma extrema rápida com pé esquerdo e uma 9 .
A Telma era bem contratada. Eu vejo ali uma potencial 8 com muita capacidade.
A Chandra não conheço bem. Não sei avaliar.
30 Junho, 2021 at 15:56
A 6 contava com a Vanessa. E temos a Fátima Pinto, a Andreia Jacinto, a Marta Ferreira, a Neuza Besugo (espero que totalmente recuperada), a Fontemanha (quando jogarmos com a mariana a lateral).
Falo em investimento para este ano, onde apenas nos teríamos de concentrar no Nacional (“cagava de alto” para a Taça da liga e Taça de Portugal, jogando com segundas linhas para dar descanso ao 11 base). Depois, sendo campeãs, mantinha a base, emprestava a uma série de jovens, e juntava mais 3 ou 4 jogadoras de topo ou que acrescentassem bastante (uma Lateral Direita, uma Médio ofensiva com nível de uma Jill Roord, a Jéssica Silva e a Andreia Norton). Também poderíamos por a carne toda no assador já para esta época, para ter mais garantias de conquistar o título, mas aí teríamos de fazer um investimento de mais uns 400.000€ que seriam mais difíceis de justificar sem Champions. O que apresento é uma versão para ganhar internamente e dar base e suporte para, depois disso, fazer um upgrade de 400.000€ por forma a ter 2 bons anos de Champions (oitavos ou quartos é uma boa meta inicial). A partir daí seria ir sempre gerindo renovações com substituições, com muita ponderação e assertividade para ir acumulando pequenas melhorias anuais num plantel que já ofereça garantias muito razoáveis.
Um abraço e saudações leoninas
29 Junho, 2021 at 23:58
Eu preferia uma GR mais nova mas não conheço essa que falas.
É preciso uma GR boa, que dê pontos, e uma suplente à altura.
A Joía deviam emprestar para ver o que dá. Não acredito que uma GR de 1,63m seja alguma vez uma boa GR.
29 Junho, 2021 at 18:59
https://www.youtube.com/watch?v=QNhpiNTtVX8
29 Junho, 2021 at 20:31
Amigo Álvaro. O artigo fala de uma jogadora que é a Tatiana Santos que agora está ligada ao Lyon e que nem nós, nem o slb, antes a conseguimos inscrever por ser menor pois como não há academias de FF em Portugal, a FIFA não autorizou a transferência internacional. Para jogar em Portugal vai ter que fazer 18 anos. Seria um bom tema para desenvolver e debater.
29 Junho, 2021 at 21:51
Este caso (e muitos outros idênticos) é mais uma das aberrações FIFA. Se ler a entrevista da Tatiana ao site Lado F (há cerca de 3 meses), poderá perceber o como é dada proteção aos tubarões franceses. Não se pode inscrever a jovem (portuguesa) em Portugal porque não consideram a existência de Academias de FF. A Academia do Sporting não preenche os requisitos para grau 5 (não alberga escalões abaixo das sub 19, que treinam no Polo EUL). É “inscrita” pelo Lyon que tal como o PSG tem Academia FF de Grau 5 FIFA, mas vai jogar para um Clube (afiliado – diria satélite ou afilhado porque isto faz lembrar o Padrinho). Ou seja o Lyon servir-se de uma série de “barrigas de aluguer” em França e no estrangeiro (até na NWSL, imagine-se) para ir rodando jogadoras que não “cabem” no seu plantel (mas que contrata) não incomoda os mandões da FIFA. Procurar jogar profissionalmente nos seus países de origem, é um crime de lesa-Confederação. O engraçado é que a Academia de Alcochete tem certificação de grau 5 FIFA para o FM e nele evoluem e treinam as meninas sub 19 e seniores A e B do SCP; por acaso, foi nas sub 19 do SCP que a Tatiana treinou e evoluiu, desde a retoma competitiva. Isto é treinava e jogava na Academia com certificação para o FM mas não obtinha certificação FIFA FF. A ISTO CHAMA-SE … DESCRIMINAÇÃO DE GÉNERO!
Haja Programas e Planos FIFA para o FF!!! Pura hipocrrisia.
SL
29 Junho, 2021 at 22:21
Se Sporting e slb quisessem tinham contornado a situação como fazem algumas equipas por essa europa fora no FM. Com um “emprego” para um dos progenitores é uma das exceções previstas no regulamento FIFA de transferência de jovens o atleta acompanhar o progenitor por questões de trabalho.
30 Junho, 2021 at 17:27
Algumas correcções:
– O Boavista FC não conseguiu increver-se e será substituído pelo Varzim na Liga BPI 21/22.
– O formato da próxima edição da Liga BPI já foi anunciado. As equipas vão ser divididas em 2 grupos de 8, série Norte e Sul, com os primeiros quatro classificados de cada zona a disputar o apuramento de campeão entre si. Os jogos da fase de grupos serão disputados a uma ronda apenas.
– O Vilaverdense deve ser colocado ao mesmo nível do Famalicão, é uma equipa de promoção de talento que já na II Divisão tinha um plantel recheado de jogadoras norte-americanas e canadianas. A fórmula deverá ser repetida tendo em conta as limitações de jogadoras NFL que agora passou de 10 para 6 por ficha de jogo;
– O jogo do Sporting B foi disputado em Leiria e não em Grijó.
O Sporting CP já tem contratadas mais 5 jogadoras além da Ana Teles, uma delas é a Melisa, internacional Bósnia do Ferencvaros. Joga a central e já foi aunciada como reforço do Sporting CP pelo clube húngaro.
Quanto à Ana Teles, apesar dos poucos minutos jogados tem bastante potencial e características similares às da Raquel Fernandes.
Algumas das júniores que referiste também terão um papel mais preponderante nesta época do que na anterior e não devem ser descartadas de forma tão leviana.
Concordo no entanto com um ponto, devemos aguardar pelo fecho do mercado para tirar as devidas ilações do plantel. A meu ver contratar só mais 4 jogadoras experientes é pouco. Temos que ter um nível de acerto elevado para podermos almejar a disputar o título. Veremos o que vai acontecer.
Não acredito nesta direcção mas acredito na capacidade da Mariana e da sua equipa técnica. A qualidade demonstrada na final da II Divisão contra o Vilaverdense é prova disso. Miúdas de 15/16 anos derrotaram jogadoras experientes, algumas internacionais pelo Japão e pelo Canadá. Os sportinguistas mais desatentos não têm noção do feito que foi.
30 Junho, 2021 at 20:34
Concordo 100%
Vamos ver o que dá e esperar pelos frutos que a Mariana vai dar ao nosso FF.
30 Junho, 2021 at 23:08
Quais são as 5 jogadoras além da Ana Teles que o Sporting contratou?
Que eu saiba, só anunciou a Diana Silva.
Mesmo a Mélisa Hasanbegovic (a tal central Bósnia do Ferencváros) ainda não assinou; até agora foi apenas uma informação “deixada escapar” pelo treinador do Ferencváros em entrevista ao site do Clube.
Mas mesmo estando certa a Diana Silva e dando como certa a Mélisa, quem são as outras 3??
SL
1 Julho, 2021 at 14:57
Não são mais 3, são mais 4. A Diana não entra na lista das 5 que me disseram. As indicações que tenho é que uma delas é uma GR brasileira. Outra poderá ser a Giovanna Santos do Famalicão. Também se falou da Vanessa Marques mas acho que o negócio ainda está tremido.