Não percam o ADN de Leão com a Joana Marchão, não só porque é uma belíssima surpresa, mas também porque não é todos os dias que temos um ADN com uma atleta.
Podem ver clicando aqui
E já que estamos numa de entrevistas, a nossa bem conhecida Raquel Sampaio está no jornal Económico a respeito da sua Teammate Football Management, explicando que a criação desta agência tem como objetivo colocar o futebol feminino no mesmo patamar que no futebol masculino para acabar com “desigualdades e discriminação”.
Cliquem aqui se quiserem saber mais
11 Agosto, 2021 at 19:20
Portanto, a Raquel vai trazer receitas similares ao futebol masculino? Que porreiro…
Adoro a Raquel, que tive pena de ter saído do Sporting e que gostava que voltasse, mas estas tiradas cheias de hipocrisia e frases feitas que não batem com a realidade deixam-me lixado quando até as pessoas de bem se metem por esses caminhos!
Levará décadas ao FF chegar ao patamar do actual FM. O que não tem nada de extraordinário porque o FM também começou décadas antes!
Por alguma razão AS MODELOS são muito mais bem pagas que OS MODELOS. Aí ninguém se preocupa com a igualdade e pagamentos iguais…
11 Agosto, 2021 at 19:30
Ela própria acaba por referir que cabe aos clubes e à federação trabalharem num modelo sustentável e profissional. Não me choca o que disse.
No fundo, criou uma empresa de agenciamento de jogadoras, portuguesas, com vista ao seu futuro profissional e tudo o que o rodeia.
Tentará ser o futuro jorge mendes (espero que sem a trafulhice e controlo total dos clubes) do FF, aproveitando a sua passagem pelo Sporting já agencia muitas atletas que por cá passaram.
Que seja feliz e que tenha sucesso é o que lhe desejo. Já agora, se contribuir para elevar o FF em Portugal e a sua competitividade já faz muito.
12 Agosto, 2021 at 14:29
A Raquel em lado nenhum fala em receitas similares ao FM. Aliás ela até começa a entrevista por salientar que isso está muito longe de ser possível.
O que ela fala é em condições GENERICAMENTE idênticas à do FM. Condições de trabalho e condições de profissionalização. Sempre que falou em salários salientou as diferenças.
E até apontou os exemplos já existentes: a nível de condições materiais de trabalho: Sporting, Benfica, Braga e Famalicão; a nível de condições totalmente profissionais das equipas (salariais e referiu que a base era o salário mínimo nacional) a estas já se junta o Torreense; a nível de competição criar uma Liga inteiramente profissional (e deu o exemplo da Espanha que começará na próxima época e a Itália que começará na época seguinte).
Para que se perceba a importância destas condições e de como elas se reflectem na disparidade entre clubes, tomem o exemplo do Atlético Ouriense (que será, decerto, igual ao de, pelo menos, outras 9 equipas no escalão principal): o Clube procura (e muito bem) oferecer condições de treino mais aproximadas das equipas profissionais (equipas técnicas, acompanhamento médico, fisioterapia e outras condições de aperfeiçoamento e monitorização da condição física e AUMENTO DO NÚMERO E DAS CARGAS DOS TREINOS SEMANAIS). Ora, esta última condição, que as atletas não deixam de aplaudir, é uma faca de 2 gumes: por um lado valoriza o “crescimento” das atletas; por outro lado, ENQUANTO A ESTAS NÃO FOREM OFERECIDAS CONDIÇÕES DE PROFISSIONALIZAÇÃO SALARIAL, esse aumento dos treinos choca com a necessidade material de manterem o seu próprio sustento trabalhando. Esta contradição foi evidenciada pela ex capitã do Ouriense que anunciou o seu abandono prematuro do FF: “Decidi deixar o futebol por motivos profissionais, uma vez que o futebol feminino tem vindo a sofrer uma evolução brutal (E AINDA BEM), aproximando-se bastante da profissionalização. Tornou muito difícil conciliar a minha atividade profissional com a quantidade de treinos que tinha”
E é com a criação gradual de condições materiais, salariais e competitivas que a Raquel diz que a sua agência vai procurar trabalhar.
SL