Sou, com toda a certeza, uma das piores pessoas para escrever sobre a saída de Max. Primeiro, porque vejo nele imensa qualidade. Segundo, porque sempre pensei que, mais ano menos ano, o veria como dono da nossa baliza. Terceiro, porque sou um formação lover assumido.

A verdade é que a chegada de Adán interrompeu esse trajecto que poderia transformá-lo no guarda redes titular do Sporting. Mérito do redes espanhol, que depois de um arranque aos soluços soube retribuir a confiança nele depositada e transformar-se numa das figuras da equipa que conquistou o campeonato. No sábado, aliás, voltou a mostrar que é um redes que vale pontos, com duas intervenções decisivas em Braga.

Por tudo isto, Max tem o lugar tapado. Poderia jogar jogos da Taça e da Taça da Liga, bem como esperar um qualquer azar do colega para tentar agarrar o lugar, mas acho totalmente legítimo que o nosso Max queira mais, até porque precisar jogar com a máxima frequência para continuar a evoluir. E, sim, o Sporting, a precisar de dinheiro com urgência (quando Zenha fala em equilibrar as contas por certo se refere, também, a despesas imediatas e correntes), viu nesta janela uma força de fazer um encaixe financeiro que, neste momento, não sei se é bom, se é mau. Max não é titular no Sporting, tem poucos jogos feitos como senior e perdeu a titularidade na selecção de sub-21. Volto a escrever: para mim, Max é todo um conjunto de qualidades e sou gajo para achar que ele vale mais dinheiro, mas a verdade é que os sites da especialidade apontam para os cinco milhões como sendo o valor de mercado do Luís.

A verdade é que com Max, eu estava descansado caso o Adán estivesse indisponível. Não faço ideia do que vale André Paulo (nem porque raio foi contratado) e tenho a certeza que o Diego Callai, rapaz que eu acho que vai ser o nosso redes dentro de poucos anos, por muito que Amorim goste de lançar miúdos, não está preparado para ser lançado às feras. Fala-se num tal de Virgínia, sobre quem não vou opinar antes de perceber se vem e como vem.

Aliás, este post é para falar sobre o Max e eu sou, com toda a certeza, uma das piores pessoas para escrever sobre a saída de Max. Lembro-me de vê-lo chorar naquela supertaça frente aos lampiões, quando éramos comandados pelo Keizer. O desespero de alguém que sente a camisola. Essas lágrimas deram lugar à felicidade de poder ser campeão e fazer parte do grupo que nos deu uma alegria há tanto esperada.

No Granada, um dos clubes surpresa de 2020/21 com direito a brilho na Liga Europa, Max terá oportunidade de ser posto à prova todas as semanas e de mostrar aquilo que vale. Por cá, fico a torcer para que mostres ao mundo que há um made in Sporting que fecha a baliza em grande estilo. Boa sorte, Max. Serás sempre um dos nossos!