Mais outro. Ao menos este pôs o nome. Há-de indicar onde profetizei o caos do FF do Sporting.
Fiz análises semanais da evolução que era dada a conhecer da recomposição do plantel e a minha avaliação das aquisições foi sempre, no mínimo, positiva. Pude também constatar, NO FINAL, uma redução do plantel que já achava curto e o histórico dos 2 últimos anos assim o provava. Outra constatação é a de que se procedeu a uma redução da masa salarial em cerca de 30%.
Aquilo que vejo como mais positivo neste jogo é o facto de a Mariana Cabral ter conseguido surpreender tacticamente a treinadora e a equipa adversária e, por essa via e com um excelente trabalho ao nível da concentração e entrega competitivas do colectivo, ter anulado a diferença qualitativa entre as duas equipas QUE EXISTE E FAVORECE O BENFICA.
Mas para quem andou 12 semanas, ao referir-se ao mercado, a apregoar que as contas só se fazem no fim (e o J.Oliveira e o Nuno foram dos que o fizeram), talvez seja muito pouco avisado tecer tão pródigas loas com apenas 1 jogo realizado.
É que devo lembrar que o ano passado andava já meio mundo a cantar de galo porque ganhámos os 2 primeiros confrontos com o principal rival e, no fim, acabámos mais uma temporada sem qualquer título.
É muito bom saborear esta vitória por todos os motivos e mais algum. Porque significou a conquista de um título.
Porque for obtida frente ao nosso maior rival, o Benfica.
Porque foi conseguida no derby em que o favoritismo mais pendia para o lado encarnado.
Porque elas tinham uma equipa campeã que já se conhece há 2 anos, sem grandes mexidas, enquanto o Sporting que já tinha um plantel mais curto viu sair 11 jogadoras e só conseguiu colmatar 7.
Porque, para aumentar o paradoxo, apenas 4 das novas contratadas foram lançadas a jogo e apenas 1 outra entrou a escassos minutos, o que significa que no onze inicial apenas 3 jogadoras foram quase totalistas da época passada (Andreia Jacinto, Ana Borges, Fátima Pinto), outras 2 tinham uma utilização de 2ª linha (Alícia Correia, Marta Ferreira e Joana Martins ) e as duas que faltam tiveram utilização pouco mais que residual (Joana Martins, Carolina Beckert).
Assim tínhamos: uma equipa muito menos experiente; uma equipa muito menos rotinada colectivamente, uma equipa com menos jogadoras de qualidade.
Este era pois, desde o retorno do Futebol Feminino o jogo em que, antes do apito inicial, o Sporting parecia ter menos hipóteses de terminar vencedor. Em 5 anos, mesmo contando os jogos internacionais, este era, à partida, aquele jogo em que éramos menos favoritos. E GANHÁMOS! Com alguma sorte, MAS COM MUITO MÉRITO E COMPETÊNCIA!
SL

p.s.: um título já ninguém nos tira. Mas é bom cairmos na real e percebermos que com este plantel a Mariana vai ter de andar muitos jogos a “esticar a corda”, porque embora com um 11em alguns aspectos superior ao do ano passado (faltando claramente uma trinco e em défice de Guarda Redes suplente, de Defesa Central Titular, de Trinco e de mais uma avançada possante e móvel ; as tais 4 para compensar as 11 que saíram; e nem teriam de gastar muito, bastava ser tão certeiras como têm sido até aqui nas contratações desta época)

epa…

Tivemos uma hipótese igual na primeira parte, pela Marta Ferreira

A diferença foi o golo, que só acontece dada a categoria de Diana e Brenda. Mas não podemos ser cegos, as opções delas para o ataque são superiores às nossas.

Tão óbvio!

Tens de perceber que há uma percentagem de adeptos em que tudo se ao resultado.

Ganhas, não há defeitos, são só craques, não interessam as contas, é a festa e somos os maiores e os perfeitos.

Não ganhas, é tudo uma merda, podes ter feito uma boa época e ter resultados económicos bons, que não é isso o importante porque ou ganhas ou és uma merda!

Calma…
O Álvaro, como nós…só quer o melhor…