Mais do mesmo: defesa consistente, ataque macio, vitória por meio a zero. Esta semana deu para ganhar, para a próxima talvez já não dê, aqui andamos com 2 pontas de lança zero-golos, a lutar contra benfeca, porto e braga que têm 4 mas estão cheios de problemas para motivar mais do que 2 jogadores por posição.

Uma vitória muito importante para afastar o fantasma que veio dos países baixos, qual Flying Dutchman a lançar âncora em Alvalade.

Umas notas individuais:

Adán – Duplamente decisivo no lance mais perigoso do Estoril. É o menos culpado pelas taquicardias que provoca aos sportinguistas quando a equipa quer sair a jogar desde a pequena área (enquanto é pressionada pelos adversários). Estou convencido que é uma estratégia e um risco assumido por Amorim (o Estoril fez o mesmo e está muito em voga por todo o lado), pelo que resta ao guarda-redes trocar a bola com os pés no limite das suas competências. Será sempre um risco oferecer um golo fácil ao adversário, mas é assim que o Sporting joga.

Luís Neto – Um dos melhores jogos que fez pelo Sporting. Com isto não quero dizer que não me cause aflições permanentes (o medo estará sempre presente quando o vejo lançar-se a uma bola, mas…).

Seba Coates – Imperial. Como já se disse aqui, faz logo com que os companheiros da defesa joguem melhor e é, atualmente, um jogador essencial. Alguns passes falhados na construção e umas bolas perdidas em correria para…fazer golo ele próprio?, mas o jogo precisava de umas sapatadas de vez em quando e era o único central em campo que o poderia fazer.

Matheus Reis – Enfim, fez um jogo razoável sim senhor, mas isto parece ser o menos mau que poderemos desejar dele em campo. Isto chega para Amorim e para os sportinguistas ou vai evoluir com um pouco mais de jogos nas pernas? Duvido.

Pedro Porro – Confesso desde já a minha admiração pelo espirito guerreiro deste rapaz. Fez mais uma vez um jogo de raça e até desequilibrou algumas vezes na frente. É um lutador nato e isso vê-se até em algumas picardias exageradas em que se envolve, mas se não fosse assim, não era a mesma coisa, certo? Um dos melhores em campo.

Palhinha – É uma máquina. Junta ao poderio físico um pulmão e uma vontade como há muito não se via. Destaco do texto do Cherba a descrição do lance no final do jogo: “(…)Palhinha, rapaz com capacidade de se teleportar, aparece com a frescura de quem está a jogar há quinze minutos e saca um carrinho que mais parece um abafanço feito por um poste da NBA, celebrando esse corte “a la futsal””. Tudo dito.

Matheus Nunes – Não foi um jogo muito feliz e às vezes complicou. Mas é um jogador que cresceu a olhos vistos. Para mim, foi um dos melhores contra o porto e terá oportunidade de aparecer melhor, porque me parece já um talento seguro. Tem uma qualidade que aprecio: uma certa atitude quase arrogante de querer resolver. No caso dele não é defeito porque esta auto-confiança é de um jogador que sabe ter talento e já nos ajudou decisivamente por diversas vezes.

Ruben Vinagre – Depois das consultas psiquiátricas diárias que deve ter tido depois de passar uma noite perdido no porão do Flying Dutchman, teve aqui uma boa terapia. Parece algo mal posicionado e inseguro a defender (atenção que para mim, Nuno Mendes também tinha falhas, especialmente a defender), mas tem qualquer coisa que me faz acreditar que pode evoluir. Tem que ter jogos nas pernas, ser humilde e aprender. Crescer.

Pablo Sarabia – Tem momentos interessantes, com apontamentos técnicos que não enganam, mas pareceu-me, sobretudo na segunda parte, pouco intenso e mesmo displicente (mole?) na abordagem de alguns lances que poderiam resultar perigosos (Pote habituou-nos mal quando finaliza com sucesso lances semelhantes). Caiu fisicamente? Falta de entrosamento? Demos tempo ao tempo, tem tarimba e é bom jogador de certeza.

Paulinho – É bom jogador, não me lixem! Isto dito, parece algo azarado, é certo, mas é muito inteligente em campo e faz muito mais que disparar à baliza e fazer golos (que é o que todos queremos e mais ele, certamente). Fez um golo ao Ajax e viu anulado outro, que era um golão e demonstra o seu potencial. Aqui podia ter feito uns 3, pelo menos, mas ou foi o poste ou um corte in extremis. Confio e acredito nele. Parece algo suave em alguns lances, mas é fino e tem classe no toque de bola. Precisa de sorte também.

Nuno Santos – É um jogador que me causa sentimentos contraditórios. Corre muito e tem ou cria oportunidades. Acredito que dê muito trabalho aos defesas na sua área de acção, mas é algo precipitado a finalizar, como aconteceu neste jogo. Tem um golo para fazer e acaba por decidir pelo mais óbvio, que neste caso era a decisão errada: chuta contra o defesa que até já estava no chão. Acho que põe a cabeça demasiado no chão, o que não ajuda na decisão final (lembram-se do mochilas, o espanhol que agora estupidamente me falha o nome? tem coisas parecidas).

Jovane, TT e Esgaio – Nada ou quase nada para dizer. Entraram numa fase em que até podiam ser importantes, mas especialmente os 2 primeiros, não tiveram arte e engenho para segurar ou desequilibrar na frente, quando o Estoril estava balanceado para a frente e cansado. O Sporting agradecia os momentos de fôlego lá atrás, mas Jovane e TT não estavam nem aí.

3 pontos que era o mais importante.

Coates e Palhinha importantissimos. Adan a não nos deixar morrer, seja pelas defesas seja pelos choques elétricos no fim do jogo.
Neto e Reis estiveram bem.

Paulinho tem que ir à bruxa. Fez um bom jogo, boas movimentações, bem a defender mas na hora da finalização tá com um galo do crlh.

M. Nunes nem bem nem mal, corre muito bem oara a frente mas a defender tá a deixsr uns buracos do cacete.

Vinagre e NS estiveram horriveis.

Sarabia nota-se que tem um belo pé esquerdo mas falta conhecimento dos colegas para ganhar entrosamento. O passe que origina o penalti foi mel.

Agora venham os próximos

Início péssimo, contra outro adversário era um ou dois no bornal. Felizmente a “equipa sensação” é composta por semi mancos, e mal sofreu o primeiro aperto resolveu enfiar os 11 em 40 metros de terreno e deixou de tentar jogar.
O resto foi o Sporting a tentar jogar, contra uma defesa de 4 + 6.
Desinspiração do lado esquerdo, do outro lado a locomotiva Porro e o Sarabia, que ainda anda para ali a ver o que se passa. Paulinho falha 3 (falha 2, outra é meio azar), aquela bola de pé esquerdo tem de ser uma biqueirada, e não um passe à Pote para a baliza.
Neto e Coates bem, Palhinha limpa tudo. Adan é aquela máquina. O homem ontem parecia sob o efeito de calmantes, ou não bebeu o cimbalino.
O Matheus Reis é um central extremo? As vezes que subiu por ali fora… duvido que o L. A. Amorim tenha apreciado. Aliás, numa das subidas, indicaram que o homem estava zangado no banco, não deve ter sido coincidência.
Do banco não veio nada, a não ser a voz de comando e sábias instruções do treinador.
Boa arbitragem, deixou jogar (ainda perdoou lá umas pauladas por trás ao Palhinha), 6 minutos pareceu demais, num jogo com perdas de tempo deverá dar uns 12.

Sofri pa caralho no meu Inácio via telemóvel, com mais interrupções do que num jogo do campeonato português.

Era visível a ansiedade e receio da equipe.
Vitória importante!