Os Campeões do Mundo de futsal, João Matos, Erick Mendonça, Pauleta, Tomás Paçó, Zicky Té e Miguel Ângelo, estiveram, nesta quarta-feira, na Academia Sporting, para falar sobre a conquista do Mundial e, acima de tudo, das particularidades de cada uma das suas carreiras. Seis exemplos de esforço, dedicação e devoção que atingiram a glória, não só no Clube, mas também, e mais recentemente, ao nível de selecções e que carregam consigo histórias de superação e não só.

Na plateia estiveram os plantéis de sub-19 e sub-23 do Sporting Clube de Portugal, acompanhados pelas respectivas equipas técnicas, assim como por funcionários de todas as áreas que trabalham na Academia em prol do desenvolvimento dos atletas.

Luís Gomes foi um dos atletas que assistiu à palestra dada pelos Campeões do Mundo, aplaudindo esta iniciativa pelas mensagens que os futsalistas passaram: “Foi bom ouvir o exemplo deles e ouvir o percurso de cada um porque todos eles tiveram algumas dificuldades. O caso do Erick Mendonça a mim comoveu-me em particular. Ele esteve vários anos afastado e isso custa muito. Nós por vezes ficamos um ou dois meses e já nos parece imenso tempo. Não conhecia a história dele, mas foi bom ouvir e ver que ele conseguiu superar isso”.

Martim Marques também gostou e falou “numa experiência muito boa”. “Disseram-nos coisas muito importantes para o nosso percurso enquanto jogadores e sublinharam sobretudo que sem trabalho não chegamos a lado nenhum”, referiu, destacando: “O exemplo do Zicky Té é incrível. Ele começou mesmo de baixo e lutou para chegar onde queria e, neste momento, com 20 anos é Campeão do Mundo e já tem uma Liga dos Campeões. Isso não é para qualquer um. Acredito que, apesar de ainda ter uma carreira curta, trabalhou muito para conquistar tudo isto”.

Tomás Paçó também falou aos meios de comunicação do Sporting CP, após ter falado aos jovens futebolistas, referindo igualmente ter sido uma boa experiência para os Campeões Mundiais. “Foi uma acção muito produtiva. É sempre importante juntar as modalidades com o futebol e ter também a oportunidade de falar da nossa experiência. Não sou um jogador muito experiente, é verdade, mas já tenho muito para contar e espero que os tenha ajudado com o meu exemplo a correrem atrás dos seus objectivos”, afirmou, dizendo, contudo, que nem o próprio tem noção do que tem alcançado: “Ainda não me caiu a ficha da época passada, quanto mais do Campeonato do Mundo. Só quando pendurar as botas, daqui a muitos anos, é que terei noção do que aconteceu”.

João Matos tem uma experiência completamente diferente, tendo já mais de duas décadas de carreira e de Leão ao peito, dizendo que é “extraordinário haver esta ligação futebol-modalidades, que é essencial e que define muito o que é o Sporting CP”.

“Estivemos aqui com miúdos que querem ser profissionais, que trabalham todos os dias para isso, tal como eu trabalhei noutra modalidade e hoje em dia pode dizer-se que atingi o topo do Mundo. O processo é complicado, mas é preciso frisar-lhes que todo o trabalho e a dedicação serão recompensados. É bom partilhar e saber que eles também nos querem ouvir e que nos acompanham”, referiu João Matos, acrescentando: “É agradável saber que gostam de nós e que acompanharam o Mundial”.