Má arbitragem e não jogamos um caracol…..

Alvaro,

Primeiro deixe referir que a parte jurídica não é a minha praia, portanto será a minha opinião pessoal e baseada em experiencias profissionais similares e os conselhos que dei e advogados deram aos OS que viam orçamento reprovados.

Importante referir que o que está em causa apesar de estar num ponto e tudo incluído no mesmo documento é:
– Plano de Atividades
-Orçamento de Exploração
-Orçamento de Investimento

Como a votação é única, as 3 coisas estão chumbadas pelos sócios.
A partir daqui, depreende-se que não há confiança dos sócios para que o CD possa desenvolver a sua atividade e a medida correta, caso não seja possível conciliar o orçamento com o desejo dos associados é a demissão.
Se não for essa a opção do CD, apenas poderá exercer gestão corrente, deveria evitar todas as ações que mais tarde possam ser questionadas por uma nova direção, como por exemplo, despedir, renovar ou admitir, novos contratos de serviços, investimento só mesmo se for algo que não possa ser adiado (por exemplo uma parede a cair, claro que terá de ser renovada). SÓ GESTÃO CORRENTE e dentro como é obvio das limitações que os estatutos colocam como não realizar gastos superiores aos rendimentos e não endividar ou contrair empréstimos.
. É uma falacia quando falam em duodécimos, isso não existe, tem de fazer apenas gestão corrente e mais nada para além disso.
Se termina o ano sem orçamento e apresentas o ReC, então se aprovas o ReC estas a validar tudo o que foi feito sem orçamento, é como se estivesses a validar simultaneamente o orçamento e as contas.

A segunda questão:
Uma coisa é o resultado de exploração (Rendimentos vs Gastos do ano) que as contas mostram ser positivas em 135k e para obterem este resultado tiveram que reverter uma provisão de quase 2M que foi criada pelo CD anterior para processos judiciais e fiscais em curso. Vamos acreditar que esses processos foram mesmo ganhos na justiça e que não foi apenas uma manobra para equilibrar o resultado final, não custava nada detalhar os processos que foram extintos.
Nota importante para se perceber o que explicarei a seguir. Nos rendimentos do ano há rubricas que não ocasionam fluxo de entrada de cash, como por exemplo os direitos de superfície.
Um exemplo para que percebas, tens uma casa que resolves alugar por 10 anos e 1M de euros. O inquilino paga de imediato o aluguer dos 10 anos, entra na tua conta bancário de imediato 1M, em termos de rendimento, durante os 10 anos vais meter 100 mil euros como rendimento do ano, apesar do dinheiro já ter entrado na tua conta logo no primeiro ano do contrato.

Isto para dizer, ou melhor nem sou quem o diz, é o CFD no ultimo parecer que fez, que nas contas há um deficit de cash de quase 4M, ou seja se tens um lucro de 135k vais precisar de pedir emprestado ou ficar a dever 3.865M

A divida à SAD não tem nada a ver com a exploração anual, trata-se da gestão patrimonial do passivo, até poderia ser pedir emprestado à sad para utilizar no pagamento da divida aos bancos, não foi isto que aconteceu mas mesmo se fosse, seria uma opção de credito nova e nos termos dos estatutos superior a 10% dos rendimentos anuais logo necessitava de autorização dos sócios.

Porque surge a necessidade deste endividamento que já é superior a 20M, desde logo para resolver as situações provocadas pelo deficit anual de cash que como já disse o CFeD estima em quase 4M por ano, já passaram 3 anos deste desvario logo foram precisos cerca de 12M para pagar despesa corrente, o restante foi para amortizar divida bancaria que diga-se tivessem os anormais concluído a reestruturação desenhada em 2018 já nem sequer existia no clube.
Ao longo destes anos tanto tenho insistido nisto, a maldade que foi e esta ser feita ao clube é imperdoável. O retardado que comanda a SAD até pode ganhar a UCL mas se não resolver o problema da divida bancaria do clube aos bancos e agora também à SAD, no que depender de mim é alcatrão e penas e isto porque sou um gajo pacifico.