O voleibol sempre foi um microclima controlado e pouco abalado. A modalidade teve ambição e quis crescer. Como em tudo, o crescimento implica exposição e ficar sujeito ao escrutínio. Quando o pequeno espaço quis crescer, atraindo clubes mediáticos e com voz, trouxe um crescimento financeiro e uma exigência de competência. Então como está a situação?

À luz da última semana vou expor-vos pequenas notas importantes que me faz acreditar que o voleibol (a nível federativa e do Sporting CP) está longe de estar controlado. Isso, evidentemente, trará consequências. Deixo-vos as minhas 3 notas.

1. A integridade física da equipa masculina do Sporting CP foi ontem posta em causa no jogo contra o Leixões SC. Recordo que no ano passado, já se tinha passado algo semelhante com a equipa feminina, sem qualquer consequência. Se a atitude do clube de Matosinhos é reprovável, é também indigna a postura do Miguel Afonso que continua sem qualquer respeito pelo voleibol do Sporting CP. Tal como o seu antecessor também não teve. Pode não gostar da modalidade, mas que defenda a instituição e os adeptos que gostam dela. Depois se um dia quiser acabar com o voleibol, ganhará certamente mais tranquilidade na Tasca porque será menos um artigo semanal. Até lá, a denuncia acontecerá. Só com um Sporting CP na Federação conseguimos mudar estas situações!

Deixo-vos o que aconteceu no ano passado e a notícia deste ano.

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2. As declarações que o treinador Rui Costa teve sobre as disparidades entre o voleibol feminino e Masculino fizeram eco na Tribuna Expresso. Vou realçar 3 pontos importantes como chave de leitura:

– Presidente da Federação Portuguesa de Voleibol: Vicente Araújo catalogou o assunto dizendo que estas são “questões estéreis que não passem de polémicas fictícias, lamentamos, mas não estamos interessados em alimentar”.

– Falta de Coragem: Realçar o 7º parágrafo onde se lê que, perante as iniciativas de contacto por parte da Tribuna Expresso, “só cinco [clubes] responderam, e destes, dois não quiseram dar a cara.” Como é que querem defender a modalidade, quando há um canal mediático aberto e ninguém o aproveita?! E até podia ser para dizer que não concordavam com o Rui Costa! No entanto, aproveitavam-no para dar espaço ao voleibol feminino.

– Momento “o quê?”: Quem aproveitou o momento na Tribuna Expresso para falar do que lhe apeteceu foi o responsável pela Lusófona Voleibol. João Saudade deixa depois um discurso estranho em relação ao Sporting CP. “Como clube de voleibol feminino nunca senti desigualdade”, garante João Saudade, deixando ainda uma bicada ao treinador do Sporting: “O voleibol feminino em Portugal ainda é muito fraco. (…) Quantas jogadoras tem o treinador Rui Pedro Costa no seu plantel e quantas foram formadas no SCP? Nenhuma”. Dá para perceber a estranheza e a gravidade disto?

3. Equipamento da formação: Aqui é só uma pergunta, é possível um equipamento principal do Sporting CP ser assim sem as listadas?

 

 

*às terças, o Adrien S. puxa a bola bem alto e prega-lhe uma sapatada para ponto directo.