Neste domingo, a equipa feminina foi ao pavilhão da Luz perder com a equipa local por 2-3. Um jogo que devíamos ter vencido por 3-0, acabamos por perdê-lo. Apesar da superioridade nos 2 primeiros sets, o rival conseguir ganhar um ascendente nos 3 últimos sets que tornou o resultado justo.

Quem me vai conhecendo na Tasca, sabe que tenho dificuldade em ver injustiças e análises mal feitas. Apenas para tornar isto um pouco mais justo para todos, vamos falar do jogo ao mesmo tempo que recapitulamos este último trimestre. Serve isto para que, daqui a uns meses, não seja “o Rui Costa isto” ou “o Rui Costa aquilo”.

Excesso de confiança faz perder jogos?
Sim, acho que ontem estrámos em campo no 3º set como se o jogo já estivesse ganho. Pode ser um subconsciente, pode nem ser premeditado. O facto é que perdemos força e concentração, deixando o SL Benfica ganhar força. Quando quisemos acordar, já era tarde. A mentalidade desta equipa nunca foi posta em causa e tem dado bons resultados nos últimos anos. A resposta a este abanão é interpretável no clima do balneário após o jogo e como será esta semana de trabalho. Se a derrota doeu então o balneário foi inundado por um silêncio complicado. Se a derrota doeu então a semana vai ser de muita transpiração em modo superação.

Taticamente fomos tentando mudar o rumo das coisas e as principais notas táticas foram:
– Thaís Bruzza foi testada fora da zona de conforto;
– Vanessa Paquete teve fantástica a pontuar apesar do cansaço a ter traído no final;
– Regalado tem um serviço muito pesado;
– Quando alguém do trio de receção não está bem, toda a linha fica comprometida. Já tinha sido no ano passado com a Bruna e este ano com a Bochka;
– Pedia-se mais jogo pelo meio, mesmo quando tínhamos a bola na mão da distribuidora;

Porquê Claire, Bochka, Daniana e Maio?
Este foi um dos assuntos que mais li. A verdade, e para todos estarmos cientes do problema, o Sporting CP validou o orçamento para uma jogadora em agosto. Quando época acaba em abril e vais contratar em agosto para começar a jogar em setembro, isto significa o quê? Que as melhores já foram. Quem gosta de metáforas futebolísticas, diria que o sucesso de ir contratar alguém no último dia de mercado de verão, tem-nos trazido Jesé, Bolasie e outros. A Bochka é uma jogadora interessante para ter no plantel como 3ª opção; a Daniana tem recepção e serviço, sendo o seu papel muito bem definido neste âmbito; a Maria Maio é oposta e será uma adaptação à posição de ponta que requer tempo; a Claire precisa de melhorar bastante tecnicamente antes de ser opção.

Se o Miguel Afonso já fez cagada uma vez com o orçamento, vai ainda a tempo de remediar. Como? Indo buscar uma jogadora para esta posição, reforçando assim o seu empenho em ter pela primeira vez, uma equipa feminina campeã no PJR. No voleibol, para termos noção de valores, uma jogadora para jogar de janeiro a abril (4 meses), com a qualidade que pretendemos, seria necessário um orçamento a partir de 6 000 euros.

Multas são trocados Miguel Afonso?
A verdade é que a irresponsabilidade do barco de voleibol continua a acontecer e, esta semana, tivemos uma multa de 1530 euros porque transmitimos um jogo sem o grafismo da Federação. Acho que a incompetência aqui fala por si. Quando precisamos de, vá, 6000 euros para uma jogadora e deitamos ao lixo 1530 euros em multas, estamos a pedi-las, não?

E agora, Miguel Afonso?
Sem diretor, sem projeto, com irresponsabilidade na gestão do (pouco) dinheiro devemos esperar o quê? Vamo-nos fazer de mortos e esperar que passe a época ou vamos reagir com inteligência? Já agora, a Cheila estava no jogo de domingo no pavilhão da Luz. Sabem que é quem ela não viu lá? O Miguel Afonso.

Em jeito de resumo, o jogo contra o rival ditou uma justa derrota para a nossa equipa. Precisamos de melhorar para mostrar que há, efetivamente, uma diferença entre as duas equipas a nosso favor. Iremos agora jogar com o Clube K (fora) e Leixões SC (casa). Podem sair daqui 2 vitórias ou 2 derrotas. Sinceramente, importa-me mais que se resolva o problema da zona 4 antes de janeiro.

*às terças, o Adrien S. puxa a bola bem alto e prega-lhe uma sapatada para ponto directo.