Nani anunciou que está de saída do Orlando City, por decisão do clube em não prolongar o contrato, e quem me conhece (basta um bocadinho) sabe perfeitamente que na minha cabeça os astro alinham-se e desenham uma história bonita.

Luís Carlos regressa para terminar a carreira, dá-nos tanta coisa que ainda nos falta no último terço de terreno, junta-se a Coates, Adán e Neto como porto seguro para os mais novos no balneário e extensão do treinador em campo, marca duas mãos cheia de golos (um deles em Manchester, frente ao United, na Champions, antes de rumarmos aos quartos), despede-se em lágrimas com a nossa conquista do bicampeonato.

No mundo real, estou preparado para que o sonho nem comece a ganhar forma concreta, pois por certo Amorim, com todo o direito e resultados à vista, continuará a preferir o grupo feito de “iguais”.
Para o que não estou preparado, nem nunca estarei, é para ler e ouvir adeptos do Sporting a dizer que Nani está acabado (hm hm), que só para cá vinha sacar dinheiro (ui), que faz mau balneário (claro) ou, ciclones vos levem, não vem acrescentar e não tem lugar (o nosso poder ofensivo e criativo assenta em Paulinho, Pote e Sarabia, tendo como segundas linhas Tiago Tomás, Nuno Santos, Jovane e Tabata). E até tremo quando me lembro dos assobios prontinhos a fazer vento, quando ele parasse para contemporizar e pensar nas alturas em que a equipa não sabe o que fazer à bola.

Se calhar o problema é meu, mas acreditem que prefiro ser aquele adepto que, quando se depara com estas pequenas coisas, ainda pede “deixem-me sonhar!”