30 dias, na melhor das hipóteses. A notícia é uma valente merda e, afinal, as lágrimas de João Palhinha no banco tinham razão de ser. O médio percebeu imediatamente que tinha aberto o músculo e nem as orações dos adeptos leoninos valeram inverter o cenário que coloca um dos mais influentes jogadores da equipa fora das partidas frente a benfica, Ajax, Boavista e Penafiel (este a contar para a Taça da Liga), não sendo certo que esteja apto a defrontar o Gil Vicente e o Varzim (este para a Taça de Portugal).

Matheus Nunes fica à espera de companhia no meio campo e há dois nomes para ocupar o lugar: Daniel Bragança e Ugarte.

A verdade é que qualquer um deles é bastante diferente de Palhinha, no que oferece à equipa. Aquele tampão defensivo que parece estar em todo o lado é impossível substituir, o poderio físico nem vale questionar, tal como no jogo aéreo nenhum deles consegue aproximar-se do João. O que surgirá de diferente é o momento da posse de bola, nomeadamente se a escolha recair em Bragança, um dos mais diferenciados jogadores na capacidade de sair a jogar e de colocar a equipa a aproveitar os espaços entre linhas dos adversários. Também Ugarte, nesse aspecto, se aproxima mais do estilo de Matheus Nunes, sendo muito inteligente na forma como percebe os momentos em que pode acelerar a passada para ganhar metros no meio-campo adversário.

Uma coisa é certa. Há um Sporting com Palhinha e haverá um Sporting com Bragança ou Ugarte, ficando Amorim com a tarefa de transformar o que perdemos com a ausência do nosso seis, em algo de novo trazido por quem o substituir.