Há um livro muito interessante chamado “negócios à mesa” de Danny Meyer que fala num conceito de que gosto muito. O contexto da passagem do livro que vou citar, está relacionado com o recrutamento de pessoas e a sua respetiva capacidade emocional de gestão:

“(…) Nós temos por objectivo contratar pessoas que possuam um tipo de capacidade emocional a que o chefe Michael Romano chama o reflexo da excelência: Quando alguma coisa lhes é atirada as pessoas reagem naturalmente baixando-se. O reflexo da excelência é igualmente uma reacção natural para resolver algo que não está bem ou para melhorar algo que poderia ser melhor. O reflexo da excelência está enraizado no instinto e na educação e depois é constantemente polido pela atenção às coisas, pelo carinho e pela prática. A preocupação omnipresente para fazer bem a coisa certa é algo para que não nos podemos preparar. Ou existe, ou não existe. Portanto, temos de nos preparar para conseguirmos contratar pessoas com esse objectivo.”

Este reflexo de excelência é uma ótima introdução à vencedora do prémio Stromp, Sofia Reigoto. Eu não menosprezo qualquer prémio, principalmente quando este é atribuído a alguém que o recebe de forma justa. Não conheço pessoalmente a Sofia, mas é o nome que se ouve tantas vezes. Reparem: para alguém da estrutura do voleibol, que não é jogadora, receber um prémio tão político como este, é porque realmente tem de se sobressair. Quero muito dar os parabéns à Sofia Reigoto e desejar, espero que em nome de todos os tasqueiros, muito sucesso e anos verdes!

Citando um texto de Beatriz Martins que li ontem, «recordo Saramago, que nos deixou escrito que há muitas palavras. Boas, más, as que pedem desculpa, aquelas que acariciam, aconselham ou, até mesmo, as que intimidam. Se “cada palavra é dita para que não se ouça outra”», então termino com as palavras que me chegaram, com propriedade, sobre a Sofia: Sportinguista – Excepcional – Trabalhadora – Honesta – Leal – Muito boa pessoa.

 

*quando vê uma aberta no meio campo adversário, o Adrien S. puxa a bola bem alto e prega-lhe uma sapatada para ponto directo.