A frase é incrível e foi proferida por Ana Borges, a capitã da nossa equipa de futebol feminino, que ao renovar contrato com o Sporting assume que é de verde e brando que vai terminar a sua carreira.
“É um sentimento de enorme alegria. Sou do Sporting CP, gosto mesmo do Sporting CP e não podia estar mais contente”.
Em jeito de balanço de todos estes anos serviço dos Leões, Ana Borges lembrou que, desde 2016/2017 até agora, “mudou muita coisa para melhor”. “A aposta na formação é uma mais-valia para o Sporting CP e tenho a certeza de que, com o passar dos anos, o Sporting CP vai estar onde merece estar”, referiu.
Reforçando a aposta na formação, a atleta admitiu que “há muitas jogadoras novas que olham” para as mais velhas “como um exemplo”, mas que, no Sporting CP, “são todas iguais”: “Somos todas jogadoras do mesmo Clube, estamos todas para o mesmo. (…) Não seria o Sporting CP se não fosse assim. (…) No último domingo, vimos uma equipa jovem e da nossa formação. A aposta é enorme. Há muito talento e qualidade aqui dentro, não importa se tem 16 ou 17 anos ou se têm 28 anos. No domingo, não se notou. Foram umas guerreiras e grande parte delas eram meninas”.
Aos 31 anos e com experiência em vários países e campeonatos, Ana Borges explicou que vai continuar a jogar futebol enquanto se “sentir útil”: “Quando sentir que já não sou uma jogadora que pode dar um contributo – que não tem de ser apenas estar lá dentro a correr -, tenho de ser a primeira a dizer que chega para dar oportunidade a outras. No dia em que isso acontecer, vou com a cabeça bem alta e com o dever cumprido, mas espero que seja daqui a uns anos”.
Questionada acerca das metas para o futuro, Ana Borges assegurou que o “objectivo é conseguir o máximo de títulos possível”. “Sabemos que vai ser muito difícil e que temos um campeonato cada vez mais competitivo, mas o nosso pensamento só pode estar no Sporting CP, em entrar em cada jogo para conquistar os três pontos. (…) Quando eu cheguei, o Sporting CP ganhou imensos títulos e depois tivemos aquele período em que não ganhávamos, mas sempre estivemos na luta. A aposta de outros clubes tem sido nítida e isso é bom porque torna o campeonato mais competitivo. É neste nível que o Sporting CP quer estar. Queremos jogar onde estão as melhores, que é a Liga dos Campeões”, considerou.
Desafiada a escolher o melhor momento no Sporting CP, Ana Borges lembrou a Supertaça conquistada já em 2021/2022. “Já tinha ganho muitos títulos no Sporting CP, mas foi o primeiro que levantei enquanto capitã. Vai ser sempre marcante”, contou.
Por fim, Ana Borges deixou uma mensagem aos Sportinguistas: “Renovei, mais uma vez, o contrato com o Clube do meu coração. Espero continuar a dar-vos muitos títulos e a colocar o Sporting CP onde merece. Podem contar comigo porque vou dar tudo e mais alguma coisa por este Clube”.
Nota da Tasca: pormenores interessantes no vídeo que, primeiro, me irritaram, mas que, mais a frio, me deixam com uma esperança curiosa. Vê-la num estádio onde devia jogar tantas e tantas vezes, depois vê-la entrar na loja onde não há representatividade do futebol feminino. Irónico, estúpido, irritante. Olha-se outra vez para o copo e pensa-se, “será que isto significa que elas vão jogar em Alvalade e que as peças do fut fem vão passar a estar na loja?”
22 Janeiro, 2022 at 12:21
Grande Leoa!
Muito merecida esta renovação de contrato por tudo o que tem feito no Sporting. Uma das obreiras do fantástico arranque, dos campeonatos e títulos conquistados no regresso do Futebol Feminino. Pena nunca termos conseguido a passagem a LC.
Desde o regresso do Futfem ao Clube ( ou SAD) que a aposta na formação tem sido forte, e Mariana Cabral é uma das grandes responsáveis pela qualidade das jovens que agora começam a mostrar as suas garras.
Desde o início que as nossas jovens têm jogado em escalões superiores e hoje começamos a ver os frutos dessa estratégia, o que também cria esse ambiente de igualdade que a Ana Borges refere.
Agora vamos lá ganhar isto tudo!
22 Janeiro, 2022 at 14:05
O projecto é bom mas não digas que a aposta é forte!
Aposta forte têm o Braga e o Benfic@, com o Benfic@ a ter também um bom projecto!
Partimos à frente mas estamos cada vez mais para trás… Tão depressa, cheira-me, não iremos à WCL!
22 Janeiro, 2022 at 16:35
Miguel o JHC escreveu que a aposta NA FORMAÇÃO tem sido forte. E tem.
É diferente da aposta no projecto profissional que é, na minha opinião, manifestamente insuficiente.
Já agora acrescentaria que outra aposta forte do FF do Sporting tem sido na jogadora portuguesa.
22 Janeiro, 2022 at 17:24
Obrigado, Álvaro.
É exactamente isso.
O Sporting tem contribuido fortemente para o crescimento do futebol feminino em Portugal graças a competitividade, a visibilidade que trouxe a modalidade, e a essa aposta nas jovens jogadoras portuguesas .
Por isso mesmo merecia mais respeito de quem gere o futebol no País.
22 Janeiro, 2022 at 13:03
Grande leoa! Merece tudo, das melhores de sempre, senão a melhor a passar pelo FF!!
22 Janeiro, 2022 at 13:32
A tua nota será SEMPRE uma resposta aos twittes da Mariana Cabral e ao programa do NS; revelam visão política, falta saber sobre a sua aplicabilidade…
AB é uma leoa em campo. Pela entrevista nota-se quer um pragmatismo com a carreira de jogadora como uma “vontade” para o seu futuro.
Que saia em glória, merece.
Spoooooooooooorting
22 Janeiro, 2022 at 14:02
Ela e a Marchão são as minhas jogadoras portuguesas preferidas. Ambas grandes sportinguistas, ambas jogadoras acima da média (nacional) e ambas das que dão sempre tudo e não gostam de perder nem a brincar.
No plantel, só a classe da Brenda rivaliza com elas.
Acho que o FF tem sido muito mal tratado por esta Direcção, e já repito isto aqui desde que o Varandas entrou. É, sem duvida, para mim, um dos graves erros dele e da Direcção porque nenhuma modalidade cresce à velocidade e com a visibilidade que acontece com o FF, e ainda com custos quase residuais.
A Sporting SAD não vê problema em gastar 5 vezes o orçamento do FF para contratar um merdas como o Ilori, nem vê problema nenhum em pagar mais do dobro anualmente a esse gajo do que gasta com TODO o FF.
Não preciso ir buscar mais exemplos – e haveria tantos!
Preferem torrar dinheiro em monos no FM do que apostar a sério na modalidade que mais cresce no mundo e que, facilmente, poderia colocar mais uma vez a nossa imagem a correr o mundo – com os ganhos em todos os sentidos que isso traria.
Só mesmo um amor gigante ao Clube faz jogadoras da qualidade da Ana Borges renovar contrato com um Clube que se está a deixar ultrapassar por total falta de visão e vontade!
22 Janeiro, 2022 at 15:15
uma boa notícia esta renovação, grande Ana Borges!! agora temos que renovar com a Joana Marchão e com a mister Mariana Cabral já!
Espero mesmo que a dica do vídeo referido pelo Cherba em mostrar o estádio e a loja verde sejam para cumprir. Os jogos FF deviam ser sempre em Alvalade.
O Sporting tem que pressionar FPF para haver mudanças no modelo da nossa liga BPI,
este modelo em 2 fases não serve a ninguém e é injusto para os clubes mais fracos – exemplo: o Valadares Gaia que não passou à fase de apuramento de campeão, esta época, nunca fará UM jogo com Sporting ou Benfica.
Eu defendo: 10 equipas a 3 voltas, 27 jogos, 81 pontos. A primeira volta em estádio neutro sorteado com receita de bilheteira a dividir por 3 ( 1/3 para cada clube do jogo em causa + 1/3 para o clube que empresta o estádio ). A segunda e terceira volta tradicional, uma vez casa outra fora por sorteio. Descem 2 equipas. Replicar isto na segunda liga onde sobem 2 equipas.
22 Janeiro, 2022 at 15:31
esqueci-me de referir que essa primeira volta teria que ser disputada num estádio neutro das equipas que competem na segunda liga e a primeira volta da segunda liga em estádios da liga BPI. E com isto fazer a primeira e segunda liga sempre a actuar em relvados naturais. Não há dinheiro?! a federação que se chegue à frente, comece a arranjar mais patrocínios. Obrigar os clubes a terem que usar os campos principais.
22 Janeiro, 2022 at 16:51
è uma hipótese de modelo bem mais competitivo que o actual e mais potenciador de mais jogos com melhor futebol, mais assistências, mais visualizações televisivas tudo podendo ajudar a melhores sponsors e mais publicidade.
MAs continuo a defender que, na actual relação quantidade / qualidade das Atletas no FF português, o melhor modelo competitivo seria uma Liga 1 com 8 equipas a 4 volta (28 jogos): mais jogos de maior qualidade (a partir das melhores 3-4 equipas o fosso é grande para as seguintes 3-4 e ainda muito maior para as restantes); receitas a distribuir por menos Clubes; o dobro das recepções a Sporting, Benfica e Braga (o que permite aos menos dotados financeiramente procura maior equilíbrio) etc. O modelo actual é que é uma merda.
Estamos no 3º ano a marcar passo com a competição “a sério” a só começar no fim de Dezembro. E nos outros países avança-se a passos largos (Inglaterra, França, Alemanha, Espanha, Itália e Holanda galgam terreno 5 vezes mais rápido do que o que estamos a “evoluir” (ou será involuir) em Portugal.
SL
22 Janeiro, 2022 at 17:51
Eu defendo 12 equipas com 2 fases sempre a somar os pontos.
1ª fase, 2 voltas, 22 jornadas.
2ª fase, 6 equipas em 2 séries a 2 voltas, 10 jornadas. 96 pontos possíveis no total!
Uma série com as 6 primeiras, na luta pelo campeonato.
Outra série com as 6 ultimas, para decidir as 2 que desciam e as 2 que se juntavam às 6 da 1ª série para fazerem a Taça da Liga da época seguinte.
Isto é que me parece que ia aumentar bastante a competitividade, garantindo ao mesmo tempo que seria uma prova de regularidade ao longo da época.
Também defendo que os planteis teriam um limite de inscritas – 23/24/25 – durante uns anos – 4 ou 5 – e que as equipas B tivessem um limite de idade máxima para se jogar – 22/23 anos.
Defendo ainda que o campeonato devia ser profissional e que devia haver um ordenado mínimo para todas as jogadoras de todos os planteis da 1ª Liga – com a FPF a subsidiar quem o justificasse, até um máximo de 2 a 4 anos.
Acabar com os sintéticos já para a próxima época!
Finalmente, a FPD devia obrigar os Clubes que disputem provas europeias a ter FF.
22 Janeiro, 2022 at 18:35
boas ideias não faltam por aqui 🙂 Álvaro, preferiria as 10 equipas a 3 voltas, para puxar mais 2 equipas para a competição principal e aproximar o número de jogos numa temporada com a possibilidade de haver um Sporting – Benfica a ser disputado nos Açores ou em Bragança na primeira volta! Mas agrada-me também as 4 voltas com 8 equipas. Miguel, 32 jornadas seria muito puxado!! 🙂 mas o modelo que defendes é parecido com o dos campeonatos da Holanda (8 equipas, 2 voltas, 14 jornadas + Playoff com 4 equipas, 6 jornadas estilo champions league) e da Finlândia (10 equipas, 18 jornadas + Playoff com 6 equipas, 5 jornadas, Total de 23 jornadas). Destes modelos existentes o Finlandês se calhar é o que melhor se adequa ao nosso e é que eu gosto mais, sem dúvida!
Bem, mas estamos de acordo que o modelo actual é uma aberração. Uma primeira fase sem interesse nenhum para quem luta pelo título. Somos o único país a jogar assim. Nas principais ligas europeias – Inglaterra, França, Alemanha e Itália temos 12 equipas, 2 voltas, 22 jornadas. Em Espanha 16 equipas, 2 voltas, 30 jornadas. Nos paises com menos população como a Austria e Suíça, 10 equipas, 2 voltas.
SL
22 Janeiro, 2022 at 18:39
Puxado porquê?
No masculino são 34 e há muito mais jogos das outras competições também.
Sinceramente, não vejo que seja puxado. Vejo é que o que se faz agora é uma brincadeira. É brincar ao futebol.
Querem subir o nível ou é só paleio?
A época do FF é uma anedota ao pé da época do FM…
22 Janeiro, 2022 at 18:42
De qualquer maneira, se a razão é essa, que se faça com 10 equipas em vez das 12, no mesmo modelo. Daria 18+8=16 jornadas!
Eu acho pouco mas enfim.
Não me importava que começassem por aqui…
22 Janeiro, 2022 at 20:19
se entretanto criarem a Liga Europa Feminina como já li algures, pode ser puxado sim, ainda para mais se metes um limite de 23/24/25 jogadoras por plantel. Para Sporting, Benfica e Braga talvez não haja assim tanto problema os 32 jogos + taça + taça da liga + selecções mas os outros clubes ainda não estão preparados para tantos jogos.
Para subir o nível competitivo do nosso campeonato as equipas mais fracas terão que melhorar também muito e isso não se resolve com o aumento de número de jogos só porque sim. As principais ligas disputam campeonatos de 22 jornadas e são ligas muito mais equilibradas, lá está, a Espanha com 16 equipas não acho que seja um bom exemplo, há o Barcelona e depois há o resto.
A FPF tem que dar as condições para que os clubes mais fracos se consigam profissionalizar, sem isso será dificil ter uma liga mais competitiva e ter as nossas equipas que disputam os títulos cá dentro a fazer boas prestações europeias lá fora.
22 Janeiro, 2022 at 16:37
Parabéns, Ana! 🙂