A última conquista: o direito a ser mãe sem dizer adeus aos relvados
Patrícia Gouveia era capitã do Sporting e jogadora da seleção nacional de futebol quando em 2016 interrompeu a carreira devido a uma gravidez muito desejada, mas não planeada. Ela “tinha os objetivos muito bem definidos para aquela época” e nenhum passava por ter um filho e parar uma carreira no auge e cinco títulos nacionais.
Durante a gravidez viu-se envolvida num processo de defesa dos direitos básicos enquanto mulher e profissional de futebol e por isso aplaude as novas leis de proteção do direito à maternidade da FIFA. “Uma atleta não pode ser discriminada porque quer ser mãe. Isso tem de ser um ponto assente e por isso a norma da FIFA de proteção à maternidade é muito importante. É uma vitória para as mulheres. Não têm de ser criticadas e discriminadas como eu senti que fui na altura. Foi uma das alturas em que eu senti mais discriminação no futebol”, confessou a ex-jogadora ao DN.
Habituada a ouvir os sinais de um corpo esguio e atlético, Patrícia começou a reparar que tinha uma barriguinha que teimava em ficar presa a ela. Tinha um período menstrual irregular e por isso quando ele deixou de aparecer – é o primeiro sinal de gravidez – nem sequer pensou no que isso poderia significar. Depois foi juntando os pontos. Além da barriguinha e da falta de menstruação, tinha muita vontade de comer, logo ela “que nem depois dos treinos sentia muita fome”. E só a ideia de comer sushi, que tanto adorava, a agoniava. Mas só quando o namorado verbalizou a hipótese de poder estar grávida foi ao médico.
Ir a um obstetra no auge da carreira foi algo para o qual não estava preparada, mas foi isso que aconteceu. Já estava grávida de nove semanas e ainda competiu durante três semanas: “Depois o médico disse que podia ser perigoso para mim e para o bebé, afinal o futebol é um desporto de contacto e mudanças bruscas de velocidade. Eu sabia que era um risco continuar a jogar e tive uma conversa franca com o meu treinador da altura, depois informei o clube e comuniquei à equipa.”
Nenhuma destas conversas foi fácil. Muito menos ficar de fora do Euro 2017. Ela tinha contribuído para o inédito e histórico apuramento da seleção nacional feminina, mas quando o Campeonato da Europa começou ela estava a mudar fraldas e a dar de mamar à Constança: “Foi tudo muito difícil, não vou mentir. Eu desejava ser mãe mas não foi fácil ir ao Jamor assistir da tribuna à final da Taça de Portugal que eu devia estar a jogar. Quando começou o Europeu eu já tinha sido mãe e já estava mais conformada.”
O pior mesmo foi quando o clube que representava lhe pediu para assinar um contrato de substituição. “Nem todas as pessoas do Sporting aceitaram muito bem a gravidez e cheguei a acionar o Sindicato de Jogadores para defender os meus direitos. Quando informei o clube que estava grávida a primeira reação da direção técnica foi de total compreensão e sensibilidade para com a situação. Eu coloquei-me à disposição para exercer outras funções ou tarefas, mas passados umas três semanas o cenário deixou de ser tão cor-de-rosa. Fui abordada por um elemento da direção do clube, que me colocou um documento à frente dizendo que aquele contrato substituía o que tinha assinado. Eu tinha um contrato de dois anos mais um de opção e ele apresentou-me um de seis meses, que terminaria no momento em que iria ser mãe e a ganhar um quinto daquilo que estava a ganhar”, contou.
Recusou e pediu a ajuda ao sindicato, mas o “processo chegou a ser feio” e ela ponderou ir para tribunal. Numa das reuniões, os advogados do clube disseram-lhe que “até podia ter razão e ganhar em tribunal”, mas que pensasse bem “se queria ficar anos à espera de receber aquilo a que tinha direito”, ainda mais estava grávida: “Eu disse que esperava o tempo que fosse, mas depois o sindicato conseguiu um acordo para que o contrato fosse cumprido.”
Com 30 anos e talento suficiente para despertar o interesse de qualquer equipa, Patrícia ainda tentou voltar, mas um problema de saúde antigo, até então adormecido, acordou com a gravidez e obrigou-a a colocar um travão definitivo na carreira. “A Constança tinha 4 meses quando voltei aos treinos, mas sentia que algo estava diferente e passados dois meses comecei a ter problemas respiratórios, consequência de uma bronquiolite na infância. Segundo o médico, a gravidez pode ter levado a que a doença se manifestasse. Comecei a ter febres e necessidade de medicação diária e antibióticos frequentes. Por vezes o médico nem me deixava ir para o campo treinar e eu comecei a pensar que não ia voltar a atingir o nível de antigamente e resolvi parar”, revelou a ex-jogadora, que seria depois convidada para team manager da equipa do Sporting, após a saída de Bruno de Carvalho da presidência e a entrada de Frederico Varandas. Há cerca de um ano deixou o futebol de vez por um emprego estável numa seguradora.
Por tudo isto, a gravidez “foi um misto de emoções”. Ela sempre quis ser mãe, mas isso implicou abdicar de alguns sonhos.
O peso da estabilidade financeira
Para evitar situações como a que aconteceu com Patrícia Gouveia, a FIFA avançou com uma norma de proteção do direito à maternidade. O organismo que rege o futebol mundial prepara-se para aprovar uma nova regulamentação para permitir às futebolistas o gozo de, pelo menos, 14 semanas de licença de maternidade, remuneradas a dois terços do salário-base. As federações nacionais terão liberdade para impor condições mais vantajosas, mas um clube que rescinda o contrato de trabalho com uma jogadora durante a gravidez será obrigado a pagar uma compensação e uma multa, podendo ainda ficar impedido de contratar novas futebolistas durante um ano. A nova regra entra em vigor em 1 de janeiro de 2021.
Não acho que haja comparação entre o FF e o FM neste assunto pelo simples facto, evidente, dos homens não poderem ficar grávidos. Por isso, é uma comparação que acho absurda.
Agora, por um lado, acho sem sentido não se cumprirem os contratos, especialmente quando o dinheiro envolvido nos ordenados das jogadoras é tão pouco. Não me parece moralmente aceitável que se faça o que se diz aqui que o Sporting fez.
Por outro lado, no caso das desportistas, os clubes esperam que estejam livres para desempenhar a sua função e não esperam que “decidam” ficar grávidas e impedidas de dar o contributo à equipa, pelo que também acho que tem de haver alguma abertura da parte das atletas a algum tipo de acordo que seja aceite pelas duas partes.
Acho bem a proposta da FIFA de 2/3 do salário. Parece-me muito razoável.
No entanto, não percebo porque estes casos não se resolvem com a regular baixa, sem levantar grandes ondas. Afinal, a atleta fica impedida de trabalhar e como acontece com qualquer trabalhador nesta situação deve entrar de baixa – até mulheres em empregos normais, em situações mais complicadas, passam meses de gestação de baixa médica. Isso não pode acontecer aqui?
Lamento que o meu Clube, que se diz diferente, tenha feito isto com a Patrícia Gouveia – ou quem fosse!
O lado humano tem de estar acima do dinheiro, especialmente quando o dinheiro no universo da SAD são umas migalhas mas para a pessoa fazia toda a diferença.
Muito mal o Sporting aqui!
Não chega dizer que se aposta no desporto feminino. É preciso mostrar isso e casos como este são uma machadada no que se diz!
Porquê 2/3? A gravidez devia de ser vista como uma “lesão”. É um afastamento de 1 ano… Pessoalmente acho que devia ser criminoso obrigar uma mulher a escolher entre família e trabalho.
Gravidez não é doença.
Acho bem que cumpram contrato, podendo ou nao jogar. Infelizmente o caso retratado é o que as vezes acontece, nao são despedidas mas são encostadas, despromovidas… deve ainda ser pior em actividades com maior teor físico talvez.
Gostei deste pormenor “se queria ficar anos à espera de receber aquilo a que tinha direito”.
Imagina contratar o Ronaldo e um certo dia ele decide ficar de baixa de paternidade por 6 meses…. qualquer clube ficaria radiante.
As pessoas são contratadas para trabalharem, se não conseguem que se desenrasquem com o seguro e com o sindicato, que é para isso que lhes pagam. O clube nada tem a ser com essas coisas, e gravidez não é doença em nenhum pais.
Se não queria ficar grávida e ficou, que assuma as suas responsabilidades e não culpe o clube por isso. Numa empresa a pessoa pode ser substituída, num clube não, ninguém vai aceitar mudar de clube por 6 meses, ou um ano.
É por estas e por outras que o FF nunca irá sair da cepa torta.
A baixa é uma coisa que existe para quando não podes trabalhar por algum motivo medico. Não é só para quando partes uma perna ou torces o pé…
Quantas mulheres entram de baixa, em empregos regulares que nada têm a ver com o desporto, durante a gestação? Muitas!
Não têm direito?
Afinal, não estão doentes, certo?
Que maneira mais redutora de ver a coisa, FixTix, nem parece teu!
Depois, nestes casos há sempre 2 lados e 2 direitos, digamos assim.
Se há o direito das pessoas, também há o direito das empresas que contratam as pessoas para trabalhar. Não é para estarem em casa. No caso das desportistas, é o mesmo.
Portanto, sim, tem de haver aqui um equilíbrio e pensar-se nos direitos e obrigações de ambos os lados.
As pessoas têm de ser responsáveis.
Por isso os desportistas estão proibidos de fazerem muita coisa que um trabalhador normal não está – férias na neve, andar de mota, etc… Tudo o que os possa lesionar fora da actividade profissional normal. Não teriam esse direito como qualquer outra pessoa? Mas não, não podem e isso fica mencionado nos contratos.
Se o Estado suporta a baixa – de gestação – de qualquer mulher numa actividade fora do desporto, não suporta no desporto porquê? Isso é que não faz sentido, se é que acontece.
E é isso que eu questiono.
Nem se devia estar a discutir o problema entre a jogadora e o Clube porque aqui, na minha opinião, é o Estado que tem de suportar a baixa da atleta, que não pode trabalhar – como qualquer outra actividade.
Uma notícia de 2020 que passou despercebida, pelo menos para mim.
Compreende-se o amargo de não poder voltar a jogar futebol, mas não foi o Sporting que a fez abdicar dos seus sonhos e sim os problemas de saúde derivados à gravidez.
Uma coisa que não compreendo é a razão para não apontarem os nomes das pessoas.
“Nem todas as pessoas do Sporting aceitaram muito bem a gravidez”. Quem são essas pessoas?
“Fui abordada por um elemento da direção do clube”. Quem era esse elemento?
Como a notícia já tem algum tempo provavelmente não voltaremos a falar do mesmo pois gostaria de ouvir alguém da anterior direção sobre este assunto.
Custa-me acreditar que a questão fosse dinheiro numa altura em que a SAD apresentava dos melhores resultados financeiros de sempre, e o Futebol Feminino somava conquistas atrás de conquistas.
23 Janeiro, 2022 at 17:58
4-1 por Afonso no que pode ser considerado a pior entrada de um GR avançado de sempre
23 Janeiro, 2022 at 17:59
Fim do jogo
4-1
Portugal vence mas, bem a moda do Braz, não deslumbre
23 Janeiro, 2022 at 18:03
Fernando santinhos style
23 Janeiro, 2022 at 18:03
Bem, vamos ao Basquetebol…
Espero que joguem com humildade e não com o pensamento que ganharam os últimos 8 jogos com eles.
O Benfic@ tem boa equipa e os jogos têm-se decidido nos pequenos detalhes!
23 Janeiro, 2022 at 18:06
De 5-0 para 5-10… 🙁
23 Janeiro, 2022 at 18:13
Estamos a jogar contra uma equipa de Steph Currys ou quê?
23 Janeiro, 2022 at 18:13
Foi do covid
23 Janeiro, 2022 at 18:19
Final do 1.º Quarto
Sporting 17 – 27 bocas de piano
23 Janeiro, 2022 at 18:19
1º quarto… 17-27! 🙁
23 Janeiro, 2022 at 18:21
30% de aproveitamento nos 3pts para nós
67% para eles
Estatísticas que fazem a diferença
23 Janeiro, 2022 at 18:21
55% * para eles
23 Janeiro, 2022 at 18:24
Muito tijolo mandado da nossa parte
23 Janeiro, 2022 at 18:32
Bem encomendada esta arbitragem
Transformam uma falta ofensiva em dois lances livres para os rabolhos
23 Janeiro, 2022 at 18:38
Foi bastante evidente.
Mas temos de melhorar muito.
23 Janeiro, 2022 at 18:37
Patrícia Gouveia (gravidez) / Sporting CP (SAD)
¿ Defender o clube?
¿ Infâmia?
A última conquista: o direito a ser mãe sem dizer adeus aos relvados
Patrícia Gouveia era capitã do Sporting e jogadora da seleção nacional de futebol quando em 2016 interrompeu a carreira devido a uma gravidez muito desejada, mas não planeada. Ela “tinha os objetivos muito bem definidos para aquela época” e nenhum passava por ter um filho e parar uma carreira no auge e cinco títulos nacionais.
Durante a gravidez viu-se envolvida num processo de defesa dos direitos básicos enquanto mulher e profissional de futebol e por isso aplaude as novas leis de proteção do direito à maternidade da FIFA. “Uma atleta não pode ser discriminada porque quer ser mãe. Isso tem de ser um ponto assente e por isso a norma da FIFA de proteção à maternidade é muito importante. É uma vitória para as mulheres. Não têm de ser criticadas e discriminadas como eu senti que fui na altura. Foi uma das alturas em que eu senti mais discriminação no futebol”, confessou a ex-jogadora ao DN.
Habituada a ouvir os sinais de um corpo esguio e atlético, Patrícia começou a reparar que tinha uma barriguinha que teimava em ficar presa a ela. Tinha um período menstrual irregular e por isso quando ele deixou de aparecer – é o primeiro sinal de gravidez – nem sequer pensou no que isso poderia significar. Depois foi juntando os pontos. Além da barriguinha e da falta de menstruação, tinha muita vontade de comer, logo ela “que nem depois dos treinos sentia muita fome”. E só a ideia de comer sushi, que tanto adorava, a agoniava. Mas só quando o namorado verbalizou a hipótese de poder estar grávida foi ao médico.
Ir a um obstetra no auge da carreira foi algo para o qual não estava preparada, mas foi isso que aconteceu. Já estava grávida de nove semanas e ainda competiu durante três semanas: “Depois o médico disse que podia ser perigoso para mim e para o bebé, afinal o futebol é um desporto de contacto e mudanças bruscas de velocidade. Eu sabia que era um risco continuar a jogar e tive uma conversa franca com o meu treinador da altura, depois informei o clube e comuniquei à equipa.”
Nenhuma destas conversas foi fácil. Muito menos ficar de fora do Euro 2017. Ela tinha contribuído para o inédito e histórico apuramento da seleção nacional feminina, mas quando o Campeonato da Europa começou ela estava a mudar fraldas e a dar de mamar à Constança: “Foi tudo muito difícil, não vou mentir. Eu desejava ser mãe mas não foi fácil ir ao Jamor assistir da tribuna à final da Taça de Portugal que eu devia estar a jogar. Quando começou o Europeu eu já tinha sido mãe e já estava mais conformada.”
O pior mesmo foi quando o clube que representava lhe pediu para assinar um contrato de substituição. “Nem todas as pessoas do Sporting aceitaram muito bem a gravidez e cheguei a acionar o Sindicato de Jogadores para defender os meus direitos. Quando informei o clube que estava grávida a primeira reação da direção técnica foi de total compreensão e sensibilidade para com a situação. Eu coloquei-me à disposição para exercer outras funções ou tarefas, mas passados umas três semanas o cenário deixou de ser tão cor-de-rosa. Fui abordada por um elemento da direção do clube, que me colocou um documento à frente dizendo que aquele contrato substituía o que tinha assinado. Eu tinha um contrato de dois anos mais um de opção e ele apresentou-me um de seis meses, que terminaria no momento em que iria ser mãe e a ganhar um quinto daquilo que estava a ganhar”, contou.
Recusou e pediu a ajuda ao sindicato, mas o “processo chegou a ser feio” e ela ponderou ir para tribunal. Numa das reuniões, os advogados do clube disseram-lhe que “até podia ter razão e ganhar em tribunal”, mas que pensasse bem “se queria ficar anos à espera de receber aquilo a que tinha direito”, ainda mais estava grávida: “Eu disse que esperava o tempo que fosse, mas depois o sindicato conseguiu um acordo para que o contrato fosse cumprido.”
Com 30 anos e talento suficiente para despertar o interesse de qualquer equipa, Patrícia ainda tentou voltar, mas um problema de saúde antigo, até então adormecido, acordou com a gravidez e obrigou-a a colocar um travão definitivo na carreira. “A Constança tinha 4 meses quando voltei aos treinos, mas sentia que algo estava diferente e passados dois meses comecei a ter problemas respiratórios, consequência de uma bronquiolite na infância. Segundo o médico, a gravidez pode ter levado a que a doença se manifestasse. Comecei a ter febres e necessidade de medicação diária e antibióticos frequentes. Por vezes o médico nem me deixava ir para o campo treinar e eu comecei a pensar que não ia voltar a atingir o nível de antigamente e resolvi parar”, revelou a ex-jogadora, que seria depois convidada para team manager da equipa do Sporting, após a saída de Bruno de Carvalho da presidência e a entrada de Frederico Varandas. Há cerca de um ano deixou o futebol de vez por um emprego estável numa seguradora.
Por tudo isto, a gravidez “foi um misto de emoções”. Ela sempre quis ser mãe, mas isso implicou abdicar de alguns sonhos.
O peso da estabilidade financeira
Para evitar situações como a que aconteceu com Patrícia Gouveia, a FIFA avançou com uma norma de proteção do direito à maternidade. O organismo que rege o futebol mundial prepara-se para aprovar uma nova regulamentação para permitir às futebolistas o gozo de, pelo menos, 14 semanas de licença de maternidade, remuneradas a dois terços do salário-base. As federações nacionais terão liberdade para impor condições mais vantajosas, mas um clube que rescinda o contrato de trabalho com uma jogadora durante a gravidez será obrigado a pagar uma compensação e uma multa, podendo ainda ficar impedido de contratar novas futebolistas durante um ano. A nova regra entra em vigor em 1 de janeiro de 2021.
https://www.dn.pt/edicao-do-dia/28-dez-2020/a-ultima-conquista-o-direito-a-ser-mae-sem-dizer-adeus-aos-relvados-13172443.html
23 Janeiro, 2022 at 18:54
Não acho que haja comparação entre o FF e o FM neste assunto pelo simples facto, evidente, dos homens não poderem ficar grávidos. Por isso, é uma comparação que acho absurda.
Agora, por um lado, acho sem sentido não se cumprirem os contratos, especialmente quando o dinheiro envolvido nos ordenados das jogadoras é tão pouco. Não me parece moralmente aceitável que se faça o que se diz aqui que o Sporting fez.
Por outro lado, no caso das desportistas, os clubes esperam que estejam livres para desempenhar a sua função e não esperam que “decidam” ficar grávidas e impedidas de dar o contributo à equipa, pelo que também acho que tem de haver alguma abertura da parte das atletas a algum tipo de acordo que seja aceite pelas duas partes.
Acho bem a proposta da FIFA de 2/3 do salário. Parece-me muito razoável.
No entanto, não percebo porque estes casos não se resolvem com a regular baixa, sem levantar grandes ondas. Afinal, a atleta fica impedida de trabalhar e como acontece com qualquer trabalhador nesta situação deve entrar de baixa – até mulheres em empregos normais, em situações mais complicadas, passam meses de gestação de baixa médica. Isso não pode acontecer aqui?
Lamento que o meu Clube, que se diz diferente, tenha feito isto com a Patrícia Gouveia – ou quem fosse!
O lado humano tem de estar acima do dinheiro, especialmente quando o dinheiro no universo da SAD são umas migalhas mas para a pessoa fazia toda a diferença.
Muito mal o Sporting aqui!
Não chega dizer que se aposta no desporto feminino. É preciso mostrar isso e casos como este são uma machadada no que se diz!
23 Janeiro, 2022 at 22:34
Porquê 2/3? A gravidez devia de ser vista como uma “lesão”. É um afastamento de 1 ano… Pessoalmente acho que devia ser criminoso obrigar uma mulher a escolher entre família e trabalho.
23 Janeiro, 2022 at 23:04
Gravidez não é doença.
Acho bem que cumpram contrato, podendo ou nao jogar. Infelizmente o caso retratado é o que as vezes acontece, nao são despedidas mas são encostadas, despromovidas… deve ainda ser pior em actividades com maior teor físico talvez.
Gostei deste pormenor “se queria ficar anos à espera de receber aquilo a que tinha direito”.
23 Janeiro, 2022 at 23:28
Imagina contratar o Ronaldo e um certo dia ele decide ficar de baixa de paternidade por 6 meses…. qualquer clube ficaria radiante.
As pessoas são contratadas para trabalharem, se não conseguem que se desenrasquem com o seguro e com o sindicato, que é para isso que lhes pagam. O clube nada tem a ser com essas coisas, e gravidez não é doença em nenhum pais.
Se não queria ficar grávida e ficou, que assuma as suas responsabilidades e não culpe o clube por isso. Numa empresa a pessoa pode ser substituída, num clube não, ninguém vai aceitar mudar de clube por 6 meses, ou um ano.
É por estas e por outras que o FF nunca irá sair da cepa torta.
24 Janeiro, 2022 at 10:51
A baixa é uma coisa que existe para quando não podes trabalhar por algum motivo medico. Não é só para quando partes uma perna ou torces o pé…
Quantas mulheres entram de baixa, em empregos regulares que nada têm a ver com o desporto, durante a gestação? Muitas!
Não têm direito?
Afinal, não estão doentes, certo?
Que maneira mais redutora de ver a coisa, FixTix, nem parece teu!
Depois, nestes casos há sempre 2 lados e 2 direitos, digamos assim.
Se há o direito das pessoas, também há o direito das empresas que contratam as pessoas para trabalhar. Não é para estarem em casa. No caso das desportistas, é o mesmo.
Portanto, sim, tem de haver aqui um equilíbrio e pensar-se nos direitos e obrigações de ambos os lados.
As pessoas têm de ser responsáveis.
Por isso os desportistas estão proibidos de fazerem muita coisa que um trabalhador normal não está – férias na neve, andar de mota, etc… Tudo o que os possa lesionar fora da actividade profissional normal. Não teriam esse direito como qualquer outra pessoa? Mas não, não podem e isso fica mencionado nos contratos.
Se o Estado suporta a baixa – de gestação – de qualquer mulher numa actividade fora do desporto, não suporta no desporto porquê? Isso é que não faz sentido, se é que acontece.
E é isso que eu questiono.
Nem se devia estar a discutir o problema entre a jogadora e o Clube porque aqui, na minha opinião, é o Estado que tem de suportar a baixa da atleta, que não pode trabalhar – como qualquer outra actividade.
24 Janeiro, 2022 at 0:50
Uma notícia de 2020 que passou despercebida, pelo menos para mim.
Compreende-se o amargo de não poder voltar a jogar futebol, mas não foi o Sporting que a fez abdicar dos seus sonhos e sim os problemas de saúde derivados à gravidez.
Uma coisa que não compreendo é a razão para não apontarem os nomes das pessoas.
“Nem todas as pessoas do Sporting aceitaram muito bem a gravidez”. Quem são essas pessoas?
“Fui abordada por um elemento da direção do clube”. Quem era esse elemento?
Como a notícia já tem algum tempo provavelmente não voltaremos a falar do mesmo pois gostaria de ouvir alguém da anterior direção sobre este assunto.
Custa-me acreditar que a questão fosse dinheiro numa altura em que a SAD apresentava dos melhores resultados financeiros de sempre, e o Futebol Feminino somava conquistas atrás de conquistas.
24 Janeiro, 2022 at 6:52
Ondas de indignação. Varandas out.
Taremi, chegar, cair, e marcar.
23 Janeiro, 2022 at 18:39
21-35 contra estes marrecos?
Futsal bem, vs uma potência
23 Janeiro, 2022 at 18:50
Primeira parte muito fraquinha.
Mas 5 pontos deixa tudo em aberto. Esteve pior.
23 Janeiro, 2022 at 18:58
Com essa merda de clube começamos sempre mal no basquetebol mas temos conseguido fazer bons resultados no final.
Vamos ver se será mais um caso desses.
Esperemos que sim, porque 5 pontos não é grande diferença.
23 Janeiro, 2022 at 19:01
Não só com eles. Com os tripas esteve complicado e perto do fim tratámos do assunto.
Mas não vai ser fácil que eles estão muito fortes nos triplos.
Depois da bola ontem e do vólei hoje, preciso de uma alegria para jantar em condições.
23 Janeiro, 2022 at 19:30
Outro aqui…
23 Janeiro, 2022 at 19:00
Bem, se vai com moderação a noticia, fica o link… 🙁
https://www.abola.pt/nnh/2022-01-23/taca-da-liga-os-arbitros-do-benfica-boavista-e-do-sporting-santa-clara/923983
23 Janeiro, 2022 at 19:05
Primeiro quarto muito mau, recuperou-se na parte final do segundo.
Defender bem, atacar melhor.
23 Janeiro, 2022 at 19:11
Não costumo ver basket, mas a nossa táctica é meter a bola no travante e ele que jogue?? É isso?
Muito mal este início de 2 parte
23 Janeiro, 2022 at 19:15
Mais um mau início.
Porra para o Travant, tantos erros.
23 Janeiro, 2022 at 19:21
Muito mal no Basket… Podíamos tar a ganhar na boa se não falhassemos tanto debaixo do cesto…
23 Janeiro, 2022 at 19:29
Fim do 3º quarto e estamos a 2 pontos e na luta pelo resultado.
Já estivemos a 14…
23 Janeiro, 2022 at 19:29
Travante
Kobe Bryant Assist
23 Janeiro, 2022 at 19:41
Entre lesionados, castigadis e covidados, o Famalicão vai ao Dragão com os 15 disponíveis.
E viva a verdade desportiva!
23 Janeiro, 2022 at 19:45
58-61
23 Janeiro, 2022 at 19:46
1’30” para jogar
23 Janeiro, 2022 at 19:45
Não sei quem merece ganhar isto
23 Janeiro, 2022 at 19:47
+1
23 Janeiro, 2022 at 19:46
O Magalhães adormeceu?
23 Janeiro, 2022 at 19:49
65-64! 1 minuto!
23 Janeiro, 2022 at 19:49
Jogo impressionante!
23 Janeiro, 2022 at 19:50
Péssimo jogo de basket.
Mas fdx… vá lá… uma alegriazinha…
23 Janeiro, 2022 at 19:52
É nossa!
23 Janeiro, 2022 at 19:54
transístor?
23 Janeiro, 2022 at 19:55
Já vi esse filmed!
23 Janeiro, 2022 at 19:53
Se sai triplo agora.. dass. Não podemos deixar lançar
23 Janeiro, 2022 at 19:54
Fdx
Fdx
23 Janeiro, 2022 at 19:57
Tá feito!!
SL
23 Janeiro, 2022 at 19:57
Mais uma vitória do melhor clube português… 🙂
23 Janeiro, 2022 at 19:58
O Benfic@ tem muito boa equipa, para o panorama nacional.