Nuno Sousa apresenta-se às eleições presidenciais no Sporting, cujo sufrágio está agendado para 5 de março, com o objetivo de virar a página a um leão que, no mandato de Frederico Varandas, gastou “120 milhões de euros em contratações estapafúrdias”.

Apostado em tornar o clube de Alvalade mais moderno, o gestor de 46 anos almeja recuperar parte do património perdido. Numa entrevista em exclusivo ao Desporto ao Minuto, Nuno Sousa refere que houve falta de transparência no atual mandato, também pautado por atitudes discriminatórias.

Alterar o rumo é um sonho que se pode tornar uma realidade na cabeça deste sócio, que vê em março a possibilidade de se repetirem cenários já vistos, por exemplo, na política, como é o caso de Winston Churchill, ou, no desporto, tendo em conta o que sucedeu a Lorenzo Sanz no Real Madrid.

 

No seu programa, pode ler-se que a “transparência não se anuncia, pratica-se”. Considera que, neste momento, não há transparência no Sporting?

Eu diria que, de um modo geral, e até em várias partes da sociedade, não há muita transparência. O presidente Frederico Varandas considera a transparência como essencial, mas, se formos olhar para o seu último programa, verificamos que muitas das medidas que anunciou não as colocou em prática, daí que nós digamos que, mais do que anunciar, é preciso praticar. Nós não devemos ter a necessidade de reafirmar o que dizemos ou deixamos de dizer, mas sim resumir-nos a factos e a obra feita. Até hoje, e em várias assembleias-gerais foi sempre chutada para canto a publicação dos rendimentos. Nunca se tornou pública.

O programa de Frederico Varandas está, então, carregado de promessas por cumprir…

Eu não diria carregado, mas convidaria qualquer leitor a reler o último programa de Varandas. É necessário fazer um ‘fact-checking’, e até poderiam ser os corpos sociais a dizer o que cumpriram ou o que ficou por cumprir, até para explicar por que determinadas medidas não foram cumpridas.

Mas, tendo em conta o balanço que faz dos últimos anos, acredita que o Sporting está a seguir um bom rumo na variante financeira?

Cinjo-me a factos. Vão ler o prospeto do empréstimo obrigacionista em que havia um mínimo de 30 milhões, e o Sporting até obteve 40 milhões, em que lá está escrito que o clube está em incumprimento com os bancos, em 16,70 milhões de euros. Então, como é que é possível estarmos a pedir um empréstimo a um banco quando já estamos numa situação de incumprimento? A própria UEFA multou o Sporting em 250 mil euros, pelas dívidas e as queixas apresentadas por outros agentes/clubes e jogadores de outras entidades desportivas. Dívidas que, se não forem regularizadas, podem deixar o Sporting de fora das competições europeias nos próximos três anos. Por outro lado, a conta de fornecedores do clube é algo de gigantesco, sendo que de clientes não há nada para receber. Entre os períodos de curto e longo prazo, temos a pagar a fornecedores cerca de 90 milhões de euros, e, se a isto somarmos os três anos de receitas antecipadas dos direitos televisivos, podemos ter aqui uma noção de que Varandas não fez a melhor gestão. O que acontece sistematicamente no Sporting é que as receitas estão sempre a ser antecipadas para cobrir dívidas passadas, e qualquer dia já não vai haver nada para antecipar, e vamos bater contra o muro. E esse dia pode significar um abano estrutural muito forte. Não estou a dizer que vamos entrar num cenário catastrófico, mas não podemos deixar de falar a verdade, e que a situação financeira do clube pode vir a tornar-se muito difícil.

A sua candidatura apoia-se em três eixos: sócios, gestão económico-financeira e gestão desportiva. Acredita que é difícil ter sucesso desportivo numa casa repleta de dívidas e onde as contas não são pagas a tempo e horas? 

O equilíbrio é a palavra-chave em tudo. Sem sócios, não há clube. Afinal, essa é a base da pirâmide. Quanto mais pessoas tivermos no clube, mais forte e mais resiliente ele será. Num ano em que os resultados desportivos não sejam tão bons, são os sócios que estão lá sempre. Depois, é preciso uma estrutura forte a nível de gestão financeira, e que não olhe só para o curto prazo. É chavão dizer isto, mas a sustentabilidade é fundamental para não ‘queimar’ tudo hoje. O Sporting passa a vida a queimar receitas futuras, e, sempre que isso acontece, estamos a comprometer o futuro. Se isto tudo estiver equilibrado mais naturalmente, os resultados desportivos nascem. O Sporting tem sempre a necessidade de vender em todos os mercados, e quiçá não venda ao melhor preço, apenas o faz para equilibrar as contas. Eu repito várias vezes a palavra ‘gestão’, porque o importante aqui não é apenas pensar no dia-a-dia, mas nas semanas, nos meses e nos anos que estão para a frente. Digo e repito, o Sporting preocupa-se apenas com o dia-a-dia. Há pouco tempo, o atual presidente disse que uma ‘app’ custava dinheiro. Caso para dizer: ‘bem-vindo ao mundo real’. É preciso infraestruturas e revolução tecnológica para acompanhar o mundo moderno… A ‘app’ era uma das promessas de Varandas, e anos depois diz que a app custava dinheiro. Mas já não se lembra do que prometeu? Olhando para uma visão curta obviamente que olha somente para o preço, se olhasse para uma visão a médio/longo prazo veria os benefícios que isso traria. Hoje, o mundo funciona sob o modo da digitalização.

Hoje, uma das formas em que os clubes têm de arrecadar mais dinheiro é através do naming do estádio. Equaciona, um dia, mudar o nome do recinto desportivo da equipa principal e, quiçá, apelida-lo de Estádio Cristiano Ronaldo?

Eu sei que é uma matéria complexa e os próprios estatutos dizem que o estádio deve ter o nome do seu fundador. Agora, isso não invalida que uma possível proposta em Assembleia-Geral possa estudar uma nova solução. Acreditamos que essa linha de receita deve ser explorada, sem esquecer nunca o nome do nosso fundador, ou seja, haver uma partilha do nome do recinto. Em último lugar, serão sempre os sócios a decidir.

Considera então a hipótese de um dia o recinto principal do clube chamar-se Estádio Cristiano Ronaldo? 

Temos de deixar todos os cenários em cima da mesa, e apenas dizer que dessa água não beberemos quando isso significar a perda da maioria do capital. Se a marca Cristiano Ronaldo quiser trabalhar com o Sporting, veria isso como uma honra, até porque falamos do melhor jogador de todos os tempos, e, quiçá, a nível mundial. Esta é a minha opinião como sócio, mas sou apenas mais um. Numa Assembleia-Geral, os sócios serão soberanos e dirão o que pretendem.

Varandas travou uma guerra contra as claques, logo no início do mandato, e deu aso à quebra de vários privilégios que, até então, se mantinham enraizados no clube. Consigo, as claques voltarão a ter um novo protagonismo em Alvalade? 

As claques, assim como os Stromp, assim como os Leões de Portugal, assim como a Fundação Sporting, assim como os Cinquentenários, todos são parte integrante do clube. Há pessoas que gostam de viver este clube num movimento Ultra, com tambores e cânticos, outros nem veem os jogos pelos nervos que surgem durante a partida. Cada um vive o Sporting à sua maneira, mas o que todos queremos é que o Sporting ganhe e que o Sporting cresça. Não devemos ver uma maneira correta ou ideal de ver o Sporting. As claques são fundamentais para a animação no estádio. Basta ver como é a animação no estádio neste momento….

Mas não acredita que Varandas colocou um ponto final a certas regalias que se mantinham até à égide de Bruno de Carvalho?

Não acredito nisso. Miguel Braga, responsável de comunicação do Sporting, referiu, e mais do que uma vez, que o Sporting ofereceu o melhor protocolo de sempre às claques. Não sou eu que estou a dizer, estou a replicar algo que está gravado. Por outro lado, Francisco Salgado Zenha referiu que não era contra claques, mas contra algumas direções de claques. O que me parece é que houve um interesse em alterar direções que estavam à frente de algumas claques…

Mas não podemos branquear que há um divórcio claro entre claques, direção e clube.

Um divórcio claro, porque alguém levou o tema a um determinado nível bélico… Eu não posso concordar com o uso de linguagem bélica por parte de Frederico Varandas, e não posso estar a dizer que vou unir os sportinguistas e depois decidir travar uma guerra contra as claques. Frederico Varandas diz que o Sporting já não é motivo de chacota, convidava então o presidente do clube a ler o diário Marca e ver o que foi dito quando aconteceu aquela triste cena de ver crianças, mulheres e idosos a descalçarem-se em cimo de cimento. Se isto é a forma de gerir, fazendo aqui quase uma discriminação… Se são medidas de segurança, então façam isso para todos os sócios e adeptos, e não apenas para determinadas portas do estádio. Há sócios e adeptos – que não estão inseridos em claques – que foram forçados a deitar os seus cachecóis fora, apenas porque tinham o nome de uma claque nesses adereços. Isso não faria sentido no Dragão, nem na Luz, quanto mais em Alvalade.

Considera isso medidas quase ditatoriais?

As pessoas que entendam o que que quiseram, mas eu vi mulheres e idosos a descalçarem-se em cima do cimento. Para mim, isso foi uma medida discriminatória.

Saltando para dentro do estádio agora… Como é que avaliaria o balanço desportivo deste mandato de Frederico Varandas?

Olhando apenas para os resultados desportivos, é inegável que foram excelentes, nomeadamente na última época. Mas uma coisa são os resultados, outra coisa é a gestão. E, nessa parte, vimos uma sucessão de despedimentos, com interinos a chegarem e a irem embora, antes da chegada de Amorim. Não vemos um fio condutor no mandato de Varandas. Houve 120 milhões de euros gastos em contratações estapafúrdias e que não trouxeram qualquer mais-valia financeira. Sabemos que alguns valores, e o negócio que é feito, não é o melhor, comprando, por exemplo, apenas 50% dos passes…

Refere-se, por exemplo, aos casos de Pedro Gonçalves e Ugarte?

Por exemplo, casos em que vemos uma valorização clara do atleta e depois corremos o risco de ver metade do valor derivar para outros intervenientes. Eu não posso concordar com a forma como os negócios estão a ser feitos, apesar de concordar com a chegada desses mesmos reforços. Se olharmos para a era pré-Rúben Amorim então as circunstâncias eram outras, porque aí não havia sequer uma política de A a Z e assistíamos à chegada de jogadores sem qualquer tipo de lógica.

Sem Rúben Amorim, Varandas já não seria presidente do Sporting?

Não tenho uma bola de cristal e é difícil olhar para duas realidades em paralelo, e não quero sinceramente entrar por aí…

Rúben Amorim é bastante elogiado pela sua comunicação, além dos resultados desportivos que consegue. Acredita que o treinador passa melhor a mensagem para adeptos e sócios do que o próprio presidente?

Rúben Amorim está, efetivamente, a fazer um excelente trabalho e é um enorme comunicador, mas obviamente que tem dias menos felizes. Porém, 95% das vezes, está muito bem. Quanto ao presidente Frederico Varandas é o que é, não gostaria de estar a avaliar o presidente do Sporting pela variante comunicacional. Prefiro ver o trabalho que ele faz, nomeadamente, no que diz respeito à gestão desportiva e à relação com os sócios. Ele até podia ser o melhor tribuno, mas eu vou olhar para atos e não para palavras.

Mas tendo em conta os resultados desportivos do Sporting na última época, acredita que tem reais condições para derrubar Varandas?

É curioso, porque, ao falar disso, lembro-me de dois casos paradigmáticos. Um na política, em que Winston Churchill ganha, pelo lado dos Aliados, a II Guerra Mundial, havendo depois eleições no Reino Unido e ele perde. Porquê? Porque o eleitorado britânico sentiu que a sua proposta de futuro não era a melhor e, portanto, a oposição foi eleita, mas isso não retira mérito ao mandado de Churchill. Já no Real Madrid, recordo-me que, nos anos 90, o presidente Lorenzo Sanz conduz os merengues à conquista de duas Champions, algo que não sucedia desde a década de 60, e depois chega às eleições e perde. E porquê? Porque o eleitorado merengue não viu nele um projeto de futuro. E é isto que espero dos adeptos do Sporting, que avaliem o mandato de Frederico Varandas, mas também o futuro que queremos para o Sporting. Nós não estamos aqui para eleger um treinador, esse já está escolhido. A 5 de março, o que escolhemos é uma proposta para o futuro e uma visão para o engrandecimento do Sporting.

Consigo ao leme da presidência, o Sporting deve investir mais em reforços ou apenas realizar operações cirúrgicas, mantendo a aposta na formação?

O Sporting deve investir mais na formação. Isto é que é ser coerente, agora não invalida ir buscar um jogador aqui ou ali para colmatar o que não temos em casa. Mathieu, por exemplo, trouxe uma experiência gigante à equipa do Sporting. E esse tipo de experiência faz com que a equipa cresça. É através dessa mescla que a equipa deve crescer, até porque, sem referências, é difícil um plantel progredir.

Maior aposta no ecletismo, na formação e no património é outra dos pontos-chave do seu programa. Que incremento de valores financeiros podemos estar a falar para dinamizar estas áreas?

No ecletismo, temos várias propostas estruturantes, começando pela extinção e criação de novas modalidades. Nós pretendemos criar Academias ecléticas, em que desejamos implementar um programa de dimensão nacional, em que as crianças e os jovens, independentemente de serem sportinguistas ou não, possam fazer desporto. Quando falamos em ecletismo, também queremos promover a igualdade de género. Não faz sentido que só hajam certas modalidades na variante masculina. O futebol feminino, por exemplo, é uma das modalidades que mais tem crescido, e nós já vemos Wembley cheio, e já vemos recintos muito bem preenchidos, em Espanha. Por exemplo, no Restelo, um Benfica-Sporting já contou com mais de 20 mil espectadores. E uma das medidas que nós temos no nosso programa é que o futebol feminino passe a atuar em Alvalade. Afinal, não faz sentido que a equipa continue a atuar na Academia, longe dos adeptos, e estou em crer que os adeptos iam aderir em massa.

Mas o Sporting tem liquidez financeira para manter todas estas modalidades? Ou tem alguma manobra financeira para alimentar modalidades que rendem pouco, ou inclusive, não dão lucro algum?

É preciso, obviamente, crescer ao nível de sócios, que é algo que não tem acontecido. Afinal, eles são o patrocinador oficial das modalidades. É com as suas quotas que as modalidades são financiadas, e, portanto, o caminho é este. É necessário haver uma aproximação maior entre o conselho diretivo e os restantes associados, passar a haver um plano alargado do pagamento de quotas e, depois, esse valor ser reinvestido. Há uma extrema falta de equipamentos há volta dos estádios. Sucessivas direções foram vendendo património para pagar os devaneios futebolísticos, e depauperaram o clube, e essa é a verdade. Nós gostaríamos de recuperar parte do património, apesar das condições económico-financeiras não serem as melhores, mas a verdade é que o Sporting tinha um património avaliado, pelo antigo presidente João Rocha, em 600 milhões de euros, e a verdade é que todo esse património foi vendido, e além disso já foi acrescentado passivo de 400 milhões de euros. Contas feitas, o Sporting desde 1995 já gastou mais de mil milhões de euros, e esta é a nossa triste realidade. Por isso, quando vejo cartas, de ditos notáveis, eu vejo nesses notáveis apenas o dinheiro que esbanjaram ano após ano. Durante estes últimos quase 30 anos, só houve uma direção que acrescentou património, que foi Bruno de Carvalho com o nascimento do Pavilhão João Rocha. Até lá, as modalidades andavam com a casa às costas.

Disse-me que gostaria de recuperar património. Como o pretende fazer? E pergunto-lhe muito diretamente se tem algum investidor na ‘manga’?

A nível de património, dada a condição económico-financeira do clube, o ideal seria recuperar o Alvaláxia, devido à sua localização privilegiada. Obviamente que isso só será possível com um parceiro. Mas respondendo-lhe muito diretamente, não há nenhum investidor debaixo da manga. Não será preciso procurarmos muito. Afinal, acredito eu que muitos investidores batam à nossa porta. Deste lado, haverá uma equipa competente e que estará disposta a ouvir e a ter um clube aberto à modernidade e à digitalização. Sempre que há este tipo de projetos, há pessoas no mundo todo, inclusive em Portugal, disponíveis a investir, e que saberão ser parceiros de valor na recompra de algum património do Sporting. Aquilo que nós pretendemos é atrair mais sócios, e que se sintam cada vez melhor na sua casa, tendo mais serviços e dispensando mais dinheiro nesses serviços. Os sportinguistas serão os primeiros a contribuir para a causa Sporting, basta ver que, para o Pavilhão João Rocha, 20 mil sócios responderam à chamada, e 12% do Pavilhão foi financiado com dinheiro dos sócios.

Virando agulhas para Alchochete. A Academia vai manter-se a médio/longo prazo na mesma localização? Coloco também aqui em cima da mesa a possibilidade do novo aeroporto poder vir a ser em Alcochete e isso poder vir a condicionar uma mudança de casa…

Isso é uma decisão de foro político, e, enquanto não houver decisão, apenas podemos traçar cenários. A localização é o que é, e temos de viver com elas. Tem vantagens, porque a expansão pode acontecer de maneira mais fácil, tem desvantagens, dada a distância que existe. Nunca há soluções ótimas. Não vou criticar por criticar, foram tomadas por direito e a seu tempo. Neste momento a Academia nem é do Sporting, é um leasing da SAD…

Por isso mesmo lhe fazia esta pergunta. Se não é mais vantajoso, do ponto de vista financeiro, mudar de localização? 

Se for do interesse do Sporting clube… Afinal, acho que a primeira coisa que devemos conseguir é a reestruturação financeira. É importante, o Sporting clube voltar ter no seu património a Academia e o estádio, concessionado à SAD até 2063. Muitos sócios não sabem, mas as garagens do estádio foram concessionadas por esta direção por um valor irrisório, seis milhões de euros, por mais 35 anos. O clube foi completamente espoliado do seu património. E um clube sem património o que deixa para as gerações futuras? O que nós vemos é que ao longo dos anos o clube tem sido exaurido pela SAD.

Para terminar, gostaria de lhe perguntar a relação que desejaria manter com os presidentes de Benfica e FC Porto, nomeadamente com Pinto da Costa, a quem Varandas apelidou de “bandido”, mas, meses depois, estava a negociar uma troca de jogadores com os dragões…

Nós pretendemos uma relação de respeito mútuo e acho que deve ser assim. A sua introdução seria uma excelente pergunta para fazer a Frederico Varandas. Não consigo perceber como alguém chama “bandido” a um homólogo e depois negoceia com ele uma troca de jogadores. Acho incoerente da parte de Frederico Varandas falar de um processo, o Apito Dourado, que está fechado, no qual Pinto da Costa já foi julgado e absolvido, e depois comparar com o seu comportamento no caso e-toupeira em que simplesmente não recorreu. Frederico Varandas acredita que a justiça não está a funcionar, não está bem, mas depois tem membros dessa mesmo justiça na sua lista e, por outro lado, quando tem a hipótese de fazer recurso de um processo não o faz. Voltamos ao início desta entrevista, queria ver muito mais atos do que palavras. Não há coerência em Frederico Varandas.