Embalado pela conquista da Taça da Liga, o Leão foi ao Jamor golear o Bsad. Porro e Sarabia foram dinamite, Ugarte foi o cimento, Adán voltou a ser Adán e em castelhano se escreveu uma vitória que permite ao Sporting seguir sorrindo 

 

 

Quando, ainda antes dos 20 minutos, o placard já mostrava 0-2, poucas dúvidas existiam sobre quem sairia vencedor do Jamor. O Sporting vinha de alma cheia, após a conquista de mais uma Taça da Liga, e nem deu tempo a que o BeSad, último classificado, respirasse.

Com o furacão Porro de regresso, a ala direita dos Leões é um verdadeiro tormento para os adversários, até porque para lá cai, também, um craque chamado Sarabia. Foi ele que permitiu a Potter fazer o primeiro aviso, foi ele que, recebendo a bola do compatriota em mais um momento Pedro & Pablo, teve a capacidade de travar na passada e usar as pernas abertas de um dos três defesas à sua frente para oferecer o primeiro golo a Paulinho. Cinco minutos volvidos, mais coisa menos coisa, Porro apanhou-se com tempo e espaço à entrada da área e sacou uma bomba com rastilho sempre a fugir das mãos do redes.

Ainda sem ter entrado no jogo, o BeSad já perdia por dois. Tentou chegar lá à frente e após um corte de cabeça que deixou a bola a levitar, Camará encheu o pé de fé e disparou para um golo que tão cedo não repetirá. Os Leões acusaram o toque, os pastéis sem creme animaram-se e foi altura de Adán voltar a ser aquele Adán decisivo, abafando o tal Camará num cara a cara que esbarrou no braço esquerdo do guardião espanhol.

Momento decisivo na partida, pois depois disso não mais se viu perigo azul, dando margem a que os verde e brancos voltassem a pegar no jogo. Matheus Nunes e Nuno Santos aceleraram, Ugarte pegou definitivamente no meio campo e, até final da primeira parte, não faltaram oportunidades para aumentar a vantagem. Peter Potter mandou uma bomba por cima, depois mandou outra, na concretizando uma das melhores jogadas da partida. Sarabia viu a bola ficar para trás quando se isolava, mas redimiu-se mesmo em cima do descanso, respondendo com mestria ao cruzamento de Nuno Santos.

Se o 1-3 em cima do intervalo já tinha sido machadada forte no adversário, o 1-4 colocou um ponto final da partida. Pedro Porro cruzou direitinho para a cabeça de Paulinho e o camisola 21 encarnou o espírito de Slimani e meteu-a lá dentro, para felicidade do espanhol que é claramente um jogador que faz toda a diferença.

Amorim aproveitou, então, para gerir, dando descanso a uns e minutos a Gonçalo Esteves (17 anos e tanto futebol!), Bragança e Tabata, sem esquecer a estreia de Edwards, que veio cheio de vontade de mostrar serviço. E, com toda a naturalidade, o Sporting conquistou três pontos que o mantêm na perseguição ao fcp, lhe permitem descolar do terceiro classificado, slb, e, não menos importante, mantêm intacto o sorriso que a equipa parece ter redescoberto.