Novo dia do futsal aqui na nossa Tasca do Cherba, como antevimos, tivemos dois duelos complicados com os nossos leões a vencer no regresso a uma antiga casa e as leoas a saírem derrotadas de Fafe, depois disso e já neste último fim de semana tivemos duas vitórias seguras das duas nossas equipas, mas venham dai que vamos falar de cada um dos jogos.

Futsal Masculino – Vitórias categóricas, mas suadas

Como esperado, jogo complicado no Pavilhão Paz e Amizade com o Sporting a vencer o AMSAC por 6-3. Jogo que marcava o regresso às competições nacionais e com Nuno Dias a lançar Bernardo Paçó, Tomás Paçó, Caio, Merlim e Cavinato. Algumas ausências, no caso, Guitta, Gonçalo Portugal, Erick e Cardigol por lesão, além do nosso Samurai por covid. Jogo muito animado desde cedo, Sporting entrou bem, conseguimos marcar cedo, mas a verdade é que o AMSAC sempre ia conseguindo criar perigo, a qualidade e experiência da equipa da casa obrigaram a que a nossa equipa nunca pudesse adormecer e tentar apenas gerir. O AMSAC como se sabia não ia apenas defender, queriam sempre ter bola, pressão média/alta e tinham o Marco Tavares sempre bem entre os postes, mas um guarda-redes que subia muito e que com isso nos obrigou a ter de estar com atenção máxima o tempo todo.

O nosso primeiro golo surgiu de bola parada, Merlim a cobrar, Tomás e Cavinato a arrastar a defesa e bola para o Caio que rematou muito forte para o nosso primeiro golo. Depois o Sporting esteve por cima, a comandar, foi neste bom período que entrou pela primeira vez o jovem Tiago Macedo, com o Zicky e o Pany, este último que pouco depois de entrar atirou uma bola violentíssima ao poste depois de um remate de longe, mas Sporting melhor e naturalmente chegámos ao segundo golo depois de diversas ocasiões de golo. Saída de bola desde trás, com Pauleta a arrancar, a deixar o marcador para trás e a assistir Waltinho ao segundo poste. 2-0 ao intervalo, Sporting melhor, a gerir e a controlar a partida, mesmo com alguns sustos, deu para testar vários cincos e estratégias variadas nas bolas paradas, com Tomás Paçó a ser o nosso maior destaque. No segundo tempo, já foi diferente, já vimos mais AMSAC. A equipa da casa chegou ao golo, depois de uma bomba ao poste do Tomás, o AMSAC saiu com velocidade com a bola a sobrar para o Bernardo, depois a pressão do AMSAC surtiu efeito com o Júnior a recuperar e o Diego Sol a marcar, uma desatenção na saída que nos levou a sofrer este golo. A nossa resposta foi imediata e não demorámos muito para marcar de novo. Depois de muita insistência, foi novamente de bola parada, Merlim a cobrar para remate seco e forte de Cavinato.

Mais do mesmo depois deste golo, Sporting melhor, a dispor de mais oportunidades, várias bolas nos ferros ou paradas por Marco Tavares, alguns sustos e o nosso quarto golo a surgir naturalmente, desta vez jogada criada e finalizada por Tomás Paçó, que puxou da ala para dentro e com um míssil fez o nosso quarto golo. Nem dois minutos depois, novo golo nosso, desta vez saída rápida com Cavinato a assistir Pauleta para o golo. O sexto golo é do jovem Tiago Macedo, o miúdo voltou assim a marcar pela equipa principal, ele que já o havia feito esta temporada frente aos cazaques do Atyrau, mas uma bola parada com o jovem leão a rematar forte a meio altura sem dar hipóteses ao Marco Tavares. Depois disso algum baixar de intensidade que o AMSAC aproveitou. Luís Correia a entrar para a baliza, ele que depois de muitas convocatórias fez assim a sua estreia pela equipa principal. Os dois golos sofridos foram de bolas paradas, o jovem guardião não teve culpa em nenhum dos golos, ele que até esteve muito bem, várias boas intervenções. Quem também se estreou foi, Duarte Correia, um jovem polivalente de apenas 17 anos. Foi uma vitória suada, o AMSAC obrigou-nos a muito trabalho, mas a verdade é que deu para ver a estreia de vários talentos, para o Tiago Macedo ter mais temo de jogo, além disso Zicky, Tomás, Pany e Pauleta brilharam e mostraram que continuam com a boa forma do Europeu, Caio e Waltinho estiveram bem, o destaque pela negativa foi Miguel Ângelo, que apesar de alguns bons rasgos foi quem esteve mais apagado.

Depois da vitória na taça, fomos até Portimão para defrontar uma equipa complicada e vencemos por duas bolas a uma. Olhando para a tabela, o Portimonense até está à beira da zona vermelha, mas a verdade é que falamos de um dos melhores planteis da Liga Placard, mesmo com todas as dificuldades e os problemas desta época são uma equipa que sempre cria problemas como pudemos ver neste jogo. Reforçámos o histórico favorável em Portimão, agora com 9 vitórias em 9 jogos.

Entrámos bem, com um 5 inicial composto por, Bernardo Paçó, Matos, Pany, Caio e Merlim, desde cedo a querer ter posse e a querer mandar no jogo como é habitual. Pressão alta, muita intensidade desde cedo e o primeiro golo não demorou, jogada de ataque, bola na ala para o Caio que puxou para dentro e rematou não dando hipóteses ao Gutta, estava assim feito o primeiro golo desta partida. Depois desta ótima entrada, continuámos por cima do encontro, Bernardo cedo a mostrar-se, ele que viria a ser o MVP desta partida, mas Sporting melhor, estávamos a controlar a partida e a conseguir anular o mais possível Júnior e Miranda. No caso de Júnior muito pela marcação de Pany, que foi lançado nessa situação desde a bola de saída, foi um duelo como esperado muito bom e muito eletrizante.

O segundo golo surgiu de forma natural, depois de algumas oportunidades, conseguimos dilatar a vantagem através de uma bola parada, Merlim na marcação colocou em Waltinho que à entrada da área e com um remate a meia altura muito forte finalizou, mais uma vez sem nada a fazer o Gutta na baliza dos algarvios e conseguimos assim em cerca de 5 minutos de jogo ficar numa posição mais confortável na partida. Estávamos melhores, mas antes de ir ao resto do jogo, destacar dois detalhes, as bolas paradas onde Nuno Dias colocou Waltinho e Cardinal, o este último ainda a precisar de jogar mais, mas sempre Waltinho em zona interior e Cardinal a variar entre o primeiro e o segundo poste, deu para ver que vamos colher muitos frutos, no futuro com esta situação, depois destacar o Bernardo Paçó, já vou falar mais dele, mas desde cedo se viu o nosso jovem guardião a subir mais, mais confiante e sem tantas hesitações com a bola nos pés, se brilhou muito entre os postes esta melhoria fora da sua área foi visível desde cedo e algo que era obrigatório falar. Continuando o jogo, estávamos em vantagem, com o controlo do jogo, o Portimonense ia chegando perto da nossa baliza através de saídas rápidas com o Júnior sempre em maior evidência, mas em todas elas Bernardo Paçó ia mostrando serviço. Domínio do jogo, íamos gerindo a posse e o ritmo de jogo, o Portimonense cresceu quando Miranda começou a aparecer mais no jogo, depois de várias tentativas, a equipa da casa cresceu quando o ala pegou mais no jogo, mas estava a ser um jogo que só ia dando Sporting e por isso mesmo foi contra a corrente do jogo que o Portimonense chegou ao golo, um ataque rápido da turma de Portimão com Rochato a ser “ceifado” pelo Bruno Maior dentro da nossa área, na marcação Júnior enganou o Bernardo e conseguiu assim reduzir e fazer o que viria a ser o marcador final a dois minutos do intervalo. Não fizemos o terceiro e com isso o Portimonense com o golo subiu ainda mais de rendimento, subiram as linhas, passaram a pressionar ainda mais e com isto fomos para o intervalo a vencer, mas com o conjunto de Portimão a acreditar muito mais.

O segundo tempo começou com todos nós a sermos brindados pela SportTV com mais um momento triste, não tão grave como outros, mas a verdade é que foi mais um numa temporada marcada por vários momentos “infelizes”, desta vez foi retomar a transmissão já com a segunda parte a decorrer. Voltámos a começar bem, Bernardo Paçó a subir mais, queríamos ter mais posse e voltar a ter mais domínio de jogo nestes segundos vinte minutos e foi isso que conseguimos ter nestes primeiros momentos. Jogo muito intenso, nós com mais posse, Portimonense sempre a procurar a velocidade e mais Zicky em jogo, Nuno Dias lançou o nosso craque e este entrou logo muito bem, tão bem que até quase fez o pino na grade. Tínhamos posse, mandávamos no jogo, mas a verdade é que como não marcávamos a equipa do Portimonense ia acreditando e com isso começavam novamente a subir e a criar mais perigo. Nova pausa do relato do jogo, para realçar que neste jogo estivemos sempre em 3×1, tirando a bola de saída, Nuno Dias optou sempre por ter uma referência, tentando assim trabalhar e dar mias tempo principalmente ao Cardinal que estava de regresso à equipa.

De volta ao jogo, de cerca do meio da segunda parte e até aos instantes finais começámos a ter ainda mais Bernardo Paçó, isto porque baixámos um pouco a intensidade e as motas do Portimonense conseguiam criar mais chances de golo, com isso pudemos ver mais do Bernardo que esteve irrepreensível na nossa baliza. Apesar de algum baixar de intensidade que é natural olhando para a questão física, soubemos gerir e controlar a partida, fomos melhores, não tao dominantes como normalmente, mas soubemos gerir a posse e o ritmo de jogo, é verdade que nos colocámos a jeito em alguns momentos, mas quando isso acontecia Nuno Dias voltava a mostrar o porquê de ser o melhor do mundo, porque os períodos ascendentes do Portimonense eram quando Júnior e/ou Miranda começavam a abrir os respetivos livros e aí o mister colocava Pany Varela que além do que rende ofensivamente é um dos melhores do mundo a defender e fomos vendo isso mesmo, sempre que Pany entrava, nós crescíamos como é habitual e como o jogo da equipa de Portimão depende daqueles dois jogadores e eles eram anulados, voltávamos a controlar e a ter a posse. O outro destaque é obviamente Bernardo Paçó, porque além de Pany, além de tudo, sempre que o Portimonense chegava perto da nossa baliza estava lá o Bernardo, a travar tudo e mais alguma coisa, um excelente jogo do jovem guardião. Menção para os regressos do Gonçalo Portugal e do Cardinal, neste jogo não tivemos Pauleta e tivemos os miúdos Pedro Santos e Duarte Correia, ainda uma pequena nota para o Bruno Maior que esteve bem, apesar da grande penalidade cometida, o Bruno entrou sempre bem.

O nosso próximo jogo é frente ao Quinta dos Lombos, é uma partida para os quartos de final da Taça da Liga, vai ser na sexta-feira pelas 17h30 em direto no Canal 11 ou no Pavilhão Desportivo Municipal de Loulé para conseguir ir ver, mas se passarmos vamos defrontar o vencedor do jogo entre o Candoso e o Elétrico na meia-final que será pelas mesmas 17h30 de sábado e se tudo correr bem e como esperamos, vamos estar na final no domingo pelas 20h45 frente a alguém que vai ser entre Benfica ou Braga ou Fundão ou Futsal Azeméis. Todos os jogos vão ser em Loulé e vão ter transmissão no Canal 11.

 

Futsal Feminino – Ainda a crescer

No caso das nossas leoas, fomos derrotados por 5-1 frente ao Nun’Álvares, um resultado que nos coloca fora da Taça de Portugal. Márcio Marcelino lançou de início, Débora Lavrador na baliza, é verdade, começámos com guarda-redes avançada, depois quatro jogadoras muito móveis, Inês Pombo, Carolina Pedreira, Inês Lima e Débora Queiroz, Márcio Marcelino surpreendeu e tentou entrar a ter posse e a mandar no jogo. A verdade é que resultou, logo nos primeiros segundos dispusemos de uma grande oportunidade, mas a Pombo não conseguiu acertar na bola da melhor forma, mas ótima entrada com as fafenses a demorar para conseguir entrar no jogo. A troca não demorou para acontecer obviamente, mas antes de deixar a baliza, Débora Lavrador ainda fez uma boa defesa a remate forte de Pisko.

Já com a Cris na baliza, a equipa da casa assumiu maior controlo do jogo, um pouco mais de posse como seria de esperar, mas a verdade é que soubemos sempre sair bem, rápido e mais importante estávamos a saber reagir bem à perda de bola, mesmo com alguns sustos e com menos posse, as nossas leoas estavam seguras, a defender bem e a conseguir manter a equipa de Fafe longe da baliza. Tivemos várias chances antes do primeiro, uma das mais perigosas foi numa jogada rápida onde a Débora Lavrador atirou muito perto da baliza da Maria Rocha. O nosso golo inaugurou o marcador do jogo, surgiu de bola parada, um livre cobrado por Inês Pombo que colocou na Pedreira que passa para a Queiroz que não consegue rematar bem, a bola embate na defesa fafense e sobra para a Pombo que finalizou muito bem inaugurando o marcador e revelando o que já se sabia, somos muito fortes nas bolas paradas e não precisamos de muito para chegar ao golo.

A resposta do Nun’Álvares não tardou, foi imediata, ganharam um canto e na cobrança a Pisko assistiu a Cátia Morgado para o golo, um remate muito forte de longe que não deu qualquer hipótese à nossa Cris. Vantagem que durou pouco e que terminou num grande golo. Acabou por ser aqui o primeiro momento crucial da partida, a equipa de Pedro Nobre subiu ainda mais na partida, estavam com mais posse e nós íamos conseguindo sair, mas com mais dificuldades, mesmo assim ainda tivemos algumas oportunidades de marcar, com estas dificuldades que íamos sentindo, Márcio Marcelino subiu a equipa, passámos a pressionar muito mais alto, tentando retirar a bola ao Nun’Álvares e tentando que a posse passasse a ficar mais dividida. No meio da nossa maior pressão, das nossas linhas subidas, a equipa da casa ia tentando manter a posse e num lance precedido de falta acabamos por sofrer. Carla Vanessa na luta com a Débora Venâncio atinge a nossa capitã no rosto que fica no chão, o jogo segue, nem os árbitros pararam o jogo nem a equipa da casa, a bola acaba por sobrar para a Taninha que remata para a baliza, com a Cris a reclamar porque realmente não fazia sentido o jogo não ter parado, a bola entrou e a verdade é que este golo contou. Este foi realmente o primeiro momento crucial do jogo, porque este golo surge de forma estranha e quando estávamos a melhorar e a criar dificuldades ao Nun’Álvares.

Sentimos este golo, pelos protestos, pela forma como aconteceu, a verdade é que mesmo com tudo isto, estávamos bem, conseguimos voltar a criar perigo junto da baliza da Maria, conseguimos travar o Nun’Álvares que obviamente ia tendo mais posse, mas com menos oportunidades do que elas queriam e muito pela nossa intensidade defensiva. Até ao intervalo nada mudou, o Nun’Álvares foi para o intervalo de forma justa, mas ficam as nossas queixas, porque foram vários os lances onde o critério não foi igual. Primeiro tempo muito equilibrado, a equipa de Fafe foi mais eficaz e isso fez a diferença e aquele “empurrão” no segundo golo foi crucial, mas a verde é que foi uma primeira parte intensa, muito disputada e com excelente futsal. No segundo tempo, começámos melhor, com mais posse e a querer mandar mais no jogo. A primeira grande chance de golo no segundo tempo, foi nossa, um passe logo da Cris com a Lavrador a rematar para uma grande defesa da Maria que assim nos impediu de empatar logo no começo do segundo tempo. Estávamos melhores, com mais posse, com mais oportunidades, a conseguir empurrar a equipa do Nun’Álvares para junto da sua baliza, mas foram elas que marcaram…num canto, Cátia Morgado assistiu Pisko que rematou sem hipóteses para a Cris e fez dessa forma o 3-1, momento crucial, aqui o segundo e talvez o mais crucial momento, porque estávamos a mandar no jogo e este golo é sofrido completamente contra a corrente do jogo e a equipa acabou por sentir muito. As nossas leoas mesmo assim nunca desistiram, nunca baixaram os braços e continuaram por cima, continuamos a ter mais bola, mais posse, o Nun’Álvares ia conseguindo sempre criar perigo, mas a verdade é que erámos nós a estar por cima. Dentro dos 5 minutos finais e connosco por cima, Márcio Marcelino lança de novo Débora Lavrador como guarda-redes avançada e apesar de alguns sustos, íamos continuando a estar muito bem, a rodar bem a bola, a conseguir ter oportunidades e mais uma vez volto a frisar, a saber reagir ao momento da perca de bola, com algumas faltas é verdade, mas todas elas importantes.

O quarto golo delas, surge depois de um remate nosso que a Maria defendeu e que logo de seguida aproveitando a baliza vazia rematou, o quinto surge logo depois, na saída de reposta ao golo sofrido tentámos acelerar, perdemos a bola e a Cátia Morgado em velocidade fez o quinto numa baliza vazia, ainda continuámos a tentar, foi até ao fim sem nunca desistir e sem atirar a toalha ao chão, mas a verdade é que não conseguimos inverter este resultado que foi demasiado penalizador para o que fizemos. Saímos de Fafe eliminadas da Taça, com um resultado pesado, mas que não revela o que fizemos neste jogo, merecíamos bem mais do que apenas um golo e nunca sair deste duelo com um resultado tão desnivelado que não refletiu nada a partida. Nun’Álvares soube matar o jogo, soube marcar nos momentos certos, a qualidade e experiência pesou, a arbitragem não foi a melhor, não é desculpa e não foi por eles que acabámos por cair, mas a verdade é que estes árbitros deixaram muito a desejar. Fica mais um jogo que deixa evidente o nosso crescimento, a nossa força e a nossa qualidade, uma equipa cada vez mais forte, que nem nos piores momentos desliga do jogo e que independente do resultado ou das condicionantes, luta até ao fim e sempre a jogar bem, não era o resultado que queríamos nem o que merecíamos, mas a verdade é que deixou à vista de todos que esta equipa ainda nos vai dar muitas alegrias.

Depois desta eliminação, pelas 18 horas do passado sábado, recebemos e vencemos por 2-0 no Pavilhão João Rocha o Golpilheira num jogo dominado e controlado pelas nossas Leoas. O Golpilheira está na penúltima posição, mas o jogo tinha tudo para ser traiçoeiro como se viu. O nível é mesmo muito alto e mesmo esta equipa que tem sentido muitas dificuldades no Campeonato já havia surpreendido e criado dificuldades a algumas das equipas mais fortes do Campeonato Nacional da 1ª Divisão. Márcio Marcelino lançou de início, Cris na baliza, Débora Venâncio, Débora Lavrador, Carolina Pedreira e Inês Lima, o nosso 5 base com a Débora Queiroz a ser poupada, ela que tinha saído magoada em Fafe e que não jogou neste duelo, sendo assim resguardada para a Taça da Liga. Filipe Bragança surpreendeu ao lançar a Carolina Ribeiro no começo do jogo, mas já mostrava aquilo que sabíamos que ia acontecer, a equipa do Golpilheira ia fechar e tentar aguentar o mais possível neste encontro.

Começámos melhores, fomos melhores e foi um jogo totalmente nosso, onde controlámos, onde gerimos, onde Márcio Marcelino lançou mais jogadoras, com destaque para a Matilde Cristo, jovem guardiã da nossa formação que fez assim a sua estreia ao mais alto nível, mas além dela a Sofia Rosendo voltou a ser opção, a Beatriz Santos teve ainda mais minutos e a Margarida Silva foi ainda mais utilizada, a Margarida merece aqui uma menção maior porque falamos de uma das revelações da nossa época, foi um regresso ao Sporting, a jovem ribatejana foi aposta da nossa equipa técnica chegando de uma divisão inferior e nem teve honra de ser apresentada pelo Sporting, a verdade é que o talento e a capacidade da Margarida têm feito a diferença e ela tem se afirmado como uma das peças mais importantes do nosso conjunto.

Falando do jogo, o nosso primeiro golo foi apontado pela Ana Alves, a nossa pivot voltou a faturar, ela que já leva 10 golos nesta temporada, é a nossa melhor marcadora e voltou a realizar mais uma ótima exibição. Sporting muito melhor, o segundo golo surge 7 minutos depois do primeiro, Margarida Silva a marcar ao minuto 18, vantagem que era natural, mas curta para o que íamos fazendo nesta partida. Não tivemos mais golos neste jogo é verdade, tivemos muitas oportunidades, acabámos por pecar um pouco na finalização, a Carolina Costa também esteve muito bem na baliza do Golpilheira e foi por ela que o marcador não foi mais dilatado. Jogo totalmente nosso, do primeiro ao último instante, deu para tudo, Márcio Marcelino testou várias soluções, deu para ver mais jogadoras e para sair feliz deste jogo com uma vitória não muito larga, mas segura e fruto de um grande jogo desta nossa equipa. Lavrador e Pedreira novamente em grande plano, são jogadoras de seleção, duas das maiores figuras da Liga nesta altura e não sabem jogar mal, além disso voltar a falar da Beatriz Santos, que bem que ela joga e também ela está e crescendo e nas mais jovens, palavra para a Sara Galhardo.

O nosso próximo jogo, é também para a Taça da Liga, vai ser a meia-final frente ao Nun’Álvares também em Loulé. Pelas 14 horas de sábado vamos estar na discussão pelo acesso à final da Taça da Liga, o jogo vai dar em direto no Canal 11 e mais uma vez digo que quem conseguir que vá apoiar também as nossas leoas. Jogo muito complicado, mas está aí a crônica do último jogo para mostrar que podemos e temos tudo para ultrapassar as fafenses mesmo sabendo que vai ser uma tarefa muito complicada. Se acontecer o que queremos e formos à final, a mesma tal como a masculina, será no domingo, mas pelas 17h15m e o nosso adversário será o Benfica ou o Novasemente.

Falar ainda da chamada da Débora Lavrador e da Carolina Pedreira à seleção nacional, as duas vão ser opção para o duplo confronto com a Espanha, os últimos testes antes do Campeonato da Europa de março em Gondomar e por isso podemos vir a ter uma leoa nessa competição.

Por esta semana é tudo, ficou aqui a analise aos dois jogos e não percam os duelos da Taça da Liga, espero que tenham gostado e até para a semana para mais um dia de futsal na Tasca do Cherba na esperança e no desejo que seja para falar sobre mais dois troféus no nosso museu.

 

*quando a bola roda na quadra, o Zé Ricardo mostra que está mais atento que o mister Nuno Dias e traz-nos todas as novidades do Futsal