O post “O desabafo de Fátima que vale a pena ler“, publicado na Tasca a 10 de Março passado próximo, suscitou vários comentários que trouxeram de novo à baila a dúbia questão da competitividade do Futebol Feminino (FF) em Portugal.
Desde logo esclareço que apenas acho esta questão dúbia porque ela é frequentemente colocada num plano de determinismo fatalista com o qual EM NADA concordo.
Que o FF em Portugal é muito pouco competitivo acho uma verdade pouco questionável. Que essa falta de competitividade se deve à sua incapacidade de gerar receitas que tornem sutentável a profissionalização e construção de um quadro competivo atraente, é apenas meia-verdade. Que só a aposta na massificação e qualificação da Formação permitirá criar um FF mais competitivo é uma inverdade. Que o FF se manterá inevitavelmente pouco competitivo … só será verdade se nada for feito para alterar esse estado de coisas.
Desde logo, o primeiro grande passo para revolucionar positivamente o marasmo em que se encontra o FF em Portugal passa por MAIS E MELHOR INVESTIMENTO. Da Federação, das Associações de Futebol, da Liga, dos Clubes e do Desporto Escolar. E não falo apenas (nem sequer sobretudo) de investimento financeiro. O mais urgente é o investimento organizacional e promocional. O problema é que estamos claramente a perder um combóio que está em bom andamento em boa parte da Europa há mais de 6 anos (vide a evolução gigantesca apenas nesses 6 anos do FF em países Europeus como a Inglaterra, a Espanha, a Itália, a Holanda e a França ou mesmo a Alemanha – que já era uma potência mas que a nível de Clubes também teve um boom). E em Portugal pior que não termos evoluído, foi, em larga medida, termos regredido.
Deixem-me lembrar-vos o que aqui escrevi há 2 anos e 10 meses, sobre a necessidade de mudança:
«Como objectivos mais imediatos: a profissionalização completa das equipas de arbitragem na Liga BPI; a criação de regras de condicionamento do (ab)uso de jogadoras estrangeiras através de limitação ao máximo de 1/3 (6) na lista de jogo; a introdução imediata do VAR nos jogos da LIGA BPI e nas meias-finais e final da Taça de Portugal. Como metas a curto médio-prazo destacaria: a completa profissionalização do quadro da 1ª Liga até ao início da época 2021-22 e a redução desse quadro competitivo para 8 equipas; a partir dessa época; a semi-profissionalização da Liga de Promoção (2ªa Liga) com uma 1ª Fase de 4 grupos regionais de 6 equipas cada e uma Fase Final de Promoção com as 3 primeiras de cada grupo a disputar a subida num Grupo de 12 a 2 voltas e as 3 últimas noutro Grupo idêntico a disputar a manutenção; quaisquer equipas que conquistassem os 2 lugares de Promoção à Primeira Liga teriam de submeter à federação um formulário com os quesitos de adesão às Regras de Profissionalização vigentes na nessa Liga e, caso alguma(s) não conseguisse(m) preencher esses quesitos avançariam as classificadas nas posições seguintes e que fossem habilitadas para os preencher; na época de 2021-22 e 2022-23 não desceria qualquer equipa da 1ª para a 2ª Liga, ficando a Liga profissional, a partir da época 2023-24, novamente com 12 equipas, mas agora, todas profissionais. Essas e outras medidas (de sustentação da Formação desde o Desporto Escolar às Associções de Futebol, de condições de sustentabilidade económica e financeira do negócio, de promoção e propaganda da Modalidade e das Atletas, etc) deveriam ser bandeira do Sporting Clube de Portugal na liderança de um projecto de verdadeira e radical mudança do Futebol Feminino em Portugal.» (in “O Futebol não é para Meninas” de 20 Maio 2019).
E, no post da mesma rubrica da semana seguinte:
«(…) veio a público uma muito interessante entrevista de Nuno Cristóvão (NC) ao diário “desportivo” O JOGO, depois da sua saída do Sporting. Para o que pretendo debater, destaco dois momentos dessa entrevista que contribuem para levantar um pouco o véu sobre o futuro próximo do Futebol Feminino (FF) em Portugal: “(…) sabendo que o próximo ano será de transição no modelo competitivo das mulheres e raparigas em Portugal. Na época 2020/21, a primeira divisão, hoje com 12 equipas, só terá 10, (…)” (NC dixit). Ou seja, a federação já percebeu que o actual quadro competitivo da Liga BPI é uma aberração. E vai alterá-lo já daqui a 2 anos! Muito bem! É menos uma batalha no caderno de alterações para a melhoria do FF em Portugal. Mesmo assim, talvez 10 sejam ainda muitas equipas para integrar o quadro de uma competição que se pretenda integralmente profissional. “(…) mas vai acontecer a médio prazo, porque o que acontece na América do Sul vai acontecer na UEFA e para poderem entrar em competições europeias, os clubes terão de ter equipas femininas. Vai ser mais rápido do que pensam. Uma competição que se reduz a três equipas, contando com o Benfica, é mais pobre. Nas duas últimas épocas, a liga decidiu-se em dois jogos e se queremos uma competição com mais qualidade, tem de haver mais equipas, apostando os clubes na formação. Quando estas jogadoras jovens chegarem aos seniores não vão caber todas nas equipas profissionais e como querem jogar, vão reforçar outras equipas do nível abaixo e também isto vai fazer com que o nível competitivo seja mais alto e equilibrado. Esta época já vimos 2/3 equipas fazerem campeonatos muito interessantes, mas é preciso mais. Com a entrada de mais equipas, o fosso vai diminuir e o nível será cada vez mais equilibrado (…)” (NC dixit). Este momento é ainda mais esclarecedor! Nuno Cristóvão entende que: não há como fugir da profissionalização; competir a 2 ou 3 e o resto ficar a ver navios é que mata o Futebol; há que criar condições para serem mais a ter armas competitivas para almejar o topo; não se cria a competitividade baixando o nível dos 3 destacados, mas aumentando o nível dos outros ou criando mais equipas com capacidade de se destacar; a evolução internacional (particularmente europeia) do FF “obrigará” quase que “naturalmente” a que outros emblemas de projecção adiram ao FF em Portugal. Vou só relembrar algo que respondi ao mui honorável tasqueiro Pavel Hörvat, num dos comentários do post da semana passada (ainda antes de conhecer a entrevista de NC): “(…) Pavel, a profissionalização é o caminho seguido em TODO O MUNDO. Ou acompanhas, ou esquece e perdes o combóio. Porque não podes ter 3 equipas profissionais e as outras amadoras. Não existe competição, assim. Tens apenas 4 ou 5 jogos que “puxam pelas atletas” por temporada e isso é extremamente pernicioso para os que investem. O pessoal tende a achar que é um problema para os “pequenos”, mas é exactamente o inverso. Os que não têm “pernas” para o andamento profissional ou “unhas para tocar esta guitarra”, santa paciência, desçam de divisão.O que não faz sentido é teres uma Liga BPI com 12 equipas!!! 12 equipas num paísinho de merda em que o FF está na pré-História!! Nos EUA a NWSL, a Liga Profissional americana tem 9 (NOVE!) equipas! 20 vezes mais população, o Futebol Feminino mais avançado do Mundo a sua Liga profissional joga-se com 9 equipas! (…)” (Álvaro Dias Antunes – 21 Maio, 2019 at 1:08). Ou a resposta que dei ao também mui honorável tasqueiro leonidas, num outro comentário ao mesmo post: «(…) O Sporting, o Benfica e o Braga teriam a obrigação de exigir à FPF que seguisse as recomendações expressas no “Women’s Football Strategy” da FIFA: criar condições para profissionalizar o Campeonato principal. O mais rápido possível, e sempre antes do próximo ciclo de novo Mundial. Ao cumprir com essa recomendação, a selecção faz-se naturalmente: os clubes que não preencham as condições para obterem a certificação para competir na Liga Profissional são excluídos. Ponto! Descem para a 2ª Divisão e começam aí a sua adaptação à profissionalização. Garanto que, iniciando a profissionalização integral na época 2021/22, o difícil será garantir que hajam 8 equipas que preencham os requisitos para participar. Mas, acreditem que, após haver um Campeonato Profissional, bem organizado e bem promovido por todos os envolvidos, cedo o FF começará a impor-se como uma excelente oportunidade de negócio e a atrair Clubes como o Porto, a Académica de Coimbra e outros que podem também movimentar boas assistências e tornar ainda mais atractiva a Modalidade para públicos e investidores. (…)». (Álvaro Dias Antunes – 27 Maio, 2019 at 23:19)». (in “O Futebol não é para Meninas” de 27 Maio 2019).
Como vêem, a falta de competitividade actual do FF em Portugal deve-se, ANTES DE TUDO MAIS, ao desinvestimento da FPF e ao alheamento da LPFP.
Desde logo, porque o que a FPF prometera em 2019 foi que, na época de 2020 -2021, o campeonato principal passaria para 10 equipas e o que se verificou nessa época foi passar para 20!!! Mas também porque não tem canalizado as verbas que anualmente recebe da FIFA e da UEFA (com o fito do desenvolvimento do FF) para o real aumento da competitividade, para a massificação da Formação e para uma eficiente promoção do jogo. Provavelmente e na melhor das hipóteses só teremos um Campeonato a 10 equipas, como prometido, em 2023/24. E sem que se tenham dado quaisquer passos organizativos para que essas 10 equipas garantam uma boa competitividade. O fosso entre as 3 melhores e a 4ª é algum, entre essas 3 e a 5ª já é considerável e com as abaixo do 6º é baixo é confrangedor.
E essa diferença acentuou-se de imediato exactamente porque a FPF teve a peregrina ideia de (em tempo de pandemia, ainda por cima) aumentar de 12 para 20 em vez de reduzir para 10. O que conseguiu foi que, em vez de meia dúzia de Clubes para absorver parte do resultado da maior aposta na Formação dos 3 maiores, teve mais de uma dúzia atrás do mesmo bolo. Isto em 2 anos em que, na maioria do tempo, não houve competições de formação e, logo, muitas das pequenas entre os 14 e os 16, 17 anos desses 3 Clubes (e as melhores de outros) até poderiam ter estado a rodar nas equipas seniores dos Clubes das 2ª e 3ª divisões, aumentando a competitividade quer dessas pequenas, quer das equipas para onde fossem.
Depois persiste a incongruência de apenas 2 Associações terem quadro competitivo feminino desde as sub-13 (Braga e Setúbal) e apenas mais outra (Lisboa, a partir da época em curso) desde as sub-15. Existem Clubes com equipas seniores que apostam na formação de pequenas e as têm de integrar em equipas de rapazes (ou, no caso das sub-13 do Sporting, de as colocar a competir contra equipas de rapazes sub-14). O mínimo exigível era que TODAS as Associações se tivessem comprometido a promover junto dos seus Clubes a criação de equipas de sub-15 que integrassem jogadoras desde os 12 ou 13 anos e a organizar um Campeonato distrital para essas equipas; e, caso tivessem dificuldade em juntar várias equipas só no seu distrito, então congregarem esforços com as Associações geograficamente adjacentes com problemas idênticos para organizarem competições regionais. Se já tivessem iniciado esse processop há 4 anos, provavelmente já estaríamos a falar de um quadro competitivo no qual todos os “distritos” teriam competições de FF desde as sub-15 e alguns desde as sub-13 e até já poderíamos falar de Fases Regionais e Nacionais de sub-15 e sub-17.
Depois há o alheamento da Liga Portuguesa de Futebol Profissional. Parece difícil de compreender esse alheamento num organismo que deveria ser impulsionador dos mecanismos de expansão do Futebol profissional em Portugal. Mas essa dificuldade de compreensão só existirá em quem se recuse a constatar o efectivo funcionamento da LPFP. Em primeiro lugar, este organismo tem-se revelado historicamente uma institição muito mais corporativa do que desenvolvimentista. Depois porque, à boa maneira Lusa, esse corporativismo é condicionado pela subordinação a jogos de influência de interesses particulares. Finalmente, porque esses jogos de influência no Desporto em geral e no Futebol em particular se alimentam em décadas de predomínio institucional corrupto e corruptor dos interesses particulares específicos de 2 clubes (Benfica e Porto) e em torno dos quais vão gravitando as necessidades conjunturais da esmagadora maioria dos restantes Clubes associados (apenas Sporting e Vitória de Guimarães tendem a algum autonomia nesta arquitectura de poder).
No caso da assunção da profissionalização do FF, o desinteresse da LPFP é reflexo do desinteresse dos tripeiros e do interesse monopolista dos lampiões. Aqui nada de mais “natural”: um dos habituais polos de influência não quer saber do FF para nada (por enquanto); o outro, sabendo dessa ausência, vê terreno livre para exercer o seu domínio do modo que mais gosta e procura mesmo, estrategicamente, aproveitar o tempo que durar esta situação para acentuar predomínio e cavar distâncias para os restantes (neste caso Sporting e Braga). O Braga, até como extensão das práticas do FM, procura a gravitação em torno dos interesses do Benfica para ir colhendo alguns frutos e procurar sobrepor-se ao Sporting. O mais estranho neste processo é a “demissão” do Sporting da luta pelo desenvolvimento do futebol feminino profissional. Porque é quem mais perde com esta inércia e com esta falta de competitividade. Ao Sporting competia, logo em 2019, quando a FPF anunciou a sua intenção de introduzir um novo quadro competitivo, de a complementar com um caderno reivindicativo de propostas que aperfeiçoassem esse quadro competitivo, tornando-o mais robusto, mais transparente, mais equilibrado e mais justo, que priorizassem políticas de promoção do jogo e das atletas, que criassem mecanismos de viabilização financeira e de sustentabilidade do crescimento. E, até teria tido, nessa ocasião, uma excelente ocasião para liderar esse processo, secundando mas também enquadrando a forma como muitas das atletas reagiran, na altura, às propostas da FPF (em matéria de plafonds orçamentais) limitadoras da liberdade contratual (e que, na prática correspondiam a um nivelamento obrigatório por baixo).
Esta atitude proactiva no sentido de apresentar um conjunto de propostas que configurasse um modelo sustentável do desenvolvimento e profissionalização do FF em Portugal deveria já ter sido a primeira linha de intervenção do Clube para dar sustentabilidade ao seu projecto. O restante seria procurar ser o mais forte no contexto de um quadro competitivo aberto e leal. E aí teríamos sempre as enormes vantagens de possuirmos o associativismo desportivo mais implantado (organicamente) no país e internacionalmente (graças à rede de Núcleos, Filiais, Delegações, Escolas e Academias), de sermos o Clube com maior tradição e afirmação eclética em Portugal (e um dos maiores no mundo nesse particular) e de possuirmos uma massa adepta que compreende mais facilmente que as rivais que o investimento no Futebol Masculino não pode ser um sorvedouro de recursos que inviabilize ou condicione a restante actividade do Clube.
Na minha opinião, actualmente, a Sporting SAD deveria alocar cerca de 4M€ do seu orçamento 2022/23 para o conjunto do FF, assim distribuídos:
- cerca de 2,5M€ para as suas equipas seniores A (profissional) e B (semi-profissional) tendo como objectivo de época a conquista do campeonato nacional e subsequente apuramento para as pré eliminatórias da Women’s Champions League;
- cerca de 1M€ para iniciar o apoio à consolidação de um projecto nacional de Formação que, além das equipas SCP de sub-13, sub-15, sub-17 e sub-19, trabalhasse com agrupamentos regionais de Núcleos e com Autarquias para a criação de EAS-L (Escolas Academias Sporting-Ladies) de modo a constituir equipas para competir em Distritais Femininos de Futebol de 7 no escalão de sub-15 (com jogadoras de idades entre os 11 e os 14 anos), de Futebol de 9 no escalão de sub-17 (com jogadoras entre os 14 e os 16 anos) e de Futebol de 11 no escalão de sub-19 (com idades de 16 e 17 anos) (o investimento Sporting seria, sobretudo no apoio técnico em coordenação com a Formação do FF SCP; o dos Núcleos focar-se-ia na captação de atletas, promoção dos jogos, apoio logístico e caso o desejassem e isso se viesse a revelar viável na constituição de equipas seniores dos Núcleos SCP; o das Autarquias da construção ou cedência de infraestruturas tendo como contrapartida o alargamento da oferta de formação e prática de Desporto no Feminino nos seus Concelhos);
- cerca de 0,5M€ para investir na promoção dos jogos e das atletas e em Merchandise próprio do FF.
Complementarmente, o Clube deveria:
– realizar todos os jogos em casa no EJA;
– realizar um jogo de apresentação com uma equipa espanhola de média dimensão da La Liga Feminina (e.g. Madrid CF, Villareal ou SC Huelva) a anteceder o jogo de apresentação do FM, e um jogo para atribuição da Taça Maria Octávia Bastos Andrea com a equipa feminina da Fiorentina a anteceder o jogo do Torneio Cinco Violinos;
– instituir um upgrade voluntário das Gamebox FM com um custo adicional de 10€ englobando os 2 jogos internacionais de pré época, os 16 ou 18 jogos do Campeonato Nacional e os jogos em casa da Taça de Portugal, num total de 18 a 22 jogos e com direito a aquisição de 1 bilhetes de acompanhante ao preço de 0,5€ para qualquer dos jogos contemplados;
– acordar com os G.O.A. a venda de 1400 a 2000 Gameboxes FF pelo preço de 10€ com lugares reservados na Curva Sul; acordar com os mais de 50 Núcleos com sede situada até 100Km do Estádio José Alvalade a venda de até 50 gameboxes por Núcleo ao preço de 10€ e com lugares reservados nos sectores A1, A2 e A3 (centrais poente inferiores);
– quaisquer destas gameboxes Núcleos e G.O.A.s poderiam ser transmissíveis mas não negociáveis; instituir preços de bilhética por jogo de 2€/sócio para os jogos contra Benfica e Braga e de 1€ para os restantes e dobrar esses preços para não sócios;
– usar o ecran gigante do estádio para passar publicidade dos 3 sponsors principais;
– usar a publicidade dinâmica junto ao relvado para anunciadores específicos e/ou outros patrocinadores; estabelecer metas ambiciosas de assistências para cada jogo em conjunto com os G.O.A e com os Núcleos e procurar sempre superar essas mesmas metas, prometendo como garantia o aumento da “oferta promocional” de Gameboxes na época 2023-24, incluindo eventuais jogos da Champions sem alteração de preços;
– dependendo dos horários, realizar, antes dos jogos, acções de campanhas de promoção de merchandise nas Lojas Verdes com a participação de atletas do FM ou de outras Modalidades;
– transmissão de todos os jogos em casa na SportingTV com pré acordo de fees de transmissão ou, caso já esteja instituído o VAR, participação em negociação centralizada de direitos televisivos com qualquer outra operadora com direito a retransmissão com um mínimo de 24h a posteriori no Canal do Clube (e obrigatoriedade de nenhum jogo poder ser transmitdo em directo por quaiaquer operadoras de Clube);
– nas deslocações mais longas, combinar com o Núcleo mais próximo, acção de merchandise com a participação das atletas a efectuar antes do jantar do dia que antecede o jogo;
– manter páginas Facebook, Teewter, Instagram e TikTok do nosso FF actualizada com: planteis de todas as equipas das sub13 às A e dados sobre as jogadoras (datas e locais de nascimento, altura, peso, posições preferenciais, “curriculos de carreira”); com datas, horários e locais de todos os jogos e informações de interesse (no caso das deslocações, por exemplo restaurantes, moradas de Núcleos próximos, etc), com publicitação de todas as acções de campanhas de merchandise (deveria ser realizada 1 por semana em diferentes pontos de Lisboa como as Lojas Verdes, Lojas FNAC ou Bertrand de Centros Comerciais para lançamento de Livros, Revistas ou bandas desenhadas FF da Leo) e com depoimentos/videos promocionais dos jogos com participação das jogadoras;
– associar a actividade das atletas do FF a causas, trabalhando em conjunto com a Fundação Sporting, os Leões de Portugal, o Grupo Stromp, os Cinquentenários ou o Solar do Norte em campanhas como: a Luta contra o Cancro (momeadamente o da Mama), a Luta pela Igualdade de Condições de Géneros, o Acolhimento e Integração de Refugiados (nomeadamente as colegas da selecção feminina afegã ou agora os Deslocados da Invasão Russa da Ucrânia focando nas mães), a luta contra o Racismo no Desporto e na Sociedade, a Luta contra a Violência no Desporto, a Luta pela Verdade Desportiva, a Luta pelo Desporto Inclusivo e Para Todos (nomeadamente em colaboração com atletas do desporto Adaptado como as nossas campeãs do mundo de Clubes em Goalball), a Promoção da Prática do Desporto como Hábito Salutar de Vida.
Como vêem com um pouco de criatividade, com uma praxis directiva unificadora e mobilizadora e com o apoio solidário de muitos (G.O.A.s, Núcleos, Fundação, voluntários, etc) tudo se poderia tornar mais concretizável. Mas o mais notável é que a concretização deste tipo de medidas tende a gerar efeitos multiplicadortes e a aumentar o entusiasmo de TODOS/AS: Sócios/as, Adeptos/as, Dirigentes, Técnicos/as, Atletas, instituições do Universo Sporting. E criavam-se hábitos de assistência em ambiente de FESTA. E essa é uma importante condição para o sucesso desportivo e para a sustentabilidade financeira desse sucesso. De realçar que estas medidas podem significar um encaixe de receitas na ordem dos 300.000€, o que não é dispiciendo.
Na época 2023/24 deveriam ser mantidas todas estas medidas promocionais e o mesmo nível de investimento no plantel principal, mas, particularmente se fizéssemos uma campanha animadora na Champions (oitavos ou melhor), deveríamos aumentar em 20% os custos ao consumidor das medidas promocionais e em 30% as receitas de sponsors e publicidade e fazer um upgrade do investimento na equipa A para um plantel de 23 jogadoras e um investimento de 3,5M€ (salários de atletas e equipa técnica + equipa B, deslocações e estadias); e proceder a esses ajustes de preços anualmente em 2024-25, 2025-26 e 2026-27, quase duplicando ao fim desses 4 anos os custos ao consumidor das medidas de bilhética (que mesmo assim manteriam níveis de cerca de 1€Jogo para as gameboxes) e de 2 a 4€ para os bilhetes avulso para sócios. Mas teríamos a absorção de boa parte dos 0,5M€ para promoção do jogo e das atletas (que, sendo o projecto bem sucedido, com o tempo acaba por se auto-promover), passando esses custos para valores quse residuais e teríamos cerca de 1ME ou mais de receitas de prémios de jogos da Champions League, além das receitas geradas por tranferências de atletas. Importante em todo este processo seria utlizar as plataformas Facebook, Tweeter, Instagram, TikTok, Messenger, Watsapp ou outras do nosso FF para divulgar com total transparência a evolução e o impacto de todas estas medidas, bem como incluir o FF numa rubrica separada nas Contas, Orçamentos e Balanços da SAD vertendo nessa rubrica todos os dados financeiros de todas estas operações e respectivos resultados.
Não é sustentável? Não é competitivo? Não é sustentável?
Só se insistirmos em NÃO QUERER QUE SEJA!
* dos Açores com amor, o Álvaro Antunes prepara-nos um petisco temperado ao ritmo do nosso futebol feminino
15 Março, 2022 at 14:04
Ui, ui, ui, ui….adivinha-se uma tempestade de areia neste post.
#PolitraumatizadoChamadoÁReceção
15 Março, 2022 at 14:10
Isto é um regresso com tudo….
Saudações Leoninas, caro Tasqueiro Álvaro Antunes.
15 Março, 2022 at 14:51
O futebol feminino tem que começar a ser incrementado nos colégios, com jogos e torneios e não construir a casa pelo telhado. Quantas praticantes há nos colégios? Fazem jogos de turmas com outras turmas ?
15 Março, 2022 at 15:32
Nos colégios, as meninas que gostam de futebol, para o praticar têm que jogar com os rapazes
15 Março, 2022 at 15:46
https://bdm.unb.br/bitstream/10483/22802/1/2017_DeisianeRibeiroLima_tcc.pdf
E isto é no Brasil em que as meninas jogam muito futebol
15 Março, 2022 at 16:54
Desculpe que lhe sugar, Chico, mas dos comentários que deixou no outro post sobre o assunto, e neste, fico com a impressão de que não faz a mínima ideia do que é actualmente o futebol feminino e do seu potencial.
Isto já não é como a 2 décadas em que pequenas agremiações por este país fora mantinham escolinhas de futebol para manter os jovens da sua comunidade afastados das ruas e dos maus vícios, com ajudas(poucas) camarárias e receitas de bar.
O futebol feminino hoje não é apenas para “satisfazer” a vontade das meninas de praticar futebol nem para preenchimento do seu tempo livre.
15 Março, 2022 at 16:01
Em Portugal, e não é nas escolas … é na Associação de Futebol de Lisboa, membro da FPF: a equipa SCM de meninas dos 9 aos 12/13 anos só conseguiam competir juntas no Campeonato Distrital MASCULINO de sub-14 onde todas as outras 9 equipas só tinham rapazes de 13 e 14 anos!!
Das 22 Associações de Futebol do País, apenas 1 (a de Braga) tinha competições integralmente femininas para os escalões de Formação desde as sub-13, inclusive.
SL
15 Março, 2022 at 16:03
* equipa SCP feminina de sub13- Futebol de 7
15 Março, 2022 at 15:53
Meu caro. O Desporto Escolar é com o Ministério da Educação e é um objectivo de prática saudável muito mais do que de competição. Claro que essa prática se for mais generalizada contribui para o fomento da Formação, mas isso deveria ser alvo de um protocolo a celebrar entre o Ministério da educação (pago pelos nossos impostos) e a Federação Portuguesa de Futebol (instituição regulada pelo Estado e com estatuto de Utilidade Pública e que recebe anualmente alguns Milhões da FIFA e da UEFA para promover o FF e criar uma competição profissional).
De qualquer modo é absolutamente falso que a profissionalização tenha de ser construída a partir do Desporto Escolar. É uma questão de quadro competitivo, enquadramento regulatório, investimento e promoção. E isso, como expliquei (e pessoas muito mais qualificadas do que eu ou o Chico, como o Prof. Nuno Cristóvão) partilham da mesma opinião,
Além disso, foi também assim que se processou a profissionalização do FF em países como a França, a Inglaterra, a Alemanha, a Itália, a Espanha, ou a Holanda, países em que se foi profissionalizando o(s) campeonato(s) principal(is) a partir das equipas/Clubes mais capazes de responderem aos quesitos reguladores de tais competições.
E, até em Portugal esse argumento é tão falacioso que gostava que o Chico me confirmasse se o Futsal, onde somos, no momento, Campeões do Mundo e bicampeões europeus de selecções e bi-campeões europeus de Clubes, teve algum desenvolvimento a partir do Desporto escolar ou se, pelo contrário, se desenvolveu SOBRETUDO a partir do investimento dos Clubes.
Mais chocante ainda se torna essa sua afirmação quando a própria FPF anunciou em 2019 que a primeira divisão só teria 10 Clube a parrtir de 2020-21 com vista a facilitar a profissionalização da competição e o que assistimos nessa época foi passara 1ª divisão de 12 para 20 Clubes, 2021-22 teve 16 Clubes, 202-23 terá 14 Clubes, 2023-24 terá 12 e (se Deus e os iluminados da FPF assim o desejarem 2024-25 lá terá os tais 10 clubes que haviam prometido para 4 anos antes.
É DISTO QUE SE TRATA CHICO! Para aumentar a competitividade, tornar o jogo mais atractivo, cativar mais adeptos, cativar mais praticantes … enfim aquilo que o Chico e alguns outros dizem que é impossível em Portugal (vá-se lá saber porquê?; somos mais atrasados que a Colômbia ou o Chile?).
SL
15 Março, 2022 at 15:41
“As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras”
“As convicções são cárceres. Mais inimigas da verdade do que as próprias mentiras”
F. Nietzsche
15 Março, 2022 at 15:55
E?
Um abraço e saudações leoninas
15 Março, 2022 at 16:12
Fatalismos, realismos…
Tal como o Chico refere, há trabalho de base. Pôr miúdas a jogar, e miúdos a tomar miúdas a jogar como uma coisa séria.
15 Março, 2022 at 17:01
O que é que esse trabalho de base para a PRÁTICA do Desporto tem a ver com o plano de profissionalização do campeonato principal de FF?
Andam a misturar alhos com bugalhos.
Para haver melhor qualidade, no IMEDIATO, no Futebol Feminino o que é preciso fazer COM REALISMO é investir para atrair essa qualidade na competição principal e promovê-la a TODA A FORÇA.
Isso tem muito mais potencial para atrair muito mais crianças e jovens á PRÁTICA DE FUTEBOL FEMININO (mesmo nas Escolas) do que qualquer “programa de desenvolvimento escolar” (até porque, convenhamos, existem mais umas dezenas de desportos nos 2 géneros, com direito a igual pretensão nas Escolas).
Mas mais importante do que tudo isso é responder às perguntas mais óbvias: por que razão não temos desde 2020-21 um campeonato nacional da 1ª Divisão apenas com 10 equipas? por que razão não teremos até 2022-23 um “campeonato” principal completamente profissionalizado, conforme indicado nos documentos Estratégicos da FIFA e UEFA de 2019 (até ao próximo ciclo de Mundial que será no verão de 2023) e entregue transitoriamente (1 a 2 anos á organização/regulação conjunta de FPLF e LPFP) e objectivo para o qual a FPF recebeu apoios financeiros ADICIONAIS de FIFA e UEFA?
Esse é que seria o realismo!!! O não cumprimento é o que nos empurra para o fatalismo!!!
SL
15 Março, 2022 at 18:04
Nada, estou a divagar.
Houvesse uma liga a 10 equipas e de repente quem nunca ligou a mínima a futebol feminino, adeptos e patrocinadores, acorriam em massa.
15 Março, 2022 at 18:42
Foi só essa proposta que o Nuno leu ou continua a divagar.
SL
15 Março, 2022 at 21:02
O Nuno é assim, Álvaro…
Gosta de mandar piadas em vez de debater ideias!
15 Março, 2022 at 17:42
Muito do que está exposto neste excelente post do Álvaro Antunes já anteriormente lemos nos também excelentes e construtivos comentários que tem deixado ao longo dos anos. Tantas sugestões apresentadas que poderiam valorizar a modalidade, a Marca, o Clube…
Enquanto lia este post surgiam-me observações que de seguida, algumas linhas abaixo, eram abordadas pelo Álvaro. Penso que foi a todo o lado e ao pormenor.
Quero apenas destacar 2 pontos.
O primeiro é a visível “preguiça” da FPF e da LPFP quanto a essa matéria, ou por dar muito trabalho a sua organização, ou pelo retorno não ser imediato (acreditarão eles), ou por não ter a visibilidade (pensarão eles) e promoções que alguns cargos ambicionam, e quase de certeza por continuar a haver interesse em que assim continue.
O segundo ponto tem a ver com o Sporting e o desinvestimento feito no Futebol Feminino. E não me refiro exclusivamente ao dinheiro que até ver tem sido gasto. Gastar dinheiro ajudaria mas se fosse bem gasto, não apenas em reforços, mas também na divulgação e promoção da modalidade. Assim, nem uma coisa nem outra, na minha opinião.
O desinvestimento a que me refiro foi na liderança do crescimento e desenvolvimento do Futebol Feminino a nível nacional da qual abdicamos. Com esta direção apenas discutimos com Federação e Liga aquilo que rodeia o Futebol Masculino.
Se podemos orgulhar-nos por termos no início promovido o interesse, a competitividade e o crescimento do Futebol Feminino em Portugal, neste momento seguimos a reboque, reagindo preguiçosamente aos acontecimentos, adiando o salto necessário de qualidade e competitividade que a modalidade precisa. Assim, vamos comendo os restos que o vizinho vai deixando cair…
15 Março, 2022 at 18:11
Esse comentário é válido para qualquer modalidade cá. Os modelos competitivos são uma aberração, o desnível e desinteresse das competições são grandes, pouco se faz para divulgar ou fomentar. E algumas modalidades têm uma implantação histórica bem superior à do futebol feminino, sendo mesmo “profissionais”.
Mas por outro lado, quem quer mesmo saber disso? Pavilhões vazios, interesse residual… vale realmente investir recursos?
As federações gerem as suas quintinhas como querem, meia dúzia perde tempo a ver jogos e discutir, no fim contam-se os troféus, e a vida segue entre um programa do Futre e outro das transferências.
15 Março, 2022 at 19:04
Se fossemos todos a guiar-nos pela falta de promoção e desinteresse das massas, hoje não seríamos a Maior Potência Desportiva em Portugal, mas apenas o terceiro grande e eterno candidato a campeão do futebol.
Ainda bem que alguém nadou contra a maré e recuperou as modalidades campeãs que hoje tanto nos orgulham e engrandecem o nome do Clube.
15 Março, 2022 at 20:30
Eu falava no país em geral, mas ok. Esse comentário adequa-se, não apenas ao homem providencial.
15 Março, 2022 at 18:17
Tudo o que sirva para deitar abaixo a direção e o Varandas é porreiro, não sei o que a Direção investe no futebol feminino, penso é que o Sporting e até foi antes desta Direção e continuado pela atual investe na formação das suas jogadoras. Por acaso era porreiro saber a opinião da atual treinadora que veio da formação. Os meus filhos, um rapaz e uma rapariga, saíram de um colégio que tem condições excepcionais para o futebol com campo de futebol de 11 sintético, onde podem jogar várias equipes ao mesmo tempo, assim como outros campos pelados, o desporto faz parte do ADN do Colégio São João de Brito. jogos entre turmas no feminino nem vê-los, as que querem jogar fazem-no com os rapazes, houve uma moça que todos aqui conhecem fez parte da equipe do colégio, jogou no Sporting e na Selecão Nacional . Sempre acompanhei a equipe do Colégio de iniciados o meu filho estava lá e a menina também, jogaram muitas vezes com o Sporting. Dizer que não pesco nada disso é verdade, mas tenho muita vivência disto
15 Março, 2022 at 19:49
Mas onde é que o Chico leu no post que se está a deitar abaixo a Direcção?
Apenas se faz uma análise sobre os caminhos possíveis de trilhar para aumentar a competitividade e garantir a sustentabilidade do Futebol Feminino em Portugal, defendendo que isso passa pela criação de uma Competição Profissional mais competitiva e de maior qualidade, com menos Clubes e mais jogos atractivos.
E que só tornando o jogo mais competitivo e de maior qualidade e apostando na sua maior visibilidade se estará a contribuir decisivamente para atrair mais públicos aos Estádios e mais meninas à prática do FF.
Isso é um ataque à Direcção?
Para sua informação, defendo estes princípios desde o início do nosso projecto para o FF e acho que alguns deles também não fora devidamente trabalhados pelas Direcções de BdC.
Acho um piada do caraças aos Tasqueiros que, ao mínimo pensamento independente aqui expresso, colam logo o rótulo « … deitar abaixo a Direcção e o Varandas …» … isto num post que (confesso) é muito longo e não se lê uma única referência a varandas ou especificamente a esta Direcção … isto num post que visa desmontar o pensamento único de que É IMPOSSÍVEL TER UM FF COMPETITIVO E SUSTENTÁVEL EM PORTUGAL … isto num post em que, MAIS UMA VEZ, apenas coloco à frente de tudo o resto o que penso (friso, PENSO) ser o melhor para o Nosso Sporting.
Sinceramente! Haja pachorra!
15 Março, 2022 at 20:00
Caro Álvaro não foi o senhor que fez um trabalho excelente, apesar de eu pensar que no futebol feminino tem que ser nas escolas que tem que se dar condições, foi o JHC que ali em cima deu uma bronca no dinheiro que a Direção gasta, mas tudo bem. Um abraço para todos
15 Março, 2022 at 20:06
Mas já que falam de imputações de responsabilidades no Sporting, não deixa de ser para mim MUITO DIFÍCIL compreender:
por que razão o SCP não disse nada (pelo menos aos seus SÓCIOS) dos motivos que o levaram a aceitar que, na época de 2020/21, em vez de se ter passado a 1ª Divisão de 12 para 10 equipas CONFORME PROMETIDO E ANUNCIADO pela FFF;
por que razão o SCP não disse nada (pelo menos aos seus SÓCIOS) dos motivos que o levaram a aceitar o adiamento sine die da anunciada (POR FPFe LPFP) profissionalização integral da 1ª divisão até 2022/23?
Por que razão o SCP insiste em realizar os seu jogos em casa (pelo menos os que disputa com SLB, SCB e Famalicão) no Aurélio Pereira em vez de tentar realizá-los no EJA com grandes acções promocionais e objectivos de ir batendo os records de assistência (o 1º jogo no EJA, Sporting vs Braga, no dia 25 de Fevereiro de 2017, contou com a assistência então record de 9.263 espectadores, o que motivou ter sido alvo de notícia em vários canais de referência internacionais como a ESPN, a CNN a CBS nos EUA, ou a TVE, a France 1, a Sky News e a BBC e muitos outros na Europa; isto não é contabilizável enquanto extraordinária promoção da marca Sporting )?
Porque razão NENHUMA Direcção trabalhou PROACTIVAMENTE com os G.O.A e com os Núcleos a promoção de grandes assistências (e ambintes) nos jogos nossos jogos em casa, quer no FF no EJA; quer das Modalidades para criar hábitos de “encher” sempre o PJR?
Acho que deveria ser este tipo de questões a REALMENTE preocupar os Sportinguistas e não andar permanentemente a contar espingardas ou a promover autos de fé ao status quo.
SL
15 Março, 2022 at 20:31
Só por acaso Chico, a equipa FEMININA sub-13do Sporting competiu durante 2 anos (2017-18 e 2018-19) contra a equipa MASCULINA sub1-14 do S. João de Brito (tem excelentes condições, não apenas para o Futebol mas para outras Modalidades também e já desde há décadas; era mesmo um exemplo para o desporto escolar antes do 25 de Abril) no campeonato da 2ªa Divisão da AFL de Sub-14 MASCULINO em Futebol de 7. Era um Grupo de 10 equipas de Lisboa em que as meninas obtiveram, se não estou mal lembrado, um 6º e um 5º lugares. Devo dizer-lhe qua equipa do S. João de Brito (ou qualquer das outras 8) poderia integrar meninas, mas nenhuma o fez nesses 2 anos.
Também lhe posso dizer que as Associações que trabalham bem com os seu Clubes e são proactivas a investir nas competições de Formação no Feminino têm distritais das sub13 às sub-19, qualquer deles com mais do que um Grupo de apuramento (Braga desde 2016, Aveiro desde 2018- a partir das sub 15; Setúbal desde este ano a partir das sub 13 e FINALMENTE LISBOA, a partir deste ano, organizou um Distrital de sub-15). E nenhuma destas Associações foi recrutar meninas nas Escolas; optou e bem por apoiar os Clubes (particularmente em acções de formação de treinadores e pequenos torneios distritais de captação), muitos deles pequenas Associações, e por promover um ambiente de competição para as meninas poderem afirmar a sua paixão.
SL
15 Março, 2022 at 18:41
Completamente de acordo de que compete ao CA da Sporting CP Futebol SAD (maioria do Clube SCP) promover a reflexão ESTRATÉGICA INTERNA do que é necessário fazer para garantir a COMPETITIVIDADE E SUSTENTABILIDADE DO NOSSO FFF a pelo menos nos seguintes níveis:
1) Proposta de definição de um QUADRO NACIONAL COMPETITIVO E REGULATÓRIO eficiente, que promova a qualidade e caminhe RÁPIDO para a profissionalização da competição principal, só para Clubes que alcancem e comprovem objectivos mínimos de certificação;
2) Proposta de definição de uma estratégia Nacional de Promoção da competição e dos Jogos que envolva FPF, LPFP, Atletas das Selecções, Capitãs de cada equipa profissional, Treinadoras/es e se centre em acções de promoção nas televisões e em todas as plataformas de redes sociais quer da competição quer dos Jogos;
3) Definição interna de uma política de investimento financeiro e promocional no FF claramente delineada, robusta, transparente, constante do Orçamento da SAd, abrangendo mas especificando todas as valências (formação, promoção do jogo, prática desportiva, promoção da igualdade de género, competição, merchandise, participação dinâmica do universo Sporting) mas qualquer delas com objectivos e metas bem definidos.
Foi essencialmente isto que quis passar no post.
Obrigado pelo comentário
Um abraço e saudações leoninas
15 Março, 2022 at 18:58
Que alguém com conhecimentos faça chegar este post a algum responsável do Sporting.
Estão aqui muitas ideias para o Futebol Feminino, e não só para o Sporting em particular.
Um abraço e obrigado pelo excelente post, Álvaro!
Saudações Leoninas
15 Março, 2022 at 23:42
Ó Álvaro ainda te dás ao trabalho a responder a Chicos e Cia?
Eles só querem cenouras e um fardo de palha quentinho.
16 Março, 2022 at 6:41
Caro Álvaro
Como de costume , um post com uma clareza e uma objectividade que, advêm de um profundo e vasto conhecimento do FF.
Isto é serviço público.
No meu tempo de liceu ( de Oeiras), para as aulas de educação física, havia um pavilhão e um campo ao ar livre, em betuminoso, sem dimensão para futebol de 11.
Os desportos praticados eram, sem exceção, para além da ginástica, o andebol e o basquetebol .
Futebol, nem vê-lo.
Quantos liceus e colégios dispõe actualmente de campos para futebol de 11?
Claro , que os rapazes, arranjavam sempre maneira de jogar à bola, fosse nos pátios ou em qq espaço que desse para o fazer
16 Março, 2022 at 10:52
“Que o FF em Portugal é muito pouco competitivo acho uma verdade pouco questionável. Que essa falta de competitividade se deve à sua incapacidade de gerar receitas que tornem sutentável a profissionalização e construção de um quadro competivo atraente, é apenas meia-verdade. Que só a aposta na massificação e qualificação da Formação permitirá criar um FF mais competitivo é uma inverdade. Que o FF se manterá inevitavelmente pouco competitivo … só será verdade se nada for feito para alterar esse estado de coisas.”
Absolutamente de acordo e muito bem resumido!
De resto, concordo com tudo, e está aqui um compêndio que bem podia ser útil ao Clube para que se fizesse crescer o FF do Sporting.
O custo do FF é residual em comparação com o do FM e, está mais que evidente, um jogador mediano sem interesse nenhum para o FM paga uma boa equipa no FF.
Como digo há muito tempo, é tudo uma questão de vontade.
Na anterior Direcção havia alguma vontade, ainda que se tivessem cometido erros – um dos grandes erros, para mim, foi deixarem a Raquel Sampaio ir embora! – mas nesta Direcção não só não há grande vontade como se limitou bastante as verbas para o FF. E isto deu azo a que, nestes últimos 2 ou 3 anos, se tenha o Benfic@ como o clube dominador e falado no FF português.
Onde antes se viam elogios ao FF do Sporting, por esse mundo fora, hoje vê-se ao Benfic@.
Tendo iniciado a modalidade bem antes, é incompreensível como se deixou o Benfic@ ultrapassar-nos facilmente e, para mim, como se deixou o Benfic@ apanhar jovens promissoras como a Catarina Amado, a Lúcia Alves, a Andreia Faria ou a Kika – ainda que pudessem apanhar uma ou outra, até pelo eventual benfiquismo de algumas, apanharem todas é estranho e, para mim, incompreensível. Se chegámos primeiro e éramos o Clube dominador do FF, mesmo sendo benfiquistas iam recusar vir para o melhor clube da modalidade? Uma ou outra talvez mas, com certeza, não todas, até porque inicialmente o Benfic@ era um clube que apostava muito mais nas estrangeiras, ao contrário do nosso!
Enfim, para mim é uma tristeza que se tenha partido à frente, que se tenha ganho uma vantagem competitiva evidente, e que em poucos anos se tenha deixado o rival tomar o nosso lugar… Para mim, isto reflete uma de duas coisas: ou desinteresse e falta de vontade, ou incompetência. E agora será mais difícil voltar ao “nosso” lugar porque não vejo o Benfic@ a cometer o mesmo erro que nós cometemos. Custará mais dinheiro e levará mais tempo, para recuperar o que podíamos nunca ter perdido!
16 Março, 2022 at 11:45
Ou como os deixamos apanhar a Clarinha em 2019. A miúda já vai à seleção brasileira de sub 17. Eu sei que eles têm um género de protocolo com o Valadares, mas no ano que ela despontou no Valadares, a atual agente dela até era a diretora de futebol do Sporting. Nunca repararam na miúda?
16 Março, 2022 at 14:07
Miguel, obrigado pelo comentário. Concordo com a maioria do que nele escreves.
Só uma pequena correcção: a Raquel Sampaio saíu do Sporting durante o curto consulado de Sousa Cintra/Torres Pereira e a 1 semana das eleições de 2018.
Abraço e saudações leoninas
16 Março, 2022 at 15:52
Nem um nem outro estão estão certos. A Raquel Sampaio saiu logo no início do mandato do Frederico Varandas.
16 Março, 2022 at 20:10
JL, a saída da Raquel foi anunciada a 1 de Setembro de 2018 e FV foi eleito a 9 de Setembro de 2018. A sua substituição por Filipe Vedor acho que já é um acto da administração Varandas mas que só se deu mais de 15 dias após a saíd da Raquel.
Um abraço e saudações leoninas
17 Março, 2022 at 0:44
Caro Álvaro, desculpe insistir no assunto, mas onde viu que que a Raquel saiu a 1 de Setembro? Eu de memória lembro-me que foi cerca de uma semana depois de ele tomar posse, até se falou que ela saiu na sequência de uma discussão com o presidente recém-eleito.
Uns dias antes tinha sido apresentada a Persson e foi já com o Varandas e ainda com a Raquel.
Abraço e SL
17 Março, 2022 at 0:00
de certa forma a Raquel Sampaio ainda está no Sporting pois é representante/gere as carreiras de 14 jogadoras do Sporting e ainda a Mariana Cabral e o recém chegado Gonçalo Nunes. Se a Joana Marchão sair (vai renovar ou não?!) a Agata Filipa poderá regressar a Portugal certo?
17 Março, 2022 at 12:07
Eu investia para manter as jogadoras que estão, claro que incluindo a Joana Marchão, que é a melhor lateral esquerda em Portugal e sportinguista doente (a única excepção seria a Mariana Larouquette) que acho não acrescentar muito (para mais sendo estrangeira) e na aquisição de 3 jogadoras: uma defesa central com características idênticas à Hasanbegovic (a romena Mihaela Ficzay, 30 anos, actualmente no Fortuna Hjørrïng da Dinamarca, 36 int. A, 183cm e 69Kg; alta, rápida, boa saída de bola); uma trinco de características idênticas à Vanessa Marques do Braga (se a conseguissem contratar seria uma jogada de mestre); e a Telma Encarnação do Marítimo. Deixava apenas 22 jogadoras profissionais (2 para cada posição sendo algumas polivalentes); emprestava para outras equipas da 1ª Liga as profissinais “excedentes”: mantinha na Equipa B um máximo de 14 “semi-profissionais” (ou profissionais de salários mais baixos) e as restantes até um plantel de 24 seriam não profissionais Juniores ou Juvenis.
Ficaríamos, sem mexer muito na equipa actual, com um plantel com muito mais capacidade para discutir abertamente todos os títulos em Portugal. (GR: Doris Bacic e Hannah Seabert; DD: Rita Fontemanha e Mariana Rosa; DC: Mihaela Ficzay, Melisa Hasanbegovic, Bruna Costa, Carolina Beckert; DE: Joana marchão Alícia Correia: MD: Vanessa marques ou idêntica e Fátima Pinto; MC: Andreia Jacinto e Joana Martins; MO:Andrea Perez, Vera Cid: Avançadas (posições móveis): Ana Teles, Diana Silva, Chandra Davidson, Telma Encarnação, Ana Borges, Naysa Correia). As opções com estas jogadoras até permitem várias adaptações ao modelo de jogo da Mariana.
Um abraço e saudações leoninas
17 Março, 2022 at 13:31
concordo, temos uma base muito boa, mesmo as jogadoras mais jovens têm muita qualidade – Mariana Rosa, Vera Cid, etc. A central de que falas Mihaela Ficzay não conheço mas sei que a Aldana Cometti (internacional pela Argentina) que referi tanto joga a central como a trinco ou medio defensivo – uma jogadora completa, dos jogos que vi dela este ano, pegava de estaca no 11 titular do Sporting, vale o que vale. A Mariana Larrouquette ainda não está totalmente adaptada, parece lenta ( como diz o Miguel trabalha a diesel agrícola lol ) mas é craque, a evolução dela vai depender onde a meterem a jogar. SL
18 Março, 2022 at 3:10
* Nos jogos de campeonato (salvo lesão ou castigo), para GR increveria nas Fichas de Jogo ou a Doris ou a Seabert e a Carolina, para ser menos 1 NFL a contar. Isso permitiria que a trinco pudesse ser a Marie Minnaert, por exemplo, pois só teriamos 6 NFL na ficha de jogo (Doris ou Seabert, Hasanbegovic, Ficzay, Minnaert, Brenda e Chandra). As restantes seriam a Fontemanha, a Marchão, a Jacinto, a Borges e a Diana.
No banco teríamos a Joia, a Mariana, a Beckert ou a Bruna, a Alícia, a Fátima Pinto, a Martins, a Teles e a Telma. No plantel ainda teríamos a Vera Cid e a Nayza Correia. A Marta Ferreira emprestava ao Marítimo ou ao Albergaria para jogar mais e em ambiente mais exigente. O mesmo com a Neuza Besugo, a Fracisca Silva, a Bárbara Lopes e a Inês Gonçalves. Todas para Clubes de “2ª linha” da 1ª divisão (Marítimo, Albergaria, Torreense, Lank Vilaverdense).
Plantel mais enxuto, mais completo, com mais soluções de qualidade, com características que permitem diversas abordagens ao jogo e múltiplas variações do modelo da Mariana.
Em termos financeiros nem parece que exigiria um grande esforço (3 contratações; 1 saída; 5 empréstimos, de preferência com participação nos vencimentos e cláusula de compra; renovações com quem estiver em fim de contracto ou a um ano do fim do contracto). Deviam começar a tratar dessa recomposição JÁ, para evitar os dissabores do ano passado.
18 Março, 2022 at 10:04
concordo Álvaro 🙂 parece fácil, o Sporting terá que se chegar à frente Já! …não percebo uma coisa em relação ao limite de estrangeiras, qual é o limite? o Famalicão pode ter mais que o Sporting por exemplo?
16 Março, 2022 at 23:41
Muito bom e detalhado post, como sempre Álvaro! 🙂
Não percebo nada de como funciona a FPF e de que forma são decididos os formatos dos campeonatos FF, por exemplo. Como é que não se consegue atinar num modelo de campeonato ajustado a Portugal?! …não faço ideia! ok mudaram agora para 12 a duas voltas – melhor que o quadro deste ano!
Parece claro que sem a profissionalização de todas as equipas da LigaBPI e até da segunda Liga, vai ser difícil acompanhar algum dia as equipas dos principais campeonatos da Europa. A FPF poderia ter uma postura positiva e de incentivo com contrapartidas aos clubes que já são profissionais em FM e que abraçassem projectos FF profissionais.
É óbvio que o apoio à formação nos clubes e até nas escolas será sempre importante para a sustentabilidade a longo prazo mas chegamos a um momento em que não podemos perder o comboio da Europa para sempre. Só com medidas de choque vindas de quem regula as competições poderá fazer mudar o estado “deixa andar” das coisas:
1. Jogadoras profissionais
2. Jogos em relva natural
3. Transmissões de todos os jogos
4. VAR na liga BPI / Taça de Portugal e Taça da Liga
5. Promoção, promoção, promoção.
6. reformulação editorial do Canal 11 #EqualGame
Quanto ao nosso Sporting:
1. Passar a jogar exclusivamente no estádio José de Alvalade e os jogos deverão ser todos transmitidos em directo pelo menos os jogos em casa no nosso canal já que a FPF não tem conseguido dar conta do recado.
2. Renovar com a Mariana Cabral por mais 3 anos, mantendo e bem a ligação com a formação do Sporting CP.
3. Renovar com as jogadoras que a Mariana quererá manter e que estarão em fim de contrato. Chandra?!, Marchão?!, Fátima Pinto?!, Melissa?!
4. Atacar a próxima época já – obrigatório contratar a defesa central/médio defensivo Aldana Cometti ARG (29 anos) clube actual – Levante (valor de mercado 50k), a médio Marie Minnaert (22 anos) clube actual – Club Brugge (valor de mercado ???) e para a frente a ponta de lança Lena Petermann GER (28 anos) clube actual Montpellier (valor de mercado 65k). Fácil, fácil! 😉 SL
17 Março, 2022 at 14:32
Mirko de acordo com quase tudo!
A Liga a 12 não sei se será já esta próxima época. Parece que vai baixar para 14 e só na época seguinte para 12. A verdade é que, em Junho 2019 o Plano da FPF era passar de 12 para 10 em 2020/21. Assim, retrocedemos, nessa época de 12 para 20 (!!!) ; esta época para 16 e SEMPRE com um modelo que de competitivo não tem nada.
Talvez eu seja muito radical mas tenho a opinião que poderíamos avançar NO IMEDIATO para um campeonato Profissional a 8 equipas. Só participariam os Clubes que cumprissem com os requisitos a estabelecer para a certificação profissional (salário mínimo, plafond mínimo de massa salarial, nº mínimo de jogadoras inscritas, nº mínimo de 2/3 do plantel de jogadoras formadas localmente, nº máximo de 6 jogadoras NFL nas fichas de jogo, apresentação de Contas Auditadas, obrigatoriedade de receitas a 25% das despesas no 1º ano e com obrigatoriedade de melhorar o ratio em 10% percentuais nos 8 anos seguintes, data a partir da qual se estabeleceriam regras de fair-play financeiro, etc). A Competição seria organizada pela FPFP, disputada a 4 voltas (28 jogos por equipa), com quadro de arbitragem profissional, e com VAR (para 4 jogos por semana os custos seriam mínimos). Desceriam 2 equipas.
Uma 2ª Liga semi-profissional com uma 1ª Fase de 2 Grupos de 8 equipas a 2 voltas e uma 2ª Fase de um Grupo de Promoção e apuramento de Campeão entre as 4 primeiras de cada Grupo da 1ª Fase e outro de Manutenção com as 4 últimas de cada Grupo da 1ª F. Subiriam as 2 primeiras equipas do Grupo de promoção desde que oferecessem garantias de cumprir com as regras de certificação da 1ª Liga caso as 2 não garantissem não subiriam e mantinham-se na 1ª Liga as 2 últimas; caso uma das 2 primeiras da 2ª Liga não garantisse condições de certificação profissional, apenas desceria a última da 1ª Liga; se a equipa que não garantisse condições de certificação tivesse sido a 1ª da 2ª Liga, apesar de não subir, conquistaria o Título de Campeã da 2ª Liga.
Quanto ao que propões para o Nosso sporting de acordo com tudo (talvez escolhesse outras jogadoras: escolheria as jogadoras (ou o perfil) que já indiquei porque acho que precisamos de outra central com características idênticas às da Melisa Hasanbegovic e de uma trinco. Escolher uma jogadora para as 2 posições deixa sempre uma delas “manca” em cada jogo; médias não defensivas acho que não precisamos, para atacar o campeonato (que é disso que de trata na próxima época) e avançada acho que devíamos procura em força a Telma pois acho-a excelente e oferece uma forte complementaridade à Chandra e à Diana.
Muito obrigado pelos comentários
Um abraço e saudações leoninas