Estamos de regresso com o nosso dia de futsal aqui na Tasca do Cherba, vamos para algo diferente, foram 4 jogos desde o último texto, por isso vamos falar aqui um pouco sobre cada um deles, algumas notas sobre as partidas e ainda falar aqui sobre alguns jovens leões e leoas que se vão destacando e que podem vir a ser jogadores em breve a ser lançados nas nossas duas equipas principais, por isso venham daí que vamos falar de muita coisa.

Sporting vs Fundão – Entrada à Leão

Neste jogo e pela derrota na primeira volta, a expetativa era muita frente a uma das melhores equipas desta Liga Placard. Vitória por 6-2. A verdade é que entrámos muito bem, dois golos em 5 minutos revela bem a ótima entrada. Uma primeira-parte pautada pela intensidade e pela pressão alta que impedia o Fundão de sair e de ter espaço. No segundo tempo já um pouco diferente, tentámos gerir o que é natural e com isso a pressão baixou e a qualidade do Fundão sendo muito colocou-nos alguns problemas. A verdade é que o primeiro golo surge de um ótimo trabalho de Pauleta, o segundo de bola parada, o terceiro foi de grande penalidade, quarto de bola parada, o quinto surge com o Fundão em 5×4 o que reforça a nossa qualidade a defender este momento de jogo, não é novidade, mas a verdade é que nos recordamos da primeira volta, já o sexto golo surge na recarga do livre de 10 metros, isto para dizer que , foi um jogo completamente diferente da primeira volta, organização e intensidade, mesmo quando baixámos o ritmo e a pressão continuámos melhores. Ainda destacar mais uma vez, também algo que não é novidade, mas a muita qualidade da nossa equipa nas bolas paradas.

Sporting CP vs Leões de Porto Salvo – Bebé impediu uma vitória mais confortável

Neste segundo jogo, um triunfo sobre o Leões de Porto Salvo por 4-2.  Um jogo que começou dividido, mas que não demorou para ser nosso, estivemos sempre por cima, no controlo da partida, deu para gerir e dominar mesmo quando o Leões reagiu já numa fase final do encontro. Jogo bem diferente do anterior, mais domínio, mais Sporting e menos problemas sentidos também apesar da vantagem ter chegado a ser de apenas um golo. Uma primeira parte onde foi o Bebé que nos impediu de conseguir uma vantagem maior. Um segundo tempo diferente, mais golos, mais espaço e maior susto quando o Leões conseguiu marcar na parte final, mas ótimo jogo e mais um em que dominámos. O primeiro golo surge com o Leões em 5×4, o segundo de bola parada, o terceiro foi um erro grande do Leões na reposição e o quarto foi numa jogada individual do Merlim. Destaque para o Wesley, o jogador que está emprestado pelo Sporting voltou a mostrar o porquê de ser um dos melhores da Liga Placard e o porquê de ser um jogador com futuro no plantel do Sporting.

 

Sporting CP vs Eléctrico – Golos vieram na segunda

Um triunfo por 5-0, mas um pouco enganador. Vamos por partes, na primeira o jogo foi dos guardiões, na nossa baliza o Bernardo sempre muito bem quando era chamado a intervir e do outro lado o Diogo Basílio que esteve muito bem e impediu que fossemos para o intervalo com uma vantagem maior. Não foi o jogo mais intenso ou mais veloz, nem o que jogámos melhor, mas foi um jogo controlado, com a diferença a estar na baliza do Eléctrico onde o Diogo nos foi negando tudo e mais alguma coisa. Na segunda-parte tudo diferente, conseguimos manter o ritmo, continuámos melhores e os golos surgiram. Resultado acabou por ficar até mais dilatado do que o Eléctrico merecia, mas mais do que justificado com uma boa exibição coletiva. Bom vamos aos golos, o primeiro surge num toque de calcanhar fantástico de Caio Ruiz que o Miguel Ângelo aproveitou muito bem, o segundo de calcanhar através do Waltinho que aproveitou o remate forte do Tomás Paçó, o terceiro é um golaço, uma bola parada do Pany com Cardinal a rematar muito forte para o golo, o quarto num contra-ataque e o quinto foi um autogolo.

 

 

Sporting CP vs Braga – Categoria e intensidade

No último sábado fomos até Braga vencer os bracarenses por 5-1 num jogo em que não estivemos ao nosso melhor, mas onde a qualidade dos nossos jogadores e a intensidade fizeram a diferença, mas vamos lá aos golos e um falar um pouco do jogo. Não fizemos a melhor entrada no jogo ao contrário do que tinha acontecido nos últimos duelos e por isso mesmo o golo sofrido. Uma bola parada, Tiago Brito colocou na nossa área e numa desatenção pouco comum a bola passou e entrou ao segundo poste onde o Rudi colocou o Cavinato em dificuldades que assim fez um autogolo, mas a verdade é que os primeiros minutos não foram como habitualmente, mais erros e mais espaço dado, isto perante uma equipa que tem soluções e que nos criou alguns problemas. Crescemos na partida, fomos melhorando e o golo do empate surge de uma reposição lateral de excelência do Pany que assistiu Pauleta que rematou muito forte e colocado sem dar hipóteses ao Leandro Costa que estava a brilhar muito neste jogo. A diferença? Havíamos começado a pressionar mais alto, o Braga deixou de conseguir criar e os golos foram começando a surgir com a nossa equipa a assumir mais as despesas do jogo e superiorizar-se cada vez mais.

O 2-1 surge em cima do intervalo, guarda-redes subido, procurávamos mais o Guitta, estávamos completamente instalados no meio-campo do Braga e depois de um susto, numa jogada com muito dedo do Merlim, chegámos ao golo, Merlim rematou a bola sobra para o Cavi na ala que assiste o Cardigol, estávamos na frente e íamos para o intervalo a vencer. Na segunda-parte o ritmo ainda subiu mais, a velocidade aumentou e tivemos um jogo ainda melhor. A chave foi a de sempre, a qualidade da nossa equipa e a intensidade, eu tenho repetido muito isto porque realmente foi o que fez maior diferença, porque se notou em alguns casos mais cansaço, como no Tomás Paçó que pediu para sair por duas vezes, algo que parece irrelevante, mas que reflete o ritmo deste jogo e a tal questão física, porque no caso do Tomás é algo que nunca acontece. O terceiro golo é um clássico do Merlim, troca de bola entre Cavi e Merlim, paralela do Cavi, mas Merlim colou a bola ao pé junto da linha de meio-campo, arrancou e rematou muito forte e sem dar qualquer hipótese ao Leandro para fazer assim o terceiro golo que nos deu um maior conforto na partida.

Guitta em grande, tivemos alguns sustos, mas mais Sporting nesta partida, Braga ainda apostou no 5×4 com o Tiago Brito a ser o guarda-redes avançado, nós como sempre defendemos muito bem esse momento de jogo, Nuno Dias parou o jogo no momento ideal, depois do Braga ter conseguido algo mais. Nuno Dias soube mais uma vez ler como poucos o jogo, corrigiu muito bem e o Braga ainda fez menos no ataque. 5×4 defendido por Matos, Merlim, Pany e Cardigol. O quarto golo surge depois de Joel Rocha ter parado o jogo, o 5×4 não dava em nada e ainda menos originou depois do golo, porque na reposição logo de seguida ao time-out, João Matos recuperou a bola e Cardigol rematou para o fundo das redes. O quinto surge pouco depois, na saída o Braga viu Pany recuperar e rematar, o Fábio Cecílio ainda cortou esta chance, o Braga voltou a tentar organizar, mas mais uma vez um corte de Pany que colocou em Cardigol para o nosso matador fazer o golo e fechar assim o placar com um hat-trick. Jogo que volto a dizer não foi o nosso melhor, mas onde reinou o coletivo, a qualidade dos nossos processos e a excelência da nossa equipa técnica.

No próximo sábado pelas 16 horas, voltamos a jogar em Braga no Pavilhão Desportivo Universitário de Gualtar para quem conseguir ir ou em direto na SporTv3.

Como eu disse, destacar alguns pontos nestes últimos jogos:

– Cardinal

O matador está de volta, esta temporada já deixou lesões para trás, demorou para voltar ao bom nível, mas aí está ele, Cardigol de regresso, leva 6 golos nos últimos 4 jogos. Como nos lembramos o nosso pivot começou muito bem a temporada com 5 golos nos seus primeiros 4 jogos da temporada, nada foi fácil, passou por mais uma lesão e depois disso foram 3 golos em 10 jogos, mas o pai está de volta e que bom que é, vai voltar a ser fundamental para a reconquista europeia.

Bernardo Paçó

O nosso jovem guardião merece aqui um destaque, quase em todos os jogos se fala de ele acusar algum nervosismo quando avança, o que é natural, a equipa está adaptada a Guitta e por vezes acontecem alguns erros que são normais para um jovem guardião, a verdade é que entre os postes o Bernardo tem estado impecável, sem erros e revelando uma segurança invejável, quando assume e sai com a bola as coisas ainda não estão perfeitas, mas depois do jogo com os Lombos temos visto um Bernardo cada vez mais assertivo e mais confiante por isso mesmo total certezas que as poucas precipitações vão ser deixadas em breve para trás, mas na baliza o Bernardo merece destaque pelo que tem feito.

Pauleta

Já o tenho vindo a elogiar, vinha de uma má época, começou mal e bem abaixo do que ele consegue, a verdade é que subiu muito de rendimento com o aproximar do Europeu, no Campeonato da Europa foi um dos destaques tendo assumido mesmo mais protagonismo na nossa seleção e quando regressou não baixou de nível e tem sido um dos jogadores mais regulares. Menos erros, menos ações ofensivas falhadas, menos sprints “loucos” sem nexo, está a ser o regresso ao Pauleta que bem conhecemos e que tanto se destacou.

Waltinho e Caio

Junto aqui os dois por um motivo simples, foram as entradas que não conheciam Nuno Dias e por isso mesmo as que demoraram mais para se adaptar, a verdade é que o Caio tem subido imenso ao longo da temporada, cada vez mais confiante e mais importante que isso, cada vez a defender melhor, está a ser moldado por Nuno Dias e em breve estaremos a falar de uma das pedras basilares da nossa equipa. No caso do Waltinho, nem sempre marca é verdade, mas é um pivot lutador que ajuda imenso, até pelo que defende, algo tão importante e nem sempre valorizado.

As bolas paradas

Nada de novo aqui, é chover no molhado, mas como podemos ver nestes últimos 4 jogos, foram 5 golos de bola parada o que não é nada de novo, mas o que importa realçar mais uma vez são as muitas soluções e vemos isso nestes 5 golos, todos eles com estratégias diferentes, todos eles com 5 diferentes, todos eles com a bola a ser tratada de forma diferente, mas sempre a resultar em golo. O laboratório da dupla Nuno e Paulo está mais ao rubro que nunca com ainda mais soluções que na temporada passada.

Miguel Ângelo

É impossível não tocar neste ponto, Miguel Ângelo tem sido o jogador que menos tem crescido nesta temporada, nem com mais responsabilidade, nem no 5 inicial as coisas mudaram, continua com um rendimento abaixo do que devia ter e basta ver em comparação com o Caio como a sua evolução não existiu, mas aqui entra o ponto chave, não sobe de rendimento, continua a jogar pouco, mas marca, tal como se viu nestes 4 jogos que falámos ele consegue marcar em momentos chave. Esperemos que cresça e apareça em melhor forma nos playoffs, é um jogador experiente, já conhece Nuno Dias, a equipas e os colegas, tem obrigação de mais, mas que esta veia de golos decisivos continue.

 

### Nomes para o futuro na nossa formação ###

Agora vamos aos jovens talentos, se no masculino temos os casos de Tiago Macedo, Bruno Maior ou Pedro Santos, no feminino temos os casos de Carlota Galvão, Beatriz Santos ou Rita Durães que apesar de jovens já são nomes conhecidos, já jogaram na respetiva equipa principal, aqui vamos falar de outros que em breve estarão nesse patamar, vão ser 5 leões e 5 leoas que devemos guardar para o futuro.

– Guilherme Cintra: Guarda-redes de 16 anos, com bom jogo com os pés, falamos de um guardião de apenas 16 anos que se tem destacado nos nossos sub19, mais um guarda-redes de valor que tem vindo a ser potenciado na nossa formação, ele que começou no GD Unidos Arcena e que já leva 7 anos nas nossas camadas jovens. Um guarda-redes com muito potencial.

– Vicente Mourato: Fixo de 18 anos, está numa posição complicada para conseguir ter mais espaço, mas é mais um fixo de muito valor que está prestes a sair da nossa formação. Irá ser chamado aos seniores mais vezes e veremos se não vai somar ainda minutos, mas um fixo inteligente, que defende muito bem e que tem capacidade para sair a jogar. Começou no futebol, no Infantado mudou-se para o futsal onde começou no Cd Jardim Amoreira e também ele já leva vários anos de Sporting, no caso do Vicente são 9 anos de um jogador com perfil de líder e de fixo com futuro na Liga Placard.

– Diogo Silva: Ala de 17 anos, mais um Diogo a dar nas vistas na nossa formação. Falamos de um ala com golo, com técnica, não faz da velocidade o seu forte, mas a sua capacidade 1×1 impressiona. Ala que começou no Póvoa de Santa Iria, já leva 7 anos de Sporting, sempre em constante evolução. Um ala moderno, inteligente e com golo.

– Vanilson Nazaré: Universal de 16 anos, um jogador que entra no perfil de vários jogadores que se destacaram ou destacam na equipa principal, é um ala, mas já jogou em todas as posições, isto porque alia a sua capacidade física, a uma técnica elevada, ainda tem golo e defende bem, um perfil que não é muito comum, mas muito valorizado. Vanilson chegou este ano ao Sporting, fez toda a formação no Forte da Casa, é um jogador com um potencial tremendo, já tem índices físicos que não são muito comuns, por isso é sem dúvida um nome a guardar para o nosso futuro.

– Luís Fernandes: Pivot de 17 anos, um jogador que segue a linha dos bons pivots que temos tido a sair da nossa formação. Começou na Associação Moradores Santo António dos Cavaleiros, é um pivot elegante, não é propriamente muito forte fisicamente, mas têm técnica, segura bem a bola de costas, joga em profundidade pela sua velocidade. É um futuro pivot muito interessante com uma elegância que se destaca muito.

– Matilde Cristo: A única exceção, porque a Matilde já fez dois jogos na nossa equipa principal, mas a verdade é que tem apenas 16 anos. É uma guardiã de muito valor, mais uma guarda-redes com um potencial tremendo no nosso feminino. Joga muito bem com os pés, muito ágil, saí muito bem da baliza e repõe muito bem a bola. A Matilde começou no Leão Altivo, esteve 3 anos no Benfica e já vai na terceira temporada no Sporting, estamos a falar de uma guarda-redes que tem tudo para ser de topo.

– Mafalda Ferreira: Fixa de 16 anos, uma jogadora que também joga na ala pela sua capacidade técnica pois é uma fixa que sabe construir, consegue ter bola no pé, sabe sair a jogar, tudo isso a uma capacidade defensiva elevada, é uma jogadora sempre muito concentrada e ainda finaliza bem quando aparece na cara do golo. Uma fixa moderna, não se limita a defender, tem técnica e muito potencial. Começou no Centro Popular e já leva 5 temporadas no Sporting, uma aposta de futura e mais uma fixa que tem tudo para chegar longe.

– Carolina Rodrigues: Ala de 17 anos, veloz, com técnica, é forte no 1×1, é uma jogadora que defende bem, o que já algo de assinalar para a idade. Uma ala que ajuda e que já tem um sentido posicional elevado, não é uma goleadora, mas é uma jogadora que consegue ganhar nos duelos e assistir as suas colegas. Uma ala que começou no Real Alenquer, passou pelo Benfica e vai na quarta temporada no Sporting, é mais uma ala que tem tudo para ser aposta em breve de Márcio Marcelino.

– Júlia Santos: É uma universal de 16 anos, uma jogadora completa e com muito potencial. Já jogou em tudo o que é posição, joga preferencialmente na ala pela elevada capacidade técnica, mas tem faro de golo, boa executante de bolas paradas e muita qualidade individual. Jogadora que é produto do Leões de Porto Salvo, vai na segunda temporada de leão ao peito e tem tudo para chegar muito longe, já é aposta nas sub19, está a ser trabalhada por Teresa Jordão e é um diamante de muito valor e imenso futuro.

– Beatriz Machado: Uma ala que também é aposta como Pivot, jogadora que joga muito bem de costas para a baliza, sabe segurar muito bem a bola e tem sido um dos destaques por isso mesmo, a sua capacidade de aguentar que tem permitido a algumas colegas como a Inês Lopes (já chamada à equipa principal) brilhar. Beatriz Jorge começou no Forte Casa, passou pelo Povoense e leva dois anos de Sporting, aos 17 anos mostra uma capacidade grande para o futuro como pivot, muito lutadora, muito aguerrida e defende bem, é uma jogadora que acrescenta isso ao seu leque de características mesmo não sendo um portento físico. Muito interessante esta pivot e com muita margem de progressão.

Regresso com vários pontos, muitos jogos e ainda ficaram aqui 10 nomes a guardar de leões e leoas da nossa formação que já se vão evidenciando muito. Espero que tenham gostado e até ao nosso próximo dia de futsal aqui na nossa Tasca do Cherba.

 

*quando a bola roda na quadra, o Zé Ricardo mostra que está mais atento que o mister Nuno Dias e traz-nos todas as novidades do Futsal