“Hoje, também saio do Sporting e do basquetebol. Estou cansado. Há mais coisas a fazer na vida. Não me revejo neste tipo de coisas. Não quero estar metido nisto, prefiro afastar-me. Era por ter vindo por uma época e fiquei três. (…) “Sou treinador há muitos anos, quando a Liga tinha um basquetebol elevadíssimo. Esta própria federação, estes membros que lá andam há vários anos deitaram-na abaixo. Agora continuam a dar golpes no basquetebol e não quero estar metido nisto. Prefiro sair, prefiro afastar-me”.

Não deve ser fácil, alguém que tanto deu à modalidade e que tanto a vive (apesar daquele ar aparentemente calmo), colocar um ponto final na carreira desta forma.

Luís Magalhães aceitou o desafio de ser o treinador no regresso do basquetebol profissional enquanto modalidade do Sporting, e o rescaldo é francamente positivo: 1 campeonato, 3 Taças de Portugal consecutivas, 1 Taça da Liga, 1 Supertaça. 6 troféus conquistados em 9 possíveis, a nível interno. Além disso, durante este período o Sporting Clube de Portugal tornou-se no primeiro clube português de sempre a chegar aos quartos de Final da FIBA Europe Cup, e foi deixando algumas marcas enquanto equipa,  como o record de pontuação numa fase regular, além daquele sequência de mais de uma dezena de dérbis ganhos consecutivamente.

A eliminação nas meias do campeonato deste ano, frente ao fcPorto, podia ser bem diferente caso a equipa não se debatesse com lesões importantes, mas, do meu ponto de vista, esta frustração em nada belisca o belíssimo trabalho apresentado.

É hora de preparar novo ciclo, escolhendo um treinador com igual mentalidade vencedora e mantendo os melhores jogadores, com Travante à cabeça, mas antes de dar o passo em frente, façamos uma merecida pausa para dizer em voz firme: obrigado, Professor!