Agora, o futebol da Mariana Cabral é lento e sem intensidade, e a equipa esteve mal fisicamente na parte decisiva da época.
O conceito, como diz o Brave, é interessante. Mas falta depois velocidade, intensidade, altura, poder fisico, para sermos uma equipa bem mais competitiva.
O gajo que entrou a meio da época tem um discurso deprimente e desfasado da realidade.
Ligam mais os espanhóis do jornal Marca, ao futebol feminino português e em concreto ao do Sporting, do que muitos que se dizem sportinguistas.
Deprimente ver a semana passada somente 14000 pessoas presentes no estádio do Jamor a ver um jogo que atribuía uma taça de Portugal ao clube vencedor.
Desses 14000, uns 1500 a 2000 adeptos eram do Famalicão e os restantes do Sporting. Embora dos 12 bilhetes que comprei, 3 eram para amigos benfiquistas que se juntaram a nós na patuscada ao almoço.
Conclusão: quando a equipa perde, todos rosnam de raiva por isto e por aquilo. Quando a equipa ganha, somos os(as) maiores, somos todos sportinguistas.
Mas o que não se consegue compreender é como e que numa final, e dizendo nós à boca cheia que somos 3,5 milhões de adeptos, não conseguimos por pelo menos 20000 pessoas a apoiar a equipa e o clube numa tão importante decisão.
Ainda por cima num sábado à tarde, num horário excelente, 17:15. Com um domingo para descanso.
Muitos criticam os domingos à noite para ir a Alvalade ver a equipa principal e depois não têm a merda de 1 euro para ir ver uma final da taça.
Se fosse com a equipa masculina, até se comiam todos por um bilhete.
Pobres mentalidades que continuam a ter o discurso do ” temos que ir”, ou ” em princípio vou”, mas é só fogo de vista.
Espero que agora todos aqueles opinadores do bem e do mal, estejam presentes no João Rocha, terça-feira para apoiar o hóquei contra as toupeiras.
Bem dizia um amigo tripeiro, que se os Andrades tivessem futebol feminino e jogassem no sábado passado no Jamor, seria mais um fim de semana em festa, repleto de adeptos presentes no estádio.
Depois do que vi, dava lhe toda a razão.
Ainda temos nós, sportinguistas, muito a comprovar, para sermos realmente gigantes como adeptos, que vão a todo o lado, seja em que modalidade for.
SL
Caro colega de lides,
Duas notas:
a) genericamente de acordo. Não se esqueça, contudo, que os sportinguistas são portugueses; e que os portugueses são assim.. pouco associativos, muito pouco “engaged”, pouco amigos de mobilizações e de causas (há excepções, evidentemente);
b) não podemos esquecer que a falta de empatia da e com a direcção actual afasta muita gente. Este é um tópico que não é suficientemente falado, mas que é incontornável. Tenho “n” amigos e conhecidos que não participam na vida do clube “enquanto estes gajos lá estiverem”. É fácil dizer que isto não é ser sportinguista, que o clube está acima das circunstâncias, etc. E até concordo. Mas todo o fenómeno humano é complexo e não necessariamente racional. Cabe a quem nos dirige tirar conclusões e fazer por alterar este estado de coisas. Ninguém me convence de que as fracas assistências no Pavilhão João Rocha se não devem à conjugação de 3 factores: o tema das claques, a referida falta de empatia e um certo sabor transversal a fim de ciclo, com equipas menos competitivas.
Finalmente, sobre o futebol feminino, repito o que já disse várias vezes, noutros comentários: deveria ser uma aposta estratégica, de forma visionária e ambiciosa. O primeiro cluble a defender a sério o futebol feminino terá um mercado potencial de meninas e famílias enorme, mesmo num país pequeno como o nosso.
Obrigado pelo seu comentário e saudações leoninas.
Curioso com o tema da falta da empatia com a direção não se transmitiu naquele que foi dos actos eleitorais mais participados de sempre há uns meses atrás, mas depois numa final da Taça de futebol feminino ou num jogo no pavilhão, já sim é demonstrativo.
Para mim é fácil, nem sei onde dá para tantas explicações, eu ia ao estádio e pavilhão antes de 2018, continuo a ir agora e no futuro, se não me acontecer qualquer calamidade, continuarei a ir.
E muito bem, caro J. O tema é que as pessoas são livres de pensarem, sentirem e agirem. E não é pelo facto do J. e de muitos outros agirem assim que os outros adoptarão a mesma atitude e o mesmo comportamento. Serão menos sportinguistas? Talvez contribuam menos para o sportinguismo material, concordo. O que não faz sentido nenhum é achar que não se passa nada. Porque se passa. Passa-se o pecado original. Veremos se não se transforma em pecado capital. As eleições não ganham jogos, meu caro. Nem enchem estádios, nem pavilhões desportivos. O “click” emocional é uma coisa preciosa e poderosa. E falta-nos, colectivamente, nesta fase da nossa história. Até posso conceder que seja um bocadinho injusto, veja lá. Mas as coisas são o que são. E a arrogância e a soberba matam. É dos livros.
Eu antes não ia tanto ao estádio e ao Pavilhão como gostaria devido a minha vida profissional, não sou apoiante desta direcção, mas vou ver o Sporting porque está acima da direção e de qualquer pessoa.
Somos dois, caro Miguel. Pensei, sinceramente, que o nosso clube teria a visão, a ambição e a capacidade de desenhar um futuro assente em eixos estratégicos diferentes: um clube para o século XXI tem que necessariamente dar lugar de destaque ao desporto feminino. E um clube que precisa de ganhar, por ter vocação para ganhar no seu ADN, poderia muito bem usar o futebol feminino e as modalidades para se projectar no espaço europeu, sabendo nós que no futebol sénior profissional masculino isso será sempre altamente improvável.
Mas para ser competente lá fora e dado o ainda nivel mediano em Portugal, terias que ir buscar uma data de estrangeiras…
Eu acho que a solucao, tal como no futebol masculino, passa primeiro por garantir uma formaçao de qualidade (e isso não se constrói em 2/3 anos) e dps complementar com aquisições de mais valias no mercado estrangeiro.
O nosso projecto de formação existe desde o regresso da modalidade ao Sporting e foi liderado pela Mariana Cabral até a época passada.
Basta ver a representatividade do Sporting nas Selecções jovens.
Agora falamos de portuguesas e não de escandinavas. Há alguma diferença genética que tem de ser compensada pela qualidade técnica e intensidade.
Para crescermos qualitativamente teremos sempre de contratar estrangeiras. E com um nível de acerto elevado visto que não temos o dinheiro que os franceses e espanhóis têm…
O que se fez em Portugal no FM para subir o nível?
Não foi ir buscar bons estrangeiros – Cubillas, Yazalde, Ricardo Gomes, Luisinho, Valkcx, Balakov, Kostadinov, etc – e complementar com bons valores vindos da formação e apanhados noutros clubes em Portugal?
Qual é a dificuldade em fazer isto no FF?
Para já, ter uma quantidade suficiente de bons valores na formação – que eu acho que não temos!
No Sporting, tens a Andreia Jacinto, sem duvida, tens a Alícia, e do meu ponto de vista, dos 18 e para cima, talvez a Beckert se for bem trabalhada.
Não tens mais ninguém. Não é com a Jóia (GR de 1,60m), a Mariana Rosa, a Bruna, a Joaninha (infelizmente é uma pulga e nunca será competitiva ao pé das abelhas e das vespas), a Vera Cid, a Marta, a Inês e a Bezugo, todas jogadoras baixas, sem capacidade física e sem velocidade, com um tratamento da bola razoável mas lento, que vais chegar a lado nenhum.
Como já disse aqui, e repito as vezes que for preciso, nada contra as miúdas que fazem o seu melhor – dão tudo em campo – e só perseguem o seu sonho! Fazem o seu papel.
Mas a vida é o que é e não é por querer muito ter 1,80m de altura e ser modelo, ou uma pila de 30cm para ser actor porno que isso acontece. Ou se nasce com essas características, ou não chegamos lá!
No futebol é igual.
Aliás, em (quase) todas as profissões tens de ter alguma aptidão especial para seres um profissional acima da média e te evidenciares, e isso no desporto é ainda mais evidente no que toca à capacidade física que é preciso ter.
Este debate, que para mim é das coisas mais interessantes de debater aqui na Tasca, já focou o problema da formação no FM, onde a falta de competitividade parece ser o que mais corta o sonho dos jovens na passagem para patamares onde essa competitividade é maior.
Ora, no feminino, mesmo numa competitividade, na minha opinião, que nem é aceitável para uma Liga Portuguesa, as nossas jovens têm muita dificuldade.
Basta ver o que traz uma Chandra (velocidade, capacidade física, intensidade, objectividade), o que traz uma Brenda (técnica, visão de jogo remate), o que trazia uma Nevena (posicionamento exemplar, remate, visão de jogo, tratamento da bola), o que até traz uma Bacic (a altura permite-lhe estar à vontade na baliza), que não sendo sequer topo no FF, cá parecem super estrelas.
Foram os estrangeiros, no FM, que trouxeram mais exigência. Foram também os treinadores estrangeiros, no início, que trouxeram mais intensidade, mais velocidade.
É isso que o FF precisa.
Sim, é preciso investir na qualidade das jogadoras. Melhores jogadoras nas equipas vão fazer as outras subir de nível. Estares ao pé de melhores profissionais faz de ti um melhor profissional. Isto é transversal a todas as actividades.
Não é com a ridícula intensidade de jogo com que se joga em Portugal que vamos melhorar.
Aliás, basta ver no ranking que atingimos o patamar a bater no 30º lugar há uns 3 ou 4 anos – no Euro anterior – e passado este tempo todo subimos 1 lugar. Se a coisa estivesse a melhorar a “olhos vistos”, subias 1 ou 2 lugares por ano.
Entrámos no apuramento do Mundial do FF bem à frente da Sérvia e hoje a Sérvia já bate a Alemanha e nós nem empatar um jogo estamos perto de conseguir. Porquê?
Porque temos os mesmos defeitos que tínhamos há 4 ou 6 anos, ainda que hoje, em vez de termos 12 ou 13 jogadoras de nível da selecção, já temos 24 ou 25. Há uma maior escolha possível mas dentro do mesmo nível que havia.
Melhorámos a quantidade mas não melhorámos a qualidade.
Hoje não temos uma jogadora do nível que tinha a Cláudia Neto nos seus bons tempos. Não temos uma jogadora do nível da melhor Ana Borges.
Temos algumas jovens, das quais destaco a Kika e a Andreia em 1º lugar, que têm um excelente potencial mas jogam a uma intensidade que mete dó – e o Benfic@ tem bem mais intensidade que o Sporting! E, ou mudam isso, ou não vão passar de jogadoras pouco mais que medianas.
Já disse aqui várias vezes, que um Braga-Sporting nas 2 primeiras épocas era muito melhor jogado do que são agora os jogos entre as melhores equipas. Eram jogos mais intensos. As equipas jogavam os 90 minutos e o prolongamento. Hoje é tudo lento que dá dó e aos 70/80 minutos já está tudo sem pernas – os 10 minutos finais do Sporting na final da TP foram deprimentes neste aspecto!
Ontem, o Racing contra o Condeixa teve mais intensidade que muitos dos jogos que vi do Sporting esta época. E isso diz tudo quanto ao baixo nível de exigência que se tem no Clube nesta altura.
Há muito, mas muito mesmo, que melhorar e eu vejo toda a gente a achar que este futebol de fim de semana, quase de solteiras contra casadas, está porreiro e no bom caminho!
E ganharam nas Sub19, onde têm uma equipa com algumas jogadoras interessantes – infelizmente também muitas delas com um perfil físico bem longe do exigido para serem competitivas.
Foi a maior assistência de SEMPRE numa Final da Taça de Portugal do Futebol Feminino. Isto é factual!
A qualidade do FF (no geral e do Sporting em particular) deixa ainda muito a desejar. É a minha opinião, que sou um adepto da modalidade e vejo até jogos de FF fora do âmbito Sporting.
A assistência da Final da TP do FF foi cerca de 50% da média das assistências em Alvalade no campeonato. Isto é factual.
Não me parece que 50% de assistência num jogo possa ser, especialmente nesta altura, um mau resultado para um jogo de FF. É a minha opinião.
Os andrades podem dizer tudo o que quiserem do FF – que faziam e aconteciam e o caralho! – porque a realidade é só uma: não têm FF!
Como não têm Futsal e tantas outras modalidades – felizmente, acrescento eu!
Quero é que os andrades se fodam mais a sua arrogância porque são um clube de merda corrupto! Sabem lá eles se tinham o estádio melhor composto ou não…
A única modalidade modalidade feminina relevante que têm é o Voleibol, que até foram campeões, e não tiveram sempre o pavilhão cheio – nem pouco mais ou menos!
Finalmente, criticar os adeptos do Sporting, clube que já esteve praticamente 2 décadas sem ser campeão duas vezes, e tem a quantidade de sócios e adeptos que tem, mesmo entre a juventude, é não ter noção do que se fala!
Não me acho mais sportinguista que tu, colega tasqueiro, mas, foda-se, pensa lá bem no que escreveste…
É o FF que tem de atrair o publico.
Não é o publico que tem obrigação de ir assistir ao FF.
E a qualidade do FF actual só atrai, com frequência, os “doentes pela modalidade”, que são, obviamente, poucos!
Não tinha ideia do Benfica também estar a trabalhar bem a formação das miúdas.
Parece-me que eles já perceberam todo o potencial não só do futebol mas de todas as modalidades no feminino.
Nós que poderíamos estar a liderar vamos atrás. Colados mas atrás.
Vamos lá ver se acordamos…
Perante a desvantagem de entrar onde o Sporting já dominava e tinha a maioria das internacionais portuguesas – com outra parte significativa no Braga – a solução foi fazer um plantel maioritariamente de estrangeiras – muitas brasileiras – e criar uma estrutura forte na formação. Depois apanharam uma série de jovens que nós deixámos fugir e, aos poucos, foram contratando internacionais portuguesas.
O nosso 1º grande erro foi ter deixado a Raquel Sampaio ir embora.
Daí para a frente foi uma sucessão de erros que nos colocou à distância que estamos hoje do Benfic@. O Varandas fez o resto, ao não ligar a mínima ao FF…
Também foi no Voleibol Feminino que conseguimos ter maior “engajamento” o que é mais uma prova de que são as modalidades a puxarem pelos adeptos.
Curiosamente (ou não) é na vertente feminina.
Gostava de ver um estudo sobre esta época, com a médias de assistência por modalidade, por gênero, nas diferentes fases da época, em dia de futebol, com bilhetes pagos e a borla. Até para tentar perceber o “fenómeno”.
Mas sou capaz de apostar que não existe nem sequer se darão ao trabalho…
5 Junho, 2022 at 17:09
Equipa para o ano, espero que tenha!
Toda a sorte para ela e restante equipa técnica. João Rosa, etc… malta com excelentes ideias do jogo.
5 Junho, 2022 at 20:47
Interessante ver isto na Marca.
Agora, o futebol da Mariana Cabral é lento e sem intensidade, e a equipa esteve mal fisicamente na parte decisiva da época.
O conceito, como diz o Brave, é interessante. Mas falta depois velocidade, intensidade, altura, poder fisico, para sermos uma equipa bem mais competitiva.
O gajo que entrou a meio da época tem um discurso deprimente e desfasado da realidade.
5 Junho, 2022 at 23:25
Ligam mais os espanhóis do jornal Marca, ao futebol feminino português e em concreto ao do Sporting, do que muitos que se dizem sportinguistas.
Deprimente ver a semana passada somente 14000 pessoas presentes no estádio do Jamor a ver um jogo que atribuía uma taça de Portugal ao clube vencedor.
Desses 14000, uns 1500 a 2000 adeptos eram do Famalicão e os restantes do Sporting. Embora dos 12 bilhetes que comprei, 3 eram para amigos benfiquistas que se juntaram a nós na patuscada ao almoço.
Conclusão: quando a equipa perde, todos rosnam de raiva por isto e por aquilo. Quando a equipa ganha, somos os(as) maiores, somos todos sportinguistas.
Mas o que não se consegue compreender é como e que numa final, e dizendo nós à boca cheia que somos 3,5 milhões de adeptos, não conseguimos por pelo menos 20000 pessoas a apoiar a equipa e o clube numa tão importante decisão.
Ainda por cima num sábado à tarde, num horário excelente, 17:15. Com um domingo para descanso.
Muitos criticam os domingos à noite para ir a Alvalade ver a equipa principal e depois não têm a merda de 1 euro para ir ver uma final da taça.
Se fosse com a equipa masculina, até se comiam todos por um bilhete.
Pobres mentalidades que continuam a ter o discurso do ” temos que ir”, ou ” em princípio vou”, mas é só fogo de vista.
Espero que agora todos aqueles opinadores do bem e do mal, estejam presentes no João Rocha, terça-feira para apoiar o hóquei contra as toupeiras.
Bem dizia um amigo tripeiro, que se os Andrades tivessem futebol feminino e jogassem no sábado passado no Jamor, seria mais um fim de semana em festa, repleto de adeptos presentes no estádio.
Depois do que vi, dava lhe toda a razão.
Ainda temos nós, sportinguistas, muito a comprovar, para sermos realmente gigantes como adeptos, que vão a todo o lado, seja em que modalidade for.
SL
6 Junho, 2022 at 8:37
Caro colega de lides,
Duas notas:
a) genericamente de acordo. Não se esqueça, contudo, que os sportinguistas são portugueses; e que os portugueses são assim.. pouco associativos, muito pouco “engaged”, pouco amigos de mobilizações e de causas (há excepções, evidentemente);
b) não podemos esquecer que a falta de empatia da e com a direcção actual afasta muita gente. Este é um tópico que não é suficientemente falado, mas que é incontornável. Tenho “n” amigos e conhecidos que não participam na vida do clube “enquanto estes gajos lá estiverem”. É fácil dizer que isto não é ser sportinguista, que o clube está acima das circunstâncias, etc. E até concordo. Mas todo o fenómeno humano é complexo e não necessariamente racional. Cabe a quem nos dirige tirar conclusões e fazer por alterar este estado de coisas. Ninguém me convence de que as fracas assistências no Pavilhão João Rocha se não devem à conjugação de 3 factores: o tema das claques, a referida falta de empatia e um certo sabor transversal a fim de ciclo, com equipas menos competitivas.
Finalmente, sobre o futebol feminino, repito o que já disse várias vezes, noutros comentários: deveria ser uma aposta estratégica, de forma visionária e ambiciosa. O primeiro cluble a defender a sério o futebol feminino terá um mercado potencial de meninas e famílias enorme, mesmo num país pequeno como o nosso.
Obrigado pelo seu comentário e saudações leoninas.
6 Junho, 2022 at 10:10
Curioso com o tema da falta da empatia com a direção não se transmitiu naquele que foi dos actos eleitorais mais participados de sempre há uns meses atrás, mas depois numa final da Taça de futebol feminino ou num jogo no pavilhão, já sim é demonstrativo.
Para mim é fácil, nem sei onde dá para tantas explicações, eu ia ao estádio e pavilhão antes de 2018, continuo a ir agora e no futuro, se não me acontecer qualquer calamidade, continuarei a ir.
6 Junho, 2022 at 13:29
E muito bem, caro J. O tema é que as pessoas são livres de pensarem, sentirem e agirem. E não é pelo facto do J. e de muitos outros agirem assim que os outros adoptarão a mesma atitude e o mesmo comportamento. Serão menos sportinguistas? Talvez contribuam menos para o sportinguismo material, concordo. O que não faz sentido nenhum é achar que não se passa nada. Porque se passa. Passa-se o pecado original. Veremos se não se transforma em pecado capital. As eleições não ganham jogos, meu caro. Nem enchem estádios, nem pavilhões desportivos. O “click” emocional é uma coisa preciosa e poderosa. E falta-nos, colectivamente, nesta fase da nossa história. Até posso conceder que seja um bocadinho injusto, veja lá. Mas as coisas são o que são. E a arrogância e a soberba matam. É dos livros.
7 Junho, 2022 at 14:24
Eu antes não ia tanto ao estádio e ao Pavilhão como gostaria devido a minha vida profissional, não sou apoiante desta direcção, mas vou ver o Sporting porque está acima da direção e de qualquer pessoa.
6 Junho, 2022 at 10:43
“O primeiro clube a defender a sério o futebol feminino terá um mercado potencial de meninas e famílias enorme, mesmo num país pequeno como o nosso.”
Subscrevo e digo o mesmo há muito tempo.
Já pensei que esse clube fossemos nós.
Hoje, não tenho fé nenhuma nisso!
6 Junho, 2022 at 13:32
Somos dois, caro Miguel. Pensei, sinceramente, que o nosso clube teria a visão, a ambição e a capacidade de desenhar um futuro assente em eixos estratégicos diferentes: um clube para o século XXI tem que necessariamente dar lugar de destaque ao desporto feminino. E um clube que precisa de ganhar, por ter vocação para ganhar no seu ADN, poderia muito bem usar o futebol feminino e as modalidades para se projectar no espaço europeu, sabendo nós que no futebol sénior profissional masculino isso será sempre altamente improvável.
6 Junho, 2022 at 13:32
Exactamente o que eu acho! 🙂
6 Junho, 2022 at 13:40
Mas para ser competente lá fora e dado o ainda nivel mediano em Portugal, terias que ir buscar uma data de estrangeiras…
Eu acho que a solucao, tal como no futebol masculino, passa primeiro por garantir uma formaçao de qualidade (e isso não se constrói em 2/3 anos) e dps complementar com aquisições de mais valias no mercado estrangeiro.
6 Junho, 2022 at 14:51
O nosso projecto de formação existe desde o regresso da modalidade ao Sporting e foi liderado pela Mariana Cabral até a época passada.
Basta ver a representatividade do Sporting nas Selecções jovens.
Agora falamos de portuguesas e não de escandinavas. Há alguma diferença genética que tem de ser compensada pela qualidade técnica e intensidade.
Para crescermos qualitativamente teremos sempre de contratar estrangeiras. E com um nível de acerto elevado visto que não temos o dinheiro que os franceses e espanhóis têm…
6 Junho, 2022 at 17:49
Obviamente!|
Mas é tão difícil perceber isto?
O que se fez em Portugal no FM para subir o nível?
Não foi ir buscar bons estrangeiros – Cubillas, Yazalde, Ricardo Gomes, Luisinho, Valkcx, Balakov, Kostadinov, etc – e complementar com bons valores vindos da formação e apanhados noutros clubes em Portugal?
Qual é a dificuldade em fazer isto no FF?
Para já, ter uma quantidade suficiente de bons valores na formação – que eu acho que não temos!
No Sporting, tens a Andreia Jacinto, sem duvida, tens a Alícia, e do meu ponto de vista, dos 18 e para cima, talvez a Beckert se for bem trabalhada.
Não tens mais ninguém. Não é com a Jóia (GR de 1,60m), a Mariana Rosa, a Bruna, a Joaninha (infelizmente é uma pulga e nunca será competitiva ao pé das abelhas e das vespas), a Vera Cid, a Marta, a Inês e a Bezugo, todas jogadoras baixas, sem capacidade física e sem velocidade, com um tratamento da bola razoável mas lento, que vais chegar a lado nenhum.
Como já disse aqui, e repito as vezes que for preciso, nada contra as miúdas que fazem o seu melhor – dão tudo em campo – e só perseguem o seu sonho! Fazem o seu papel.
Mas a vida é o que é e não é por querer muito ter 1,80m de altura e ser modelo, ou uma pila de 30cm para ser actor porno que isso acontece. Ou se nasce com essas características, ou não chegamos lá!
No futebol é igual.
Aliás, em (quase) todas as profissões tens de ter alguma aptidão especial para seres um profissional acima da média e te evidenciares, e isso no desporto é ainda mais evidente no que toca à capacidade física que é preciso ter.
Este debate, que para mim é das coisas mais interessantes de debater aqui na Tasca, já focou o problema da formação no FM, onde a falta de competitividade parece ser o que mais corta o sonho dos jovens na passagem para patamares onde essa competitividade é maior.
Ora, no feminino, mesmo numa competitividade, na minha opinião, que nem é aceitável para uma Liga Portuguesa, as nossas jovens têm muita dificuldade.
Basta ver o que traz uma Chandra (velocidade, capacidade física, intensidade, objectividade), o que traz uma Brenda (técnica, visão de jogo remate), o que trazia uma Nevena (posicionamento exemplar, remate, visão de jogo, tratamento da bola), o que até traz uma Bacic (a altura permite-lhe estar à vontade na baliza), que não sendo sequer topo no FF, cá parecem super estrelas.
Foram os estrangeiros, no FM, que trouxeram mais exigência. Foram também os treinadores estrangeiros, no início, que trouxeram mais intensidade, mais velocidade.
É isso que o FF precisa.
Sim, é preciso investir na qualidade das jogadoras. Melhores jogadoras nas equipas vão fazer as outras subir de nível. Estares ao pé de melhores profissionais faz de ti um melhor profissional. Isto é transversal a todas as actividades.
Não é com a ridícula intensidade de jogo com que se joga em Portugal que vamos melhorar.
Aliás, basta ver no ranking que atingimos o patamar a bater no 30º lugar há uns 3 ou 4 anos – no Euro anterior – e passado este tempo todo subimos 1 lugar. Se a coisa estivesse a melhorar a “olhos vistos”, subias 1 ou 2 lugares por ano.
Entrámos no apuramento do Mundial do FF bem à frente da Sérvia e hoje a Sérvia já bate a Alemanha e nós nem empatar um jogo estamos perto de conseguir. Porquê?
Porque temos os mesmos defeitos que tínhamos há 4 ou 6 anos, ainda que hoje, em vez de termos 12 ou 13 jogadoras de nível da selecção, já temos 24 ou 25. Há uma maior escolha possível mas dentro do mesmo nível que havia.
Melhorámos a quantidade mas não melhorámos a qualidade.
Hoje não temos uma jogadora do nível que tinha a Cláudia Neto nos seus bons tempos. Não temos uma jogadora do nível da melhor Ana Borges.
Temos algumas jovens, das quais destaco a Kika e a Andreia em 1º lugar, que têm um excelente potencial mas jogam a uma intensidade que mete dó – e o Benfic@ tem bem mais intensidade que o Sporting! E, ou mudam isso, ou não vão passar de jogadoras pouco mais que medianas.
Já disse aqui várias vezes, que um Braga-Sporting nas 2 primeiras épocas era muito melhor jogado do que são agora os jogos entre as melhores equipas. Eram jogos mais intensos. As equipas jogavam os 90 minutos e o prolongamento. Hoje é tudo lento que dá dó e aos 70/80 minutos já está tudo sem pernas – os 10 minutos finais do Sporting na final da TP foram deprimentes neste aspecto!
Ontem, o Racing contra o Condeixa teve mais intensidade que muitos dos jogos que vi do Sporting esta época. E isso diz tudo quanto ao baixo nível de exigência que se tem no Clube nesta altura.
Há muito, mas muito mesmo, que melhorar e eu vejo toda a gente a achar que este futebol de fim de semana, quase de solteiras contra casadas, está porreiro e no bom caminho!
6 Junho, 2022 at 14:28
Visão que o vizinho ao lado tem.
Prepara-se para vencer tudo a nível feminino de Pavilhão (a exceção do Voleibol) e já faz promoção desse feito.
Isso sem falar do Futebol Feminino onde irão certamente voltar a investir a pensar na LC.
6 Junho, 2022 at 17:51
E ganharam nas Sub19, onde têm uma equipa com algumas jogadoras interessantes – infelizmente também muitas delas com um perfil físico bem longe do exigido para serem competitivas.
6 Junho, 2022 at 10:41
Foi a maior assistência de SEMPRE numa Final da Taça de Portugal do Futebol Feminino. Isto é factual!
A qualidade do FF (no geral e do Sporting em particular) deixa ainda muito a desejar. É a minha opinião, que sou um adepto da modalidade e vejo até jogos de FF fora do âmbito Sporting.
A assistência da Final da TP do FF foi cerca de 50% da média das assistências em Alvalade no campeonato. Isto é factual.
Não me parece que 50% de assistência num jogo possa ser, especialmente nesta altura, um mau resultado para um jogo de FF. É a minha opinião.
Os andrades podem dizer tudo o que quiserem do FF – que faziam e aconteciam e o caralho! – porque a realidade é só uma: não têm FF!
Como não têm Futsal e tantas outras modalidades – felizmente, acrescento eu!
Quero é que os andrades se fodam mais a sua arrogância porque são um clube de merda corrupto! Sabem lá eles se tinham o estádio melhor composto ou não…
A única modalidade modalidade feminina relevante que têm é o Voleibol, que até foram campeões, e não tiveram sempre o pavilhão cheio – nem pouco mais ou menos!
Finalmente, criticar os adeptos do Sporting, clube que já esteve praticamente 2 décadas sem ser campeão duas vezes, e tem a quantidade de sócios e adeptos que tem, mesmo entre a juventude, é não ter noção do que se fala!
Não me acho mais sportinguista que tu, colega tasqueiro, mas, foda-se, pensa lá bem no que escreveste…
É o FF que tem de atrair o publico.
Não é o publico que tem obrigação de ir assistir ao FF.
E a qualidade do FF actual só atrai, com frequência, os “doentes pela modalidade”, que são, obviamente, poucos!
6 Junho, 2022 at 13:47
Acabei de ver o jogo Marítimo/Sporting…
E vi muita qualidade da parte das “ nossas meninas…”
Acredito…que temos futuro…
Sporting Sempre…!
6 Junho, 2022 at 18:34
Sub19 com:
1 com 14 anos
4 com 15 anos
3 com 16 anos
3 com 17 anos
As 5 suplentes:
4 com 15 anos
1 com 16 anos
O Benfic@ foi campeão no escalão e só conseguimos não perder 1 jogo com elas – empate no ultimo jogo, que lhes deu o titulo!
O Marítimo, enfim, foi o ultimo classificado da fase final (4 equipas).
6 Junho, 2022 at 18:35
Muitas destas jogadoras jogam na selecção Sub17, que tem uma boa equipa – na minha opinião bem melhor que a selecção Sub19.
6 Junho, 2022 at 18:45
Não tinha ideia do Benfica também estar a trabalhar bem a formação das miúdas.
Parece-me que eles já perceberam todo o potencial não só do futebol mas de todas as modalidades no feminino.
Nós que poderíamos estar a liderar vamos atrás. Colados mas atrás.
Vamos lá ver se acordamos…
6 Junho, 2022 at 22:28
O Benfic@ entrou no FF a sério.
Perante a desvantagem de entrar onde o Sporting já dominava e tinha a maioria das internacionais portuguesas – com outra parte significativa no Braga – a solução foi fazer um plantel maioritariamente de estrangeiras – muitas brasileiras – e criar uma estrutura forte na formação. Depois apanharam uma série de jovens que nós deixámos fugir e, aos poucos, foram contratando internacionais portuguesas.
O nosso 1º grande erro foi ter deixado a Raquel Sampaio ir embora.
Daí para a frente foi uma sucessão de erros que nos colocou à distância que estamos hoje do Benfic@. O Varandas fez o resto, ao não ligar a mínima ao FF…
6 Junho, 2022 at 18:52
Também foi no Voleibol Feminino que conseguimos ter maior “engajamento” o que é mais uma prova de que são as modalidades a puxarem pelos adeptos.
Curiosamente (ou não) é na vertente feminina.
Gostava de ver um estudo sobre esta época, com a médias de assistência por modalidade, por gênero, nas diferentes fases da época, em dia de futebol, com bilhetes pagos e a borla. Até para tentar perceber o “fenómeno”.
Mas sou capaz de apostar que não existe nem sequer se darão ao trabalho…