Pedro Proença lançou a nova época das competições da Liga de clubes, destacando na as várias medidas tomadas pela Liga para esta época, realçando a intenção de conseguir uma maior celeridade nos casos disciplinares. “Vamos propor um novo modelo para a Comissão de Instrutores, que possibilitará agilizar os processos”, afirmou o líder da LPFP, sublinhando que uma profissionalização “poderá dar uma melhor resposta”, já que permitirá “mais condições e uma dedicação exclusiva” aos instrutores.

A questão da agilização da justiça desportiva levou ainda a que Pedro Proença defendesse que o Tribunal Arbitral da Desporto (TAD) não deveria existir, sugerindo ao Governo a criação de um organismo que pudesse decidir mais rapidamente os casos jurídicos. “O poder político deveria centrar-se na criação de um tribunal desportivo que tratasse destes temas de forma eficaz, com processos céleres e capazes”, afirmou, lembrando então que, nos atuais moldes, um castigo decidido pelo Conselho de Disciplina tem ainda recursos para o TAD e depois para o Tribunal Central, atrasando os processos.

Para chamar mais adeptos aos estádios, a Liga propõe várias soluções, tais como o aumento do tempo útil de jogo, medida para a qual o dirigente diz que o organismo tem falado com os vários intervenientes, como treinadores, jogadores, árbitros, para os sensibilizar para o mesmo, reforçando que, na última época, este se cifrou apenas nos 60 minutos. Para tal, Pedro Proença, antigo árbitro de futebol, falou da criação já esta época de um prémio para a equipa que ‘queimar’ menos tempo, permitindo assim “uma onda positiva” nos estádios de futebol e penalizando quem não cumpra.

A segurança nos estádios é igualmente aposta da Liga de clubes, para que, segundo Proença, “as famílias possam regressar aos estádios sem qualquer receio”. O dirigente defendeu, entre outras, a tomada de medidas como a monitorização dos acessos aos recintos, a imposição por parte da magistratura das apresentações nas esquadras dos elementos que entretanto ficaram impedidos de entrar em recintos desportivos e um controlo eficaz à pirotecnia, que segundo Pedro Proença, “tem que ser abolida”.

A bilhética é outro dos temas que preocupa a Liga e Pedro Proença referiu que há uma proposta para que seja reduzido para metade o valor máximo dos bilhetes – neste momento cifrado nos 75 euros.

As questões da calendarização e dos horários também estão a ser estudadas pela Liga, tendo Pedro Proença referido que, apesar de a Liga portuguesa ser uma das que ainda cumpre as 72 horas de diferença entre os jogos, há uma tentativa de sensibilização aos clubes para o problema.

Olhando para o futuro, Pedro Proença referiu-se várias vezes como fundamental a questão da centralização dos direitos audiovisuais, reforçando que, em 2025/26, será apresentado um modelo de negócio à Autoridade da Concorrência, para que, de acordo com o dirigente, o modelo seja “realidade” em 2027/28.