Das memórias de Sporting mais fixes que tenho, é de uma eliminatória da Taça, no velhinho Manuel de Melho, frente ao Barreirense, jogada às 15h.
Nessa tarde, comprei a maior bandeira que existia nas bancas (só a vara tinha uns 2,5), porque nesse tempo um miúdo de 15 anos podia entrar com uma bandeira.
Nessa tarde, estive rodeado de todos os que eu sabia que, vivendo no Barreiro e sendo da minha escola secundária ou jogando comigo à bola, eram do Sporting. Também descobri que muitos o eram sem que eu desconfiasse.
Nessa tarde, do lado oposto do campo, sabia que estavam vários amigos e conhecidos meus, benfiquistas, a apoiar o Barreirense.
Nessa tarde, soube o que era ver a bola num velhinho peão, ao estilo do de São Luís, em Faro.
Nessa tarde, estive colado à rede a ver passar por mim o Cherbakov, o Balakov, o Valckx, o Figo, o Jusko, o Cadete, e desconfiado do que o “bigodudo” do Sérgio Louro ia fazer na baliza.
Nessa tarde, o Barreiro parou e o Manuel de Melo encheu até onde podia encher.
Nessa tarde, houve festa da Taça.