Depois da paragem, o Sporting regressou com fome de bola e esmagou o Farense. Foram seis, podiam ter sido dez, numa noite que, esperam os Sportinguistas possa representar um ponto de viragem na época leonina

 

Ponto prévio: o Farense, que milita na segunda Liga, não é pior equipa do que maioria das equipas da primeira. Não é à toa que é candidato à subida e que, desde que começou a época futebolística, apenas havia perdido duas vezes. A diferença para o que aconteceu na última e fria noite de novembro, esteve na forma como o Sporting abordou o jogo e para a diminuição drástica de oportunidades falhadas, sendo que ficaram por marcar pelo menos mais quatro ou cinco golos cantados.

Com o regressado Nuno Santos a capitão, e uma equipa com várias mexidas (Israel na baliza, Marsà a formar tripla de centrais com Reis e Inácio, Essugo a formar dupla com Pote no meio campo), o Sporting entrou decidido a marcar. Pressão alta, velocidade nas movimentações, Edwards e Trincão muito soltos, deixando Paulinho como puro camisola 9, com Pote a ter liberdade para ir lá à frente e Porro sempre pronto a ser mais extremo do que defesa lateral.

A bola andava sempre no meio campo dos de Faro, as oportunidades iam-se sucendendo sem que a bola entrasse, com destaque para a incrível perdida de Paulinho quando só tinha que perguntar ao redes para que lado a queria. Até que Nuno Santos e Trincão combinaram pela canhota, e o camisola 17 cruzou para o pé esquerdo de Paulinho ajeitar de primeira para dentro da baliza. Embalados, os Leões tomaram de assalto a área adversária e, passados três minutos, fizeram o 2-0, novamente por Paulinho, finalmente a mostrar os dentes.

O camisola 20 marcava tantos golos como tinha marcado ao longo de toda a época, e somava os dois primeiros momentos para ser o homem do jogo. Não voltou a marcar, é verdade, mas foram infindáveis os lances do carrossel ofensivo que passaram pelos seus pés, com destaque para o 5-0, onde depois de tirar o redes da jogada abdicou do hattrick para oferecer o golo a Arthur.

Pelo meio, Edwards e Potter também fizeram o gosto ao pé, o primeiro numa jogada individual plena de técnica, a fechar a primeira parte, o segundo num remate seco e colocado, de primeira, depois de mais uma cavalgada e cruzamento de Porro.

Faltavam 15 minutos e, tal como havia feito ao longo de toda a partida, o Sporting não deixou de querer marcar mais. Jovane desperdiçou de baliza aberta, e rapidamente agarrou na bola quando o árbitro assinalou penálti, por derrube claro a Mateus Fernandes. Apesar da ânsia de marcar, após tanto tempo lesionado, acabou por entregar a bola ao puto, para que este tivesse a possibilidade de experimentar a felicidade de marcar um golo com a camisola dos crescidos. Mateus não tremeu e fez o 6-0, carimbando a goleada com que o Sporting iniciou a defesa da Taça da Liga, por si conquistada nas últimas duas épocas.

Nota final: o Farense, que milita na segunda Liga, não é pior equipa do que maioria das equipas da primeira. Não é à toa que é candidato à subida e que, desde que começou a época futebolística, apenas havia perdido duas vezes. A diferença para o que aconteceu na última e fria noite de novembro, esteve na forma como o Sporting abordou o jogo e para a diminuição drástica de oportunidades falhadas, sendo que ficaram por marcar pelo menos mais quatro ou cinco golos cantados. O que acontecerá se a receita e se esta fome de bola se mantiverem?