Os cinco elementos da claque ‘No Name Boys’ acusados de tentativa de homicídio qualificado de um adepto do Sporting foram hoje absolvidos pelo Tribunal de Sintra. O caso remonta a maio de 2020, no Estoril, quando um grupo de adeptos ligados ao Benfica atacou o adepto do Sporting João Paulo Araújo, tendo o Tribunal de Sintra, no acórdão hoje divulgado, absolvido os cinco arguidos por falta de prova.

O Tribunal de Sintra condenou ainda a pena suspensa 11 dos 31 elementos ligados à claque No Name Boys, que foram julgados ainda pelo ataque ao autocarro da equipa do Benfica. Estes elementos foram condenados pelos crimes de dano simples consumado, atentado à segurança de transporte rodoviário, detenção de arma proibida, ameaça simples, furto simples e ofensa à integridade física qualificada. Os condenados ficam ainda proibidos de frequentar recintos desportivos durante a pena suspensa, sendo que nenhuma das penas aplicadas ultrapassa os cinco anos.

O Ministério Público tinha pedido a condenação de três arguidos por homicídio qualificado tentado do adepto do Sporting e a absolvição dos outros dois. O processo envolvia ainda outros elementos da claque acusados de atentado à segurança de transporte rodoviário, pelo alegado apedrejamento do próprio autocarro do clube, que feriu dois atletas. Ao todo, foram julgados 31 elementos da claque não autorizada do Benfica No Name Boys por vários ataques perpetrados entre 2018 e 2020, que incluíam apedrejamento do autocarro do clube, agressões a três adeptos do Sporting e ameaças feitas no prédio onde vivia o treinador Bruno Lage.

NOTA DA TASCA
João A. regressava a casa, em São João do Estoril, quando foi atacado de súbito por um grupo de mais de vinte homens disfarçados com capuzes, lenços e balaclavas. De acordo com a descrição que o Ministério Público apresentou em tribunal, o homem foi imediatamente atingido com uma martelada na cabeça, caiu e depois levou com “inúmeras marteladas na cabeça”, socos e pontapés. Um suspeito que a polícia não conseguiu identificar esfaqueou-o três vezes: num braço, numa perna e no peito. O último golpe perfurou-lhe o pulmão esquerdo. Outro suspeito partiu-lhe o indicador da mão direita. E alguém gritou: “Vais morrer, filho da puta. Benfica! No Name Boys! No Name Boys!”

À saída do tribunal, ilibados, foi assim que estes “heróis” celebraram