André Bernardo, rapaz a quem foi dada a tarefa de debitar promessas através do que resta do Jornal Sporting, vem, esta semana, numa entrevista (mais uma) sobre o futuro falar em “rebranding”.

 

 

ora, não é preciso anunciar documentos em desenvolvimento, para se perceber que há anos que a marca Sporting padece de um problema de identidade. No programa alternativo que foi a votos no início deste ano, tocavam-se em pontos simples e à vista de quem quiser ver, pontos esses devidamente desenvolvidos nesse mesmo programa.

 

Mas voltemos à entrevista do André Bernardo, para destacar duas passagens

– a que exalta a arte de nada dizer

 

– a que fala em “rebranding” e que levou alguns Sportinguistas e darem atenção à entrevista

 

É verdade, André, o Sporting já fez outros rebrandings no passado, e todos estamos lembrados desse rebranding, em 2001, onde a “linhagem” decidiu que era hora de mudar sem consultar os Sócios, e não teve pejo em eliminar o SCP do símbolo

 

 

A mudança, feita sem votação em AG, continha outras várias violações aos estatutos, tais como a ausência do “SCP” e o Leão Rampante de cor amarela, mas que se lixe. Afinal, a Reebok até já tinha iniciado a produção das camisolas.

 

Ora, chegamos a 2022 e surgem promessas de intenção de nova mudança, pegando em dois exemplos sobre os quais tenho sentimentos distintos. Se no caso da Juventus acho uma verdadeira aberração, na qual apenas se olhou para o exercício de design enquanto estética e modernismo, no caso da Peugeot, e embora eu seja um saudosista do Rampante colocado na grelha dos carros com que cresci na década de 80, sinto que não se perdeu identidade, tendo, até, sido reforçado o conceito de “marca do Leão” através de um regresso estilizado ao passado. A questão é que o exemplo escolhido associado a um clube de futebol, me preocupa.

 

Resta-nos aguardar pelas cenas dos próximos capítulos, que até poderão nem vir a existir, caso todas estas intenções tenham o mesmo destino que as anteriores, onde se inclui, por exemplo, a questão da APP. Mas caso seja efectivamente para avançar, que exista a decência de consultar os sócios, ao contrário do que foi feito em 2001, ou, mais recentemente, aquando da colocação de nomes nas portas do Estádio José Alvalade, ou aquando da mudança do nome da Academia para Cristiano Ronaldo (estando ainda por realizar a cerimónia oficial de inauguração, apesar do CR7 já ter vindo dezenas de vezes a Portugal).

Nos entretantos, e porque a discussão é, na sua génese, uma forma de evolução, foram sendo desenhados e publicados várias propostas de rebranding. A que vos deixo, foi aquela que mais se aproximou de um caminho em que penso que vale a pena pensar.