Na visita à Madeira, no primeiro de dois jogos que o treinador tinha etiquetado como obrigatórios de serem ganhos, o Sporting foi tudo menos aquilo que vinha sendo no último mês, recuperando pecados que ajudam a explicar tão pobre época. E quando a isso se junta um roubo do apito à moda dos 90, o resultado é uma derrota
A receita vinha resultando: entrar a pressionar alto, de olhos na baliza, com vontade de marcar e voltar a marcar cedo. Essa, foi a primeira grande diferença para o Sporting versão pós pausa do mundial e o Sporting que se apresentou no Funchal.
Entrando apáticos, sem ganhar uma bola dividida que fosse, os Leões passaram uma dúzia de minutos a ver o Marítimo pressionar e quase marcar, com destaque para um remate cruzado, por volta dos seis minutos, que ameaçou a baliza de Adán. Os insulares, com dois reforços na equipa e motivados pela chegada do novo treinador, a quem queriam mostrar serviço, entraram claramente melhor, com Léo Pereira, Percy Liza, André Vidigal e Xadas a imporem um ritmo de compasso que o Sporting demorou a acompanhar.
As coisas mudaram quando Porro (quem mais…) foi por ali fora e sacou um cruzamento perfeito para a desmarcação de Paulinho, oferecendo ao redes a defesa do sunset futebolístico. No canto que daí resultou, Inácio saltou mais alto quer toda a gente, mas atirou por cima, para logo a seguir ser Paulinho a ficar a um palmo de chegar à bola cruzada por Arthur, o mesmo Palmo que Coates e Trincão não conseguiram medir para chegar à bola cruzada, do outro lado, por Edwards.
Estes dez minutos de claro domínio e de assalto à área adversária, foram uma espécie de raio de sol num céu que esteve sempre carregado para o Sporting, mesmo que depois disso os restantes vinte minutos da primeira parte tenham sido disputados numa intensidade sem balizas.
No recomeço, a atitude dos verde e brancos que, ontem, eram verde e pretos, mudou para melhor, para não variar embalados por Pedro Porro, que logo aos quatro minutos da segunda parte, após belíssima abertura de Mateus Fernandes, foi empurrado pelas costas dentro da área. O penálti é tão claro que nem precisava de VAR, mas tanto o árbitro auxiliar, com a vista destapada e a meia dúzia de metros, como o árbitro Malheiro em modo mano Calheiros, fizeram questão de deixar seguir. Um lance que entrará facilmente na galeria das vergonhas do apito deste campeonato.
Para piorar as coisas, menos de cinco minutos volvidos, Mateus Fernandes trocou o passe de excelência pela entrada imprudente, cometendo penálti contra nós. 1-0 para o Marítimo e o início do final do jogo, quando tanto ainda havia para jogar. Não que os insulares tivessem continuado a carregar, até porque, à excepção do lance que deu penálti, só me recordo da bola em que Inácio faz um corte fantástico quando Vidigal já tinha a baliza na mira. O problema esteve mesmo no que nós não fizemos, do treinador aos jogadores.
Nuno Santos foi chamado, ele que tinha sido poupado por estar à beira de ver o amarelo que o suspende, e a equipa ganhou à esquerda toda a verticalidade que o camisola 11 confere, mas com as duas alas em modo super, com Porro e Santos, faltou todo o resto, a começar por alguém que viesse do banco e metesse a bola na baliza. Rodrigo Ribeiro, que nem foi opção na equipa B para viajar para a Madeira, ficou na bancada, numa opção inexplicável, principalmente quando, depois de voltas e mais voltas, temos como opções para virar o resultado um esforçado Rochinha e um Jovane que parece nem força ter para correr. Como extra, Coates ainda foi substituído, ele que podia ser a solução de recurso para tentar dizer “sim!” às bolas que passavam de um lado para o outro, em frente à baliza.
É insustentável e inaceitável manter a teimosia de não ter mais opções atacantes, ou melhor, mais opções com golo nas botas, tal como é inaceitável que Trincão fique 90 minutos em campo quando nem para 9 contribuiu com algo positivo. Salvaram-se Inácio, Porro, Reis e Santos, com Ugarte a crescer no final, mas demasiado tarde. Em tudo o resto, foi uma espécie de regresso ao passado, tanto nas artimanhas do apito, como num plantel completamente desequilibrado, repleto de erros de casting, a que se juntam as teimosias de um treinador incapaz de abdicar minimamente das ideias pré concebidas que tem. O resultado? Agora que se desmontaram as luzinhas de Natal, chocámos de frente com a realidade. Resta saber o que fazemos a seguir.
9 Janeiro, 2023 at 20:23
O Sporting está refém do treinador porque é a bóia de salvação do presidente. Queria ver se num qualquer clube da Premier ou até no carnide ou andrades o Amorim teria esta “teimosia”. E isto não é problema dele, é nosso, ele está a fazer aquilo em que acredita. Infelizmente não há nng com autoridade moral ou real que lhe diga: “Epa, o que tu acreditas está a dar merda. ou mudas ou pões-te no caralho que ainda somos nós que te pagamos o salário”. Estou mesmo a imaginar um estádio da Luz a reagir a 3 centrais no banco e zero PL ou o Otamendi a PL aos 60…era uma assobiadela que nem se endireitava mais. Ou o pintinho a ouvir a conversa do ataque móvel na pré-época e que n era preciso um PL suplente. Era logo corrido.
PS: É esta a merda de dar a chaves do clube seja a quem for. Na mó de cima é “onde vai um vão todos”. Na mó de baixo é o que vemos.
9 Janeiro, 2023 at 22:03
Passou-te ao lado que se acabou de renovar com o Amorim?
Estás a ver, depois de renovar há 1 mês, chegarem ao pé dele e dizerem “Epa, o que tu acreditas está a dar merda. ou mudas ou pões-te no caralho que ainda somos nós que te pagamos o salário”?
É que nem eu estou, nem o Amorim está, nem o Viana está, nem nenhum jogador está, nem a maioria esmagadora dos adeptos estão… Nem agora, nem no fim da época, nem na próxima época, nem na que virá depois… O Amorim é “um dos melhores treinadores do mundo” para esta Direcção. E provavelmente o único que conhecem!
10 Janeiro, 2023 at 0:49
Basicamente é isto Sá. O Varandas depois de 5 treinadores, 2 épocas horrorosas e milhões torrados num plantel inteiro em que hoje em dia nem 1 joga, estava encostado á parede e fez um all-in. Correu bem por tudo o que sabemos.
O problema agora é que Varandas e estrutura sabem tão bem como nós que foi Amorim a salvá-los da sua própria incompetência e inaptidão e se ficarem sem ele ficam sem chão.
Para esta corda partir, só se for pelo lado do treinador.
9 Janeiro, 2023 at 22:07
Olhando para a equipa, destaco:
– Porro, garra do caralho. Sempre a 1000
– Nuno Santos (nunca achei um craque e hoje acho imprescindível), garra do caralho. Sempre a 1000.
– Ugarte, garra do caralho. Praticamente sempre a 1000.
Se calhar ganharíamos muito mais, em procurar jogadores pelo seu perfil mental, em vez de ir buscar choninhas cheios de floreados nos pés. Isto é o que se vê por exemplo no Porto, que independentemente da roubalheira que os permitiu chegar a este patamar, sempre mantiveram aquele espírito combativo e de nunca desistir (também misturado com atitudes de porcos nojentos) muito à custa duma “guerra norte-sul”, que criaram nas suas cabeças.
É preciso um querer e crer do caralho, principalmente se jogamos muitas vezes contra 14 (agora 15 ou 16)!
Mais Porros, Nunos Santos, Ugartes, Palhinhas, Etc., e estariamos sempre mais perto de vencer. E claro, um ou outro cona mole cheio de floreados nos pés, no meio de um grupo de combate, se calhar até complementava!
Nem sei o que pensar mais sobre esta época e a forma como foi preparada. Nem o que pensar deste mercado de transferências…
10 Janeiro, 2023 at 14:25
eheheheh 3 jogadores que bem analisados, não calsavam em nenhum dos clubes que vÂo á nossa frente.
Muita garra tudo a mil, não jogam um boi não valem um chavelho .
ahahahah.
Mais um banana iludido, que pensa que tem grandes jogadores.
10 Janeiro, 2023 at 14:34
O Porro era titular dos 3 a brincar. O Ugarte tinha na boa no Braga e nos lampiões. Eventualmente no porco admito que pudesse não ter, apesar de o achar melhor que o Grulhafkajnf…mas é diferente do Uribe e do Eustáquio, eventualmente poderia não ter lugar.
O Nuno Santos tinha no Porco e no Braga na boa…
10 Janeiro, 2023 at 9:27
Bom dia.
Matemática do dia:
Em 2020/21, ano em.que fomos campeões, fizemos 85 pontos. Tinhamos 39 pontos à 15a jornada contra 28 actuais. Menos 11 que nessa época.
Este ano, para igualar os mesmos 85 pontos teríamos de ganhar 19 jogos, precisamente o que falta para terminar a época!
Tal como na época anterior, os 85 pontos não deverão chegar para ganhar o campeonato (já nem tenho isso em mente) nem salva a época, pois o objectivo principal é praticamente uma miragem. Mas é possível que dê para chegar à champions. Essa é a única tábua de salvação desta equipa! O acesso à Champions.
10 Janeiro, 2023 at 9:32
Aconselho a ouvir o Castro no Sporting 160, que aponta todo o problema do Sporting esta época!
https://www.youtube.com/watch?v=5jd4NmW5a_I
10 Janeiro, 2023 at 10:34
Ainda vou ouvir…
Mas também que me cansei um bocado deles…
Quando se ganhar é muito bonito o ataque móvel e as pessoas têm de perceber o Paulinho e tal…gostava de ver um avançado diferente e tal mas tudo bem. Quando perde é que se bate…
Eu percebo. É o normal, claro. Faz sentido. Mas cansei-me de ouvir sempre os mesmos. Com todo o respeito por eles e por o que fazem e fazem bem. Eu é que me cansei de ouvir as mesmas pessoas a dizerem o mesmo dependendo do resultado. Gostei muito enquanto havia muita gente diferente, quando o modelo passou a ser sempre a mesma coisa…cansei-me….
Mas vou ouvir. Como digo, já não ouço à um tempo, estarei menos “saturado” e por isso provavelmente agora sou menos injusto na avaliação…
10 Janeiro, 2023 at 10:46
Isso são analises do momento.
Desde a pré época que os problemas estão identificados que são basicamente a insistência no modelo usado na época anterior.
A partir daqui tanto podemos ganhar todos os jogos como perder todos os jogos.
O próprio Amorim já o disse.
Se por um lado o argumento do é o futebol dá muito jeito, se calhar deviam também dar valor ao ditado que a diz que a sorte dá muito trabalho.
E trabalho é coisa que não se vê muito nesta equipa técnica.
Muitas das vezes penso que os próprios jogadores estão a ser vitimas dela.
Os comentadores vão na lógica do Amorim.
Só falta ganhar….
Como se isso resolvesse os problemas de fundo.
10 Janeiro, 2023 at 14:22
Eheheh é apoiar malta que isto não está para criticas.
Bater palminhas e apoiar muito que há uma crise grave por tudo o que se passou na academia em 2018 e entretanto com o Covid não melhorou nada.
Deram carta branca ao Lampião(consequentemente á direção) porque ganhou um campeonato comprado aquando da Golpada. Agora boa sorte .
O que eu me rio quando vejo os resultados do Sportinguezinho do croquete .
AHAHAHAHAHAHHAHAHAAH
Oh Malcon Volta ai e anda cá ver isto 😀 😀
10 Janeiro, 2023 at 14:30
O Malcom é 10x mais esperto do que tu e 30x mais Sportinguista e de certeza que não se ri com os resultados de merda do Sporting….
Eu detesto o Varandas e estes resultados e para onde estamos a ir não me dá vontade nenhuma de rir…