Esta semana pensei, “quem é que está a criar uma entropia para o voleibol feminino do Sporting CP? Será mais o Miguel Afonso ou o Paulo Cunha? Os dois em uníssono?”
Digo-vos que começa a ser desesperante a forma como se consegue não gerir desportivamente esta equipa ou perceber os momentos certos para atacar a história. E à “história” chamo a vergonha que foi o mandato do Miguel Albuquerque no que toca a modalidades femininas e a triste figura que o Miguel Afonso está a continuar a fazer sobre o mesmo assunto. Antes de ir ao jogo até dou dois exemplos dos sinais dos tempos e da incompetência de que já ando farto.
- Na pré-época, logo ali no torneio das vindimas, o Sporting CP apresentou no equipamento um novo patrocinador. Eu chamei a atenção disso. Bem longe dos segmentos dos queijos e dos carros (tudo bem com estes parceiros), o clube trouxe umas das empresas em maior crescimento em Portugal. O grupo YOUR, para além da sua identidade vincada e valores bem realçados, está a crescer financeiramente, ganhando destaque. O Sporting CP (ou o Miguel Afonso) nunca comunicou esta parceria e, neste sentido, nunca perceberam que isto era uma mudança de paradigma. Houve uma empresa, fora do consumo massificado, que se interessou por aquilo que a equipa feminina do Sporting CP andava a fazer e a atrair. Sinceramente, não chego a perceber se alguém internamente, seja quem for, entende a relevância deste patrocínio. Isto até abria uma boa conversa sobre a importância de captar audiências para aumentar o retorno com patrocínios. Se desportivamente a liderança do Sporting CP apresenta carência graves, esperaria melhores ações comerciais. Aqui está um exemplo extremamente básico de como gerir modalidades.
- É das primeiras vezes que vou discordar com o treinador Rui Costa. Na flash referiu que estava muita gente na bancada a ver o jogo. E isso é verdade, no entanto, quando estava a ver o jogo, um dos primeiros comentários que fiz foi relacionado com o facto de, ainda há (mais ou menos) um ano estávamos com o PJR a bater um record de assistência numa modalidade feminina no Sporting CP. A curva de interesse parece que já atingiu o topo e está a processo descendente. As assistências estão a diminuir e esse é já o primeiro indicador. Não é pessimismo, é só a minha opinião, tão válida como a de alguém diga exatamente o contrário.
Esta introdução serve para mostrar, como tenho tantas vezes dito, que é necessária uma mão de gestor nesta equipa. O exemplo do patrocínio indica que há um potencial caminho de rentabilidade e o segundo exemplo mostra que alguém precisa de acelerar o seu processo de decisão. Nos 3 pilares estratégicos (normais) parece que chegamos a janeiro sem lhes cheirar competência: (1) comunicação, (2) contratações (gestão desportiva) e (3) captação de receita. Qualquer gestor que consiga, proactivamente, assumir competência nestas áreas tem: (1) atenção dos adeptos, (2) equipas altamente competitivas que podem gerar trofeus e (3) patrocínios.
A equipa feminina tem o seu presente comprometido nas 3 áreas, mas aquela que mais preocupa hoje, é que lhe falta muito pouco para o salto desportivo. Um resumo do último jogo, do penúltimo e etc é que nós, seja com quem for, somos sempre ultracompetitivos. Não somos melhores que ninguém, mas transformamos as nossas forças levando-as ao limite competitivo. Ainda assim, pode não ser suficiente porque as armas são desiguais. Podíamos ter ganho ao SL Benfica? Claro! Pingou para o lado delas, tal como podia ter dado para nós.
Tivemos uma melhor receção, melhor sideout, mais blocos, mais diversificação de ataque, mais pontos no jogo! Ainda tivemos bónus da Bárbara ter assumido um papel importante, ao contrário do que tem acontecido. O problema é sempre o mesmo, precisamos de alguém que coloque a bola no chão com mais facilidade. O treinador do SL Benfica, que tem uma super equipa e pouco jeito, fez aquilo que todos os treinadores nos andam a fazer taticamente. Vejam o jogo e reparem na quantidade de vezes que tivemos 1×1 nas pontas e bloco duplo no meio. As equipas fecham um dos pontos mais pontuadores que temos, o meio, arriscando as pontas com 1×1. Como a nossa eficácia não é consistente, a atitude do adversário é de arriscar. Se não resultar, ajusta. Infelizmente isto só resulta porque nenhum diretor percebe que temos de contratar uma jogadora ponta com o braço da (reparem neste exercício):
Holt, Victoria ou Ana Gamboa (AJM)
Bonardi (SLB)
Bruna (Porto Volei)
Grécia e Nayara (Vitória SC)
Irene (Clube K)
(nem preciso explicar o que aqui fiz)
Termino como comecei. Quem é que está a criar uma entropia para o voleibol feminino do Sporting CP? Será mais o Miguel Afonso ou o Paulo Cunha? Os dois em uníssono? Num campeonato ultracompetitivo e onde se percebe que estamos a muito pouco de ser um real candidato, continuamos a brincar ao Sporting CP. Este fim de semana o Leixões SC até veio baralhar isto tudo com as suas vitórias. Não há equipas mortas e há 4 vagas para 7 equipas.
O raciocínio que o artigo levou é importante para acabar com a conversa da rentabilidade do voleibol feminino porque, com algumas palavras se percebeu está mais relacionado com a liderança/competência de gestão do que com paradigmas montados.
Isto não serve para tirar qualquer responsabilidade às jogadoras em caso de derrota. Muito pelo contrário. Se a Bárbara faz 20 pontos neste jogo, deve fazê-lo em todos. Se a Bruzza faz diagonais curtas explosivas daquela maneira, deve fazer mais vezes. Se a Ana Figueiras já percebeu que a Paquete precisa de entrar no jogo cedo, então que o faça sempre assim. A responsabilização de todos é um primeiro caminho para o sucesso. Mesmo aqui na Tasca, tento trazer sempre uma visão objetiva seja do momento, da gestão ou do jogo. Para isso preciso de ver (e rever) os jogos e estudar.
Hoje foi um artigo a falar menos do jogo e mais do momento. Desculpem, mas estamos tão perto que se torna frustrante tantos anos de voleibol do Sporting CP e poder estar a assistir a um declínio.
Sobre a equipa masculina vai ser o próximo artigo todo, porque vamos ter uma semana bem cheia. E insisto, como já venho escrito, “acredito mesmo que a próxima derrota desta equipa será apenas a 2023-02-25.”
*quando vê uma aberta no meio campo adversário, o Adrien S. puxa a bola bem alto e prega-lhe uma sapatada para ponto directo.
11 Janeiro, 2023 at 8:48
grande texto, Adrien. É exasperante, sem dúvida, nomeadamente quando é fácil recordar que, há não muito tempo, se gerou uma verdadeira onda verde em torno desta equipa.
Penso que a resposta às tuas perguntas acaba por ser simples: as nossas diversas equipas femininas acabam por ser olhadas com pouca seriedade, quase como se fossem algo que tem que existir dada a dimensão do Clube, mas que no final do dia devem gastar “poucochinho” e tentar fazer um brilharete de quando em vez, para se acenar a bandeira do “fazer mais com menos”. Parece existir um total de zero pessoas no grupo que decide os destinos do clube, para perceber o potencial que rodeia o desporto no feminino.
Futsal e hóquei são os dois exemplos mais claros, se este ano calhamos a ficar fora da decisão do título no voleibol, temo que venha de lá a “incrível ideia” de que isto precisa é de fazer reset e apostar numa formação chavão que nos vai dar muitas alegrias num futuro que não chega. Se a receita serve para o futebol, não haveria de servir para as restantes?
11 Janeiro, 2023 at 12:48
Em cheio. Não se admirem se o caminho do voleibol feminino, for o mesmo da vertente feminina do Futsal e Hóquei. Já o disse em privado ao Adrien e digo-o agora publicamente.
A direcção não tem interesse em ter modalidades femininas. Ponto. Ao menos podiam assumi-lo…
11 Janeiro, 2023 at 17:18
E não tem porquê?
Tu achas isso, ou sabes isso?
Não pode ser só um problema de dinheiro, e então preferem desinvestir nas equipas femininas? É que na parte do FF/SAD, eu acho que é esse o problema. Foderam o dinheiro todo, é preciso continuar a investir no FM, logo quem se lixa é o FF… Preferem arriscar 3M€ em meio Arthur do que meter 1M€ no FF 3 anos seguidos…
12 Janeiro, 2023 at 12:28
Miguel, uma coisa é certa: para o que a direcção gosta e quer, o dinheiro vai sempre aparecendo.
11 Janeiro, 2023 at 9:55
Excelente texto.
Eu por exemplo só soube da existência do jogo do vólei feminino contra o Benfica, quando estava no pavilhão no dia anterior a ver o vólei masculino.
Como não devem ser bilhetes pagos, não devem aparecer neste link:
https://www.sporting.pt/pt/BILHETESMODALIDADES
Seja como for, parece ser que se vê a vertente feminina no âmbito das modalidades mais como uma questão de militância de que de verdadeira competição.
E isso leva-me a outra questão.
Por exemplo no jogo do vólei feminino contra o Benfica, a rotação delas era feita praticamente apenas com jogadoras estrangeiras. Aliás, o mesmo acontece com a equipa AJM/Porto este ano também.
E a mim custa-me um bocado ver a promoção de certas modalidades em Portugal feitas quase exclusivamente com a capacidade de recrutar estrangeir@s para a equipa principal.
Aliás, o mesmo acontece com o vólei masculino do Sporting.
Tirando os dois líberos e a utilizaçao esporádica do Jardim para o serviço, a rotação do resto da equipa é feita praticamente entre os 6-8 estrangeiros do resto da equipa.
É um bocadinho o problema do Basket masculino por exemplo, onde a capacidade de sucesso está quase sempre associada á qualidade dos americanos que recrutas cada ano.
Acho que deveria haver uma maior lógica de formação, por exemplo
11 Janeiro, 2023 at 12:41
Tu tens dificuldade em perceber que, por exemplo, no Basquetebol e no Voleibol, muito poucos jogadores chegam a um nível elevado – vamos chamar-lhe “top para Portugal”. Não tens bons jogadores por decreto.
Portanto, para teres um determinado nível, tens sempre de ter estrangeiros e bastantes.
É a vida!
Claro que também conta haver menos jovens a praticar os desportos do que há, por exemplo, no futebol.
Há formação em Portugal. De norte a sul! Talvez não seja de nível top como é no futebol, mas há. Acho é que não é tão fácil ser de um nível top nas modalidades.
Se pegarmos no Hóquei, que é uma modalidade muito complexa e das mais difíceis – porque além da componente técnica desportiva tem a componente patinagem, que não é nada fácil – tens formação como tens nas outras modalidades e tens uma quantidade de jogadores de nível top bastante relevante – especialmente se tiveres em conta a dificuldade especifica da modalidade. Tens é poucos países a apostar forte nesta modalidade, o que facilita teres uma boa percentagem de bons jogadores portugueses dentro do top da modalidade!
O futebol é realmente um caso à parte, no geral, porque não é “normal” ter tanto bom jogador num país com 10M de habitantes. Terá influência ser o desporto mais popular, onde há mais praticantes, de longe. No resto, com excepção do Hóquei, acho que por haver pouco nos outros países, acabas por ter uma amostra mais “verdadeira” do que é fazer atletas de topo por M de habitantes.
Uma ideia que tenho, é que, por exemplo, há uma percentagem de jovens que escolhem dedicar-se ao desporto, tal como há uma percentagem de jovens que não têm interesse nisso. Portanto, de todos os jovens, vamos pensar que 50% quer fazer desporto e outros 50% não quer. Anulas logo esses que não querem.
Dos 50% que querem fazer algum desporto, provavelmente metade quer futebol, e outra metade opta por outras modalidade – não sei se será exactamente assim mas é a ideia que tenho. Ou seja, acabas por ter, no geral, tantos jovens a praticar futebol como os que praticam TODAS as outras modalidades, o que depois dá muito menos jovens por modalidade , o que ajuda a perceber que apareçam muito mais jovens bons no futebol – “nível top para Portugal” – do que bons noutras modalidades – “nível top para Portugal”.
Enfim, não acho que se possa dizer que não há formação nas modalidades. Pode melhorar, claro. Arranjar maneira de “chamar” mais jovens, é importante. Mas acho que o potencial de crescimento, a curto prazo e por aí, não é muito. Por exemplo, acho que há muito maior potencial de crescimento no FF porque, aí sim, há muito por melhorar, quer em número de praticantes, quer em número de equipas, quer em exigência do treino, exactamente porque é tudo muito mais recente.
11 Janeiro, 2023 at 10:05
Adrien, “obrigou-me” a vir aqui.
Aplaudo de pé! As nossas briosas jogadoras
deviam merecer mais atenção.
Um abraço.
11 Janeiro, 2023 at 10:36
Já a época passada nos faltava quem “fechasse o ponto com facilidade”, tal a quantidade absurda de vezes que, em fases importantes, não o conseguíamos fazer, acabando depois por perder esses pontos e muitas vezes os sets e os jogos.
Tirando o Atletismo feminino, que leva mais de uma década de domínio absoluto da modalidade – mas que no fundo começa a ter adversários à altura – tudo o resto que é feminino tem vindo a perder preponderância nestes últimos anos.
Houve um claro desinvestimento no Hóquei, no Futsal, no Futebol. Andebol e Basquetebol nem contam para o campeonato. No Voleibol NUNCA fizeram o pequeno esforço que nos poderia ter valido o campeonato – porque é de um pequeno esforço que se fala mesmo!
O Clube parece caminhar lentamente para o abismo, e poucos parecem perceber isso ou importar-se com isso. E o problema tem sido a má gestão que esta Direcção tem feito desde que entrou – não me lembro de um mandato com tanto dinheiro a entrar como o mandato anterior, e tão mal aproveitado! E algum desse dinheiro é até mérito da Direcção, diga-se! Mas são craques a torrar dinheiro! Claro que isto depois tem impacto nas equipas. O dinheiro tem sempre impacto nas equipas, ou porque há e podem ser melhoradas, ou porque não há e ficam limitadas!
O problema nunca foi de falta de entrega das atletas. Aliás, nunca ninguém apontou esse problema. O que falta é sempre (mais) uma solução para melhorar e fazer a diferença – uma ou mais, depende! Isso acontece no Futebol, aconteceu no Futsal, aconteceu no Hóquei, acontece e aconteceu no Voleibol… Parece que há uma evidente falta de vontade no desporto feminino – porque o nível de investimento necessário é tão reduzido que é difícil dizer que será por causa do dinheiro – que até se abdica de disputar as competições europeias – como aconteceu com o Goalball!
Não consigo entender como se vê, aqui na Tasca e noutros lados, adeptos/sócios, a evidenciarem o “bom caminho” que o Sporting está a fazer! Mas que bom caminho, e em quê, é esse?
Disse, em Agosto, que este ano havia a possibilidade de nos limitarmos a ser campeões nas 2 vertentes do Atletismo feminino – ar livre e pista coberta! E, passados 6 meses, quase, isso é cada vez mais evidente. E só não o é mais porque algumas modalidades se resolvem no play off, pelo que haverá sempre (ainda) a possibilidade de sermos campeões, mesmo terminando a fase regular em 2º ou 3º lugar! Mas é fácil perceber que não temos uma equipa nitidamente mais forte/dominadora que os rivais em nenhuma modalidade – nem no Futsal! – a não ser no Atletismo feminino!
Tudo o que o Adrien S. aponta aqui ao Voleibol feminino pode ser dito para o resto das modalidades. Porque a Direcção não sabe mais! Já se viu isso no passado recente, vê-se agora, e não se pode esperar que as mesmas pessoas vão fazer diferente no futuro, quando é esta a linha de trabalho que têm tido desde a 1ª hora!
11 Janeiro, 2023 at 11:33
Tanto pessimismo, minha noss…
Nesta altura, quem é que será com toda a certeza o compeão nas modalidades? Tirando o futsal….
O Porto no hóquei? Estão em terceiro agora, empatados connosco no segundo lugar.
O Porto no andebol? Estão em segundo lugar, empatados com os lampiões e nós temos um jogo a menos, que nos faz ficar no primeiro lugar.
O Benfica no vólei? Talvez, mas este ano por exemplo já perderam 2 vezes nos jogos que tiveram contra o Fonte de Bastardo
11 Janeiro, 2023 at 11:57
Tu só desconversas…
Andebol
Acho que podemos ser campeões mas o favorito é o Porto e depois o Benfic@. Nós corremos por fora, mas com possibilidade de sermos campeões.
No feminino nem contamos… Provavelmente ganhará o Benfic@!
Hóquei
Não acredito que se possa ser campeão, mas não estamos afastados de o poder ser, uma vez que o titulo se disputa no play off. Benfic@ e Porto são favoritos, e há o Barcelos e o Hóquei de Braga, acho, que também têm uma palavrinha a dizer, assim como nós.
No feminino estamos a disputar a série para nos mantermos na 1ª divisão! Nem lutamos pelo titulo que, com certeza, será para o Benfic@!
Voleibol
Também se vai disputar nos play off mas não vejo as nossas equipas com qualquer possibilidade de ganhar.
No masculino provavelmente ganhará o Benfic@ e no feminino alguma equipa do norte – talvez o Porto!
Futsal
Outra modalidade onde o campeonato se disputará nos play offs.
No masculino estamos taco a taco com o Benfic@ – pode cair para qualquer lado. No feminino acho que ganhará o Benfic@.
Basquetebol
Para mim o favorito será o Benfic@, mas com o Porto logo ali a dar luta. Nós aparecemos por fora… Mas como só no Play Off se disputará o campeonato, teremos sempre a possibilidade de chegar bem a essa altura e lutar pelo campeonato.
No feminino ganhará o Benfic@.
Pegando nisto, e olhando às perspectivas que tinhas, nesta altura, há 2 e 3 anos, estavas realmente na luta pelos titulos masculinos todos, com excepção do Voleibol. No feminino a coisa era bem melhor do que agora, ou tens duvidas?
11 Janeiro, 2023 at 12:29
Eu desconverso sempre, mesmo quando te apresento argumentos e números deste ano. Fantástico!
Bem sei que é uma perca de tempo, mas só para finalizar com a conversa.
Pode ser que ganhemos 0 este ano, mas para já não vejo tantas evidências que haga uma equipa tão hegemónica assim no basket, hóquei ou andebol masculino. No vólei masculino acredito que o Benfica tenha mais favoritismo, mas nas outras modalidades não vejo essas garantias.
11 Janeiro, 2023 at 13:01
Há 2 factores a ter em conta.
As tuas equipas, por si só.
A qualidade dos adversários.
As tuas equipas, esta época, são mais fracas.
Há qualidade nos adversários, como havia antes. Não vejo nenhuma equipa que tenha desinvestido como o Sporting o fez.
Nas épocas passadas sabias que tinhas equipas de nível dos outros, e que podias bater-te pelos campeonatos – que depois, muitas vezes, eram decididos por pequenos detalhes.
Esta época, pelo menos eu, não acho que tenhas equipas do nível dos rivais, na maioria das modalidades. Corres por fora. Nem no Futsal se pode dizer que és claramente favorito – e a época passada eras!
Mas, claro, é a minha opinião.
Tu podes ter outra.
Mas uma coisa é não concordares com a minha opinião, e ter outra, e outra é a tua normal desconversa – que acontece aqui e na maioria dos comentários que fazes sempre que não gostas das opiniões dos outros.
Basta ver o que eu tenho dito sobre o FF e as réplicas que normalmente tens quando eu dou a minha opinião. Sou sempre um exagerado, um pessimista, quero é atacar o Varandas e mais o diabo a sete.
Mas, meu caro, infelizmente, a realidade tem mostrado que eu estava certo e que tu estavas errado. Estamos na pior época do FF, desde o seu regresso, mas de longe. Quer dizer, não tens a minima hipótese de lutar pelo campeonato – coisa que fui dos poucos (2 ou 3) a dizer antes da 1ª jornada! Olhando bem para a coisa, a minha previsão até foi optimista – porque disse que lutariamos pelo 2º lugar só com o Braga e vamos ter o Famalicão e o Damaiense a meterem-se na disputa dos 4 primeiros lugares (do 2º ao 4º).
Nas conversas sobre a situação económica do Clube, também acusas quem expõe o que se passa de ser pessimista e distorcer a realidade. E o tempo tem dado razão a quem tem alertado para a situação, e não a pessoas como tu que achavam que estava tudo bem.
Há 2 anos, meu caro, era impossível ver-te aqui a criticar o que fosse. Nessa altura, nós que criticávamos, éramos lampiões, anti-Varandas, desonestos, etc. Hoje vejo-te aqui a criticar, mais que pontualmente, coisas que se passam, ainda que não tenhas mudado radicalmente a tua opinião. Continuas com a retórica que estamos melhor do que no tempo do Bruno de Carvalho, que me parece ser absolutamente falso – algumas coisas estão melhores, mas no geral a situação é pior!
11 Janeiro, 2023 at 12:52
As comparações são usadas conforme se querem. Eu pouco me interessa os outros. A meu ver o Sporting pode entrar nas competições para: participar, competir, ou dominar.
Para dominar, não entra em nenhuma e em algumas entra só para participar.
Isto é que te devia preocupar, porque a exigência devia começar em nós, sócios e adeptos. Ver modalidades a entrarem em competições só para participar, devia envergonhar todo e qualquer sportinguista.
11 Janeiro, 2023 at 13:02
Obviamente!
11 Janeiro, 2023 at 17:03
Isso (estamos a falar das principais modalidades, obviamente).
11 Janeiro, 2023 at 12:42
Deixei um comentário esta manhã em que faço uma comparação com o rival de Lisboa.
Há diferenças gritantes entre os clubes, mas a questão não é orçamental como alguns acreditam. A maior diferença é organizacional e de competência, não tem haver apenas com dinheiro.
Aumentamos a estrutura de pessoal mas aquilo que transparece é um amadorismo que não podemos aceitar num Clube com a dimensão do Sporting.
Aquilo que o Adrien S. destaca na introdução é algo importantíssimo e não pode ser descurado. Um patrocinador não pode ser visto apenas como um comprador de espaço na estampa duma camisola. Precisamos mostrar a potenciais patrocinadores que a Marca Sporting é mais do que hoje vemos.
Depois temos claramente um problema de liderança nas modalidades.
As secções que mantêm uma estrutura forte e organizada, como o caso do Futsal, ainda conseguem ultrapassar esse déficit. Entretanto é sofrível ver no que se está a transformar o Hóquei.
E é difícil não concordar com o Cherba de que há um claro desprezo pelas modalidades femininas a que acrescento às modalidades com menos visibilidade.
É incompreensível o tratamento dado ao Hóquei Feminino.
É incompreensível que modalidades como o Judo e o Goallball não tenham sido inscritas nas respectivas “Champions”.
Que não hajam dúvidas, estamos a assistir a um declínio do Clube…
Obrigado por mais este post, Adrien S.
SL
11 Janeiro, 2023 at 13:07
Como as pessoas não percebem isso, é para mim um mistério. Quer dizer, se percebem mas preferem defender a Direcção, é incompreensível. Se não percebem, é incompreensível e um mistério.
Eu tenho criticado SEMPRE o pessoal que opta por deixar de pagar quotas. Hoje dou por mim a pensar “para que raio estou eu a pagar quotas”! São quase 40€ por mês (3 quotas). E chegar aqui deixa-me triste… 🙁
11 Janeiro, 2023 at 13:40
Miguel… se há pessoas triste por deixarem de pagar cotas, são todos os Sportinguistas que não acreditam na honorabilidade, nem nos métodos de quem nos preside.
Para se ser sócio de um clube, tem de haver devoção, sentimento de pertença que nos dê orgulho. Infelizmente isso deixou de acontecer ( falo por mim ), desde os dias após o “ataque a Alcochete”.
Ter sido expulso aqui da tasca, por demonstrar a minha revolta com quem estava, na altura, a defender esta gente, que ainda hoje está no poder a fazer definhar o nosso clube.
Na altura, infelizmente, passou me pelos olhos tudo o que tem acontecido até hoje
( até o sermos campeões no 3.o ano de mandato ), ser ostracizado por amigos e outros sócios… na altura foi a Maior decepção da minha vida ( e olha que foi tendo algumas ao longo do caminho ).
Agora sou um tipo mais forte, ainda sou do Sporting, mas cresci e vejo o futebol de cima para baixo.
É tudo um mundo muito podre, onde a mentira foi trocada pela honra e o exell pela tabela classificativa.
Pagar cotas para alimentar a mentira… deve ser só das coisas mais acéfalas que uma pessoa com outros valores poderá fazer.
Dito isto… não tenhas vergonha de deixar de alimentar esta mentira suja.
O teu Sportinguismo nunca será posto em causa, muito antes pelo contrário.
SL
11 Janeiro, 2023 at 15:37
… fodasse, como me identifico com tudo o que escreves Tadeu…
… tão revoltante o quanto se alertou que era um assalto aos M$ que BdC tinha angariado para o Clube… tanto se alertou que tudo não passava de um plano para correrem com BdC… tanto se alertou sobre o que esta casta de fdp tinha feito ao Sporting nos 20 que lá estiveram… tanto se chamou à atenção que o Clube nunca estivera tão pujante e tão conquistador de títulos… etc… etc… etc… etc… etc… etc… foi como falar para acéfalos histéricos, que até conseguiram afirmar que UM ATO CÉNICO de invasão de propriedade foi ”o dia mais negro da história do clube”… talvez os dias seguintes, para mim, tenham sido os dias mais tristes desde que me lembro de ser do Sporting… ao ver tanto estúpido e ingrato a apoiar a golpada, colocando-se ao lado dos ratos e CONTRA O CLUBE que dizem amar… outros, sendo coniventes passivos, outros, colocando-se em cima do muro para ver que lado estava a ganhar mais massa para se decidirem por esse lado… apenas e só porque tinham uma aversão bacoca à forma de estar do Presidente Bruno de Carvalho, porque são gentinha sem valor, vazios tde carácter ou honra…
11 Janeiro, 2023 at 17:08
Tão isto.
11 Janeiro, 2023 at 17:10
Obrigado pelo comentário.
Neste momento entendo muito bem o que escreves. Há 2 ou 3 anos não entenderia, ou pelo menos não concordaria com essa postura – pelo menos para mim, que cada um tem a postura que entender.
Sim, sinto-me triste por chegar a este ponto. Sinceramente, nunca pensei que, uma vez tendo conseguido condições para ser sócio, e feito, com todo o gosto, os meus filhos sócios, um dia pudesse pensar em deixar de ser sócio por opção! Um brilhante trabalho desta Direcção – a quem dei o meu apoio na 1ª eleição, ainda por cima! 🙁
11 Janeiro, 2023 at 17:24
“um dia pudesse pensar em deixar de ser sócio por opção”
Podes sempre não deixar de ser sócio, apenas e deixar ser sócio pagante por determinado tempo (sócio em suspenso, vá).
11 Janeiro, 2023 at 17:25
*apenas deixar de
11 Janeiro, 2023 at 18:42
“Há diferenças gritantes entre os clubes, mas a questão não é orçamental como alguns acreditam. A maior diferença é organizacional e de competência, não tem haver apenas com dinheiro.”
Claro que não tem a haver com dinheiro …. ainda há dias coloquei a media de vendas dos últimos anos, e o Sporting até tem vendido mais do que o Porto e ambos estão a alguma distancia do benfica.
A questão do dinheiro apenas significa que os rivais andam há mais tempo a torrar dinheiro …. é pena mas já copiamos esse habito terrível, o outro, aquele que mais facilmente garante títulos e que felizmente não copiamos, é o controle do pântano em que se move o negocio.
Tenho pena é que luta contra o estado a que isto chegou tenha sido abandonada, pelo menos não vejo nada a ser feito ou pensado.
11 Janeiro, 2023 at 14:17
O mister Rui Costa referiu no final do jogo que falta uma zona 4 que meta a bola no chão. Pareceu um recado para a estrutura, se temos a mexicana no banco talvez seja o momento de assumir que foi uma má aposta e procurar uma solução melhor.
Obrigado Adrien pelo serviço público prestado
11 Janeiro, 2023 at 17:14
E o ano passado não faltava também?
Como é que vão buscar estrangeiras que depois raramente jogam? Que sentido é que essa merda tem?
Em vez de trazerem 6 estrangeiras, não era melhor trazerem 4 mas melhores? Ou 3 muito melhores?
E o Rui Costa não tem uma palavra sobre quem vem e quem deixa de vir? Não tem nada a ver com a construção do plantel?
Não entendo estas merdas…
11 Janeiro, 2023 at 17:36
Estamos de acordo na parte do que falta e da falta de qualidade de quem tem vindo de fora.
Se o Rui Costa escolheu a russa, a argentina ou este ano a mexicana claro que tem culpas e no final da época as decisões devem ser em consequência.
SL
11 Janeiro, 2023 at 18:28
Texto e caixa de comentários altamente relevantes, para quem se preocupar com o clube. Quem sabe, sabe. E o Adrien S. e mais uns quantos comentadores sabem e estão cheios de razão. Há um défice estrutural de competência, infelizmente transversal, com umas poucas excepções. Se a isto somarmos menos orçamento e menos influências sobre factores extra-jogo, percebemos bem qual o rumo que alguns definiram para o clube, muitos apoiaram com o seu voto e, ainda mais, em silêncio, assistem, como que vendo um Titanic em câmara lenta, a partir da praia. O problema é que, dentro do Titanic, vai o nosso coração de leão.
11 Janeiro, 2023 at 19:24
Tenho cá um pensamento (que toda a gente já teve) é que se tivéssemos um Ministério do Desporto (e não um Secret. Estado-que não manda nada) que mandasse algum e com um bom orçamento, metia a malta dos Liceus (ou melhor, desde os bancos da escola básica) com objectivos claros, precisos, constantes e entusiasmantes em pôr a juventude (toda – M e F) a praticar desporto!!!
Esse objectivos (fazendo parte dos currículos escolares) com metas bem definidas, com distribuição regional inteligente para não se cair em “tudo para o futebol e quase ninguém nas outras modalidades”, a ver assim se o desporto em Portugal levava um empurrão!!!
UTOPIA!! UTOPIA!!??????????????
SL
11 Janeiro, 2023 at 23:26
Boa noite, Adrien, já enfardamos hoje nos Açores, 3-0. O primeiro set é …..Sporting com 24-21, A Fonte a servir e 5 pontos consecutivos ….
No feminino, falta sempre qq coisa.
Saudações Leoninas