Também não vai ter banda sonora, porque não é possível escolher uma única canção para sintetizar a vergonha que voltou a ver-se, ontem, na final da Taça da Liga.
O que aconteceu não espanta. Afinal, é o mesmo árbitro que nos conseguiu impedir de ganhar no dragão, há um ano, quando ao intervalo estávamos na frente por 0-2.
Ontem, Pinheiro voltou a dar um festival do apito, e não foi só na segunda parte. Antes de não expulsar Wendel por agressão clara a Pote, num lance que o VAR preferiu ignorar, antes de mandar Paulinho para a rua por um muito discutível segundo amarelo, o dito Pinheiro e a sua equipa, mantiveram uma dualidade de critérios digna dos anos 90. Amarelos e mais amarelos no bolso, com carta branca para os azuis darem porrada (é ver a perna de Paulinho, depois da entrada de Marcano), provocarem e simularem, cartão de visita desse clube que terminou a noite a glorificar-se por ter atingido o mesmo número de títulos da outra nádega do futebol português.

Não me peçam por isso para, no rescaldo, falar de futebol, coisa em que fomos francamente superiores e fomos os únicos a querer colocar em prática.
Não me peçam para, em primeiro lugar, esquecer o que vi, dando espaço às críticas justas, individuais e colectivas, que fazem sentido existirem.
Não me peçam, também, para não guardar o muito que há a dizer sobre planeamento e gestão para posts seguintes.
Não me peçam para ignorar que, para impedir um Sporting com profundas debilidades e a fazer uma época paupérrima, de tentar ganhar o único título que podia conquistar, foi preciso chamar novamente o Pinheiro.