Foi um belíssimo sábado para o Sporting Clube de Portugal, em particular para quem leva a sério as modalidades disputadas no feminino.

À tarde, a conquista do Campeonato Nacional de Rugby, frente ao eterno rival, Benfica.

Disputado no Campo A do Centro de Alto Rendimento do Jamor, com muito público nas bancadas, o duelo teve uma primeira parte muito disputada. O SL Benfica colocou-se na frente com um ensaio e uma conversão (7-0), mas as Leoas conseguiram a cambalhota no marcador ainda antes do intervalo, com ensaios da autoria de Adelina da Costa e Leonor Amaral (7-10).

Na segunda metade, voltou a assistir-se a um encontro discutido taco a taco entre as duas equipas. Desta feita, o Sporting CP pontuou primeiro, com um ensaio convertido por Carolina Palazzini Bastos (7-15), sendo que as encarnadas ainda reduziram com novo ensaio (12-15), mas já não conseguiram evitar a revalidação do título nacional por parte da turma de Alvalade.

Este foi o sétimo troféu consecutivo conquistado pelas Leoas, que continuam assim a deter a hegemonia da modalidade a nível nacional (o terceiro em rugby de XV, antes esta competição tinha sido disputada nas variantes de XIII (2020) e também sevens (2017 a 2019)).

“Sabe bem conquistar mais um Campeonato Nacional para esta equipa. As jogadoras têm imensa vontade de ganhar e isto significa muito, não só por ser o culminar de tantos jogos, mas também porque significa que nos qualificámos para a Taça Ibérica do próximo ano, que é uma competição pela qual elas têm muito carinho e querem disputar todos os anos”, começou por afirmar o técnico, Francisco Sande e Castro, à Sporting TV.

“Sabíamos que seria um jogo duro tendo em conta o que as equipas têm feito este ano. Focámo-nos muito na defesa, porque pensámos que seria um aspecto importante, e as jogadoras foram exemplares. Mesmo sofrendo o primeiro ensaio, que nasceu de um erro no nosso ataque, conseguimos manter a cabeça levantada, ir para cima e voltar a ganhar o controlo. As jogadoras têm muita experiência e vontade de ganhar, o que é fundamental nos momentos-chave”, frisou, antes de direccionar desde logo o foco para o próximo objectivo da equipa: a Taça de Portugal.

“Começamos a disputar a Taça de Portugal já para a semana com o jogo dos quartos-de-final, contra a AEES Agrária de Coimbra aqui no Jamor, e convido os Sportinguistas a virem apoiar”.

Já a capitã Maria Teixeira, mostrou-se feliz pela conquista do segundo troféu da época, depois da Supertaça. “Não há palavras. Não dá para dizer a que é que sabe, isto é o Sporting CP. É mais uma vitória para o Clube e esta tem um sabor muito especial porque apesar de já ganharmos há uns anos, foi uma época de muitos desafios e que nos levou a crescer. Temos uma equipa renovada e isso é muito positivo para o Sporting CP e para o rugby”, disse, antes de prosseguir.

“É neste caminho que queremos continuar, subimos apenas mais um degrau. É verdade que contávamos com isto, mas porque trabalhamos muito todos os dias para este objectivo. Acabou parte do campeonato, mas ainda há muito para conquistar e é para isso que vamos trabalhar”, garantiu, destacando a juventude do plantel. “A nossa equipa tem um grande potencial, as jovens estão a demonstrar isso. Temos muito orgulho no que estamos a construir para o futuro e o sentimento que fica é a união entre todas nós. Estamos a crescer muito enquanto equipa”.

 

À noite, 37 anos depois, a equipa feminina de voleibol do Sporting Clube de Portugal voltou a conquistar a Taça de Portugal, batendo a AJM/FC Porto por 3-2, em mais um jogo impróprio para cardíacos.

25-22 para nós no primeiro set, 23-25 para elas no segundo, 23-25 para elas outra vez no terceiro, 25-17 para nós, e tudo para decidir na negra. No quinto set foram as Leoas a abrir a contagem, conseguindo logo uma vantagem de 0-3. Vantagem essa que se revelou fundamental para o desenrolar do set, ainda que a AJM/FC Porto ainda tenha conseguido reduzir e, quando o Sporting CP estava a dois pontos de fechar (8-12), ainda empatou (12-12). Os minutos finais foram por isso muito intensos, com as Leoas a poderem fechar novamente (12-14), mas as azuis e brancas adiaram até aos 13-15 finais, após duas horas e meia de voleibol!

No final, o mister Rui Pedro falou em ” sentimento de dever cumprido e de justiça para com estas atletas e para com todo o grupo. Elas mereciam isto e merecem esta festa. O Sporting CP não ganhava o troféu há 37 anos, porque também esteve 25 fora e só regressou há seis. Nós temos consciência de onde estamos e estamos cá para a ganhar. Ganhar e respeitar todos os adversários e foi isso que hoje também fizemos frente a um adversário muito forte e com um orçamento elevado. Sofremos muito, tivemos de defender, recuperar bolas e gerir bem o nosso erro e, no final, merecemos esta Taça de Portugal. É um troféu muito merecido”.

Já a capitã, Daniela Loureiro, dizia que “isto é tão bom que eu ainda nem consigo encontrar palavras para descrever o que sinto e o que esta conquista representa. Este grupo é fantástico, trabalha muito e merece este troféu. Viemos focadas, demos tudo e, felizmente, conseguimos conquistar o troféu que o Sporting CP não vencia há 37 anos. Este jogo mostrou como o voleibol feminino é competitivo e, felizmente, hoje caiu para nós. Merecíamos isto. Obrigada a todos os Sportinguistas e, sobretudo, aqueles que aqui estiveram hoje e que foram fantásticos”.

Ficamos agora à espera das crónicas do Escondidinho e do Adrien, se bem que o nosso senhor voleibol é capaz de só recuperar da festa lá para o final da semana.