Sim, claro.

Eu apenas apontei a forma redutora com que o Miguel apontou a tendência de TODA a CS, quando ta não é verdade (e nem vou falar do “nosso” “jornal” Observador).

A título de exemplo: o Trump não teria esta popularidade se não fosse rico e com poder na CS. O Canal Fox News esteve sempre do seu lado. E o Trump é de direita.

Um aparte:

Trump obteve menos 2.868.519 (dois milhões, oitocentos e sessenta e oito mil, quinhentos e dezanove) votos do que Hillary Clinton. Pelo sistema presidencial português, Trump nunca teria ganho as eleições de 2016.
Enfim…

Isso também, Rodrigo, mas não ao ponto de haver esta discrepância.

Além disso, sendo de direita ou de esquerda, tens de seguir a linha editorial de base de onde trabalhas… Podes, aqui e ali, meter algo diferente, se for sustentado por factos, mas normalmente, nestes casos onde estão dependentes de dinheiros dos governos, tens de seguir o que te mandam.

Tens casos onde, sem qualquer pudor, dão falsas noticias e deturpam completamente a realidade – no caso do Brasil tens isso evidente na Globo. Por cá, só para te dar um exemplo, tens o caso de ter vindo em toda a CS que era falso que peregrinos não voltaram aos países de origem, quando foi da JMJ, algo que foi dito pelo Chega. Veio em todo o lado que era mentira, com grandes títulos nos jornais e falado nas TVs. Duas semanas depois isso era noticia em todos o lado – porque foi impossível desmentir o que os países de origem reportaram – mas vinha em notas de rodapé… e sem nunca mencionar o que o Chega já tinha dito.

Esta merda está toda minada. Só não vê quem não quer.

Eu também já defendi isso, Rodrigo – que o conceito esquerda direita é redutor, porque há coisas boas de ambos os lados, teoricamente, e em algumas coisas ambos defendem soluções parecidas, onde a diferença não é, de modo nenhum, significativa!
Hoje acho que já voltou a fazer sentido, porque se cavou muito o fosso entre o que uns defendem e o que outros defendem – na minha opinião muito à conta de um encostar muito mais à esquerda da parte do PS, e pelo facto do PS ter implementado um sistema absolutamente corrupto que, por exemplo, o PSD não combate mas antes sustenta também.

Eu vejo o conservadorismo como uma cena muito mais ligada aos valores morais do que ao resto. Tem muito mais a ver com a preservação dos valores religiosos, com a preservação dos valores familiares, com a preservação dos valores morais, com a preservação da segurança e das regras mais rígidas. Não tem a ver com a economia ou com haver mais ou menos Estado. Portanto, podias ser perfeitamente conservador e as coisas evoluírem – provavelmente numa velocidade mais reduzida mas evoluiriam.

Eu também defendo que o papel do Estado é regular o país e ajudar as pessoas… e deixar as pessoas serem responsáveis por elas próprias.
É garantir que há Saúde – hospitais, médicos, enfermeiros, etc – é garantir que há Ensino – escolas, professores, etc – é garantir que há Justiça – leis equilibradas, tribunais, juízes, etc – é garantir que há rede rodoviária, que há rede eletrifica, que há rede de água, que há saneamento básico em todo o lado, etc… É garantir que cobra impostos justos e que haja SS que garanta as reformas das pessoas (onde eu acho que devia haver um limite como existe na Suíça) e que possa ajudar quem realmente precisa, pontualmente – e não estar uma vida a viver de ajuda. E é ter leis que regulem tudo isto!
O resto, cada um tem de fazer por si.

Religião sempre houve, e NUNCA travou o progresso, que SEMPRE aconteceu. O que pode travar o progresso é o fundamentalismo religioso, como se vê nos países muçulmanos – pelo menos alguns.
A religião, para mim, é como o sexo: são duas cenas que só dizem respeito às próprias pessoas e ninguém tem nada a ver com isso, desde que dentro da legalidade. O Estado não se deve meter nem na religião, nem na vida sexual das pessoas, não devendo impor nada nesse sentido. As pessoas são da religião que quiserem e têm a vida sexual que quiserem, e ninguém tem nada a ver com isso, desde que o façam dentro da lei.

O aborto é um tema complexo.
Para mim não é comparável à eutanásia, por exemplo, como alguns acham.
Um aborto é matares uma vida. Eu compreendo que é um tema complicado e, na realidade, nem tenho uma posição muito definida – pela sua complexidade. Agora, o aborto como método contraceptivo, como certas pessoas parece que acham que é, é uma aberração e acho mal.
Depois, o aborto não é um tema exclusivo da mulher. Sendo verdade que o ser está no corpo da mulher, foi gerado por um homem também, que devia ter uma palavra a dizer – e não tem!
Enfim, isto levaria a um debate só neste tema.

Drogas, bem depende das drogas.
Drogas levas, acho que deviam ser legais.
Drogas pesadas, absolutamente contra, porque é algo que destrói uma pessoa.
Prostituição, sim, devia ser uma profissão legal. Ninguém tem nada a ver se uma pessoa ganha dinheiro por dar uma queca. Acho uma estupidez na sociedade meter-se nisso. No fundo, isto acaba por entrar no que eu acho que é a vida sexual de cada um e que só diz respeito ao próprio.

Para mim o pilar duma sociedade é a Justiça.
Nenhum país funciona bem, nenhuma sociedade pode aspirar a funcionar, sem Justiça. É a Justiça que “obriga” o país e a sociedade a terem regras e a funcionarem. Ensino – porque Educação é o que os pais devem fazer em casa – e Economia são sim os pilares do desenvolvimento, e a Saúde é uma coisa básica que todo o país e toda a sociedade deve ter disponível para os seus cidadãos.

Voltando à esquerda e à direita, a grande diferença está na parte económica e na parte estatal porque no resto não vejo que a diferença seja significativa ao ponte de fazer realmente uma diferença.
A Justiça não pode ser de esquerda ou de direita. A Justiça tem de ser justa.
A Saúde não pode ser de direita ou de esquerda. Tem de fazer o seu papel, que é curar as pessoas.
O Ensino não pode ser de esquerda ou de direita, e tem de se limitar a ensinar os alunos nas matérias necessárias ao conhecimento.
A SS não pode ser de esquerda nem de direita. Deve ajudar todos, de forma equilibrada, sem abusos e com limites – não deve ajudar uma vida inteira, excepto em casos em que a pessoa esteja realmente impossibilitada de ganhar a vida.
O que realmente faz diferença, entre esquerda e direita, é a parte económica e a parte estatal. E aí eu sou mais a favor do modelo da direita, que puxa muito mais ao mérito de cada um e ao trabalho e esforço ser recompensado, em vez da utopia de sermos todos iguais (em termos de dinheiro), o que NUNCA somos porque há quem faça mais (por isso) e há quem faça menos (por isso).

“Depois, sem conhecer melhor outros casos, basta olhar à dualidade de critérios de muitos jornais e televisões, e ver quem essa dualidade de critérios defende.”

Como o “jornal” Observador, por exemplo [Portugal].

Ou a rede de rádio e TV comercial Jovem Pan [Brasil].

Ou o canal Fox News [Estados Unidos].

Ou… Acho que já percebeste.

“No Brasil, o Bolsonaro acabou com os subsídios à CS…”

Qual Comunicação Social? Globo? Folha de São Paulo?

No entanto, subsidiou outras (e redes sociais). Senão, como explicas as vagas de “a eleição foi roubada!”, acampamentos junto a bases militares e assalto ao “Capitólio” lá do sítio – Praça dos Três Poderes?

A manipulação da opinião pública não se faz só nas tv e jornais tradicionais…

Exactamente, como ver pessoas que defendem como maior conquistas, a liberdade de expressão, a liberdade sexual, a igualdade entre os géneros, a justiça e depois apoiam regimes onde nada disso existe, apenas porque têm como ódio comum a América e a cultura ocidental.
Mas deve ser como diz o ditado – inimigo do meu inimigo, meu amigo é, portanto o irão, Hamas, Hezbolahs, Russia são tudo gajos fixes que lutam contra os opressores e falcões imperialistas.

*do que se passa

Concordo contigo Miguel.
Alias, para dar palmadas nas costas uns dos outros quando há bons resultados desportivos nem é preciso conversa, uns emojis seriam suficientes.
Se for para criticar então somos apelidados de maus Sportinguistas, viúvas ou brunistas.

Se não fossem esses outros assuntos, que agradeço quem partilha e promove a informação/opinião/discussão/humor uma parte importante do fórum será perdida.

Está no VAR….

Malcolm, agradeço a atenção no feedback e evidentemente tenho sempre interesse em ouvir as diversas opiniões. Como em todos os aspectos da vida há pessoas mais fundamentalistas numa vertente como outras no seu oposto, normalmente a aproximação à verdade estará algures entre as duas.
Não sendo de todo um especialista, não me vou alongar muito sobre este assunto, até porque fere muitas susceptibilidades.
Não concordo essencialmente com as 3 primeiras alíneas e tenho informação que vai exactamente em sentido oposto. Vale o que vale.

– São muito mais do que 3% os que dizem que a ponte é segura, é só ver o exemplo da Suécia e outros que foram apelidados prejurativamente de negacionistas e silenciados.

– Não é de todo verdade que se tenham salvado milhões de vida porque 90% dos que morreram de covid eram pessoas muito idosas ou doentes, ou que tinham outras doenças e morreriam de outras causas nos próximos anos. Aliás a taxa de mortalidade provocada pela falta de assistência hospitalar nos anos de confinamento matou e está a matar milhões de pessoas que não tiveram acompanhamento médico, assim como o número de ataques cardíacos que aumentou exponencialmente.

-Por ultimo afirmar que os que não se vacinaram estão a recolher benefícios indirectos de um mundo mais seguro, é uma afirmação sem qualquer fundamento e até contraditória. Porque se não se vacinaram e a vacina era assim tão importante, na verdade essas pessoas seriam potenciais focos de novas estirpes para as quais não estariam protegidas.

Fica a minha opinião, como digo vale o que vale, respeito quem pensará diferente.

É exactamente o que os meus amigos Infeciologistas dizem, a pandemia teve um efeito parecido com uma guerra Mundial na investigação médica, normalmente as grandes multinacionais investigam cada uma por si e NÃO partilham informação, ou seja uma companhia pode ter uma solução para uma coisa e outra para outra coisa mas os fármacos ficam em stand by porque lhes falta o que os outros têm e não querem partilhar, no principio da pandemia todos trocaram informação e o resultado foi um boost na investigação raramente visto, mas não fiquem todos satisfeitos porque entretanto já voltaram a fazer “caixinha” portanto a coisa vai voltar ao normal mais ou menos 10 anos e 500M de USD para chegar á fase 1 dos ensaios clínicos…