Desculpem, já fui treinador não, ainda sou.
Se me perguntarem se gostei da exibição ?
Não, não gostei.
Mas acho, como disse ao intervalo, que estávamos a jogar bem, porquê ?
Porque contra esta seleção da Chéquia, era esta a forma de nós podermos ganhar, ter posse, ter paciência, tirar o bola do cavalos e não dar espaço prás cavalgadas.
Tivemos um senão, mas devido a não jogarmos com trinco, demos por duas ou três vezes espaço á frente da defesa para remates deles, e num deles nasceu o golo da Chéquia.
Agora.
Vamos fazer de conta que somos checos, o que diríamos da seleção da Chéquia ?
Dizíamos, bolas levámos o jogo todo a defender cá atrás com medo deles e nunca ou quase nunca os provocámos com ataques, tínhamos medo de quê ?
Não era isto que dizíamos ?
A seleção Checa optou por uma forma de controlar o jogo ofensivo de Portugal tentando um contra ataque, só que Portugal, teve tanta posse, devido a ter mais técnica que conseguiu tirar essas tentativas checas, e quando perdíamos a bola procurávamos cercá-los obrigando-os a falharem passes (devido a eles terem falta de técnica) e ou perdiam a bola ou passavam mal ou até ainda a mandavam para fora.

Este era um jogo de paciência, foi de sorte, foi sim senhor, mas a sorte ás vezes também dá trabalho, e se não tivéssemos a seleção que temos, não conseguíamos ter a sorte.

Esta é a forma que a seleção deve jogar sempre ?
Claro que não, mas era a forma de jogar contra a Chéquia.
Que não será a mesma forma de jogar contra a Turquia, nem muito menos contra a Geórgia.

Hoje ficou provado que temos jogadores em quantidade para ter duas seleções, o que vai originar muita polémica nas escolhas.
Continuo com a minha, só 5 jogadores terão assento nos titulares, que terão que ter alguma gestão e cuidado, Ruben Dias, Palhinha (que não jogou hoje devido a querermos ter mais posse ainda) Bruno Fernandes, Bernardo Silva e Cristiano Ronaldo, o resto é fazer rotações, e opções conforme os jogos forem pedindo.

E reafirmo, não fui treinador, sou felizmente ainda, e é a coisa que mais gosto de fazer na vida.

E vivó Sporting, para nós o maior de Portugal.