O “trocadilho” fazia-se sozinho: com Ioanidis, ficamos mais Fotis. Obviamente que o grego seria um jogador com impacto, um reforço dos que normalmente fazem a diferença, mas sou gajo para acreditar que, neste momento, o Sporting já o colocou meio de lado, mesmo sabendo que, esta noite, o Panathinaikos pode ser corrido da Liga Conferência pelo Lens, ficando fora das competições europeias.

Pelo meio, o tal do Vítor Roque, que até era a minha preferência entre estes dois alvos prioritários para reforçar o ataque, preferiu ir para o Bétis, esse sim praticamente apurado para a Liga Conferência. O avançado brasileiro acredita que, ficando em Espanha, está mais próximo de regressar ao Barcelona, e disse não ao acordo que já existia entre os catalães e o Sporting, indo por empréstimo para Sevilha, com os verde e brancos da cidade a pagarem um ano de salário por inteiro (3M, ao que consta). Se querem que vos diga, eu acho que a decisão do Roque foi mais pela noção de que, no Bétis, será chegar, jogar e poder ser craque, ao passo que em Alvalade a titularidade seria algo não garantido. Opções.

Por falar em opções, o Sporting vira-se agora para as opções que estavam num segundo patamar de preferências, com Conrad Harder à cabeça. O puto, de 19 anos, impressiona pela estampa física e pela facilidade com que puxa do pé esquerdo para disparar à baliza, e há algum tempo que está referenciado para as bandas de Alvalade. A concretizar-se a contratação, será bem menos mediático que Fotis ou que Roque, o que não significa que o arrefecer do entusiasmo dos adeptos rime com uma contratação desinteressante. Espreite-se os dados que revelam o potencial:

Aliás, parece-me haver tempo, até porque há dinheiro, para reverter esta espécie de “tragédia grega” que seria não termos mais opções atacantes (e, sim, eu percebo que se diga que para trazer putos de 19 anos, colocamos em campo o Rodrigo Ribeiro e o Nem).

 

Por exemplo, Mathias Kvistgaarden, futebolista internacional sub-21 pela Dinamarca, que joga no Bröndby, também seria uma boa contratação, embora com um perfil diferente de Harder (menos capaz de jogar de costas e aguentar a bola, mais rápido e mais pronto a jogar de fora para dentro).

Também seria engraçado irmos à luta por Orri Óskarsson, que parece ter já uma proposta de 20M feita pela Real Sociedad, além de rumores de que o City está de olho nele. O ponta de lança islandês do Copenhaga, que faz hoje 21 anos, não engana, e se ainda não disse “sim” aos bascos, talvez ficasse seduzido pela possibilidade de jogar na Champions. É craque.

Craque é, também, o albanês Cristian Shpendi, que joga no Cesena, e que terminou 23/24 com 20 golos apontados no campeonato. 21 anos, e um valor de mercado ainda baixo por estar nas divisões secundárias de Itália, fazem dele um alvo incrível, mesmo estando já no radar da Juventus.

Outro dinamarquês de quem se fala, Jonas Wind. 25 anos, ponta do Wolfsburgo, estampa física de impor respeito (1,90), rápido a fazer mira à baliza e com boa capacidade de servir de pavot à demarcação de companheiros.

Com um perfil totalmente diferente, capaz de fazer qualquer posição no ataque, temos Cucho Hernandéz, um internacional colombiano de 25 anos, que anda pela Liga Norte Americana (Columbus).

Mais perto de nós, na Bélgica, há um ponta do Cercle de Brugge muito interessante: Kévin Denkey, de 23 anos. Potência e irreverência garantidas, por um valor de mercado muito em conta.

 

No fundo, não há muito tempo, mas existem várias opções válidas. Vamos a isso, Hugo Viana?