Este Amor transmitiu-se de geração em geração, portanto diria que desde o berço que sou do Sporting.
Não temos outra hipótese senão amar o Sporting com todas as nossas forças, não por pressão de terceiros, mas porque ele faz parte de nós.
Eu sou Sporting em todos os aspectos da minha vida e do Sporting continuarei a ser.
Cada qual com a sua visão de Sporting, cada qual com a sua maneira de viver o Sporting… No final é este Amor que nos une e que não conseguimos evitar mesmo que nos deixe de rastos.
Puto, muito puto, por causa do meu pai… e dos relatos na rádio, na altura em que conhecíamos os jogadores através dos cromos. Jogos na televisão eram muito raros. Não sabia quem era o presidente, mas sabia que o Manuel Fernandes e o Damas eram os melhores do mundo.
O Pedro nasceu, um dia, sob o signo do Leão.
E gostou do símbolo, precisamente porque era um leão.
E o pai era do Benfica, e a mãe contra o fanatismo exacerbado do mesmo pelo dito clube.
E assim se fez um adepto.
Há 50 anos.
Desde 1975. Do velhinho Alvalade, da Nave, dos ídolos desses tempos, Damas, Jordão, Manel Fernandes. Do Carlos Lopes, do Joaquim Agostinho do dream team do hóquei e muito, muito mais.
Depois vieram as travessias no deserto, as humilhações, os gozos, os croquetes, os Castaignos, os Misse-Misses, os inúmeros tiros nos pés.
Os roubos e as falcatruas das nádegas.
Os roubos intemporais dos padres.
O advento do jornalixo, a “paineleiragem” anti Sporting.
A tudo isto, e muito, muito mais que agora não me recordo e de tão triste que foi para nós, resistimos. Fomos resilientes, continuamos a acreditar, rimos de alegria e choramos de tristeza.
A final da UEFA mal perdida, e que seria há 20 anos um boost para um caminho vitorioso do clube do leão.
E finalmente, os títulos, o Bi, a dobradinha.
Mas acima de tudo, uma geração de crianças e adolescentes que têm orgulho no seu clube ganhador, e que acima de tudo é o garante, a continuidade desta doença, uma doença que se entranha até ao osso, até à alma.
O ser Sporting.
Viva o Sporting clube de Portugal
Não sou sportinguista por causa de ninguém na minha família…
Os meus pais ligavam pouco à bola, ainda que o meu pai fosse sportinguista e a minha mãe benfiquista – nem desconfio o que eram os meus avós, se é que eram de algum clube!
Portanto, ao contrário dos meus filhos, que foram induzidos pelo pai (muito) e pela mãe (um pouco) a serem sportinguistas, eu escolhi por mim… E devo, principalmente, ao Damas, mas também ao Fraguito, ao Marinho, ao Dinis, ao Peres, e mais tarde ao Yazalde, ser sportinguista!
Talvez também o facto de a maioria dos meus amigos serem benfiquistas me tenha ajudado a escolher algo diferente… Não sei! Talvez!
O Damas e o Fraguito eram os meus jogadores favoritos, de longe. Depois, Dinis, Marinho e Peres… E depois outros…
Da mesma forma que ainda hoje adoro a Holanda por causa de jogadores como o Cruijjf, o Neskesns, o Rep, o Resenbrink, o Krol e outros que fizeram parte dum Ajax fabuloso!
Não gosto de equipas porque ganham… Gosto por terem jogadores especiais!
Fui por influencia familiar mas com o tempo, sozinho, tornei-me o viciado na família no Sporting. A minha família é toda Sporting mas ninguém é de estádio. Comecei a ir à bola sozinho lá para os 16 anos…no antigo estádio de Alvalade, fila para comprar bilhete sub17 mesmo quando eu já tinha 18 anos.
Aos 19 fui à secretaria pedir se era possivel comprar logo bilhetes para o ano inteiro. Paguei tudo e depois entrava no estádio com uma fatura…hehhehe. As primeiras Game boxes. hehehe.
Por isso…Sportinguista de origem familiar, doente por auto recriação.
E foi preciso chegar aos 40 anos (pouco mais) para viver o melhor período desportivo de sempre do Sporting! Só desejo que este fulgor dure! 😀
Nem ligava muito mas tive a sorte de, na quarta classe, a Sofia, a Elisa, a Mariana e outras duas que não me lembro o nome, além se lindas serem do Sporting
Por aqui a história é muito simples: avô paterno Sportinguista, pai Sportinguista e do lado da minha mãe não havia grande interesse em clubes desportivos (o meu avô nunca ligou muito a futebol, apoiava apenas a seleção)
Comecei a ligar mais ao futebol com os meus 8/9 anos, até lá era uma criança “vira-casacas” inocente apenas para agradar quem me preguntava de que clube era. A partir daí Sportinguista 200%
Parabéns meu grande amor, que se chegue aos emblemáticos 120 com um ano recheado de conquistas, especialmente o tri
Sou Sportinguista desde os meus 4 anos de idade, quando o meu irmão me ofereceu uma bandeira verde com o emblema do Sporting. Ele (e ambos os filhos, meus sobrinhos) também são Sportinguistas.
Meu Pai Sportinguista! Mas maior influência até foi de um grande amigo dele de Lisboa que era doente pelo Sporting, que sempre que visitava a nossa casa levava coisas relacionadas com o clube…foi fácil a escolha 😉
Meu pai sportinguista doente,que acompanha tudo que seja do clube, modalidades todas que pode,comprava o jornal do Sporting e tudo mais,o meu único irmão ,que é mais velho outro sportinguista doente,a minha mãe ligava pouco mas agora já liga mais e também é do Sporting,eu não tinha muito por onde fugir,uma família sportinguista em Vila do Conde e agora que tenho a minha menina com 9 meses,que já tem uma t shirt do Sporting também,espero que continue e que passe de geração em geração este amor 🙂
O meu pai era grande apoiante de Sporting Clube de Portugal e União Desportiva de Leiria.
Certo dia levou-me ao velho Dr.Magalhães Pessoa para um Leiria – Sporting para a Taça de Portugal. Até aí eu só tinha ouvido falar no Damas, Jordão e Manuel Fernandes pela rádio.
Naquele dia fiquei fascinado por ver aqueles 22 homens a disputar a bola no relvado. Até aí eu era do Sporting apenas por um facto, quando chegou a altura de decidir entre o Sporting e o Benfica, se éramos verdes, enquanto jogássemos em relva, jogávamos sempre em casa. Para um puto de 5 ou 6 anos, fez todo o sentido.
Quando o Sporting marcou golo festejei naturalmente, ali nas bancadas destinadas à equipa da casa. Aí o meu pai explicou-me que éramos sportinguistas, sim, mas leirienses antes. Tive dificuldade em assimilar aquela lição. Para mim, era do Sporting, ponto.
E assim me mantive, anos. Aqueles mais difíceis. Quase sempre a ter que ir novamente para a escola com mais uma humilhação de fim de semana. A refugiar a sede de vitórias e troféus em modalidades ou no discurso das vitórias morais.
A ter que lutar contra os moínhos de vento que foram as filhadaputices pintodacosteanas que tanto orgulhavam os fruteiros. Era assim que elas se faziam, e nós é que éramos anjinhos. Eu vi tudo, ir ao Dragão era uma série de roubos maiores ainda do que quando os Super Dragões desciam a assaltar de arrastão todas as estações de serviço entre Aveiro e Aveiras.
Os rabolhos durante alguns anos foram aliados, mas depois passaram a serem eles a assumir a tocha da “toda a gente faz corrupção, nós fazemos melhor corrupção do que os outros” com que queriam que encarássemos com a maior normalidade troféus ganhos com a vista de águia Vitória do auxiliar Ferrari da outra ponta do campo a ver o que era impossível que visse, entre outros episódios fantásticos do futebol português.
Finalmente batemos no fundo por nossa culpa própria. O Godinho que só foi possível porque andámos a insistir que para liderar o Sporting era necessário “pedigree” de gente que tivesse eventualmente tocado quem ganhou em 2000 e 2002.
A chegada do guerreiro que veio pegar o clube pelos colarinhos e o colocou onde era o mínimo que estivesse, nas decisões, o presidente Bruno de Carvalho coincidiu com a minha chegada a Lisboa para viver, estudar e trabalhar. Por me rever tão bem no programa da direcção, me fiz sócio pagante e frequentador do estádio e pavilhão.
Sócio me mantenho, neste aperto de mão ao meu pai, que também o era, embora agora já a acompanhar os sucessos do Sporting a 3000kms ou mais, pela TV, Inácio ou rádio, dependendo do trabalho. Eu e a minha namorada, meia brasileira meio portuguesa 100% sportinguista, num país frio e de lingua impronunciável. Fico contente pelas nova gerações já não terem que passar os anos de deserto que eu passei, mas se essa travessia que eu e milhares fizemos servir minimamente para uma hegemonia Sportinguista nas décadas seguintes, bem afortunado me considero.
“Não é o Sporting que se orgulha do nosso valor. Nós é que nos devemos sentir honrados por ter esta camisola vestida” – Francisco Stromp
Parabéns Sporting pelos teus 119 anos, tem sido uma caminhada dura os meus 44 anos de Sportinguista, pois vivi os 2 maiores períodos de seca do clube, nasci em 1981 e tive de esperar 18 anos para ver o meu clube campeão, depois mais uma seca de 19 anos para voltar a ter nova alegria. Esta paixão foi-me passada pelo meu avô paterno, com ele assisti pela televisão à minha 1ª alegria enquanto adepto quando vencemos a taça de Portugal em 95 contra o Marítimo, dois golos do Iordanov, chorámos ambos de alegria no fim desse jogo. A década de 80 e 90 foi particularmente dura para mim, a maioria dos meus amigos eram rabolhos e fui constantemente gozado durante esses anos, não ganhávamos porra nenhuma e teria sido fácil mudar de clube, mas resisti, mantive-me fiel ao meu avô e ao clube que ele me ensinou a amar… obrigado avô! SL
O benfica tambem não ganhou tanto assim nesse período, foi muito dividido com fcp nos anos 80 e nos anos 90 foi quase tudo do fcp. Depois entre 1994 e 2005 eles tiveram zero títulos…
Mas entendo, tenho a mesma idade.
O 1o jogo em alvalade que me lembro foi contra o Ajax para a taça uefa, na bancada nova.
Embora com pai e restante familia benfiquista,
na escola as equipas dividiam-se por quem joga do benfica e quem joga do Sporting.
Eu sempre gostei de jogar com a malta que era do Sporting e assim passei a ser Leão também.
Uma das melhores decisões da minha vida, mesmo sem ter festajado tanto nos anos 80 e 90 !
Tinha uns 5 anos quando o meu avô me perguntou: oh rapaz, de que clube é que és? E eu: “sou do clube que ganha, avô”. E ele: “nada disso! Tu és do Sporting, quando ganha ou quando perde, não interessa”.
1 Julho, 2025 at 15:02
Parabéns meu Sporting!
Este Amor transmitiu-se de geração em geração, portanto diria que desde o berço que sou do Sporting.
Não temos outra hipótese senão amar o Sporting com todas as nossas forças, não por pressão de terceiros, mas porque ele faz parte de nós.
Eu sou Sporting em todos os aspectos da minha vida e do Sporting continuarei a ser.
Cada qual com a sua visão de Sporting, cada qual com a sua maneira de viver o Sporting… No final é este Amor que nos une e que não conseguimos evitar mesmo que nos deixe de rastos.
Nunca renunciarei ao meu Amor pelo Sporting.
Venham mais 119 anos.
1 Julho, 2025 at 15:47
Puto, muito puto, por causa do meu pai… e dos relatos na rádio, na altura em que conhecíamos os jogadores através dos cromos. Jogos na televisão eram muito raros. Não sabia quem era o presidente, mas sabia que o Manuel Fernandes e o Damas eram os melhores do mundo.
1 Julho, 2025 at 16:16
Parabéns Sporting!
Um amor para toda a vida…
1 Julho, 2025 at 17:39
O Pedro nasceu, um dia, sob o signo do Leão.
E gostou do símbolo, precisamente porque era um leão.
E o pai era do Benfica, e a mãe contra o fanatismo exacerbado do mesmo pelo dito clube.
E assim se fez um adepto.
1 Julho, 2025 at 17:45
Há 50 anos.
Desde 1975. Do velhinho Alvalade, da Nave, dos ídolos desses tempos, Damas, Jordão, Manel Fernandes. Do Carlos Lopes, do Joaquim Agostinho do dream team do hóquei e muito, muito mais.
Depois vieram as travessias no deserto, as humilhações, os gozos, os croquetes, os Castaignos, os Misse-Misses, os inúmeros tiros nos pés.
Os roubos e as falcatruas das nádegas.
Os roubos intemporais dos padres.
O advento do jornalixo, a “paineleiragem” anti Sporting.
A tudo isto, e muito, muito mais que agora não me recordo e de tão triste que foi para nós, resistimos. Fomos resilientes, continuamos a acreditar, rimos de alegria e choramos de tristeza.
A final da UEFA mal perdida, e que seria há 20 anos um boost para um caminho vitorioso do clube do leão.
E finalmente, os títulos, o Bi, a dobradinha.
Mas acima de tudo, uma geração de crianças e adolescentes que têm orgulho no seu clube ganhador, e que acima de tudo é o garante, a continuidade desta doença, uma doença que se entranha até ao osso, até à alma.
O ser Sporting.
Viva o Sporting clube de Portugal
1 Julho, 2025 at 18:34
Não sou sportinguista por causa de ninguém na minha família…
Os meus pais ligavam pouco à bola, ainda que o meu pai fosse sportinguista e a minha mãe benfiquista – nem desconfio o que eram os meus avós, se é que eram de algum clube!
Portanto, ao contrário dos meus filhos, que foram induzidos pelo pai (muito) e pela mãe (um pouco) a serem sportinguistas, eu escolhi por mim… E devo, principalmente, ao Damas, mas também ao Fraguito, ao Marinho, ao Dinis, ao Peres, e mais tarde ao Yazalde, ser sportinguista!
Talvez também o facto de a maioria dos meus amigos serem benfiquistas me tenha ajudado a escolher algo diferente… Não sei! Talvez!
O Damas e o Fraguito eram os meus jogadores favoritos, de longe. Depois, Dinis, Marinho e Peres… E depois outros…
Da mesma forma que ainda hoje adoro a Holanda por causa de jogadores como o Cruijjf, o Neskesns, o Rep, o Resenbrink, o Krol e outros que fizeram parte dum Ajax fabuloso!
Não gosto de equipas porque ganham… Gosto por terem jogadores especiais!
1 Julho, 2025 at 20:19
Parabéns meu grande amor!!!
Fui por influencia familiar mas com o tempo, sozinho, tornei-me o viciado na família no Sporting. A minha família é toda Sporting mas ninguém é de estádio. Comecei a ir à bola sozinho lá para os 16 anos…no antigo estádio de Alvalade, fila para comprar bilhete sub17 mesmo quando eu já tinha 18 anos.
Aos 19 fui à secretaria pedir se era possivel comprar logo bilhetes para o ano inteiro. Paguei tudo e depois entrava no estádio com uma fatura…hehhehe. As primeiras Game boxes. hehehe.
Por isso…Sportinguista de origem familiar, doente por auto recriação.
E foi preciso chegar aos 40 anos (pouco mais) para viver o melhor período desportivo de sempre do Sporting! Só desejo que este fulgor dure! 😀
1 Julho, 2025 at 21:22
Lembro, sim senhora.
Parabéns, Sporting Clube de Portugal!
1 Julho, 2025 at 21:41
Parabéns, SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!
1 Julho, 2025 at 21:47
Completamente.
Sem cultura ou influência em casa ou familiar.
Nem ligava muito mas tive a sorte de, na quarta classe, a Sofia, a Elisa, a Mariana e outras duas que não me lembro o nome, além se lindas serem do Sporting
1 Julho, 2025 at 22:11
Por aqui a história é muito simples: avô paterno Sportinguista, pai Sportinguista e do lado da minha mãe não havia grande interesse em clubes desportivos (o meu avô nunca ligou muito a futebol, apoiava apenas a seleção)
Comecei a ligar mais ao futebol com os meus 8/9 anos, até lá era uma criança “vira-casacas” inocente apenas para agradar quem me preguntava de que clube era. A partir daí Sportinguista 200%
Parabéns meu grande amor, que se chegue aos emblemáticos 120 com um ano recheado de conquistas, especialmente o tri
1 Julho, 2025 at 23:59
Sou Sportinguista desde os meus 4 anos de idade, quando o meu irmão me ofereceu uma bandeira verde com o emblema do Sporting. Ele (e ambos os filhos, meus sobrinhos) também são Sportinguistas.
2 Julho, 2025 at 8:05
O meu Pai é Sporntinguista mas não liga nada a futebol e a minha mãe era do Marítimo 🙂
Acho que escolhi sozinho nem sei bem porquê… A maioria dos meus amigos era benfiquista…
Portanto podemos dizer que foi o destino. 🙂
A minha Mãe agora é do Sporting! 😉
Z
2 Julho, 2025 at 8:22
Meu Pai Sportinguista! Mas maior influência até foi de um grande amigo dele de Lisboa que era doente pelo Sporting, que sempre que visitava a nossa casa levava coisas relacionadas com o clube…foi fácil a escolha 😉
2 Julho, 2025 at 9:56
Meu pai sportinguista doente,que acompanha tudo que seja do clube, modalidades todas que pode,comprava o jornal do Sporting e tudo mais,o meu único irmão ,que é mais velho outro sportinguista doente,a minha mãe ligava pouco mas agora já liga mais e também é do Sporting,eu não tinha muito por onde fugir,uma família sportinguista em Vila do Conde e agora que tenho a minha menina com 9 meses,que já tem uma t shirt do Sporting também,espero que continue e que passe de geração em geração este amor 🙂
2 Julho, 2025 at 10:38
O amor pelo Rei da Selva não se explica, sente-se.
2 Julho, 2025 at 10:47
O meu pai era grande apoiante de Sporting Clube de Portugal e União Desportiva de Leiria.
Certo dia levou-me ao velho Dr.Magalhães Pessoa para um Leiria – Sporting para a Taça de Portugal. Até aí eu só tinha ouvido falar no Damas, Jordão e Manuel Fernandes pela rádio.
Naquele dia fiquei fascinado por ver aqueles 22 homens a disputar a bola no relvado. Até aí eu era do Sporting apenas por um facto, quando chegou a altura de decidir entre o Sporting e o Benfica, se éramos verdes, enquanto jogássemos em relva, jogávamos sempre em casa. Para um puto de 5 ou 6 anos, fez todo o sentido.
Quando o Sporting marcou golo festejei naturalmente, ali nas bancadas destinadas à equipa da casa. Aí o meu pai explicou-me que éramos sportinguistas, sim, mas leirienses antes. Tive dificuldade em assimilar aquela lição. Para mim, era do Sporting, ponto.
E assim me mantive, anos. Aqueles mais difíceis. Quase sempre a ter que ir novamente para a escola com mais uma humilhação de fim de semana. A refugiar a sede de vitórias e troféus em modalidades ou no discurso das vitórias morais.
A ter que lutar contra os moínhos de vento que foram as filhadaputices pintodacosteanas que tanto orgulhavam os fruteiros. Era assim que elas se faziam, e nós é que éramos anjinhos. Eu vi tudo, ir ao Dragão era uma série de roubos maiores ainda do que quando os Super Dragões desciam a assaltar de arrastão todas as estações de serviço entre Aveiro e Aveiras.
Os rabolhos durante alguns anos foram aliados, mas depois passaram a serem eles a assumir a tocha da “toda a gente faz corrupção, nós fazemos melhor corrupção do que os outros” com que queriam que encarássemos com a maior normalidade troféus ganhos com a vista de águia Vitória do auxiliar Ferrari da outra ponta do campo a ver o que era impossível que visse, entre outros episódios fantásticos do futebol português.
Finalmente batemos no fundo por nossa culpa própria. O Godinho que só foi possível porque andámos a insistir que para liderar o Sporting era necessário “pedigree” de gente que tivesse eventualmente tocado quem ganhou em 2000 e 2002.
A chegada do guerreiro que veio pegar o clube pelos colarinhos e o colocou onde era o mínimo que estivesse, nas decisões, o presidente Bruno de Carvalho coincidiu com a minha chegada a Lisboa para viver, estudar e trabalhar. Por me rever tão bem no programa da direcção, me fiz sócio pagante e frequentador do estádio e pavilhão.
Sócio me mantenho, neste aperto de mão ao meu pai, que também o era, embora agora já a acompanhar os sucessos do Sporting a 3000kms ou mais, pela TV, Inácio ou rádio, dependendo do trabalho. Eu e a minha namorada, meia brasileira meio portuguesa 100% sportinguista, num país frio e de lingua impronunciável. Fico contente pelas nova gerações já não terem que passar os anos de deserto que eu passei, mas se essa travessia que eu e milhares fizemos servir minimamente para uma hegemonia Sportinguista nas décadas seguintes, bem afortunado me considero.
“Não é o Sporting que se orgulha do nosso valor. Nós é que nos devemos sentir honrados por ter esta camisola vestida” – Francisco Stromp
2 Julho, 2025 at 10:48
Parabéns Sporting pelos teus 119 anos, tem sido uma caminhada dura os meus 44 anos de Sportinguista, pois vivi os 2 maiores períodos de seca do clube, nasci em 1981 e tive de esperar 18 anos para ver o meu clube campeão, depois mais uma seca de 19 anos para voltar a ter nova alegria. Esta paixão foi-me passada pelo meu avô paterno, com ele assisti pela televisão à minha 1ª alegria enquanto adepto quando vencemos a taça de Portugal em 95 contra o Marítimo, dois golos do Iordanov, chorámos ambos de alegria no fim desse jogo. A década de 80 e 90 foi particularmente dura para mim, a maioria dos meus amigos eram rabolhos e fui constantemente gozado durante esses anos, não ganhávamos porra nenhuma e teria sido fácil mudar de clube, mas resisti, mantive-me fiel ao meu avô e ao clube que ele me ensinou a amar… obrigado avô! SL
2 Julho, 2025 at 11:52
O benfica tambem não ganhou tanto assim nesse período, foi muito dividido com fcp nos anos 80 e nos anos 90 foi quase tudo do fcp. Depois entre 1994 e 2005 eles tiveram zero títulos…
Mas entendo, tenho a mesma idade.
O 1o jogo em alvalade que me lembro foi contra o Ajax para a taça uefa, na bancada nova.
2 Julho, 2025 at 12:28
Embora com pai e restante familia benfiquista,
na escola as equipas dividiam-se por quem joga do benfica e quem joga do Sporting.
Eu sempre gostei de jogar com a malta que era do Sporting e assim passei a ser Leão também.
Uma das melhores decisões da minha vida, mesmo sem ter festajado tanto nos anos 80 e 90 !
2 Julho, 2025 at 13:58
Tinha uns 5 anos quando o meu avô me perguntou: oh rapaz, de que clube é que és? E eu: “sou do clube que ganha, avô”. E ele: “nada disso! Tu és do Sporting, quando ganha ou quando perde, não interessa”.
Já lá vão quase 50 anos.