É isto! É isto que todos nós, os crentes do Leão Rampante temos dentro de nós cada vez que rumamos ao Estádio José de Alvalade, que vamos em direção ao Multiusos de Odivelas (e que daqui por um ano já dizemos: “Hoje é em casa. Bora até ao João Rocha”), que sentimos cada vez que defendemos a verde e branca numa “amigável” mas fervorosa discussão entre amigos sobre quem tem razão naquele passe atrapalhado do jogo do passado fim-de-semana, ou até o comentário sobre o anedótico recorde do “Carnide” em manterem-se “limpos” de vermelhos e penáltis contra há precisamente um ano (até já é notícia por essa Europa fora). É uma crença inabalável, indestrutível e que veio para ficar, é este o nome da nossa devoção, do nosso crer, chama-se “Crença”.

Chama-se crença ao facto de pintarmos os estádios com as nossas cores que visitamos por esse Portugal fora e não só (Leverkusen teve mais encanto vestido de verde e branco), chama-se crença ao facto de esperarmos apoteoticamente a nossa equipa quando ela chega ao campo de mais uma batalha. Chama-se crença ao facto de descartarmos a hipótese de perder um jogo do nosso Sporting porque se avizinha mau tempo. Chama-se crença àquela paixão exacerbada que o topo sul exibe com orgulho e que acaba por levar consigo um estádio inteiro a cantar com eles. Chama-se crença termos um mister que canta connosco, com as vozes dos leões presentes em Alvalade “O Mundo sabe que”, porque ele, tal como todos e todas nós, também ele se arrepia até à espinha quando aquela música se silencia nos altifalantes para se erguer nas vozes de todos nós em Alvalade (e cá para mim (e penso que para todos nós) já se tornou muito mais do que só uma música no reportório musical da turma de Alvalade, esta música que faz arrepiar o mais cético dos adeptos, já se tornou um hino ao amor sportinguista). Chama-se crença termos um Presidente que nunca, mas nunca se cala (e por favor presidente, nunca o faça. Nunca se cale!) e que tem consigo uma direção que é pelo Sporting e não pelas suas “ambições” individuais.

Isto tudo é crença. Uma crença em bruto com os sentimentos que dela advêm… e um amor. Um amor profundo e inigualável a esta Instituição que não é feita só de futebol. É uma Instituição que faz os seus adeptos amarem o desporto, o espírito de equipa e principalmente o fair-play. O Sporting faz-nos arrepiar com passes de classe de Bryan Ruiz, deixa-nos a sorrir mais uma semana porque o Slimani (leia-se Sli”máquina”) marcou e deu a marcar, dá-nos doces memórias das nossas antigas glórias como os saudosos e míticos 5 violinos ou o nosso querido Carlos Lopes, faz-nos explodir de alegria com o Hóquei em Patins (aquela Taça Cers…), incha-nos o peito de orgulho quando vemos os nossos nadadores elevarem nos pódios o rugido do leão, ou o futsal fazer mais uns quantos brilharetes em forma de passes e golos fantásticos. E ainda nos fazem rebentar de orgulho os pupilos que se estão a fazer senhores na bola e na vida nas Academias Sporting espalhadas por esse Mundo Fora.

É por isto que somos feitos de Esforço, Dedicação, Devoção e Glória. E isto tudo resulta, claro, de uma crença. Somos feitos dela por inteiro. Somos feitos desta crença que é sempre para manter!

PS: Só um pequeno aparte – Numa palavra para descrever João Mário: Sublime! Enquanto se elevam dotes de uma promessa, papagueados por uma máquina de propaganda lampiânica onde elevam um miúdo que, atenção não lhe tiro o talento e o mérito, mas que ainda tem muito para treinar e correr para chegar ao nível do que alegam que Renato Sanches é, João Mário vai colecionando golos, assistências fantásticas, passes de excelência, tudo isto adjudicado de garra, ganas, crer e humildade infindáveis. E já agora, prémios também. Porque enquanto as capas de jornais fazem de Renato Sanches um “deus”, João Mário (leia-se Senhor João Mário) é distinguido como Melhor Jogador Jovem da nossa liga há já dois meses. Pura classe!

 

ESCRITO POR Magarida Bibe
*às quartas, a cozinha da Tasca abre-se a todos os que a frequentam. Para te candidatares a servir estes Leões, basta estares preparado para as palmas ou para as cuspidelas. E enviares um e-mail com o teu texto para [email protected]