Aquilo que estamos a fazer é “Garantir que a caravana passa, enquanto os cães ladram”. Eles ladram e nós mudamos o relvado; continuam a ladrar e nós renovamos contratos com jogadores essenciais. Ladram mais e a caravana PASSA-OS definitivamente, irremediavelmente.

É como uma ideia de negócio que tive para um produto cuja venda seria um sucesso, aos fins-de-semana, nas imediações de Alvalade: A venda de rolos de papel higiénico com a fronha dos nossos preferidos em cada folha (Luís Filipe Vieira, Gomes da Silva, Vitópreira, Pedro Walking Bacon Guerra , “ponta de pança” do canil da canzoada). Desisti. A ideia diverte-me, cá em casa havia de querer ter rolos com fotografias alternadas da gatunagem mas, é inútil. Para quê enchê-los de merda em efígie se eles se cobrem a si-mesmos de merda sozinhos, pessoal e intransmissivelmente?

Sabemos que a investigação ao futebol pela PJ está na ordem do dia. Ao andarem à procura de uma coisa vão encontrando outras. Só quem não faz ou nunca fez investigação em qualquer área da actividade humana não sabe desta inevitabilidade. Andamos à procura das peças de um puzzle e encontramos outros, enterrados na areia, por desmontar, prontinhos a emoldurar.

A grande corrupção anda nos trilhos do “dinheiro à grande e à francesa” mas há vermes, prontos a comer, no meio do lodo por onde se esquivam as eirós. (o Vieira diz e escreve “eirozes”, porque é um Xico esperto ignorante e não sabe que, nestes casos a redacção mudou, passou de eiroz a eirós e que para construir o plural se recorre à forma feminina do singular juntando-lhe um s. Ora a enguia e a eiró não têm masculino (como ilhós ou filhós). No singular a forma é sempre feminina (a ilhó, a filhó, a eiró, a vieirada).
Consequentemente, os gajos falarem ou escreverem ou cagarem é a mesma coisa. Onde tudo é merda, só há merda, por mais que se esconda, cheira sempre a merda, não cheira a morangos.
Depois de apanhar os vermes que, não vale a pena desprezar, apanham-se as eirós.

Donde vem o dinheiro que há no futebol?
Primeiro veio dos bancos, até que começaram a cheirar a merda e foi o que se viu. Um castelo de cartas mal cheirosas que não cheira a rosas, cheira a merda! Agora que os bancos adoptaram a reputação dos sucateiros de Sacavém como sua, vem de outros lados mas, o cheiro é o mesmo. Não cheira melhor nem pior, cheira a merda. Por isso os gajos não têm um estádio, têm uma etar e nós, temos um estádio com a casa de banho por fora, revestida a azulejos Taveirosos de mau gosto universal mas, está logo à entrada entra lavado e sai lavado. Não aceitamos nada sujo, muito menos dinheiro pois, o dinheiro apesar de cheirar sempre a merda pode não ser SUJO. Big Difference! Diria mesmo, HUGE DIFFERENCE!

A Investigação está na rua, anda completamente à solta e à vontade porque esse é “o sinal dos tempos”, tempos que mudaram, paradigma que está a ser substituído. Já não era sem tempo! Algum de nós teme, por um instante que seja que, Bruno de Carvalho ou membros da NOSSA DIRECÇÃO, sejam enleados na rede dos pescadores de eirós? Não pois não?

Agora façamos a pergunta a um Lampião e vejamos qual é a resposta:
– Quem é esperto é quem se sabe amanhar e quem se amanha, é quem merece ganhar. Este já cá canta, o 35, o resto é estupidez. o Bruno é um estúpido do caralho que o Vieira come todos os dias ao pequeno almoço!
Há inúmeros lampiões assim, Quasímodos da catedral da trampa.

Depois há “benfiquistas” e esses respondem: – O Vieira não sabe mas já lhe puseram as algemas. É uma questão de tempo até que as sinta na pele. O futebol Português só muda depois de o prenderem. Destes benfiquistas, conheço dois e parou aí. Não sei se há mais mas, nós sabemos como são os rebanhos. Quando muda o pastor o rebanho rejuvenesce. Foi sempre assim e sempre assim será. Mais lã, mais borregos, mais leite e mais queijo. Surpreende-me sempre que o vejo acontecer porque a espécie humana se mantém, sem alterações, igual a si-mesma. Nunca muda.

A final da Taça está aí à porta. Estamos em Maio. Há 43 anos, a 17 de Junho de 1973 o Sporting conquistou mais uma Taça vencendo na Final o Setúbal, por 3 a 2. Eu tinha 19 anos de idade e dois meses antes, mais coisa, menos coisa, a 8 de Abril de 1973 o Benfica dera-me uma alegria imensa ao chupar dois dos Leixões e ser eliminado da Final, deste modo glorioso. Entretanto, em Junho, no Jamor uma multidão ululante vitoriava o Sporting e … Marcelo Caetano, na Tribuna de Honra. Um ano depois, em Abril de setenta e quatro, a “mesma” multidão ululante, no largo do Carmo, linchá-lo-ia se ele pusesse o nariz de fora do quartel da GNR onde se tinha acolhido em cumprimento do contrato que havia celebrado com Spínola, o de lhe entregar o poder sem derramamento de sangue. Marcelo Caetano sabia bem o que estava a fazer, Spínola não.

Bastou-me mais uns dois meses e a Final foi outra vez no Jamor, os adversários perfilaram-se, Sporting e benfica. Batemos a gatunagem mais uma vez e arrebatámos de novo a Taça. Anos mais tarde, faz hoje exactamente 20 anos, no Jamor e na Final da Taça longínquo ano de 96, Rui Mendes, um Sportinguista como eu, foi assassinado por Hugo Inácio, membro dos NN Boys, um nome apaneleirado para uma claque de criminosos. O benfica há muito que está cá a mais. Por isso insisto: Quero o Sporting Campeão, o benfica na Segunda Divisão e o Vieira na Prisão!

ESCRITO POR Mário Tulio
*às quartas, a cozinha da Tasca abre-se a todos os que a frequentam (esta semana existiram pratos de sobra, por isso estão a ser servidos hoje). Para te candidatares a servir estes Leões, basta estares preparado para as palmas ou para as cuspidelas. E enviares um e-mail com o teu texto para [email protected]