Grande homem. E grande presidente

Homenagem mais que merecida.

Desde que não seja em Alcochete…

Uma questão off, ou nem por isso… onde treina o andebol? No multiusos?
As condições não são grande espingarda para uma equipa de alta competição…

Infelizmente, o desinvestimento nas modalidades não foi só em jogadores ou pavilhão, as condições de treino foram completamente desprezadas. Complicado será nas modalidades, que não têm expressão internacional, estabelecer parcerias com quem tem graveto.

Não penso que as modalidades possam jogar e treinar no Pavilhão João Rocha.
Nós precisamos de manter arrendamentos de pavilhões, de continuar a usar o multidesportivo de Alvalade e de construir um centro de treinos para as equipes enor pelo menos que, dada a disponibilidade de terreno só poderá vir a existir em Alcochete.

Quanto ao centro de Atletismo, das duas uma, ou vai para Alcochete, também ou, então poderemos regressar ao projecto que chegou a ser acordado com a Câmara de Odivelas no tempo do Godinho Lopes e accionar essa parceria de vez. Aí também existiriam condições de treino para as modalidades e até para o futebol das camadas jovens, passando alcochete a dispôr apenas de instalações para Juniores e Seniores. (Complicado, dada a necessidade cada vez maior de concentrar jovens “residentes” que, não são exclusivamente Juniores).

As parcerias com escolas são interessantes mas, não é desse modo, fazendo parcerias com 3 ou 4 que activamos uma “captação” eficaz de talentos e se fizermos 400 parcerias, então o processo é ingerível por um mero Clube. É preciso um “Ministério” para o fazer.

As parcerias que já estamos a fazer com Câmaras Municipais por esse País fora são parte da resposta para o atletismo e podem ser parte das respostas que as Modalidades carecem.

Isso coloca outros problemas que têm a ver com a disponibilidade de corpos técnicos em quantidade e qualidade e custaria uma PIPA de massa. Não serão as quotas dos sócios que podem pagar esses custos e nem o atletismo nem as modalidades são capazes de gerar as receitas necessárias para esse efeito.

Ter um centro de atletismo, implica ter um centro de formação e isso implica que haja atletas de topo nas várias modalidades do atletismo em Portugal quando, o desporto Rei é o futebol. A nossa população é insuficiente.

Nas diversas modalidades não existe massa crítica suficiente para cada uma delas a não ser, talvez, no Futsal.

Tomemos o exemplo do Atletismo. Tanto quanto me foi dado ouvir na televisão, nestes últimos dias, há cerca de 2.500 federados em todo o Portugal!

Quem tem um centro de treinos tem de investir na sua rentabilização. Se pegarmos apenas numa secção do atletismo, por exemplo o fundo e o meio fundo, onde teremos a massa crítica necessária para voltarmos a descobrir um Carlos Lopes, um Mamede, uma Rosa Mota? No ciclismo, para quando um Eddy Merx ou, vá lá no mínimo, novo Joaquim Agostinho? A ideia de que com treinadores de excepção fazemos de pessoas vulgares campeões Olímpicos e Mundiais, não tem pés nem cabeça pois, nem Carlos Lopes, nem Mamede, nem os gémeos Castro são pessoas vulgares ou atletas “médios” que por arte do esforço, dedicação e devoção se tornam campeões Europeus, Mundiais e Olímpicos.

Não é possível tirar génios da cartola e desatarmos a fazer de poetas “engraçados”, novos Fernandos Pessoa ou de tipos como eu que, gostam de escrever coisas, novos Eças de Queiróz ou, mesmo, Ferreiras de Castro.

A nossa realidade é periférica. Teremos o centro de atletismo Mário Moniz Pereira; teremos umas centenas de jovens a aprender mas, nos próximos dez anos, a possibilidade de nos sair um novo Carlos Lopes é tão remota como a de me vir a sair o Euromilhões. Temso de ser realistas. Se queremos ter a possibilidade de produzir novos Campeões Internacionais de meio-fundo e fundo, temos de ir ao Quénia recrutar jovens de 11 anos, trazê-los e às famílias para Portugal, dar-lhes um modo de vida e depois ter a sorte do nosso lado.

Se quisermos lançadores de martelo, de peso, do dardo, do disco capazes de conquistas Internacionais relevantes, temos de ir buscá-los às repúblicas russas ou a outro lado qualquer mas, certamente não a Santarém, Miranda do Corvo, Chaves ou Vila Real de Santo António. Porquê? Cristiano Ronaldo não veio da Madeira? Sim e daqui a quantos séculos senão milénios é que a Madeira vai produzir um novo Cristiano Ronaldo? Joaquim Agostinho, não saiu de Torres? a resposta é a mesma.
Mário Moniz Pereira não nasceu em Lisboa? A resposta é a mesma.

Com a nossa população produzimos ao longo da nossa História Estadistas em ciclos de duzentos anos. Nos intervalos temos pessoas comuns a substituir a genialidade desaparecida. Os resultados são comuns, não podem ser geniais. Não há galinhas de ovos de ouro.

O desporto escolar morreu duas vezes recentemente: a primeira no Século XX com a revolução de Abril e a extinção da “Mocidade Portuguesa” sem que uma nova realidade tenha ocupado o lugar vago, por razões de ordem política. A segunda vez foi já este século tendo erguido orgulhosamente o machado os “adorados”, competentes e sucessivos governos “Sócrates”.

Já é mau, muito mau mesmo, não termos Desporto Universitário estruturado. Não termos sequer desporto “escolar” é uma catástrofe. Em Portugal há uma bacia gigantesca onde os Sucessivos Governos lavam as mãos dos assuntos mais diversos, substabelecendo na sociedade civil e, no caso do Desporto, substabelecem nos Clubes. Que se amanhem. Tal como no passado os documentos oficiais acabavam com a frase “a bem da Nação” hoje em dia, a frase que os termina e lá permanece sem se ver é “que se amanhem, chulos”

O Estado continua alegremente a desbaratar os parcos recursos finaceiros disponíveis. Um génio insuspeito resolveu pôr fotografias de doenças cancerosas nos maços de tabaco.Aplicam-se fundos públicos em inutilidades chapadas e o “Chamuças” lá continua alegremente a fazer demagogia barata e a beneficiar os amigalhaços. Aquilo que este governo fez ao Teatro de S.Carlos pela mão do Horribilis João Soares é indizível. O animal da Jamba, foi corrido por ser burro demais mas, a “desobra” está concluída. As parcerias Internacionais que estavam celebradas e as outras que estavam na forja com os grandes teatros de ópera mundiais e as escolas superiores de música do mundo civilizado, cairam. Finito, capisce?Essas parcerias são construídas na base das redes de contactos dos dirigentes dos Teatros e das Escolas de Música , do reconhecimento mútuo de qualidade e na confiança mutuamente depositada. Se esta base de sustentação desaparece, acabou a brincadeira porque eles não querem brincar, são profissionais a sério e nós, Tugas da treta, andamos a dar empregos aos amigalhaços do Partido. A mediocridade é assustadora não por aquilo que deixa por fazer ou aquilo que faz sem competência mas, por tudo quanto num ápice é capaz de destruir.

Agora resolveram plantar árvores no eixo da segunda circular. Será alguém capaz de me explicar quem na vereação da Câmara tem um cunhado, cuja actividade é a Jardinagem? Qui Bono?

Sempre que surge à luz do dia um gasto público claramente supérfluo tem de se fazer a grande pergunta do processo-crime: – Qui Bono (quem beneficia?)

Quando em Portugal e no mundo andava tudo de charrette, as árvores nas bermas das estradas produziam a sombra que fazia enorme falta no Verão para se poder circular. Agora só servem para ceifar vidas, para mais nada ou alternativa e voluptuariamente, para decoração das nossas magníficas estradas com os magníficos tapetes de asfalto sem buracos, sem valas transversais tapadas “à matreca”, com iluminação insuficiente ou inexistente.

De Lisboa à Academia demora-se quarenta minutos de carro mas, não há metro para Alcochete, não há combóio e não acredito que haja autocarros de hora a hora. Que fazer, onde fazer, como fazer. Aqui ficam as questões.

Portanto, meus Amigos, vamos ver se neste lodaçal o Sporting, ao menos, faz baixar a “bandeira do Janículo” e avança rumo ao futuro que outros não vêem, revolucionariamente, dando o exemplo, será que alguém o virá a seguir no esforço?

O meu cão hoje acordou-me às cinco da manhã é natural que esteja mal disposto.