É a diferença entre marcar um golo limpo e sermos roubados, se falarmos em metros (Montero que o diga), pode  ser a diferença entre viver e morrer, se falarmos em segundos e pode ser a diferença entre “satisfazer” a namorada e fazê-la uivar, se falarmos em cm.
Neste caso específico falo em 0,5g/l de álcool no sangue. Como já perceberam estou a falar do recente “caso” Maurício.

E porquê 0,5? Porque essa é a diferença entre o valor que o treinador revelou em conferência de imprensa e os valores publicados pela imprensa. E isto deixa-me um bocado irritado. É que, segundo o nosso mister, o Maurício bebeu prai 2 ou 3 cervejas, teve azar, foi apanhado, provavelmente repreendido, pagou a multa e foi a sua vida. Segundo a imprensa, o brasileiro estava bêbado e foi apanhado. Essa é a diferença entre ser apanhado com 0,4/5 e ser apanhado com 1/1,2. Falo por experiência própria.

No fundo isto foi uma manobra para justificar o que veio a seguir e falo, naturalmente, da história da diferença de tratamento em relação ao Semedo. Na versão mentirosa dos pasquins, obviamente que houve uma diferença de tratamento. Um jogador profissional que é apanhado com 1,2 tem de ser castigado. Acontece é que ele foi apanhado com 0,5. É só metade. É só a diferença entre cometer uma contra ordenação e cometer um crime. Se fosse eu ficava fodido.
O que me deixa triste é ver que a imprensa inventa uma mentira para depois sustentar um não-caso criado por eles próprios. Tanto trabalho só para nós atingir? Era bom que esta “capacidade de investigação” fosse utilizada nas recentes vergonhas a que temos assistido. E hoje foi mais uma.

Quanto ao Maurício, a única coisa que ele fez de errado foi ter levado o carro em vez do Magrão. Se o Magrão for um gajo porreiro, o Maurício tem bezanas a pala durante toda a época. E passa a ser o motorista oficial nas coboiadas da equipa.

 

* todas as sextas, directamente de Angola, Sá abandona o seu lugar cativo à mesa da Tasca e toma conta da cozinha!